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Por que alguns casais brigam tanto? Psicanálise Aplicada

Brigas frequentes podem se infiltrar nos relacionamentos, deixando os casais em um estado de exaustão emocional e incerteza. Muitas vezes, essas discussões aparentemente infindáveis são sintomas de problemas mais profundos que residem nas complexidades do inconsciente. Neste artigo, mergulharemos nas raízes psicanalíticas dessas brigas, desvendando os motivos ocultos por trás delas e oferecendo dicas fundamentais para suavizar as tensões e fortalecer o vínculo entre os parceiros.

Explorando as Raízes Inconscientes das Brigas:

Já comentei em outros artigos aqui, mas vou comentar neste também. Nosso inconsciente, que é a parte de nossa consciência que geralmente não temos acesso fácil, influencia profundamente em nossa maneira de agir atual. Traumas da infância que foram recalcados (escondidos, suprimidos para dentro de nosso inconsciente) podem por exemplo fazer com que uma pessoa não goste por exemplo, de beijar outras pessoas, ou de fazer outros tipos de gestos de carinho. Aí, quando seu cônjuge quer demonstrar carinho dessa forma, essa pessoa pode se irritar e iniciar uma briga. Ou seu cônjuge pode iniciar uma briga por causa disso (“Você nunca me deixa te beijar como eu quero” / “Quero te fazer carinho, mas sinto que você não quer” / “Você não deve me amar de verdade, você não gosta do meu carinho” e por ai vai.)

Outra pessoa pode se sentir profundamente incomodada por exemplo, se percebe sua casa desarrumada. Essa pessoa pode ter uma fixação em limpeza e ordem. E caso ela creia que seu cônjuge é responsável por algum episódio de desordem na casa em que vivem, isso pode gerar uma briga. E aqui, é interessante notar que local da casa supostamente “bagunçado” pode ser apenas um único objeto fora de lugar. Aí começa a briga (“Como você é bagunçado(a)” / “Tenho que fazer tudo nessa casa” / “Parece que você não gosta de suas coisas”).

Brigas constantes podem ser sintomas de conflitos não resolvidos do passado que emergem nas interações presentes. A abordagem psicanalítica sugere que, para abordar essas discussões recorrentes, é necessário investigar as emoções profundas e inconscientes que estão sendo ativadas durante os conflitos.

A Influência dos Mecanismos de Defesa:

Os casais frequentemente recorrem a mecanismos de defesa inconscientes, como projeção e racionalização, durante brigas. Esses mecanismos podem obscurecer as verdadeiras causas dos conflitos e levar a argumentos repetitivos e infrutíferos. A terapia com enfoque psicanalítico ajuda os parceiros a reconhecer e compreender esses padrões, permitindo-lhes explorar as raízes emocionais subjacentes e desativar mecanismos de defesa destrutivos.

Dicas para Amenizar as Brigas e Fortalecer a Conexão:

  1. Autoconhecimento: Muito importante que cada um faça sua parte em primeiro conhecer bem a si mesmos. Quando descobrimos os motivos de agirmos e reagirmos em certas circunstâncias ajuda bastante a prevenir uma briga de casal. E isso se consegue em terapia.
  2. Comunicação Empática: Praticar a escuta ativa e a empatia é essencial. Quando as brigas surgem, buscar compreender as emoções subjacentes antes de reagir impulsivamente pode transformar a dinâmica da discussão. Afinal, qual o motivo pelo qual a pessoa que amo e que me ama reage assim ou se incomoda com certa coisa? Qual o motivo de estarmos brigando, realmente? Claro, isso nem sempre se consegue conversar enquanto estiverem brigando. Mas, é importante que vocês descubram as razões que os levam a brigar, para poder trabalhar esses pontos.
  3. Respeito pela Individualidade: Ninguém é igual. Aceitar que diferentes experiências e perspectivas podem levar a interpretações distintas de situações é fundamental para evitar conflitos desnecessários.
  4. Exploração Conjunta: Participar da terapia de casais com uma lente psicanalítica pode ser uma forma eficaz de explorar as raízes inconscientes das brigas. Um terapeuta experiente pode ajudar a traduzir os padrões e emoções, promovendo um entendimento mais profundo.
  5. Tempo para Reflexão: Às vezes, uma pausa para reflexão durante uma discussão acalorada pode evitar que as emoções intensifiquem ainda mais. Usar esse tempo para se perguntar por que determinados sentimentos estão surgindo pode trazer clareza.

As brigas constantes em um relacionamento não devem ser ignoradas ou tratadas superficialmente. Ao mergulhar nas raízes psicanalíticas desses conflitos, os casais podem encontrar maneiras de superar as barreiras invisíveis que os mantêm presos em um ciclo de desentendimentos. Através da autoexploração, comunicação empática e ajuda terapêutica, é possível transformar brigas em oportunidades de crescimento e fortalecimento da conexão emocional.

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Psicanálise Aplicada: Estratégias de Terapia para Casais em Crise

Existem muitos motivos pelos quais um casal pode entrar em crise. Desentendimentos frequentes, expectativas não atendidas, dificuldades de comunicação, falta de intimidade emocional, questões financeiras, diferenças culturais, ciúmes e infidelidade são apenas alguns exemplos comuns. Discrepâncias nas prioridades, problemas familiares, desequilíbrio de poder, falta de comprometimento e até mesmo questões individuais, como estresse e problemas de saúde mental, também podem desencadear conflitos e colocar em risco a conexão entre os parceiros. É importante reconhecer que cada relacionamento é único e os motivos da crise podem variar, mas buscar ajuda profissional para lidar com essas questões é fundamental para superá-las e fortalecer a relação.

Nos labirintos complexos dos relacionamentos, é natural enfrentar momentos de crise que ameaçam a conexão entre os parceiros. Essas crises podem ser desencadeadas por uma série de fatores, incluindo desentendimentos, expectativas não atendidas e dificuldades de comunicação. Sob uma perspectiva psicanalítica, esses momentos críticos também podem ser vistos como oportunidades para explorar dinâmicas mais profundas do inconsciente. Ao unir os princípios da terapia para casais com as lentes da psicanálise, é possível não apenas superar a crise, mas também fortalecer e enriquecer a ligação entre os parceiros.

Explorando as Raízes da Crise:

A abordagem psicanalítica nos convida a olhar além das questões superficiais e explorar as raízes mais profundas das crises nos relacionamentos. Muitas vezes, as emoções intensas e os conflitos podem estar ligados a experiências passadas, traumas e padrões de relacionamento que se formaram ao longo do tempo. A terapia para casais com um toque psicanalítico oferece um espaço para mergulhar nessas raízes, identificar padrões inconscientes e entender como eles podem estar contribuindo para a crise atual.

Traumas, experiências passadas e a forma como uma pessoa foi criada podem ter um impacto significativo em um relacionamento e contribuir para crises conjugais. Esses fatores podem influenciar a maneira como os parceiros se relacionam, se comunicam e lidam com conflitos. Aqui estão algumas maneiras pelas quais esses elementos podem desempenhar um papel:

  1. Padrões de relacionamento: Experiências passadas, particularmente traumas ou relacionamentos problemáticos, podem criar padrões de comportamento que se repetem nos relacionamentos posteriores. Por exemplo, uma pessoa que experimentou abuso emocional pode ter dificuldade em confiar e ser vulnerável, o que pode afetar a conexão íntima no relacionamento atual.
  2. Medo de abandono: Traumas ou experiências de abandono na infância podem levar a uma insegurança profunda e ao medo de perder o parceiro. Isso pode resultar em comportamentos ciumentos ou possessivos, colocando pressão no relacionamento.
  3. Dificuldades de comunicação: Se uma pessoa foi criada em um ambiente onde a expressão emocional não era encorajada, pode ser desafiador para ela se comunicar de maneira aberta e saudável. Isso pode levar a mal-entendidos, ressentimentos acumulados e falta de intimidade emocional no relacionamento.
  4. Diferenças de expectativas: Os valores e as crenças que foram instilados em uma pessoa durante a criação podem moldar suas expectativas em um relacionamento. Se os parceiros têm visões diferentes sobre questões importantes, como finanças, crianças ou papéis de gênero, isso pode desencadear conflitos e crises.
  5. Trauma não resolvido: Caso um ou ambos os parceiros tenham experimentado traumas significativos no passado, como abuso físico, sexual ou emocional, isso pode ter um impacto profundo na saúde mental e emocional deles. Traumas não resolvidos podem afetar a forma como os parceiros se relacionam, levando a crises e dificuldades de confiança e intimidade.

É importante ressaltar que cada indivíduo é único, e as maneiras como o passado influencia um relacionamento podem variar. Ao buscar ajuda profissional, como a terapia para casais, é possível explorar essas questões de forma mais aprofundada, trabalhar na cura de traumas passados e desenvolver habilidades de comunicação e resolução de conflitos saudáveis. Dessa forma, os casais podem superar as crises conjugais e fortalecer sua conexão.

A Dinâmica do Inconsciente:

Na análise psicanalítica, reconhece-se que os indivíduos são influenciados por forças inconscientes que moldam seus pensamentos, sentimentos e comportamentos. Em um relacionamento, os parceiros podem trazer consigo bagagens emocionais inconscientes que impactam a forma como se relacionam. A terapia para casais com enfoque psicanalítico busca trazer à luz essas dinâmicas inconscientes, permitindo que os parceiros compreendam melhor suas próprias reações e as do outro.

Reconstruindo a Conexão:

Ao explorar as raízes e dinâmicas inconscientes por trás da crise, a terapia para casais pode ajudar na reconstrução da conexão perdida. Os parceiros podem desenvolver uma compreensão mais profunda um do outro, o que pode levar a uma comunicação mais empática e à capacidade de lidar com desafios de forma construtiva. A terapia psicanalítica auxilia na identificação de padrões que precisam ser modificados e na criação de um espaço seguro para explorar vulnerabilidades.

Através da combinação da terapia para casais com princípios psicanalíticos, os relacionamentos em crise podem não apenas sobreviver, mas também prosperar. Ao investigar as raízes da crise e explorar as influências inconscientes, os parceiros podem se envolver em uma jornada de autodescoberta e mútuo entendimento. Reconstruir a conexão não se trata apenas de resolver problemas imediatos, mas de criar uma base sólida para um relacionamento mais profundo e significativo.

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Amor em Tempos de Estresse: Utilizando a Terapia para Fortalecer Relacionamentos em Situações Desafiadoras

Em um mundo repleto de demandas e desafios, os relacionamentos muitas vezes enfrentam testes significativos. O estresse proveniente de diversas fontes pode afetar a maneira como os casais se conectam e interagem. Nesse cenário, a psicanálise oferece insights valiosos sobre a dinâmica dos relacionamentos e como o estresse pode influenciar o amor e a intimidade. Ao combinar os princípios da terapia para casais com as perspectivas psicanalíticas, é possível criar um espaço de compreensão e crescimento mútuo, mesmo nas circunstâncias mais desafiadoras.

Explorando as Raízes do Estresse:

O estresse pode surgir em um casal devido a uma variedade de fatores. Pressões financeiras, responsabilidades familiares, problemas de comunicação, falta de tempo para si mesmo e conflitos no trabalho são apenas alguns exemplos. Além disso, experiências passadas, traumas não resolvidos e padrões inconscientes podem desencadear reações emocionais intensas que afetam a dinâmica do relacionamento. É importante reconhecer e compreender esses gatilhos de estresse para que os casais possam lidar com eles de maneira saudável e construtiva, promovendo uma maior compreensão mútua e resiliência no relacionamento.

A abordagem psicanalítica destaca a importância de explorar as raízes profundas do estresse em um relacionamento. Muitas vezes, as reações emocionais intensas podem estar ligadas a experiências passadas, traumas ou padrões inconscientes. A terapia para casais com enfoque psicanalítico convida os parceiros a investigar seus próprios sentimentos e reações, oferecendo um espaço seguro para compartilhar experiências e compreender os gatilhos emocionais.

O Papel do Inconsciente:

Quando aplicada ao contexto dos relacionamentos, a teoria psicanalítica pode ajudar a iluminar os desafios enfrentados pelos casais. Muitos problemas que ocorrem na convivência cotidiana podem estar enraizados em desejos, medos e anseios profundos que nem sempre são facilmente reconhecíveis.

A terapia para casais baseada na psicanálise tem como objetivo principal que os parceiros explorem e compreendam seus pensamentos inconscientes, bem como os fatores que influenciam sua dinâmica relacional. Ao trazer à tona questões subconscientes, a terapia psicanalítica busca promover um processo de autoconhecimento e entendimento mútuo, permitindo que os parceiros compreendam como seus próprios passados, traumas e experiências moldam suas reações e comportamentos atuais.

Ao entender e trabalhar com o inconsciente, a terapia psicanalítica para casais pode oferecer uma perspectiva mais ampla e profunda sobre as questões de relacionamento, ajudando a desvendar padrões repetitivos, promover a comunicação efetiva e construir uma base sólida para o crescimento mútuo. É um processo que pode levar tempo e paciência, mas pode trazer benefícios duradouros para a saúde e felicidade do casal.

Portanto, se você está enfrentando desafios no seu relacionamento, considerar a terapia para casais baseada na psicanálise pode ser uma opção valiosa para explorar as camadas mais profundas das dinâmicas interpessoais e construir um relacionamento mais saudável e satisfatório.

Reconstruindo a Intimidade:

O estresse pode corroer a intimidade em um relacionamento, mas a psicanálise oferece ferramentas para reconstruí-la. Através da exploração das emoções subjacentes e da compreensão das dinâmicas inconscientes, os casais podem aprender a se aproximar de maneira mais autêntica e íntima. A terapia psicanalítica para casais auxilia na identificação de padrões destrutivos e na criação de novos caminhos de comunicação e conexão.

Em tempos de estresse e desafio, a terapia para casais com um enfoque psicanalítico pode oferecer uma abordagem profunda e transformadora para fortalecer os relacionamentos. Ao mergulhar nas complexidades do inconsciente e explorar as raízes profundas do estresse, os casais podem revitalizar sua conexão emocional e reconstruir a base do amor e da intimidade. Integrar princípios psicanalíticos à terapia para casais é uma jornada de autodescoberta mútua, que pode levar a um relacionamento mais profundo e resiliente.

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Como “apimentar” o relacionamento amoroso? Psicanálise Aplicada

No começo do relacionamento, tudo parece perfeito e bonito. A lua sempre está cheia, o céu sempre limpo, o perfume da pessoa amada sempre é gostoso de sentir. Tudo é lindo!

Mas o tempo passa e conforme o relacionamento amoroso vai amadurecendo, o fator idealização do outro vai perdendo forças, já que vamos conhecendo aspectos da vida da outra pessoa que não conhecíamos tão bem, ou ainda, pode ser que o casal adquira costumes que acabam por “esfriar” o relacionamento, que antes parecia perfeito, mas agora parece estar “perdendo a graça” com o passar do tempo. O que fazer então, para apimentar ou melhorar o relacionamento amoroso que está caindo no marasmo e na mesmice?

Aqui vão algumas dicas para melhorar seu relacionamento amoroso, são sugestões e não uma receita de sucesso, ok? Vejamos:

Como melhorar o relacionamento amoroso

Fortaleça seus laços: existem muitas formas de fortalecer laços ou vínculos, com a outra pessoa. Uma dica interessante é que vocês dois tomem um bom banho juntos. E não pense que necessariamente isso é um ato erótico. O banhar-se juntos é uma forma de o casal dividir sua intimidade. Durante o banho, o casal pode aproveitar para ter conversas mais íntimas e sim, isso pode ou não levar a uma relação sexual. Mas mesmo que não, lembre-se, o objetivo aqui é fortalecer laços. Sabe uma coisa que você pode fazer durante o banho? Ajude seu par, lavando sua cabeça ou quem sabe as costas. Isso tudo gera e fortalece vínculos. Se abracem durante o processo, sejam sinceros.

A mesma coisa acontece quando você ajuda seu par a se vestir ou em alguma atividade manual, como preparar uma comida juntos. Enquanto um faz algo, o outro pode ajudar ou fazer outra parte da refeição. E claro, aproveitar o momento para terem uma conversa tranquila e amena, sobre vocês, sobre a comida ou sobre o que quiserem. O que importa aqui é aproveitar o momento, disfrutar dele. Pense em outras atividades em que vocês podem fazer juntos. Vale a pena!

Fuja da rotina! A rotina é algo corrosivo em muitos tipos de relacionamento. Fazer tudo “sempre igual” como diz a música do Chico Buarque pode sim, ajudar a destruir um casamento. Então, procure mudar, sempre que possível as coisas que vocês fazem.

Por exemplo, de surpresa, proponha que os dois vão ao cinema, num dia em que não costumam ir. Ou dê um pequeno presente para seu par, algo que não pese no orçamento a ponto de que você possa repetir o dar o presente em outras ocasiões, não distantes entre si. Lembre-se que o ato de presentear em si, é algo belo e que cria vínculo, independentemente do valor financeiro.

Ou simplesmente proponha que os dois façam uma caminhada, em alguma praça próxima a sua casa ou até mesmo no bairro onde vocês moram. Use sua imaginação!

Importante que essa fuga da rotina deve ser permanente. Sempre invente maneiras diferentes de viver a vida de vocês. Isso vai dar um novo tempero ao relacionamento amoroso.

Trabalhe e exercite a comunicação: sim, é complicado fazer isso, em alguns casos. Mas ao mesmo tempo, a falta de boa comunicação destrói casamentos todos os dias. É importante que vocês saibam o que o outro pensa sobre vários assuntos. Quais são os sonhos atuais de meu par? O que gosta de fazer? Qual sua cor preferida, sua música preferida? Quais os desafios que está passando e como ajudar com eles?

Além disso, evite dar respostas limitadas. Por exemplo, se seu par perguntar a você como foi seu dia no trabalho, responder com um “foi tudo bem” não é uma boa resposta. Conte algum detalhe interessante ou desafio que você teve que enfrentar. Não precisa fazer um relatório detalhado, nem é esse o interesse de seu par ao te perguntar isso. A ideia aqui é mostrar que os dois se importam com o que acontece com o outro. Há muito mais a se falar sobre isso e em breve irei publicar aqui.

Faça alguma coisa inusitada: pense numa “loucura” romântica. Mas aí você precisa usar sua imaginação. Vou dar aqui alguns exemplos, mas você pode usar sua criatividade, certo?

Você pode preparar um jantar romântico, seja em casa ou em algum lugar. De surpresa claro. Enquanto ela ou ele não está, prepare uma mesa romântica e um jantar. Não importa se você cozinhou ou pediu a comida, o evento é o mais importante. Ou já imaginou se você surpreende seu par, que ao entrar no quarto de vocês se depara com você, completamente sem roupas? Insinuante? Sim! Provocativo? Sim!
Faça pequenas surpresas ou grandes surpresas no decorrer do ano. Que não sejam eventos isolados, mas algo que vai quebrar a rotina.

Rotina tem seu valor também

Quero lembrar aqui que a rotina tem valor também. Não tem como agir de maneira totalmente diferente, todos os dias. Inclusive, se vocês exagerarem nas novidades, elas podem se transformar na nova rotina. Lembre-se que o sair da rotina deve ser como um tempero em uma comida. Se exagerar, a comida pode ficar intragável.

Espero que essas dicas simples possam ter ajudado você em seu relacionamento amoroso.

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4 Tipos de apego nos relacionamentos amorosos

O amor é lindo, diz o ditado. Mas nem sempre o amor flui como gostaríamos, principalmente quando nós temos dificuldades com ele em nossos relacionamentos amorosos. Com certeza

Falemos primeiro sobre o apego. Apego seria um tipo de relacionamento emocional especial que envolve a troca de cuidados, carinhos, atenção e sentimentos. Nossas experiências de infância são essenciais para criar o tipo de apego que iremos desenvolver como adultos.

Na perspectiva psicanalítica, o conceito de apego é abordado principalmente pela teoria do desenvolvimento de Freud e posteriormente ampliado por outros psicanalistas, como Melanie Klein e John Bowlby. O apego refere-se aos laços emocionais intensos que se desenvolvem entre um indivíduo e uma figura significativa em sua vida, geralmente um cuidador primário. Esses laços emocionais moldam a forma como o indivíduo se relaciona com os outros e como lida com a separação e a ansiedade.

Em alguns casos, a maneira em que demonstramos apego pode ser problemática

Faça essas perguntas a si mesmo.

  • Você está se desgastando e ficando ansioso demais no prazer do parceiro?
  • Você sente que faria quase qualquer coisa por alguma atenção?
  • Já lhe disseram que é muito grudento?
  • Você constantemente se culpa por rompimentos?

O estilo de apego que escolhemos na vida adulta muitas vezes tem origem e reflete nosso desenvolvimento infantil. A forma como testemunhamos nossos pais moldará nossas relações adultas no comportamento aprendido. Também temos o hábito de nos apegar ao que reconhecemos e sabemos. Dependemos de nossos pais para apoio, conforto e calmante quando nascemos. Se nossas necessidades forem satisfatoriamente atendidas, nos desenvolvemos com segurança. No entanto, se nossas demandas não são atendidas, crescemos em dessintonia, levando a estilos de apego inseguros.

Sentimentos de segurança são proporcionados na criação de um ambiente seguro; recebemos mensagens do mundo exterior de que somos cuidados nesse ambiente. Os cientistas estimam que, quando uma criança nasce, a genética dos pais determinará de 20% a 60% do temperamento. A disposição, no entanto, não tem um padrão de herança claro, e nenhum gene específico confere traços temperamentais específicos. No entanto, condições imperfeitas como lesões precoces, doenças ou traumas não determinam necessariamente o futuro de uma criança. Assim, os primeiros sete anos de vida podem não significar tanto quanto às vezes afirmado, mas provavelmente influenciarão o desenvolvimento da vida. Os primeiros sete anos não determinam o nível de felicidade de uma criança ao longo da vida. No entanto, o cérebro em rápido crescimento forma uma base sólida para se comunicar e interagir com o mundo ao processar como eles estão sendo respondidos.

Um exemplo pode ser que você viveu uma infância difícil. No entanto, à medida que você se desenvolveu, você se tornou a mudança que queria ver. Às vezes, acontece muito mais tarde na vida. O segredo é que você observe e aprenda um jeito melhor de ser. Isso pode acontecer em qualquer fase da vida.

Os estilos de apego se enquadram em quatro tipos principais.

  • Ansioso, também referido como preocupado.
  • O que evita, às vezes conhecido como dispensador
  • Desorganizado – um sentimento de evitação temerosa
  • Seguro.

Aprendemos como a infância desempenha um papel em nosso desenvolvimento inicial. Agora vamos progredir para ver como esses estilos de anexo se desenrolam. Você pode ver partes de você em vários tipos, e encontrar-se em mais de um grupo não é incomum.

A teoria psicanalítica descreve alguns tipos de apego que podem se desenvolver durante a infância. Aqui estão alguns deles:

  1. Apego seguro: Nesse tipo de apego, a criança se sente confortável em explorar o ambiente ao redor, sabendo que o cuidador está disponível para oferecer apoio e conforto em momentos de necessidade. O cuidador responde de maneira consistente e empática às necessidades da criança, ajudando-a a desenvolver uma sensação de confiança e segurança nas relações.
  2. Apego ambivalente (ou ansioso): Nesse tipo de apego, a criança desenvolve ansiedade em relação à disponibilidade do cuidador. O cuidador pode ser inconsistente em suas respostas às necessidades da criança, às vezes sendo atencioso e outras vezes negligente. Isso cria uma sensação de incerteza e insegurança na criança, levando-a a buscar constantemente a atenção e o conforto do cuidador.
  3. Apego evitativo: Nesse tipo de apego, a criança desenvolve uma estratégia de se afastar emocionalmente do cuidador. Isso pode ocorrer quando o cuidador é insensível às necessidades emocionais da criança ou é rejeitador. A criança pode aprender a suprimir suas emoções e evitar buscar conforto dos outros, desenvolvendo uma atitude de independência excessiva.
  4. Apego desorganizado: Esse tipo de apego é caracterizado por um padrão inconsistente e confuso de comportamento em relação ao cuidador. A criança pode demonstrar comportamentos contraditórios, como se aproximar do cuidador ao mesmo tempo em que mostra sinais de medo ou ansiedade em relação a ele. Isso geralmente ocorre em situações em que o cuidador é fonte de tanto conforto quanto de medo, como em casos de abuso ou negligência.

Os quatro estilos de apego e sua relação nos relacionamentos

Ansioso

Uma característica desse tipo é ver o parceiro como a cara metade. Qualquer pensamento de viver sem um ente querido causa uma ansiedade tremenda. Ter um enorme respeito pelos outros, mas quando se trata de amor-próprio, muitas vezes eles sofrem de baixa autoestima. O adulto com apego ansioso busca validação regular da parceria, apoio e capacidade de resposta.

Do ponto de vista do desenvolvimento, crianças que experimentaram pais que desenvolveram atenção on-off para o desenvolvimento e responsividade inconsistente às suas necessidades emocionais podem ter involuntariamente fornecido a elas uma autoproteção preocupada e ansiosa. Se você tem um estilo de apego ansioso, a inconsistência pode ter dificultado a compreensão do comportamento de seus pais e o que esperar em determinado momento, enviando sinais mistos. Portanto, à medida que você crescia na idade adulta, você via o amor como sendo imprevisível. Como resultado, você aprendeu a confiar em si mesmo e esconder seus sentimentos mais profundos.

O tipo de apego ansioso vê o relacionamento como essencial para a vida, temendo constantemente o abandono e frequentemente exigindo a garantia de que está tudo bem. Os problemas que podem ser experimentados incluem viver a vida como uma montanha-russa com uma grande diferença entre altos e baixos emocionais e sentimentos problemáticos que levam à dúvida e preocupação.

Sem um parceiro regular, o tipo de apego ansioso se preocupa em encontrar um parceiro adequado.

Apego evitativo

Nos estágios de desenvolvimento, seus pais pareciam emocionalmente distantes e incapazes de suportar qualquer expressão de emoção? Esperava-se que você fosse duro e independente desde muito cedo.

Muitas vezes sentindo-se como um lobo solitário, o evitador torna-se independente e autossuficiente. Isso é em um nível emocional, em vez de se tornar recluso. A autoestima elevada está frequentemente presente com uma visão positiva de si mesmo. Devido ao medo, o tipo evitativo evita a proximidade emocional, escondendo ou suprimindo sentimentos mais profundos.

Tipos evitativos não se importam de estar por perto, mas não deixam você chegar perto. Quando as coisas se tornam sérias, eles estão fora ou procurando um motivo para terminar o relacionamento, muitas vezes procurando uma desculpa para trazer uma discussão sobre agir como uma saída. Com medo de confiar, eles param de buscar o relacionamento e o desligam. Simplesmente não há disponibilidade emocional.

Trabalhar com um terapeuta pode ser benéfico para explorar esses sentimentos e, com o tempo, pode levar a mudanças.

Apego desorganizado/temeroso

Muitas vezes originada de traumas de infância, a pessoa com o tipo de apego desorganizado/temeroso cresce quando a fonte de segurança se torna uma fonte de medo. Quando os pais mostram segurança inconsistente e um sentimento de medo está presente, a criança pode começar a temer por sua própria segurança. O ambiente torna-se imprevisível. Outro motivo de medo é que a criança seja testemunha de traumas como a violência doméstica.

Como tal, a criança cresce esperando por rejeição, mágoa e decepção, muitas vezes buscando relacionamentos semelhantes ao que eles conhecem quase como uma profecia autorrealizável. Eles têm dificuldade em acreditar que alguém poderia amá-los e estão constantemente à procura de problemas, agindo de uma forma que atenda às expectativas.

Uma combinação de desejo e medo promove um estilo imprevisível de apego. A confiança torna-se a questão principal. O desorganizado busca um relacionamento e proximidade emocional, mas encontra relacionamentos difíceis de lidar por medo de ser ferido. Portanto, às vezes regulam suas emoções com abuso de substâncias porque temem ser feridas.

Apego “seguro”

Este é o estilo de anexo mais comum. Os estilos de anexo anteriores eram inseguros. O quarto estilo de apego é confortável, autocontido, socialmente extrovertido e capaz de expressar sentimentos em um relacionamento. Este quarto tipo sente-se feliz e seguro e pode depender do parceiro.

Durante os estágios de desenvolvimento, as necessidades têm sido atendidas satisfatoriamente, e um vínculo de apego seguro é formado onde o bebê/criança se sente protegido. O principal cuidador é protetor e caloroso. Embora não seja intrusivo ou ignorante, a criança em desenvolvimento tem espaço e liberdade para começar a explorar. Se ficarem assustados, sabem que o cuidador não está longe, e um retorno seguro pode ser feito. A criança sente-se vista e reconhecida. Sentir-se valorizado começa na infância e torna-se o caminho para a autoestima a partir da experiência de sentir-se amparado.

A confiança se estabelece e se nutre ao longo dos anos. Isso permite que a criança desenvolva uma visão positiva de si mesma e dos outros, incluindo relacionamentos amorosos.

Se algo ressoa para você, a terapia é uma maneira eficaz de melhorar seu estilo de apego. Isso pode promover o trabalho através do seu estilo de apego atual ou reconstruir qualquer área onde você possa ter ficado preso. Você pode ver em qual grupo você se encontra predominantemente, refletindo sobre relacionamentos atuais ou passados.

Ao buscar viver melhor, encorajo-o a tomar autonomia para si mesmo. Uma crença central é que o amor-próprio pode ser desenvolvido. Ao aprender o amor-próprio, podemos aprender a ser pais de si mesmos. Pergunte a si mesmo quem você se tornaria se pudesse escolher o pai que precisava. Pode não ser um pai problemático. Pode estar enraizada na confiança quebrada em algum lugar no passado. A questão, portanto, é: você se sente pronto para explorar?

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Como a terapia psicanalítica pode ajudar casais em crise? Psicanálise Aplicada

Os relacionamentos amorosos nem sempre são um mar de rosas. Casais enfrentam desafios e crises em diferentes momentos de suas vidas juntos. Essas crises podem ser desencadeadas por uma série de fatores, como problemas de comunicação, falta de intimidade, conflitos não resolvidos e questões individuais não tratadas. Quando um relacionamento chega a esse ponto, buscar ajuda profissional é uma opção sábia. A terapia psicanalítica é uma abordagem terapêutica que oferece uma compreensão profunda dos problemas emocionais e psicológicos que afetam os indivíduos e suas relações. Neste artigo, vamos explorar como a terapia psicanalítica pode ajudar casais em crise.

A natureza da terapia psicanalítica:

A terapia psicanalítica foi desenvolvida por Sigmund Freud no início do século XX e continua a ser uma abordagem amplamente utilizada na psicologia clínica. Seu principal objetivo é explorar o inconsciente e as motivações inconscientes por trás do comportamento humano. Na terapia psicanalítica, o terapeuta ajuda os indivíduos a se tornarem conscientes dos pensamentos e sentimentos reprimidos, trabalhando através da interpretação dos sonhos, associações livres, lapsos de linguagem e outros mecanismos psíquicos.

Aplicando a terapia psicanalítica ao casal:

Quando um casal procura terapia psicanalítica, o terapeuta se concentra nas dinâmicas inconscientes que estão afetando a relação. O objetivo é ajudar os parceiros a entenderem suas próprias motivações inconscientes e como elas afetam o relacionamento como um todo. Aqui estão algumas maneiras pelas quais a terapia psicanalítica pode ajudar casais em crise:

  1. Explorando o passado: A terapia psicanalítica reconhece a importância do passado na formação da personalidade e das relações atuais. O terapeuta pode ajudar o casal a investigar como suas experiências passadas moldaram suas atitudes e comportamentos no relacionamento atual. Ao trazer à tona memórias e emoções reprimidas, é possível entender melhor as dinâmicas destrutivas e buscar formas de superá-las.
  2. Compreendendo os papéis e as projeções: Durante o processo terapêutico, os casais podem descobrir que estão desempenhando papéis específicos que foram internalizados ao longo do tempo. Esses papéis podem ser baseados em experiências passadas ou na dinâmica familiar. A terapia psicanalítica ajuda a trazer à consciência esses padrões e projeções, permitindo que os parceiros se vejam além dessas identificações e sejam mais autênticos.
  3. Melhorando a comunicação: A terapia psicanalítica também se concentra na melhoria da comunicação entre os parceiros. O terapeuta ajuda o casal a reconhecer os padrões de comunicação disfuncionais e a explorar as motivações inconscientes por trás deles. Ao compreender as motivações inconscientes, os parceiros podem aprender a expressar suas necessidades e emoções de forma mais clara e saudável.
  4. Lidando com a intimidade e a sexualidade: A terapia psicanalítica pode abordar questões relacionadas à intimidade e à sexualidade no relacionamento. Muitas vezes, problemas nessas áreas estão enraizados em questões emocionais mais profundas. Ao explorar essas questões, o casal pode encontrar maneiras de fortalecer sua conexão emocional e resolver os problemas que afetam sua vida sexual.
  5. Fomentando o crescimento pessoal: A terapia psicanalítica não se limita apenas a resolver problemas específicos no relacionamento; ela também promove o crescimento pessoal de cada indivíduo. Ao entender melhor a si mesmos, os parceiros podem trabalhar em suas próprias questões pessoais e se tornar pessoas mais completas. Esse processo de crescimento individual também pode fortalecer a relação como um todo.

A terapia vai salvar meu casamento (relacionamento)?

Sei que essa é uma pergunta interessante e muito importante. Em primeiro lugar, se você tem essa pergunta é porque você tem interesse em salvar seu casamento, correto? E isso quer dizer que você quer que seu relacionamento dure, continue. Bom, isso é parte da solução!

A Psicanálise e o psicanalista não irão dizer a você e seu par o que fazer. Isso é muito importante dizer aqui. A decisão será sempre de vocês, como casal. O que o psicanalista irá fazer é apoiar vocês, para que se sintam bem e possam lidar com a decisão que tomarem.

No final do processo, vocês dois terão feito uma decisão bem pensada, tomando em consideração todos os pontos importantes. Será a salvação do relacionamento? Isso é com vocês!

Faça terapia!

A terapia psicanalítica oferece uma abordagem profunda e eficaz para ajudar casais em crise. Ao explorar o inconsciente e as motivações inconscientes que influenciam o relacionamento, os casais podem desenvolver uma compreensão mais profunda de si mesmos e do outro. Através do processo terapêutico, eles podem melhorar a comunicação, resolver conflitos não resolvidos e promover o crescimento pessoal. Se você e seu parceiro estão passando por uma crise no relacionamento, considerem buscar a terapia psicanalítica como uma ferramenta poderosa para ajudá-los a navegar por esses desafios e construir uma relação mais saudável e satisfatória.

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Abuso emocional em relacionamentos amorosos. O que fazer? Psicanálise Aplicada

O abuso emocional, também conhecido como abuso psicológico, é um dos tipos mais comuns de abuso em relacionamentos amorosos – mais comum do que pensamos.

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A contradição é que é difícil de detectar em comparação com outras formas de abuso que são prevalentes em relacionamentos amorosos, como abuso verbal, físico e financeiro.

Quando alguém está sendo agredido verbalmente, podemos evidenciar pela linguagem e palavras que o abusador usa, e pelo tom em que o abusador se comunica. Quando alguém está sendo abusado fisicamente, podemos ver a evidência através de ferimentos físicos, arranhões e outros sinais de briga física.

Com o abuso emocional, o abuso é muitas vezes oculto, sutil e insidioso, mas profundamente prejudicial. Isso leva a cicatrizes emocionais muito profundas. O abuso emocional também pode acontecer em relacionamentos não românticos, como amizades, relacionamentos entre irmãos, relações parentais, relações de trabalho e outros relacionamentos não românticos.

Muitas pessoas não reconhecem que estão em relacionamentos emocionalmente abusivos, pois o abuso em si é oculto, encoberto e difícil de detectar. Às vezes, pode ser ostensiva e sistemática, de uma forma que tanto a vítima quanto o abusador podem não estar cientes do abuso de um parceiro para o outro, ou um para o outro.

Alguns dos comportamentos emocionalmente abusivos e tóxicos são feitos em nome do amor, por exemplo, controlando com quem o parceiro passa o tempo e, portanto, normalizados. Isso significa que muitas pessoas em relacionamentos emocionalmente abusivos não conseguem detectar se estão sendo abusadas emocionalmente ou não. Se um parceiro é inseguro em si mesmo, é fácil para ele interpretar erroneamente o abuso emocional como uma forma de amor e cuidado, o que o torna vulnerável ao abuso emocional.

Muitas pessoas que chegam à terapia sem saber do abuso emocional, mas estão sofrendo como resultado disso. Eles só percebem a natureza e a extensão do abuso quando começam a terapia e começam a trabalhar em si mesmos.


A psicodinâmica do abuso emocional

Um relacionamento emocionalmente abusivo é aquele em que o abusador (parceiro um) usa as emoções para controlar, dominar, manipular, isolar, amedrontar e intimidar a vítima (parceiro dois). Pessoas que são abusadas emocionalmente também podem sofrer violência doméstica; no entanto, alguns podem não sofrer isso. Aqueles que não sofrem violência doméstica juntamente com abuso emocional, por não entenderem que estão sofrendo abuso, podem permanecer inconscientes e ignorantes do abuso que estão sofrendo, com efeitos extremamente prejudiciais.

Segundo uma pesquisa feita no Reino Unido, entre março de 2021 e março de 2022, 2,4 milhões de adultos (dos quais 1,4 milhão eram mulheres) foram vítimas de violência doméstica. Embora essas estatísticas sejam sobre abuso doméstico, elas destacam como o abuso do parceiro é comum nos relacionamentos. E muitas dessas pessoas estariam sofrendo abuso emocional.

O impacto do abuso emocional é duradouro – afeta o senso de si mesmo, a realidade, os valores e o senso do que é certo e errado. O impacto do abuso emocional não termina apenas na relação com o abusador, mas permeia relacionamentos futuros. Isso corrói o senso de si mesmo, a autoestima e a autoestima. E abala a própria identidade. O abuso emocional pode impactar negativamente a saúde mental e pode levar à ansiedade, depressão, insônia, alimentação desordenada como forma de lidar com sentimentos difíceis e outros problemas de saúde física secundários ao estresse.

Existe um mito de que os homens não sofrem abuso emocional das mulheres. E isso muitas vezes está relacionado ao conceito do que é abuso. Para começar, devemos entender que abuso é tudo o que passa dos limites, o que nos pede o exige mais do que é correto oferecer. Na prática, podemos comentar alguns exemplos aqui:

  • Gritar constantemente, principalmente ao expressar frustração por não ter um pedido atendido
  • Agredir de maneira disfarçada: pequenos empurrões, tapas dados com pouca força, apontar o dedo diretamente para o rosto da outra pessoa.
  • Exigir uma ação que a outra pessoa não quer fazer como ter relações sexuais, sem respeitar a vontade da Outra.
  • Agressões físicas
  • Humilhar, diminuir ou dizer a outra pessoa o quanto ela é inferior, por algum motivo
  • Expor a pessoa ao ridículo em público

A lista pode ser muito maior que isso. O ponto aqui é que muitas vezes uma pessoa entende como abuso apenas o que é físico. Mas verbalmente também se agride e muito. E não somente as mulheres são vítimas desse abuso, os homens também.

Ninguém deve aceitar abuso, não interessa o gênero!


O que acontece em relacionamentos emocionalmente abusivos?

Em um relacionamento emocionalmente abusivo, o abusador normalmente é alguém que é muito inseguro em si mesmo. Portanto, por meio do abuso emocional, elas deixam de controlar o relacionamento e o parceiro. O abuso emocional torna-se uma ferramenta para o abusador. O abusador (parceiro um) desenvolve formas sofisticadas de se relacionar com a vítima (parceiro dois).

O foco do abusador está nos sentimentos da vítima – fazendo com que a vítima se sinta inadequada, pequena e inferior. Por exemplo, fazer a vítima acreditar que nunca conseguirá encontrar alguém que a ame e que mereça a forma como está sendo tratada.

O abusador muitas vezes usa técnicas como culpar, envergonhar, invalidar, menosprezar, gaslighting (negar sua realidade), manipular e outros comportamentos controladores. Stonewalling onde um parceiro dá ao outro o tratamento silencioso também é uma forma de abuso emocional, pois o abusador está usando as emoções para causar danos. A vítima também pode se sentir insegura e preocupada com sua segurança e bem-estar.

Se a vítima não tem conhecimento do abuso, o que muitas vezes acontece, ela fica acreditando que o que está acontecendo é culpa dela – ela merece ser tratada da forma como é. Isso leva a vítima a justificar os comportamentos do abusador, por pior que seja. Justificar o comportamento também o normaliza e torna a vítima receptiva ao abuso – dando mais poder ao abusador. A vítima torna-se cada vez menos capaz de exercer limites ou autodefesa. Isso coloca vítima e abusador em uma dinâmica vítima-abusador, ou uma dinâmica sadomasoquista – um ciclo vicioso (Freud, 1920; Bloss, 1991).

Em um nível muito inconsciente, o abusador obtém prazer ao abusar da vítima, enquanto a vítima obtém prazer ao ser abusada, por meio de um processo de identificação com o abusador (Klein, 1946). Essa identificação inconsciente com o abusador significa que a dor deriva prazer na vítima. Não é incomum que a vítima invente desculpas e perdoe o abusador porque ele está preso em uma relação de identificação que é de fato perversa e tóxica. Pessoas que estão em relacionamentos codependentes (dinâmicas) muitas vezes estão em relacionamentos emocionalmente abusivos, que é o que mantém o vínculo entre elas.

Muitas pessoas que têm traços narcísicos tendem a ser emocionalmente abusivas com seus parceiros, pois eles não têm empatia e não têm preocupação com os sentimentos de seus parceiros. São pessoas que provavelmente cresceram com pais ou cuidadores que não prestaram atenção aos seus sentimentos ou os desconsideraram. Quando adultos, eles simplesmente repetem o que foi feito com eles – sem a consciência do impacto de seu comportamento e sendo emocionalmente exploradores.


Sinais de abuso emocional

  • Controlar comportamentos – sua liberdade, como você gasta seu tempo, como você gasta seu dinheiro, para onde você vai, o que você faz, etc.
  • Crítica – ser levado a sentir que tudo o que você faz é errado e você é culpado.
  • Manipulação emocional – ser levado a se sentir mal por coisas pelas quais você não é responsável, deliberadamente fazendo algo e virando-o contra você.
  • Gaslighting – ser feito para sentir que você inventa as coisas e seus sentimentos são uma reação exagerada. Invalidando seus sentimentos.
  • Comentários depreciativos – fazendo você se sentir pequeno, inadequado, menos que.
  • Culpar comentários – culpar por coisas que dão errado dentro e fora do relacionamento ou qualquer outra coisa pela qual você não é responsável.
  • Comentários de vergonha – sobre o passado, peso, família ou qualquer coisa significativa para a vítima.
  • Acusações falsas e chantagem emocional – fazendo alegações infundadas e usando suas deficiências passadas para insultá-lo.
  • Comportamento ameaçador – sentir-se inseguro, ser ameaçado de violência, terminar o relacionamento, trair – exploração emocional.
  • Isolamento – estar isolado de amigos e familiares. Sendo levado a acreditar que você depende daquele abusador e precisa dele.
  • Stonewalling – receber tratamento silencioso como forma de punição.
  • Privar afeto e intimidade física.

Como lidar com o abuso emocional

  1. Desenvolva formas de comunicar seus sentimentos e necessidades sem culpar ou ser agressivo – lembre-se da linguagem que você usa. Comece as frases com “Eu sinto” e não “Você”.
  2. Evite ter que pedir desculpas por coisas que você não fez de errado. Lembre-se de que você merece ser tratado com respeito.
  3. Afaste-se do papel de vítima, estabelecendo limites com o abusador. Você tem o direito de viver a vida plenamente sem que seu parceiro defina seus limites.
  4. Tenha uma vida fora do relacionamento, com amigos e familiares e busque relacionamentos e hobbies significativos. Você retoma seu poder e controle fazendo isso – isso tornará o abusador menos poderoso.
  5. Converse com pessoas que você se sente seguro e confia sobre sua situação. Os abusadores emocionais são muito bons em isolar suas vítimas; por isso sofrem em silêncio.
  6. Junte-se a um grupo de apoio à vítima de abuso de vítimas. Há muita cura em compartilhar histórias com outras pessoas que têm uma experiência compartilhada.
  7. Procure terapia individualmente ou em casal se achar que está em um relacionamento emocionalmente abusivo. O abuso emocional pode ter efeitos duradouros e pode levar tempo para se recuperar dele. Seja gentil consigo mesmo.

Quer ajuda? Vamos conversar! CLIQUE AQUI.


Referências:

Blos, P., Jr., (1991). O sadomasoquismo e a defesa contra a lembrança do afeto doloroso. Volume, 8 pp. 417-430.

Klein, M. (1946). Notas sobre alguns mecanismos esquizoides. Revista Internacional de Psicanálise 27:99–110

Freud, S. (1920). Além do princípio do prazer. S. E., 18.

Imagem de OpenClipart-Vectors por Pixabay

Abuso emocional (Gaslighting): como funciona e como lidar com ele

Seu parceiro diz repetidamente coisas que te confundem? Por conta disso, muitas vezes você começa a questionar sua própria percepção da realidade dentro do seu relacionamento? Você questiona completamente sua sanidade? Se sim, seu parceiro pode estar usando o que os profissionais de saúde mental têm chamado de “gaslighting”.

De onde vem o “gaslighting”?

Este termo vem da peça teatral Gas Light, de 1938, em que um marido tenta enlouquecer sua esposa escurecendo as luzes (que eram movidas a gás) em sua casa, e depois ele nega que a luz mudou quando sua esposa a aponta. É uma forma extremamente eficaz de abuso emocional que faz com que a vítima questione seus próprios sentimentos, instintos e sanidade. Como resultado, o parceiro abusivo tem muito poder (e sabemos que abuso é sobre poder e controle). De fato, uma vez que um parceiro abusivo tenha quebrado a capacidade da vítima de confiar em suas próprias percepções, a vítima tem mais chances de permanecer no relacionamento abusivo.

Como é o gaslighting?

“Você é louco, isso nunca aconteceu.”

“Tem certeza? Você tende a ter uma memória ruim.”

“Está tudo na sua cabeça.”

Há uma variedade de técnicas de gaslighting que um parceiro abusivo pode usar:

Retenção

O parceiro abusivo finge não entender ou se recusa a ouvir.

Ex. “Não quero ouvir isso de novo” ou “Você está tentando me confundir”.Combater

O parceiro abusivo questiona a memória da vítima dos acontecimentos, apesar de a vítima se lembrar deles com precisão.

Ex. “Você está errado, nunca se lembra das coisas corretamente”.

Bloqueio/Desvio

O parceiro abusivo muda de assunto e/ou questiona os pensamentos da vítima.

Ex. “Essa é outra ideia maluca que você teve de [amigo/familiar]?” ou “Você está imaginando coisas”.

Banalização

O parceiro abusivo faz com que as necessidades ou sentimentos da vítima pareçam sem importância.

Ex. “Você vai ficar bravo com uma coisinha dessas?” ou “Você é sensível demais”.

Esquecimento/Negação

O parceiro abusivo finge ter esquecido o que realmente ocorreu ou nega coisas como promessas feitas à vítima.

Ex. “Não sei do que você está falando” ou “Você está apenas inventando coisas”.

Geralmente, o gaslighting acontece de forma muito gradual em um relacionamento; na verdade, as ações do parceiro abusivo podem parecer inofensivas em um primeiro momento. Com o tempo, no entanto, esses padrões abusivos continuam e, como resultado, a vítima pode ficar confusa, ansiosa, isolada e deprimida. Ao todo, eles podem perder toda a noção do que realmente está acontecendo. Então eles passam a confiar cada vez mais no parceiro abusivo para definir a realidade, o que cria uma situação muito difícil de escapar.

Sinais de gaslighting

Para superar esse tipo de abuso, é importante começar a reconhecer os sinais e, eventualmente, aprender a confiar em si mesmo novamente. De acordo com o autor e psicanalista Robin Stern, Ph.D., os sinais de ser uma vítima de gaslighting incluem:

  • Você constantemente duvida de si mesmo.
  • Você se pergunta: “Eu sou muito sensível?” várias vezes ao dia.
  • Muitas vezes você se sente confuso e até louco.
  • Você está sempre pedindo desculpas ao seu parceiro.
  • Você não consegue entender por que, com tantas coisas aparentemente boas em sua vida, você não está mais feliz.
  • Você frequentemente inventa desculpas para o comportamento do seu parceiro para amigos e familiares.
  • Você se vê sonegando informações de amigos e familiares, para não ter que explicar ou dar desculpas.
  • Você sabe que algo está terrivelmente errado, mas você nunca consegue expressar o que é, mesmo para si mesmo.
  • Você começa a mentir para evitar os put-downs e reviravoltas da realidade.
  • Você tem dificuldade para tomar decisões simples.
  • Você tem a sensação de que costumava ser uma pessoa muito diferente – mais confiante, mais divertida, mais relaxada.
  • Você se sente sem esperança e sem alegria.
  • Você sente como se não pudesse fazer nada certo.
  • Você se pergunta se você é um parceiro “bom o suficiente”.

Como lidar com o gaslighting (abuso emocional)

Lidar com o gaslighting pode ser um desafio, mas existem algumas estratégias que podem ajudar. Aqui estão algumas sugestões:

  1. Reconheça o gaslighting: Esteja atento aos sinais de gaslighting, como quando alguém tenta fazer você duvidar de sua própria percepção, memória ou sanidade. Ao reconhecer o gaslighting, você está dando o primeiro passo para lidar com ele.
  2. Confie em sua intuição: Se algo não parece certo ou se você sente que está sendo manipulado, confie em seus instintos. Lembre-se de que suas experiências e sentimentos são válidos.
  3. Procure apoio: Falar sobre sua situação com pessoas de confiança pode ser uma ajuda significativa. Compartilhe suas preocupações com amigos, familiares ou profissionais de saúde mental que possam oferecer apoio e perspectivas objetivas.
  4. Mantenha um registro: Anote incidentes específicos de gaslighting que ocorreram. Isso pode ser útil para referência futura, caso você comece a duvidar de si mesmo ou se sinta tentado a minimizar a situação.
  5. Eduque-se: Entenda melhor o gaslighting e seus efeitos emocionais. Quanto mais você souber sobre esse tipo de manipulação, mais preparado estará para lidar com ele.
  6. Defenda-se: Não tenha medo de expressar suas opiniões, sentimentos e experiências. Mantenha sua verdade e enfrente as tentativas de manipulação. Lembre-se de que você tem o direito de ser ouvido e respeitado.
  7. Estabeleça limites: Se você está lidando com alguém que continua praticando o gaslighting, é importante estabelecer limites saudáveis. Se necessário, afaste-se ou limite o contato com a pessoa, especialmente se ela não mostra disposição para mudar seu comportamento.
  8. Busque apoio profissional: Se o gaslighting estiver causando um impacto significativo em sua saúde mental e emocional, considerar a busca de apoio de um profissional de saúde mental pode ser benéfico. Eles podem fornecer orientação, estratégias adicionais e suporte durante esse processo.

Lidar com o gaslighting pode ser desafiador, mas lembre-se de que você não está sozinho. Priorize sua saúde e bem-estar, e não hesite em buscar ajuda quando necessário.

E lembre-se da importância de sempre buscar ajuda. Estou disponível para conversar com você. CLIQUE AQUI e agende uma sessão experimental

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Fazer terapia? 4 Motivos para procurar um Psicanalista

Encontrando equilíbrio, transformação e crescimento pessoal através da psicanálise

Às vezes, a vida pode nos apresentar desafios que parecem insuperáveis. Questões complexas, emoções intensas e relacionamentos complicados podem nos deixar confusos e desorientados. Nesses momentos, buscar o apoio de um psicanalista pode ser a chave para desvendar nossos próprios mistérios e dar um novo significado às nossas vidas. Neste artigo, vamos explorar quatro motivos convincentes pelos quais você deve considerar procurar um psicanalista, aproveitando a riqueza da teoria psicanalítica, suas técnicas e abordagens.

  1. Autoconhecimento e Exploração Profunda da Mente:
    A psicanálise oferece uma oportunidade única para mergulhar nas profundezas do inconsciente e desvendar os padrões ocultos que influenciam nossos pensamentos, emoções e comportamentos. Com o auxílio de um psicanalista treinado, você pode explorar sua história pessoal, seus traumas e experiências passadas, compreendendo como eles moldaram sua identidade atual. Essa jornada de autoconhecimento permite que você identifique padrões repetitivos, crenças limitantes e defesas psicológicas que podem estar prejudicando sua saúde emocional e bem-estar.

Por exemplo, você pode descobrir que certos comportamentos autossabotadores estão enraizados em experiências traumáticas da infância. Ao trazer esses conteúdos à tona, você pode entender melhor sua origem e, assim, trabalhar na cura dessas feridas, transformando-se em uma versão mais saudável e equilibrada de si mesmo.

  1. Resolução de Conflitos Internos e Relacionais:
    A psicanálise oferece um espaço seguro para explorar conflitos internos e relacionais. Nossos relacionamentos são reflexos de nossas dinâmicas psicológicas, e os padrões repetitivos que vivenciamos em nossas interações podem ser desafiadores de entender e superar por conta própria. Um psicanalista pode ajudá-lo a identificar os padrões disfuncionais de relacionamento e a compreender as origens inconscientes dos conflitos.

Ao trazer à consciência as emoções e desejos reprimidos, é possível explorar alternativas mais saudáveis para lidar com os conflitos e melhorar a qualidade de seus relacionamentos. O trabalho terapêutico na psicanálise também aborda questões como a baixa autoestima, dificuldades de comunicação e problemas de intimidade, fornecendo ferramentas para o crescimento e a construção de relacionamentos mais satisfatórios.

  1. Alívio de Sintomas Psicológicos e Emocionais:
    A psicanálise oferece um ambiente seguro para explorar e compreender os sintomas psicológicos e emocionais que podem estar causando sofrimento. Transtornos como ansiedade, depressão, transtorno de estresse pós-traumático e distúrbios alimentares são exemplos de condições que podem ser abordadas efetivamente por meio da psicanálise.

Ao compreender as causas inconscientes por trás desses sintomas, é possível aliviar o sofrimento, fortalecer a resiliência emocional e desenvolver mecanismos de enfrentamento saudáveis. O processo terapêutico fornecerá um espaço para explorar as raízes desses sintomas, criando uma oportunidade para a cura e a transformação pessoal.

  1. Crescimento Pessoal e Desenvolvimento de Potencial:
    Além de aliviar o sofrimento psicológico, a psicanálise também oferece uma plataforma para o crescimento pessoal e o desenvolvimento de todo o seu potencial. Ao explorar a fundo sua psique, você pode adquirir uma compreensão mais profunda de si mesmo, identificar seus valores, talentos e desejos autênticos.

Ao trabalhar com um psicanalista, você pode estabelecer metas claras para o crescimento pessoal e receber apoio na jornada para alcançá-las. Isso pode envolver descobrir uma nova carreira, desenvolver relacionamentos mais gratificantes ou explorar uma paixão criativa. A psicanálise permite que você se torne consciente das forças inconscientes que influenciam suas escolhas, capacitando-o a tomar decisões mais alinhadas com sua verdadeira essência.

Procure um psicanalista
A psicanálise oferece um caminho fascinante e recompensador para o autoconhecimento, a cura emocional e o crescimento pessoal. Ao buscar um psicanalista, você dá o primeiro passo em direção a uma jornada transformadora, na qual pode descobrir novas perspectivas, construir relacionamentos mais saudáveis e desenvolver todo o seu potencial.

Lembre-se de que a psicanálise é um processo individualizado e único para cada pessoa. A escolha de um psicanalista experiente e capacitado é fundamental para obter os melhores resultados. Portanto, não hesite em pesquisar, pedir referências e encontrar um profissional com quem você se sinta confortável e confiante em compartilhar sua jornada de crescimento e autoexploração. Você merece o apoio e a oportunidade de viver uma vida mais plena e satisfatória.

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A psicanálise e suas reflexões sobre o amor e o ato de amar


O amor é lindo! Mas como a Psicanálise vê o amor? Neste artigo, vou contar o ponto de vista da Psicanálise sobre o amor.

Entre os vários textos de Freud, temos o “Sobre o narcisismo: uma introdução.” Nesse texto, vamos que Freud mostra duas possibilidades de “objeto de amor”. Um caso, a pessoa decide amar alguém que seja igual a ela. O outro tipo é a pessoa que procura proteção, procura uma pessoa que a proteja, que a cuide.

Você percebe isso em você? No seu caso, quem te atrai mais, pessoas parecidas com você ou pessoas que te geram uma sensação de proteção, cuidado? Lembrando que na prática, isso pode significar que podemos nos apaixonar por uma pessoa que não exatamente seja igual a nós, mas que tenha alguma característica que é bem destacada em nós.
Ou podemos nos apaixonar por alguém que se pareça na maneira de ser ao nosso pai ou mãe. Curioso, não é mesmo?

Primeiro “caso de amor” estudado pela Psicanálise

Bem, lá nos primórdios da Psicanálise, uma jovem procurou Freud em busca de ajuda. Ela havia perdido o pai com uma doença terminal e estava sofrendo muito. Freud então apresentou a jovem a seu amigo Josef Breuer, que também pode ser considerado um dos fundadores da Psicanálise, junto a Freud. Bem, o ponto é que a jovem acabou se apaixonando por ele. O nome da jovem é Bertha Pappenheim, mais conhecida pelo nome fictício de Anna O.

Freud analisou esse caso, o vendo como um caso de transferência em que Bertha viu em Breuer uma representação de seu falecido e amado pai.

Amor e Psicanálise

Segundo Freud, o amor é um estado em que nós nos sentimos iguais à outra pessoa amada. E graças à essa pulsão, ou energia, geralmente idealizamos a pessoa amada como sendo perfeita, sem defeitos. Claro, é uma visão que devemos ter cuidado, pois isso pode nos desorientar e nos meter em problemas.

É por isso que é importante que um relacionamento se desenvolva com calma. Assim, você e a outra pessoa podem se conhecer melhor, conhecer seus pontos positivos e negativos. Com o tempo, você vai perceber que SABE que a outra pessoa tem certas características problemáticas (assim como você), mesmo assim, você decide ACEITAR essas características. Você tem plena consciência desses pontos, mas isso não diminui o amor que sente pela outra pessoa.

Entenda o amor como “amar o perfeitamente imperfeito”.

Mas, afinal, o que é o amor? E o que, não é?

Existem muitas definições para o amor. Para a Psicanálise, é uma pulsão libidinal, uma energia que move as pessoas. Para Camões, é um “fogo que arde sem se ver”. Quero comentar aqui alguns tipos de amor:

Amor fraterno: o amor que temos principalmente a amigos

Amor erótico: é o amor que os casais têm.

Amor “ágape”: essa é uma variante do grego antigo, está relacionado ao famoso “amor ao próximo”.

Amor “storge”: também grego, se relaciona ao amor entre pais e filhos.

Essas quatro definições estão relacionadas a um vocabulário grego, que apesar de antigo, é bem interessante conceitualmente. Afinal, amamos de maneira diferente nossa mãe e aquele nosso amigo, não é mesmo?

Agora, quero comentar alguns comportamentos que muitas vezes são relacionadas ao amor, mas não são em si, provas de amor:

Estar sempre brigando: por incrível que pareça, há pessoas que imaginam que brigar é uma prova de que o casal se ama, porque aparentemente, essas brigas sempre terminam “com um beijo” ou com relações sexuais. Na verdade, terminar uma discussão assim significa apenas que o assunto foi adiado, foi deixado de lado. Mas ele não acabou, continua pendente de resolução.

Além disso, se um casal está sempre brigando, esse casal deve analisar bem como anda esse relacionamento, inclusive questionar se há amor nele.

Dar sempre presentes: claro, dar presentes é comum entre pessoas que se amam, mas o fato de dar sempre presentes em si, não prova que alguém te ama. Muitas pessoas dão presentes para conseguirem favores, amenizar suas consciências por algo ruim que estão fazendo ou para fazer você pensar que elas se importam com você.

O dar presentes pode ser sim, uma prova de amor, quando outras coisas balizam, validam esse amor.

Mostrar excesso de ciúmes: como já comentei aqui, o excesso de ciúme pode destruir qualquer relacionamento. Ciúme está mais relacionado a possuir do que a amar. Quem tem ciúme excessivo, quer ter a posse da outra pessoa, quer praticamente ser o dono ou dona dela. E os motivos de desejar essa possessão podem variar. Qual a vantagem que alguém teria em te possuir?

Amar sempre vale a pena

O amor “é lindo” como dizem. Mas precisamos entender bem como ele funciona, para que não nos machuquemos. E mesmo assim, eventualmente iremos nos machucar “por amor”. Nessa hora, procure ajuda.

Quer conversar comigo? CLIQUE AQUI.