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Terapia de casal: dicas para melhorar seu relacionamento

Você acha que uma comunicação eficaz pode melhorar seu relacionamento atual, mas não sabe por onde começar?

No artigo a seguir, você aprenderá sobre a importância da comunicação e os princípios de uma boa comunicação.

Vamos ao trabalho! Deixamos-lhe 9 dicas para melhorar aspetos da ligação com o seu parceiro.

Importância da comunicação no casal

A comunicação é vital para os relacionamentos, em todas as fases, do namoro ao casamento. Uma boa comunicação é um dos pilares fundamentais de um bom relacionamento, juntamente com outros fatores como honestidade, confiança e respeito.

É importante entender que a comunicação no casal muda constantemente ao longo dos anos. Geralmente, casais que estão juntos há muitos anos podem passar por fases em que há menos comunicação, as causas podem ser passar por estágios de evolução pessoal que depois são alquimiados com a outra pessoa, momentos de desconexão, motivos de casal ou outros que estejam relacionados a processos de uma das partes.

Não fique em falsos entendimentos por não se comunicar ou acreditar que já sabemos o que a outra pessoa diria em tal circunstância. O que enriquece as relações é gerar um vínculo espontâneo de confiança para se expressar livremente.

A convivência não é fácil, por isso uma boa comunicação pode fazer uma grande diferença em termos de vida a dois e familiares. A má comunicação pode arruinar bons casais. Há pessoas com muito potencial de crescimento com outras, mas que não conseguem construir um espaço para dizer o que sentem ou precisam, uma etapa primordial para avançar para a maturidade de um vínculo adulto.

Fundamentos para uma boa comunicação a dois

A comunicação não é igual para todos os casais, mas existem alguns princípios para uma boa comunicação como casal.

Os fundamentos para uma boa comunicação são os seguintes:

1. Saber identificar nossos sentimentos e ter controle sobre eles.

Esse ponto é essencial para uma boa comunicação. Muitas vezes tomamos como certos entendimentos, truísmos diante de situações que só acontecem em nossa mente, enquanto o outro não precisa entendê-las. Ser capaz de expressar nossos sentimentos em palavras é a base de um vínculo saudável.

2. Uma discussão não é uma questão de quem está certo ou errado

Trata-se de expor sentimentos e se colocar no lugar do outro, não elevando o tom de voz, mas fundamentando o que nos acontece com altura e esperando a virada da fala. Não devemos pisar nas reflexões uns dos outros.

Consequentemente, devemos melhorar nossos comportamentos e modificar atitudes do que não é bom para nosso parceiro.

3. Em uma discussão, não é um contra o outro

Ambos devem combater o problema. Partindo do princípio de que o que acontece não é pessoal, mas que são dois adultos diante de uma circunstância que é uma possibilidade de aprender a administrar as discussões futuras que virão no futuro. Dessa forma, poderão progredir nos aspectos que emergem para construir uma relação saudável.

4. Você tem que ser aberto e procurar entender a outra pessoa

Mesmo que o que o outro diga, nos magoe ou não concordemos, devemos buscar um entendimento. Os sentimentos do seu parceiro são tão válidos quanto os seus. Na comunicação entre as pessoas pode haver aspectos mais ou menos desconfortáveis de acordo com as histórias de cada um.

Todos os seres humanos devem ser ouvidos e não julgados. Estar aberto a explorar com paciência, a compreender o outro, mesmo que não concordemos totalmente, faz parte do aprendizado da vida.

5. Empatia, respeito e assertividade

É a base das relações humanas, a comunicação eficaz é construída com base nesses valores, em nossas próprias preocupações tratadas com consideração por nós mesmos e pelos outros.

6. Esteja disposto a tentar terapia de casal

A terapia de casal é um espaço profissionalmente orientado em que os casais podem trabalhar e podem obter um olhar especialista, externo, para situações que acontecem na intimidade.

É uma decisão importante que deve ser acompanhada de uma boa comunicação do casal para expressar situações e que pode melhorar o humor por meio de uma comunicação eficaz.

7. Seja flexível

Contratos, pactos entre pessoas, entre casais podem flutuar ao longo do tempo, mudar de forma ou ter a necessidade de se transformar e de fato esse é o mais natural dos vínculos. É extremamente importante conversar e rever os assuntos ao longo do tempo, já que as pessoas evoluem, também os links e muitas vezes nem tudo acontece ao mesmo tempo.

A comunicação verbal no casal nos permite descobrir em que estágio evolutivo cada um está e o próprio vínculo para poder continuar se projetando.

O pesquisador John Gottman apresenta duas estatísticas interessantes para refletir. A primeira é que casais saudáveis têm uma proporção de 5:1 de elogios para comentários negativos. E eles respondem a 9 em cada 10 chamadas de despertar de seus parceiros quando querem compartilhar algo.

Erros mais comuns na comunicação a dois

Um dos problemas mais comuns na vida a dois é a falta de comunicação ou comunicação ineficaz.

Compartilhar nossas emoções e ser capaz de comunicar nossos sentimentos é extremamente importante quando estamos em um relacionamento com alguém. Não comunicar o que sentimos, ou mantê-lo, quase sempre acaba trazendo problemas para a relação, e a ideia é que a partir desse evento se encontrem ideias superadas, não novos conflitos ou que conflitos permaneçam sem solução.

  • A falta de respeito na comunicação: devemos tentar tratar o outro como gostaríamos de ser tratados e que essa é a base da comunicação para não nos machucarmos. Mantenha a calma em primeiro lugar e não leve os eventos para o lado pessoal, mas uma instância para aprender.
  • Não seja permeável: o que enriquece as pessoas são as diferentes formas de ver, abordar, entender o mundo através da história, a bagagem que cada um traz e contribui para a relação. O casal pode ter aprendido um estilo de comunicação melhor e mais eficiente que podemos aprender se estivermos disponíveis.
  • Não saber ouvir: para interpretar o que o outro precisa, é preciso ser receptivo e não ter consciência de responder. Seja uma pessoa com escuta ativa, deixe o outro expor seus sentimentos e depois análise para responder e gerar uma boa comunicação.
  • Crítica negativa em forma de queixa: o que observamos no outro que não gostamos ou nos ofende deve evitar fazer parte da má comunicação que muitas vezes se torna uma dinâmica, dizendo as coisas que não gostamos em forma de queixa.
  • Ser passivo-agressivo: muitas vezes é tão agressivo o membro do casal que não se comunica, não diz ou expressa seus sentimentos do que aquele que acaba explodindo ou comunicando os problemas do casal com desrespeito. Nem sempre a agressividade faz barulho. Não omitir o som, não elevar o tom de voz, também pode ser violento com quem precisa falar.
  • A falta de empatia: o famoso não se coloca no lugar do outro, o que acontece com frequência nos casais é que apesar de conhecerem a intimidade de muitas das situações, algumas das pessoas no vínculo não conseguem se colocar no contexto do que pode estar acontecendo.
  • Dê a razão, mesmo que não concordemos: evitar a comunicação de casal não é tomar conta das questões que estão sendo expressas ali, é apenas uma forma de escapar da situação.
  • Interromper o outro: não ouvir, não permitir que o outro expresse seus sentimentos. A escuta ativa é essencial para alcançar o que chamamos de boa comunicação aqui. Um vai e vem entre adultos cuja premissa é se entender, evoluir.
  • Mantenha-se na mesma base comunicativa: um relacionamento precisa ser alimentado por ilusões, planos e expectativas, e para isso é necessário aprender a se comunicar. Ser capaz de entender a direção para a qual eles projetam e ter motivação para a construção do elo. Não conversar, não entender sonhos pessoais, coisas em comum, viagens, hobbies, não ouvir ou conhecer a intimidade do outro para fazer acordos e projetos podem secar um relacionamento.
  • Impor nas conversas nossos sentimentos, pensamentos, pontos de vista ou caminhos para a outra pessoa: não há pontos de vista, ou ideias mais valiosas ou precisas do que outras. O que acontece entre duas pessoas que se ligam é digno de ser ouvido, não deve ser sob nenhum aspecto uma batalha de imposições de pensamentos.
  • Deposite a culpa do que acontece com o outro: cada um dos membros do casal é principalmente um ser independente que deve assumir o controle de seus negócios. Não devemos culpar o outro em discussões ou comunicar ressentimento.

9 dicas para uma melhor comunicação a dois

Veja algumas dicas para a comunicação a dois:

  1. Quando estiver falando de uma situação, tente não misturar tópicos ou discussões. Vá um por um. Depois de conseguir abordar um tópico, passe para outro.
  2. A comunicação verbal é a base para a construção de um vínculo valioso, um espaço de aprendizado para evoluir. As expressões verbais constroem realidades, é importante ter consciência desse poder que as palavras que pensamos e depois verbalizamos têm.
  3. Entenda que somos todos diferentes e temos necessidades diferentes. Enquanto algumas pessoas precisam conversar, outras precisam de tempo e espaço para processar seus sentimentos: todas essas formas são válidas entre os seres humanos.
  4. Não deixe que os tópicos se acumulem. Ter espaço para se comunicar, para expressar necessidades antes que elas se tornem um problema, saber dizê-las da melhor maneira, quando estão acontecendo, pode ser a chave para a comunicação que permite que as pessoas evoluam em suas ideias, pensamentos.
  5. Destaque as boas qualidades do seu parceiro. O que eu gosto no outro é o que eu também quero para mim ou admiro nas pessoas, então comentar sobre esses gestos, virtudes ou maneiras agradáveis das pessoas fará com que a outra pessoa se sinta valiosa.
  6. Não assuma o que o outro quer dizer, nem faça suposições. Não deixe que a mente conte uma história que pode não ter nada a ver com a realidade. Para eles, o casal pode perguntar em vez de fazer suposições.
  7. Não use palavras como “sempre” ou “nunca”. Não ser dramático, saber interpretar o conflito como uma oportunidade de crescimento e uma situação que surge para a evolução das pessoas, que nada é pessoal. O uso das palavras certas é um grande aprendizado para os membros do casal.
  8. É importante que cada tema que surja para qualquer uma das pessoas do casal tenha seu espaço. Gerar um momento, uma prática comum de conversar e que as preocupações possam ser expostas e tratadas em tempo hábil, que outros problemas do casal que possam surgir no futuro não sejam falados. Que cada assunto possa ser abordado e discutido quando acontece e não se acumule com outros temas, gerando angústias, pensamentos hipotéticos ou ressentimentos.
  9. Não faça comentários para magoar a outra pessoa. Não use em uma circunstância de conflito informações do outro, seus traumas, feridas, defeitos como armas no momento das discussões para machucar o outro.

Lembre-se que um relacionamento é um trabalho de duas pessoas. É uma sociedade onde se um perde, os dois perdem. Então o melhor que ambos ganhem, certo?

Precisa de ajuda? Converse comigo! CLIQUE AQUI.

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Você é uma pessoa “normal”? Que tão loucos somos?

Tá louco?

Já te perguntaram isso? O que você respondeu?

Parece fácil, mas na verdade, o conceito de loucura não é simples de explicar, se é que pode ser explicado corretamente. De acordo com a psicanálise, a loucura não é vista como uma condição separada ou distinta da saúde mental, mas sim como uma expressão particular de conflitos, traumas e mecanismos de defesa que afetam a psique de uma pessoa. A psicanálise considera que todos os indivíduos possuem uma estrutura psíquica complexa, onde conflitos inconscientes podem surgir e influenciar o comportamento e as experiências pessoais.

Mas o ponto é que a própria normalidade é bem discutível. O que é normal para você?

Como as pessoas veem a normalidade

Geralmente, o que é considerado “normal” é o que é aceito socialmente em uma coletividade. Para uma comunidade, certas atitudes podem ser consideradas aceitáveis, enquanto outras podem considerar o mesmo gesto uma “loucura”.

Pense por exemplo, em algumas tribos amazônicas. Em algumas delas, as pessoas praticamente andam nuas. Completamente. Em outras, se usam apenas pequenas peças de roupa que parecem mais adornos do que roupas propriamente dito. Se um membro dessas comunidades se apresenta assim em um centro urbano qualquer do Brasil, certamente ele ou ela terá problemas com a polícia, isso para dizer o mínimo. Essa enorme diferença cultural pode fazer com que alguém pense ao ver tal indivíduo sem roupas na rua, como sendo um “louco”.

Eu dei um exemplo meio extremo, mas vamos a um mais simples. Imagine que você está caminhando com alguns amigos de volta de um churrasco na casa de um amigo. Seu grupo vai conversando tranquilamente, até que em um ponto do trajeto, vocês passam por um local onde uma música bem movimentada está tocando. Um de seus amigos então, que gosta muito da música, começa a cantarolar a letra enquanto faz alguns passos da coreografia da música.

Como vocês estão em público, alguns de seus amigos pedem para que ele pare com isso. Afinal, vão pensar que ele é “louco”. Agora eu pergunto: se você visse uma pessoa na rua dançando e cantando, pensaria que ela tem algum tipo de transtorno mental? Ou que ela está simplesmente comemorando algo bom? Ou até mesmo, simplesmente se sentindo feliz e sem medo de expressar isso?

Comum versus normal

É preciso entender a diferença entre o que é comum e o que é normal. Muita gente confunde os dois conceitos. Eu já comentei aqui no blog sobre essa diferença e vou reforçar nesse artigo.

Comum: algo que acontece, que é costumeiro. Por exemplo, é comum no Brasil, que a temporada de chuvas seja no verão. É comum que as pessoas queiram beber café durante a manhã.

Normal: é normal que um carro se mova com um motor. Também é normal que uma pessoa beba água.

Como você vê, nem tudo o que é comum é normal. Um assalto pode ser comum em algumas regiões, mas certamente não é algo normal. É uma anormalidade.

E é aí onde entra o conceito comum de loucura: as pessoas classificam pessoas como loucas pelo simples fato de não serem pessoas comuns. Dessa forma, autistas podem ser classificados como loucos, já que não se comportam sempre como um neurotípico. Ver uma pessoa dançando enquanto caminha na calçada não é comum, mas também não quer dizer que ela seja “louca”.

Distúrbios mentais versus loucura

Sim, há distúrbios mentais de diferentes níveis. Doenças sérias que complicam a vida de quem é afetado por elas, tanto direta como indiretamente. E esses distúrbios devem sim, ser tratados com muita responsabilidade.

Mas nesse artigo, quero contestar o que chamamos de loucura. Muitas vezes, a loucura é apenas o pensar diferente do comum. A pessoa tem um pensamento normal, porém incomum. E isso é chamado de loucura. Num passado triste e frio recente, muitos hospícios continham pessoas que não exatamente tinham distúrbios mentais. Por exemplo, em Barbacena havia um hospício que segundo a autora deste livro podem ter morrido mais de 60.000 pessoas, muitas delas inclusive que eram apenas “indesejados” que foram confinados em condições absurdas em um local que era como um campo de concentração nazista.

Se você tem ideias fora do que é comum, diferentes do que sua comunidade “aceita”, saiba que você não é nenhum louco. Você é apenas diferente, incomum.

Desafie a normalidade! Questione o conceito de loucura!

Psicanalista é terapeuta de loucos?

Mas, que “loucura” é essa?

Pelo simples fato de que você procurou ajuda profissional, você mostrou que não tem nada de louco. Principalmente se você procurou e aceitou a ajuda. A Psicanálise é um processo que vai ajudar quem passa por ele a se conhecer melhor, a saber lidar com os porquês de sua vida, a saber se questionar, questionar suas atitudes e pensamentos. Se você acha que quem procura isso é louco, louco é você.

Se você quer ser ouvido e quer se ouvir melhor, procure um psicanalista.

Eu quero te ouvir, me procure.

CLIQUE AQUI para fazer isso.

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Terapia de Casal: como melhorar a comunicação em um relacionamento?

Como melhorar a comunicação em um relacionamento?

Todos os casais são diferentes, mas as chaves para uma boa comunicação são constantes: é preciso ser direto, aberto e honesto quando se trata de seus sentimentos e dos problemas que ocorrem no relacionamento. Guardar as coisas para si só vai gerar confusão e ressentimento, por isso é importante que você aprenda a se comunicar corretamente em seu relacionamento.

Uma boa comunicação é fundamental para a base de um relacionamento saudável, no entanto não é fácil. O desafio que todo casal enfrenta tem a ver, antes de tudo, com a convivência com as diferenças de cada um, seus diferentes modos de ser e diferença de pontos de vista de cada um. Nenhum casal concordará em tudo, então nenhuma questão pode ser efetivamente abordada sem ser capaz de falar sobre isso. Uma boa comunicação significa ser capaz de manter um diálogo, ouvir o outro e não acabar preso em monólogos mútuos. É que ambos podem plantar sua posição afirmativamente, sem ter que desqualificar o outro, e ser capazes de ouvir a posição de seu parceiro. Comunicar-se corretamente também significa evitar concordar com questões com as quais você realmente não concorda, ou não ficar calado ou com medo da reação do outro.

Se você está acostumado a usar um estilo passivo ou mesmo passivo-agressivo de comunicação, será difícil ser capaz de enfrentar as dificuldades quando elas surgirem. Se você quer que seu relacionamento seja duradouro, é essencial melhorar suas habilidades de comunicação, para que haja comprometimento, que os sentimentos possam ser expressos adequadamente.

Dicas para transformar a comunicação em seu relacionamento de forma duradoura

1. Ouvir nem sempre é o que você pensa

Ouvir pode parecer uma ação muito simples de ser executada, porém nem todo mundo sabe como fazê-la, pois envolve alguns desafios que tendem a ser negligenciados. Muitos casais não distinguem entre ouvir e escutar com atenção. Muitas vezes, as conversas em um casal consistem em duas pessoas conversando uma com a outra, mas não ouvindo uma à outra. Por exemplo, eu escuto o que minha namorada me diz, mas quando discordo ou acredito que ela está errada, penso imediatamente em como argumentar e mostrar a ela que estou certo. Ou mesmo no caso de seu parceiro lhe contar sobre uma lembrança das férias em um país estrangeiro que o marcou em sua juventude. Em vez de perguntar por que ele o marcou e o que ele amou naquela viagem, você aproveita para trazer à tona suas próprias histórias e memórias associadas ao país em questão. É assim que passamos de uma conversa focada no nosso interlocutor e na sua história de férias para um monólogo em que é apenas sobre a nossa história e a nossa pequena pessoa.
Da próxima vez que seu parceiro lhe disser algo importante, faça perguntas sobre como ele se sente, o que ama e o que não gosta sobre o que lhe disse. É muito bom quando o outro está realmente interessado em nós e curioso sobre o que temos a dizer.

2. Valorize seu parceiro para estabelecer um clima favorável.

Um dos requisitos mais importantes para você melhorar a comunicação em seu relacionamento é que você possa valorizar seu parceiro. Não é fácil. Muitas vezes somos incapazes de valorizar as pessoas ao nosso redor pela simples razão de que nunca fomos valorizados em nossas vidas. A maioria de nós tem a tendência de apontar o que não está certo no outro, o que está errado ou não funciona. Dizemos com menos frequência o que gostamos ou o que faz bem ao nosso parceiro, o que gostamos nele, as qualidades que admiramos.

Não se trata de pensar que seu parceiro é perfeito, que ele não tem erros, ou de ficar de braços cruzados em relação às suas fraquezas (é importante que tenhamos a expectativa de que nosso parceiro fortaleça suas fraquezas). Trata-se de construir uma relação peer-to-peer, na qual tanto a crítica construtiva quanto a admiração podem existir. Se nos consideramos superiores ou inferiores ao nosso parceiro, perdemos a possibilidade de ter uma comunicação respeitosa que enriquece ambas as partes. Veja sobre relacionamentos tóxicos.

Adquira o hábito de ver o copo meio cheio e acentue o positivo em seu parceiro. Elogie-o, valorize suas ações, decisões, seus esforços e suas qualidades. Encorajamos o que sublinhamos e desencorajamos o que ignoramos.
Uma das razões pelas quais poucas pessoas valorizam os outros é que muitas pessoas nunca foram valorizadas em suas vidas.

3. Domine a arte de discutir com calma

É aconselhável ter discussões com a cabeça fria e não com sangue quente. Você deve estar no controle de si mesmo para fazer as melhores escolhas possíveis ao discutir. Uma palavra a mais pode desequilibrar desnecessariamente a situação. Tenha em mente que na convivência diária podem ser ditas ou feitas coisas que o outro pode levar para o lado pessoal, já que podem tocar em pontos sensíveis, e isso faz com que o casal reaja defensivamente. É importante que você identifique os momentos em que um de vocês começa a ser levado ao seu desamparo e reaja a partir daí, para parar imediatamente a discussão, para evitar que a situação se agrave desnecessariamente, e diga coisas das quais se arrependerá mais tarde.

Também é importante que você visualize seu parceiro como um membro de sua equipe, um amigo, e não como um adversário ou um rival a ser derrubado. Discutir com seu parceiro é totalmente normal. Isso não significa que eles não se amam. Não negligencie que a pessoa à sua frente é alguém que você escolheu para viver com você, e nem tudo na pessoa dela será fácil de conviver. Dessa forma, seu parceiro não merece seu desprezo, muito menos seu ódio. É uma pessoa digna de respeito e admiração que merece seus esforços para estar bem na relação.

4. Para uma boa comunicação, não use palavras extremas

Sinais com as palavras “sempre”, “nunca” estragam o progresso de um relacionamento e fazem com que seu parceiro se sinta desqualificado. A vida não é toda preta ou branca, e casais que se comunicam adequadamente tendem a fugir de termos que sugerem exagero ou generalização excessiva. É aconselhável, se necessário, fazer críticas muito pontuais e precisas, evitando generalizações. É mais fácil ouvir uma crítica quando ela não é algo permanente ou o tempo todo, porque você pode sentir que os esforços feitos nesse sentido são reconhecidos, e isso favorece as condições para continuar melhorando.

5. Quando estiver errado, fale sobre isso e busque reparação

Somos todos seres humanos e, portanto, estamos expostos a erros na relação. Quando isso acontecer, não se sinta culpado apenas por si mesmo, é importante se concentrar em como seu parceiro se sente e mostrar seu interesse sincero em reparar os danos causados. Quando você fere os sentimentos do seu parceiro, é importante explorar como você pode reparar o dano. Toda falha gera uma dívida em relação ao relacionamento. O primeiro passo é reconhecer essa dívida, e depois mostrar por meio de ações e reflexões que existe um desejo de mudança e de pagar essa dívida. É importante que essa dívida seja uma dívida finita, e você não fique preso na culpa (e seu parceiro no ressentimento).

6. Saiba pelo que seu parceiro é apaixonado

Uma das razões pelas quais a comunicação é importante é porque somos todos únicos. Uma relação envolve a união de duas pessoas com diferenças, gostos particulares, visões únicas da vida. A comunicação é a ponte para que esses dois mundos se encontrem e se enriqueçam. É importante estar na mesma página com o seu parceiro, e saber o que ele considera importante, o que ele é apaixonado. Isso pode ajudá-lo a unir seus objetivos e sonhos com os do seu parceiro.

7. Não assuma que seu parceiro conhece seus pensamentos

Se houver um problema em seu relacionamento, não assuma que seu parceiro sabe o que você está pensando sem tentar informá-lo. Muitas vezes pensamos que sabemos o que o outro pensa, mas os casais sempre têm dificuldades quando interpretam ou dão sentido a um gesto ou a um olhar. É aconselhável reunir e comunicar explicitamente as coisas importantes, e não se deixar levar por percepções. Se algo o incomoda, fale abertamente sobre isso para resolver o conflito e passe para outra coisa.

8. Não fique na defensiva

Reagimos defensivamente porque chegamos à conclusão de que o nosso parceiro nos ataca e, portanto, temos de nos defender. Embora às vezes nosso parceiro ou nós mesmos possamos dizer coisas realmente dolorosas, na maioria das vezes não há má intenção no que dizemos ou nosso parceiro nos diz. Assim, é importante considerar isso, e parar antes de reagir automaticamente e começar a se defender. Respire devagar. Pergunte a si mesmo se você está realmente ouvindo os dois lados da história. Em vez de se esforçar para provar que seu ponto de vista está correto e o de seu parceiro está errado, concentre-se melhor em ver o que você pode fazer para tornar a vida a dois melhor.

9. Faça perguntas abertas

Perguntas fechadas, às quais respondemos ‘sim’, ‘não’, ‘amanhã’, ‘depois’, dão pouco espaço para abrir uma conversa entre o casal. Uma pergunta em aberto, por outro lado, não dá margem a uma resposta específica. Por exemplo: o que é mais importante para você na sua carreira? Embora perguntas específicas e fechadas tenham sua importância para muitas situações também como casal, a comunicação pode se beneficiar e oportunidades podem ser geradas para se conhecerem mais profundamente e explorarem o outro com perguntas abertas. Além disso, eles podem ser evidência de um interesse sincero um pelo outro e uma vontade de estar mais próximo.

10. Não pense que seu parceiro é seu oponente

Consiga experimentar que seu parceiro está na mesma equipe com você. Não veja apenas o negativo em seu parceiro. Ou que ele ou ela está disputando com você para ver “quem é o melhor” ou “quem manda mais”.

11. Ouvir o parceiro também é uma forma de comunicação

Tire um tempo para ouvir seu parceiro e dar-lhe um “direito de responder”, mesmo que você ache que a afirmação do outro é errada ou falsa. Isso permite que você entenda seus argumentos antes de poder contra-argumentar e concordar e criar novas ideias. Isso ajudará você a mostrar ao seu parceiro que você está disposto a resolver conflitos que existem no relacionamento, e que você quer melhorar as coisas.

Quando o diálogo é complicado e é difícil para você se fazer entender pelo seu parceiro, você pode tender a reagir negativamente e buscar se impor. Como consequência, você para de ouvir e se fecha em si mesmo.

12. Você não para de falar com seu parceiro

No início de um relacionamento, ambos querem refazer o mundo juntos por horas, até tarde da noite. Os gostos, desejos, visão de vida, do casal são compartilhados. Mas, com o tempo, essas conversas tendem a se tornar cada vez menos frequentes, e fica difícil encontrar momentos para conversar no decorrer do dia a dia. De fato, a falta de tempo é a causa número um de muitos casais que sofrem de estresse, pressão ou fadiga.

A conversa alimenta a rotina. No entanto, não é algo simples. Voltar à conversa requer um teste de criatividade. Você pode propor fazer um espaço entre as atividades diárias, ter um diálogo pelo menos uma vez por semana. E com isso, não estou dizendo que você deve conversar com seu parceiro ou parceira apenas uma vez por semana! Mas que você dedique e tome tempo para dedicar tempo de qualidade com ele ou ela. Por exemplo, no caminho para o supermercado aos domingos, com uma bebida depois do trabalho, antes de ir para a cama. Pense em várias oportunidades que podem ser usadas para boas conversas.

Mas cuidado. Você pode falar com alguém por horas sem realmente ter uma conversa. Geralmente, os casais são vítimas da rotina do dia a dia, e acabam falando sobre problemas de trabalho, contas a pagar, ao invés de falar de si, do outro ou da relação.

É importante falar novamente sobre seus gostos, seus desejos, suas necessidades. Aproveite para surpreender seu parceiro, planeje projetos juntos. Tenha em mente que poder conviver por muitos anos e evitar dizer “não tenho nada a dizer ao meu parceiro” não é fácil, é um desafio que deve ser mantido em mente desde o início. É preciso se alimentar constantemente, ser um agente ativo dentro do casal, e não espero que venha do outro. Isso envolve ser curioso, cultivar, ter projetos, vibrar, evoluir constantemente e rever a si mesmo também, e depois compartilhar tudo isso com seu parceiro. Uma condição para que isso seja cumprido: interesse e escuta devem ser recíprocos. O outro deve ser capaz de ouvir. Todos devem estar atentos às necessidades e desejos de seu parceiro.


Se procura ajuda psicanalítica, te convido a entrar em contato comigo.

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Você sempre se interessa por pessoas tóxicas? Psicanálise Aplicada

Existem várias razões pelas quais uma pessoa pode se sentir atraída por alguém que é tóxico para ela. Algumas dessas razões incluem:

  1. Trauma emocional prévio: Pessoas que tiveram experiências traumáticas em relacionamentos anteriores podem acabar sendo atraídas por pessoas tóxicas. Isso pode acontecer porque elas se sentem mais confortáveis em ambientes familiares, mesmo que esses ambientes sejam prejudiciais.
  2. Baixa autoestima: Pessoas com baixa autoestima podem sentir que não merecem um relacionamento saudável e acabam se envolvendo com pessoas tóxicas que as fazem sentir valorizadas ou desejadas. Eles podem sentir que não conseguem atrair um parceiro mais adequado ou que essa é a única opção disponível para eles.
  3. Padrões de relacionamento aprendidos: Algumas pessoas crescem em ambientes onde relacionamentos tóxicos são a norma. Como resultado, elas podem achar que isso é normal e até mesmo desejável em um relacionamento. Elas podem procurar pessoas que se encaixam nesse padrão sem perceber que há opções melhores disponíveis.
  4. Carência emocional: Alguém que está passando por um momento difícil em sua vida pode buscar o conforto e a atenção de uma pessoa tóxica. Esse tipo de pessoa pode ser manipuladora e controladora, mas também pode oferecer um senso de apoio que a pessoa carente sente falta.
  5. Atração pela intensidade: Algumas pessoas são atraídas por relacionamentos intensos e turbulentos. Elas podem sentir que a dinâmica emocional é mais emocionante do que um relacionamento estável e previsível. Isso pode levá-las a buscar pessoas que criam esse tipo de ambiente emocional.
  6. Medo do abandono: Pessoas que têm medo de serem abandonadas podem acabar se apegando a pessoas tóxicas, porque sentem que não têm muitas opções. Elas podem tolerar comportamentos abusivos ou prejudiciais, pois têm medo de perder a pessoa tóxica.

Essas são apenas algumas das razões pelas quais uma pessoa pode se sentir atraída por alguém que é tóxico para ela. É importante lembrar que cada pessoa é única e que há muitos fatores diferentes que podem contribuir para essa dinâmica em um relacionamento. Se você está enfrentando essa situação, é importante buscar ajuda profissional para entender melhor suas necessidades emocionais e tomar decisões mais saudáveis em seus relacionamentos.

Visão da Psicanálise sobre isso

A psicanálise oferece uma visão interessante sobre as razões pelas quais algumas pessoas podem ser atraídas por outras que são tóxicas para elas. De acordo com a teoria psicanalítica, nossas experiências emocionais anteriores e a forma como lidamos com elas podem ter um grande impacto em nossos comportamentos e escolhas em relacionamentos.

Por exemplo, uma pessoa que tenha passado por traumas emocionais em relacionamentos anteriores pode acabar se envolvendo com pessoas tóxicas como uma forma de lidar com esses traumas. A psicanálise nos ensina que essas escolhas podem ser motivadas por uma tentativa de repetir ou recriar situações emocionais passadas para poder superá-las ou dominá-las de alguma forma.

Além disso, a baixa autoestima pode ser um fator importante que leva uma pessoa a se envolver com alguém tóxico. A teoria psicanalítica nos mostra que a autoimagem e autoestima de uma pessoa são influenciadas por seus primeiros relacionamentos com seus cuidadores, e isso pode moldar sua percepção de si mesma e sua capacidade de se relacionar com outras pessoas.

Os padrões de relacionamento que aprendemos também podem influenciar nossas escolhas de parceiros. Se crescemos em um ambiente onde relacionamentos tóxicos são comuns, podemos acabar repetindo esses padrões em nossas próprias vidas, mesmo que não tenhamos consciência disso.

A psicanálise também nos ensina que a carência emocional pode ser um fator importante que leva uma pessoa a se envolver com alguém tóxico. Isso ocorre porque, quando estamos emocionalmente carentes, podemos nos tornar mais vulneráveis a buscar conforto e apoio de qualquer pessoa que possa oferecê-lo, mesmo que essa pessoa seja tóxica para nós.

Por fim, a psicanálise destaca o papel do inconsciente em nossas escolhas de relacionamento. Às vezes, podemos ser atraídos por alguém tóxico sem saber por quê. Isso pode ser motivado por desejos inconscientes que estamos tentando realizar por meio do relacionamento, mesmo que esses desejos sejam contraproducentes ou prejudiciais.

A psicanálise nos mostra que nossos relacionamentos são influenciados por uma ampla variedade de fatores emocionais e psicológicos, e que esses fatores podem afetar nossas escolhas de parceiros de maneiras complexas e sutis. Se você está lutando com relacionamentos tóxicos, pode ser útil buscar ajuda profissional para explorar esses fatores mais profundamente e encontrar maneiras de criar relacionamentos mais saudáveis e gratificantes.

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Como o ciúme funciona na prática? Conto psicanalítico

Quero contar a você uma estória, um conto, que ilustra um pouco sobre como funciona a vida de uma pessoa que tem ciúme delirante, perigosamente intenso. Obviamente, é algo ilustrativo, na vida real com certeza o personagem da estória teve outras influências para seu comportamento. Vejamos.

A história de Pedro, o ciumento

Pedro era um menino feliz. Tinha uma família que o cuidava bem.

Até que um dia, o pai de Pedro decidiu abandonar a família, foi viver com outra pessoa e compôs outra família com ela.

Nesse meio tempo, a família de Pedro sofreu muito, tanto emocionalmente, pela falta do amor do pai, como também economicamente, já que o pai era quem sustentava financeiramente a casa, mas por um tempo, a família de Pedro teve dificuldades econômicas também, precisando eventualmente, de contar com ajuda de outros familiares e amigos.

Esse abandono do pai deixou marcas fortes em Pedro. Ele desenvolveu um medo terrível de ser abandonado. Na escola, quando ele fazia amigos, não queria que esses amigos se relacionassem com outras crianças, pois ele temia perder essas amizades.

Quando Pedro cresceu, ele conheceu Clara. Os dois se apaixonaram e se tornaram namorados. Mas esse relacionamento não era fácil. Pedro constantemente ligava para Clara perguntando onde ela estava e o que estava fazendo. Ele fazia isso diariamente. Clara também notava que Pedro não gostava que ela tivesse amigos do sexo masculino. Mas até aí, Clara pensava que era apenas “porque ele a amava muito”.

Pedro e Clara se casam. E as coisas só pioraram.

Agora, Pedro exige ter acesso, com login e senha, de todas as redes sociais de Clara. Além disso o celular dela é “inspecionado” diariamente, para verificar se “está tudo bem”. Além disso, sempre que alguém do sexo oposto manda uma mensagem ou faz um comentário nas redes sociais de Clara, Pedro desconfia que algo pode estar errado. Ele pergunta a Clara “o que significa” tal mensagem, muitas vezes eram mensagens felicitando Clara por alguma foto em que ela compartilhou uma mensagem de ânimo.

Um dia, trabalhando, Clara dá uma explicação a um companheiro de trabalho por meio e-mail. Esse colega de trabalho fica agradecido e envia um e-mail agradecendo. No final da mensagem ele diz: “você salvou meu dia! (termina com um emoji de coração)”.

Pronto! Pedro ao ver esse e-mail (ele fiscaliza tudo), tem a “certeza” de que tem uma prova de sua esposa está lhe traindo. Afinal, que absurdo, mandar um coração para alguém casado!

Pedro então faz um serviço de investigação, digno da série CSI, por fim encontra o colega de trabalho de sua esposa nas redes sociais e percebe que ele também é casado e tem filhos. Na cabeça de Pedro, ele cria uma realidade em que sua esposa e esse colega de trabalho dela têm um romance secreto, que provavelmente é comunicado com algum tipo de código, nas redes sociais.

Aí ele confronta Clara: ela diz que ela tem que confessar sua traição, ou ele irá conversar com a esposa do colega de trabalho dela e dizer “toda a verdade”. Naturalmente, se Pedro fizer isso, ele pode estar destruindo um casamento alheio. Mas a ameaça dele parece bem real para Clara, que se desespera.

O desespero de Clara fortalece na mente de Pedro a certeza da traição. Ele começa a ameaçar a Clara de que irá se divorciar e ela jamais voltará a ver seus filhos, pois ele irá conseguir a guarda deles. Esse episódio termina com o passar dos dias, em que Pedro aparentemente, deixou o assunto de lado.

Com o passar do tempo, Clara começa a deixar de contar a Pedro pequenos detalhes de sua vida. Visitas de profissionais à sua casa, como encanadores, carteiros por exemplo, não são mencionadas. Clara também sai com suas amigas secretamente, durante alguma viagem de trabalho de Pedro, sem nunca mencionar esses passeios. Ela teme que qualquer coisa dessas que ela comente com ele, poderá se transformar em um ataque de ciúmes descontrolado.

Por fim, Clara começa a temer por sua integridade física. Ela tem medo de que Pedro em algum ataque de ciúmes queira agredi-la fisicamente. Ela já sofre emocionalmente faz tempo e para ela, a agressão física era o passo seguinte de Pedro.

Clara decide então se afastar de Pedro, vai com os filhos para uma outra casa. Pedro ao ver sua esposa saindo de casa, tem claro em sua mente que finalmente, ele tem uma prova cabal de que era traído todo esse tempo, pois com certeza, segundo ele, sua esposa agora estava indo morar com o amante.

Pedro termina sozinho, sem amigos próximos, deitado em sua cama. Ele morre, tendo a certeza de que durante TODA sua vida, ele foi abandonado e traído pelas pessoas que deveriam amá-lo.

Essa estória é ficção, mas acredite, há muitos “Pedros” e “Claras” por aí. O excesso de ciúme não é “amar demais” nem tampouco é algo saudável para um relacionamento. Pessoas com ciúme delirante sofrem e fazem outros sofrerem. Se você é vítima de alguém ciumento ou se você se der conta de que precisa de ajuda para lidar com seu ciúme, CLIQUE AQUI. Quero ouvir você! Marque uma consulta!

Benefícios da Terapia de Casais – Psicanálise aplicada

É difícil pensar nos benefícios da terapia de casais quando ela geralmente está associada a acreditar que é o último recurso para salvar um relacionamento diante da separação ou do divórcio, mas a verdade é que ir a um profissional tem múltiplas vantagens tanto como casal quanto individualmente.

É por isso que, se os casais conseguirem ir à terapia quando os problemas ou dificuldades começarem, eles podem ganhar um amplo espectro de habilidades e ferramentas que poderiam salvar seu relacionamento, bem como melhorar seu bem-estar psicológico e emocional.

O que é terapia de casais?

A terapia de casais baseia-se no uso de estratégias psicológicas para ensinar os casais a melhorar seu nível de satisfação conjugal. Seu principal objetivo é melhorar a qualidade do relacionamento e o nível de satisfação.

Diante dos problemas conjugais, quando surge o conflito, há uma tendência a culpar o outro pela situação, por isso é feito ou não interpretando que isso se deve aos seus problemas psicológicos, à sua maldade ou à sua incompetência pessoal. Então, a partir da psicoterapia, tentamos modificar a maneira de pensar e agir.

A maioria das queixas tem a ver com a má gestão de incompatibilidades sobre as inevitáveis semelhanças e diferenças entre os dois. Como as diferenças são inevitáveis, o perigo é que um padrão destrutivo de interação possa ser gerado.

Por que não podemos parar de discutir?

O que constrói um problema e o mantém são as tentativas de soluções que não funcionam. Quando você repetidamente complica um problema através de um círculo vicioso de interação disfuncional característica (de cada casal), você perpetua o que deve ser mudado.

Repetidas tentativas disfuncionais podem ser porque:

  • Tentativas herdadas de solução, aprendidas inconscientemente e vicariamente (maltratando o filho de um abusador) são usadas.
  • São estratégias que foram bem-sucedidas no passado (uma birra).
  • Diante da dificuldade, em vez de repensar o problema e sermos criativos, nos protegemos sendo mais rígidos e inflexíveis e pensamos que “se eu parasse de agir como agi, teria sido ainda pior”.

Da mesma forma, um fator-chave na ancoragem patológica das relações de casal é a interpretação como intencional de comportamentos desagradáveis por parte do cônjuge. Isso pode ser causado por:

  • A tendência de simplificar a origem dos problemas conjugais para o comportamento ou atitude do outro e, assim, não perceber outras causas.
  • A tendência de fazer atribuições globais inespecíficas que levam a generalizações excessivas e a um sentimento de impotência.
  • Expectativas extremas e irrealistas sobre como os casais devem funcionar (preconceitos culturais).
  • A tendência de atribuir a origem dos problemas a características estáveis e imutáveis do outro.

Não consigo falar com o meu parceiro

A falta de habilidades para comunicar (emitir ou receber) informações sobre ideias, opiniões e emoções é outro dos problemas mais comuns e importantes nos casais.

Quando um relacionamento se torna conflituoso e/ou o equilíbrio emocional é alterado, ele sempre leva a uma comunicação disfuncional e problemática que surge como a origem do remetente enviando uma mensagem:

  • Com incompatibilidades entre forma e conteúdo.
  • É excessivamente sutil e interpretável.
  • Contém ironia ou duplo sentido.
  • Ocorre em horários ou locais inapropriados.

Um dos objetivos prioritários da terapia de casais é ser capaz de fazer com que ambos os membros admitam as opiniões do outro como válidas. Consequentemente, isso ajuda o cônjuge a se sentir mais à vontade para expressar sua percepção do problema, defendendo suas necessidades ou ideias (certas ou erradas) e confessando suas emoções. 

Características dos casais satisfeitos

  • Ambos os cônjuges assumem a sua quota-parte de corresponsabilidade em situações aversivas e adoptam uma atitude de cooperação na sua resolução.
  • Trocas de comportamentos gratificantes são mantidas e variadas.
  • Cognições positivas associadas à relação e percepção dos benefícios que ela lhes traz.
  • Comunicação aberta, franca e respeitosa, num ambiente de aceitação incondicional de diferenças de opinião que promovam o interesse e a intimidade.
  • Eles posicionam os problemas como algo externo ao relacionamento contra o qual eles têm que unir forças para resolvê-los.

Benefícios da Terapia de Casais

  1. Sinais claros de reconhecimento, confiança e respeito, que favorecem a nossa estabilidade e autoestima.
  2. Espaço de segurança, estabilidade emocional e ajuda mútua, o que facilita a assunção de objetivos individuais num espaço de segurança.
  3. Satisfação social, afetiva, sexual, reprodutiva, etc.
  4. Equilíbrio entre independência e empresa e identidade social: somos independentes, mas também membros de um projeto comum.
  5. Vínculo de intimidade, comunicação autêntica e apego.
  6. Ferramentas para resolver obstáculos e conflitos atuais ou futuros: levantar e resolver problemas.
  7. Promover a proatividade e a escuta ativa.

Conclusão

O esforço terapêutico é direcionado para focar no aqui e agora, identificando que tipo de solução está sendo utilizada, bloqueando-a e mudando-a para uma mais funcional. Os casais são diferentes e têm necessidades diferentes, mas só negociando e cooperando é que se pode chegar a um acordo satisfatório para ambas as partes.

O objetivo da terapia de casais é ser capaz de se conectar, reconectar ou curar o relacionamento. Quando os cônjuges se sentirem corresponsáveis pela situação atual, acredite que ela pode ser mudada e direcione sua energia para poder fazê-lo.

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Como melhorar a comunicação de um casal – Dicas do Psicanalista

A comunicação é uma das chaves para um relacionamento saudável e feliz. No entanto, muitos casais enfrentam dificuldades em se comunicar efetivamente, o que pode levar a mal-entendidos, conflitos e ressentimentos. Felizmente, existem várias maneiras de melhorar a comunicação em um relacionamento e um psicanalista pode ajudar nesse processo.

Abaixo, discutiremos algumas estratégias para melhorar a comunicação em um relacionamento e os benefícios de buscar terapia de casais.

  1. Aprenda a ouvir

Ouvir é uma habilidade importante na comunicação. Quando um parceiro fala, preste atenção ao que ele está dizendo, sem interrompê-lo ou julgá-lo. Faça perguntas para esclarecer pontos que você não entende e repita o que foi dito para confirmar que você entendeu corretamente. Dessa forma, você pode mostrar ao seu parceiro que você está interessado em entender o ponto de vista dele.

  1. Fale de forma clara e respeitosa

Ao falar com seu parceiro, seja claro e direto sobre seus pensamentos e sentimentos. Use “eu” em vez de “você” para evitar acusações e julgamentos. Fale de forma respeitosa e evite usar palavras ou tom de voz que possam ser interpretados como hostis ou agressivos.

  1. Aprenda a lidar com conflitos

Conflitos são inevitáveis em qualquer relacionamento. No entanto, é importante aprender a lidar com eles de maneira construtiva. Em vez de tentar vencer uma discussão, trabalhe em conjunto para encontrar uma solução que satisfaça ambos os lados. Tente não ficar preso ao passado e evite trazer questões antigas para a discussão atual.

  1. Seja aberto e vulnerável

Compartilhar pensamentos e sentimentos pode ser difícil, mas é importante ser aberto e vulnerável com seu parceiro. Se você está preocupado com algo, compartilhe isso com seu parceiro. Dessa forma, você pode trabalhar juntos para encontrar uma solução.

  1. Busque terapia de casais

Se você está tendo dificuldades para se comunicar com seu parceiro, buscar terapia de casais pode ser uma ótima opção. Um psicanalista pode ajudar a identificar problemas na comunicação e fornecer ferramentas e estratégias para melhorar o relacionamento.

Benefícios da terapia de casais

  • Melhora a comunicação
  • Ajuda a lidar com conflitos
  • Fortalece o relacionamento
  • Ajuda a reconstruir a confiança
  • Ajuda a identificar e lidar com problemas subjacentes

A terapia de casais pode ser uma ferramenta poderosa para melhorar a comunicação e fortalecer um relacionamento. Se você está tendo dificuldades para se comunicar com seu parceiro, considere buscar ajuda profissional. Lembre-se de que a comunicação é a chave para um relacionamento saudável e feliz.

Além disso, é importante lembrar que cada casal é único e tem suas próprias dinâmicas e desafios. A terapia de casais pode ajudar a identificar e abordar esses problemas de maneira personalizada, para que você possa trabalhar juntos em direção a um relacionamento mais saudável e satisfatório.

Durante a terapia, o psicanalista pode ajudar a identificar padrões de comunicação negativos e fornecer ferramentas e estratégias para substituí-los por formas mais eficazes de se comunicar. Além disso, a terapia pode ajudar a identificar problemas subjacentes, como traumas passados ou problemas de confiança, que podem estar afetando a comunicação e o relacionamento como um todo.

Um benefício adicional da terapia de casais é que ela pode ajudar a fortalecer o vínculo emocional entre você e seu parceiro. Ao trabalhar juntos para resolver problemas e se comunicar de forma mais eficaz, você pode desenvolver uma conexão mais profunda e significativa com seu parceiro.

Em resumo, melhorar a comunicação em um relacionamento é essencial para um relacionamento saudável e feliz. Se você está tendo dificuldades para se comunicar com seu parceiro, buscar ajuda profissional pode ser uma ótima opção. A terapia de casais pode ajudar a identificar e abordar problemas de comunicação e fortalecer o relacionamento como um todo.

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Como funciona a terapia de casais na Psicanálise?

Como funciona com… Casais?

Importância da Terapia de casal

As terapias psicanalíticas para casais estabeleceram-se como uma alternativa terapêutica e constituem uma ferramenta comumente usada. Para que servem, como você trabalha nelas, quais são seus principais referenciais teóricos?

Talvez, antes de entrar no assunto, seja conveniente esclarecer o que se entende por terapia de casal “psicanalítica”, uma vez que existem muitos tipos de terapia de casais. A terapia psicanalítica, para alcançar a mudança psíquica, utiliza como ferramenta o conhecimento da própria realidade psíquica e das funções psíquicas do parceiro e se apoia, do ponto de vista teórico, no conjunto de desenvolvimentos teóricos e clínicos que compõem a psicanálise; não é diretiva nem propõe que o casal se adapte a qualquer “modelo” de operação. É útil quando o vínculo é basicamente erótico, mas não é se o ódio predomina no vínculo; nestes casos, surgem questões muito específicas, às quais este artigo não se refere. Por exemplo, quando se trata de comportamentos perversos, uma abordagem psicanalítica dificilmente será apropriada.

Como é a consulta na terapia de casal?

Quando um casal solicita uma consulta, o mais comum é que haja uma crise, entendendo por tal situação está gerando cada vez mais sofrimentos aos dois. As razões manifestas para a consulta podem ser muitas: nascimento de filhos, “ninho vazio”, problemas de “comunicação”, dificuldades de desapego da endogamia (quando se casam ou se juntam pessoas de diferentes etnias, culturas e assim por diante) etc., etc. O analista realizará um diagnóstico no qual localizará as funções individuais e vinculais em jogo e, fundamentalmente, localizará o elemento intersubjetivo envolvido na crise. Assim, percorre-se um caminho que vai desde o motivo da consulta até a formulação psicodinâmica da crise e que permitirá escolher os nós para trabalhar para enfrentar a situação clínica.

Em que situações clínicas os tratamentos para casais são especialmente úteis? Um tratamento terapêutico de casal é especialmente útil quando nos conflitos que determinam a crise predominam funções intersubjetivas, ou seja, aquelas em que o que um membro do vínculo faz é fortemente influenciado, consciente e inconscientemente pela resposta do outro, em uma espécie de feedback circular. Isso significa que essas são funções armadas pelos dois, um “entre dois” que é diferente de outras funções que são predominantemente armadas na singularidade de um sujeito. Para dar um exemplo: fundamentalmente, os sintomas de uma neurose obsessiva são definidos na singularidade de um sujeito, enquanto os conflitos que os casais chamam de “comunicação”, geralmente se baseiam na participação de ambos os polos do vínculo.

A sessão de casal permite uma abordagem vívida e focada para o funcionamento intersubjetivo do casal. Esta é a vantagem que oferece: se o trabalho sobre a dinâmica intersubjetiva não é central para a estratégia terapêutica, o dispositivo parceiro pode não ser o mais conveniente.

Os melhores resultados

Quais casais são os melhores para aproveitar um tratamento como a terapia de casal? Aqueles que, além dos conflitos, mantêm o entusiasmo pelo outro. O melhor resultado – e os resultados podem ser excelentes – é obtido com casais que mantêm o entusiasmo recíproco e dizem “queremos nos matar embora nos amemos”, “queremos estar juntos, mas não podemos falar, precisamos de um tradutor”, “não sabemos o motivo, mas brigamos muito”. O desejo de estar juntos e tornar um relacionamento difícil mais agradável é o grande motor da terapia de casais.

São companheiros que, de alguma forma, são “prisioneiros” do amor pelo parceiro. O desejo de estar juntos não os impede de serem dominados por agressões, mal-entendidos e confusões. Em um número elevado, eles realizaram ou realizam terapias individuais que, por várias razões, não levaram à melhoria dos conflitos de casal. Uma explicação que muitas vezes é válida é que, no quadro individual, o funcionamento intersubjetivo entre os parceiros não pode ser ajustado em toda a sua complexidade e apenas a presença do outro e a implantação de trocas que não aparecem na sessão individual permitem uma elaboração dos conflitos que os vinculam.

De acordo com o exposto acima, não são objetivos de uma terapia psicanalítica de casais simplesmente manter um casamento ou evitar uma separação. O objetivo é trabalhar sobre o que está acontecendo com eles e ajudá-los a pensar e decidir sobre isso.

Lembre-se que o psicanalista não toma decisões por seus clientes, ele apenas orienta e os ajuda a eles mesmos tomarem suas decisões.

A clínica de casais

Nos tratamentos de casais, o processo de mudança psíquica segue caminhos diferentes do habitual nos tratamentos individuais. Nestes, a intervenção toma como principal referência a livre associação e suas determinações inconscientes. A situação é diferente em um tratamento de casal: a proposta explícita é analisar o vínculo e aos parceiros são propostos neste trabalho focado. O discurso conjunto permite focalizar o trabalho clínico no esclarecimento das reações de um sujeito às influências do parceiro, ao modo como as funções psíquicas veem do “entre dois”. Intervenções comparáveis às realizadas em tratamentos individuais também são realizadas, mas não constituem o foco do trabalho clínico.

O tratamento analítico dos casais não aspira a eliminar qualquer desconforto entre os parceiros, mas sim aqueles que produzem sofrimento e, como já dito, é útil em casais unidos basicamente por um vínculo erótico. Assim, ele foca suas lentes nas transferências entre o casal. As transferências que são trabalhadas em sessão são aquelas que produzem desconforto, uma vez que muitas outras constituem a base do casal inclusive, com momentos agradáveis.

É importante ter em mente a natureza focada da terapia de casais. Elas se concentram especialmente na ligação entre trocas de ligação e posições subjetivas. Ele, por exemplo, pode ficar furioso com a forma como ela trata a ele ou a uma criança e sustentar essa queixa manifesta em uma posição regressiva subjetiva em que se sente filho dela. A abordagem clínica nesses casos será diferente no tratamento de um casal do que em um tratamento individual. No caso de uma abordagem de casal, o analista deve se concentrar no feedback entre a posição subjetiva de um, o que o outro promove e as causas da crise no vínculo. Assim, o trabalho clínico em um dispositivo de casal baseia-se fundamentalmente em intervenções de ligação, que diferem em seu formato da interpretação descrita por Freud. Enquanto a interpretação freudiana visa decifrar as coordenadas de um desejo singular, a intervenção de ligação ou vincular, de casal, visa mostrar como um influencia o outro, consciente e inconscientemente, como cada um estimula ou desliga certas funções no outro, como um funcionamento é construído entre os dois.

João e Maria discutem em sessão

Maria: Estou cansada de limpar o barro que eles sujam a casa quando voltam do jardim. Eu me sinto a empregada dele e dos meninos, e ele nem lhes diz nada. Pelo menos eu poderia dizer algo aos meninos. As meninas são muito mais companheiras.

João: (falando de maneira provocante): Olha só, eu geralmente presto atenção sim, quando entro em casa. Isso que você está falando aconteceu uma vez, no último fim de semana. Além disso, você não vai morrer para limpar o chão um dia. Trabalho quinze horas por dia, seis dias por semana, e não reclamo. O resto da semana eu fiz de tudo para não sujar o chão e pedi para os meninos terem cuidado. Você mesmo na sexta-feira reconheceu que eu estava tentando mudar. É a verdade (João muda e começa a falar mais suavemente) é que eu estou melhorando, e você também… Estamos muito melhores (olhando para o analista).

Maria: (com uma voz estridente e penetrante) Você não reclama??!! Por favor!!!

Analista: Eu não sei se vocês percebem como um irrita e provoca o outro. Não sei, João, se você percebe a arrogância com que se aproxima do corpo de Maria: sem que você fale, apenas se aproximando dela assim, temos uma luta garantida. E eu não sei, Maria, se você percebe o tom mandão e autoritário com que você fala. Parece que este é o disco riscado que dizem que se repete na casa de vocês. (Em outras sessões já discutiram o tom de voz da mãe de Maria e a violência silenciosa de João.)

O trabalho sobre a interdeterminação, definido como o que, no nível consciente e inconsciente, um sujeito estimula e provoca no outro é o aspecto fundamental da intervenção vinculativa. Os parceiros geralmente chegam ao tratamento separando o que é “meu” e o que é “seu” em muitos casos artificialmente e a intervenção de ligação ou de vínculo, tende a mostrar, quando apropriado, como o “meu” configura “o seu”. O trabalho clínico percorre um caminho que vai da interdeterminação à estrutura de alianças inconscientes. Estes podem ser definidos como articulações inconscientes estáveis que nas trocas entre os parceiros garantem as respectivas homeostases narcísicas. No caso de João e Maria, alianças inconscientes se tornaram desequilibradas desde a morte da mãe de Maria. Até aquele momento, o vínculo se organizava de forma à distância, sem guerra, de tal forma que ela mantinha sua troca libidinal fundamental com a mãe e ele se fechava em seu trabalho.

Quando se utilizam intervenções de vínculo, o trabalho elaborativo – em sua dupla dimensão de conhecimento e construção de representações – abrange os temas universais usuais nas terapias, embora, como dito, o foco esteja nas funções intersubjetivas. Trata-se de que os parceiros tomem consciência do trabalho psíquico envolvido na troca intersubjetiva, de como ela colapsa ou promove o singular em cada um. A particularidade fundamental é que trabalhamos em um processo defensivo em que tanto o sujeito quanto a resposta do parceiro participam.

Possíveis desenvolvimentos

As rotas dos tratamentos de casais são variáveis. Quando o trabalho terapêutico alcança um registro da subjetividade do parceiro e da outra parte, bem como das trocas que circulam no vínculo e de sua singularidade cada parte compreende mais os significados do outro, o que não significa aceitá-los ou compartilhá-los; assume-se que a visão que se tem das coisas não é absoluta; que os significados que predominam em um são sempre singulares e peculiares e as emoções diferentes daquelas que predominam no outro; muitas discussões deixam de ocorrer. É vivida de uma forma mais direta e vívida do que a outra, tanto quanto uma, é opaca, desconhecida e imprevisível, uma experiência que geralmente é especialmente negada ou negada no casal, dada a sua origem na paixão pelo amor.

Em suma, o tratamento psicanalítico dos casais é uma ajuda em um campo em que, desde que o mundo é mundo, as coisas sempre foram complexas e, nesse sentido, a primeira atitude na clínica deve ser exploratória: trata-se de explorar com cada casal, em um número limitado de entrevistas, se um tratamento pode dar-lhes alguma ajuda e lembrar, em relação a outras alternativas terapêuticas, que o dispositivo de casal é especialmente útil para a abordagem das funções que chamamos de intersubjetivas ou de ligação.

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Como é a terapia para casais, com a ótica psicanalítica

Com o aumento das demandas da vida moderna, a terapia de casal tornou-se cada vez mais comum. A terapia de casal é um processo que ajuda os casais a lidar com problemas em seu relacionamento, como comunicação deficiente, falta de intimidade, infidelidade e questões financeiras. Neste artigo, vamos explorar como funciona uma sessão de terapia de casal.

Antes de começar a sessão, o terapeuta de casal geralmente realiza uma avaliação inicial com o casal para entender suas preocupações e necessidades. Durante a sessão, o terapeuta trabalha com o casal para identificar as áreas problemáticas em seu relacionamento e desenvolver estratégias para superar esses problemas.

O terapeuta de casal ajuda o casal a entender a dinâmica de seu relacionamento, explorando os padrões de comunicação, comportamento e emoções que podem estar causando tensão. Através da terapia, o casal pode começar a se comunicar de maneira mais eficaz e a desenvolver um entendimento mais profundo um do outro.

O terapeuta também pode ajudar o casal a identificar suas necessidades e expectativas em seu relacionamento e trabalhar juntos para encontrar soluções para problemas específicos. Por exemplo, se o casal está enfrentando problemas de intimidade, o terapeuta pode ajudá-los a desenvolver estratégias para melhorar a comunicação e a conexão emocional.

A terapia de casal psicanalítica é baseada na teoria psicanalítica, que se concentra em explorar o inconsciente para entender os problemas emocionais. Durante uma sessão de terapia de casal psicanalítica, o terapeuta ajuda o casal a explorar seus sentimentos, pensamentos e comportamentos inconscientes, que podem estar afetando negativamente seu relacionamento.

O terapeuta de casal psicanalítico ajuda o casal a se comunicar abertamente e honestamente um com o outro, criando um ambiente seguro para que ambos possam expressar seus sentimentos e pensamentos. O terapeuta então trabalha com o casal para explorar os padrões de comunicação e comportamento que podem estar contribuindo para os problemas em seu relacionamento.

Ao explorar o inconsciente, a terapia de casal psicanalítica ajuda o casal a entender seus sentimentos e emoções mais profundamente. O terapeuta ajuda o casal a identificar seus medos e inseguranças, bem como seus desejos e necessidades mais profundos. Ao entender melhor esses aspectos do relacionamento, o casal pode começar a se comunicar de maneira mais eficaz e a desenvolver um entendimento mais profundo um do outro.

É importante ressaltar que a terapia de casal psicanalítica requer um compromisso de ambos os parceiros em trabalhar juntos para superar os problemas em seu relacionamento. A terapia pode ser desafiadora, mas também pode ser altamente gratificante, ajudando o casal a desenvolver uma conexão emocional mais profunda e significativa.

Se você e seu parceiro estão enfrentando problemas em seu relacionamento, a terapia de casal psicanalítica pode ser uma abordagem eficaz para ajudá-los a superar esses problemas e a fortalecer sua conexão emocional. Entre em contato conosco para saber mais sobre como a terapia de casal psicanalítica pode ajudá-lo e para agendar uma sessão de terapia. Nossa equipe de terapeutas qualificados e experientes está aqui para ajudá-lo a trabalhar em conjunto com seu parceiro e a desenvolver um relacionamento mais saudável e satisfatório.

Se você e seu parceiro estão enfrentando problemas em seu relacionamento, a terapia de casal pode ser uma abordagem eficaz para ajudá-los a superar esses problemas e a fortalecer sua conexão emocional. Entre em contato conosco para saber mais sobre como a terapia de casal pode ajudar a melhorar seu relacionamento.

Fontes:

  • American Psychological Association. (2017). What is couples therapy, and does it work?
  • Gottman Institute. (n.d.). What is couples therapy?
  • “Terapia de Casal Psicanalítica: Uma Abordagem de Trabalho com o Casal”, de Olga Zavadskaia e Svetlana Kossak
  • “Terapia de Casal: Uma Abordagem Psicanalítica”, de David E. Scharff e Jill Savege Scharff
  • “Terapia de Casal Psicanalítica: Teoria e Prática”, de David E. Scharff e Jill Savege Scharff

Convite para contato: Para saber mais sobre como a terapia de casal pode ajudar a melhorar seu relacionamento, entre em contato conosco através deste link: https://wa.me/message/4FHTUQ2D7XYCC1

Compreendendo as razões por trás do ciúme excessivo

O ciúme é uma emoção natural que muitas pessoas experimentam em algum momento de suas vidas. No entanto, algumas pessoas podem se tornar excessivamente ciumentas, o que pode afetar seus relacionamentos interpessoais e sua qualidade de vida. Existem várias razões pelas quais alguém pode se tornar ciumento, e neste artigo, discutiremos algumas delas.

  1. Insegurança emocional: As pessoas que sofrem de insegurança emocional podem se tornar ciumentas com facilidade. Elas podem acreditar que seus parceiros ou amigos estão constantemente procurando por algo melhor e, por isso, sentem a necessidade de controlar seus comportamentos. Isso pode levar a um ciúme irracional que pode prejudicar o relacionamento.
  2. Experiências passadas: Pessoas que passaram por experiências traumáticas em relacionamentos anteriores podem se tornar mais propensas a sentir ciúmes. Elas podem ter sofrido traição ou abuso emocional em um relacionamento anterior, e isso pode levar a uma desconfiança geral em relação aos outros.
  3. Insegurança financeira: As pessoas que enfrentam dificuldades financeiras também podem se tornar ciumentas. Elas podem sentir que seus parceiros ou amigos têm mais dinheiro e, por isso, podem ficar com medo de serem abandonadas. Isso pode levar a um comportamento ciumento e controlador.
  4. Problemas de autoestima: Pessoas com baixa autoestima podem sentir ciúmes de outras pessoas que consideram mais atraentes ou bem-sucedidas. Elas podem se comparar com essas pessoas e sentir que não são boas o suficiente. Isso pode levar a um comportamento ciumento e destrutivo.
  5. Falta de comunicação: A falta de comunicação em um relacionamento pode levar ao ciúme. Se um parceiro não se comunica com o outro, a pessoa pode começar a imaginar que há algo errado e pode começar a sentir ciúmes.
  6. Dependência emocional: Pessoas que são emocionalmente dependentes de seus parceiros ou amigos podem sentir ciúmes com facilidade. Elas podem sentir que precisam do outro para se sentir completas e, por isso, podem ficar com medo de perder essa pessoa.

Em conclusão, existem várias razões pelas quais alguém pode se tornar ciumento. No entanto, é importante lembrar que o ciúme excessivo pode prejudicar relacionamentos interpessoais e deve ser abordado com cuidado. Se você acredita que está enfrentando um problema com ciúmes, é importante buscar ajuda profissional para lidar com suas emoções e comportamentos de forma saudável.

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