No começo do relacionamento, tudo parece perfeito e bonito. A lua sempre está cheia, o céu sempre limpo, o perfume da pessoa amada sempre é gostoso de sentir. Tudo é lindo!
Mas o tempo passa e conforme o relacionamento amoroso vai amadurecendo, o fator idealização do outro vai perdendo forças, já que vamos conhecendo aspectos da vida da outra pessoa que não conhecíamos tão bem, ou ainda, pode ser que o casal adquira costumes que acabam por “esfriar” o relacionamento, que antes parecia perfeito, mas agora parece estar “perdendo a graça” com o passar do tempo. O que fazer então, para apimentar ou melhorar o relacionamento amoroso que está caindo no marasmo e na mesmice?
Aqui vão algumas dicas para melhorar seu relacionamento amoroso, são sugestões e não uma receita de sucesso, ok? Vejamos:
Como melhorar o relacionamento amoroso
Fortaleça seus laços: existem muitas formas de fortalecer laços ou vínculos, com a outra pessoa. Uma dica interessante é que vocês dois tomem um bom banho juntos. E não pense que necessariamente isso é um ato erótico. O banhar-se juntos é uma forma de o casal dividir sua intimidade. Durante o banho, o casal pode aproveitar para ter conversas mais íntimas e sim, isso pode ou não levar a uma relação sexual. Mas mesmo que não, lembre-se, o objetivo aqui é fortalecer laços. Sabe uma coisa que você pode fazer durante o banho? Ajude seu par, lavando sua cabeça ou quem sabe as costas. Isso tudo gera e fortalece vínculos. Se abracem durante o processo, sejam sinceros.
A mesma coisa acontece quando você ajuda seu par a se vestir ou em alguma atividade manual, como preparar uma comida juntos. Enquanto um faz algo, o outro pode ajudar ou fazer outra parte da refeição. E claro, aproveitar o momento para terem uma conversa tranquila e amena, sobre vocês, sobre a comida ou sobre o que quiserem. O que importa aqui é aproveitar o momento, disfrutar dele. Pense em outras atividades em que vocês podem fazer juntos. Vale a pena!
Fuja da rotina! A rotina é algo corrosivo em muitos tipos de relacionamento. Fazer tudo “sempre igual” como diz a música do Chico Buarque pode sim, ajudar a destruir um casamento. Então, procure mudar, sempre que possível as coisas que vocês fazem.
Por exemplo, de surpresa, proponha que os dois vão ao cinema, num dia em que não costumam ir. Ou dê um pequeno presente para seu par, algo que não pese no orçamento a ponto de que você possa repetir o dar o presente em outras ocasiões, não distantes entre si. Lembre-se que o ato de presentear em si, é algo belo e que cria vínculo, independentemente do valor financeiro.
Ou simplesmente proponha que os dois façam uma caminhada, em alguma praça próxima a sua casa ou até mesmo no bairro onde vocês moram. Use sua imaginação!
Importante que essa fuga da rotina deve ser permanente. Sempre invente maneiras diferentes de viver a vida de vocês. Isso vai dar um novo tempero ao relacionamento amoroso.
Trabalhe e exercite a comunicação: sim, é complicado fazer isso, em alguns casos. Mas ao mesmo tempo, a falta de boa comunicação destrói casamentos todos os dias. É importante que vocês saibam o que o outro pensa sobre vários assuntos. Quais são os sonhos atuais de meu par? O que gosta de fazer? Qual sua cor preferida, sua música preferida? Quais os desafios que está passando e como ajudar com eles?
Além disso, evite dar respostas limitadas. Por exemplo, se seu par perguntar a você como foi seu dia no trabalho, responder com um “foi tudo bem” não é uma boa resposta. Conte algum detalhe interessante ou desafio que você teve que enfrentar. Não precisa fazer um relatório detalhado, nem é esse o interesse de seu par ao te perguntar isso. A ideia aqui é mostrar que os dois se importam com o que acontece com o outro. Há muito mais a se falar sobre isso e em breve irei publicar aqui.
Faça alguma coisa inusitada: pense numa “loucura” romântica. Mas aí você precisa usar sua imaginação. Vou dar aqui alguns exemplos, mas você pode usar sua criatividade, certo?
Você pode preparar um jantar romântico, seja em casa ou em algum lugar. De surpresa claro. Enquanto ela ou ele não está, prepare uma mesa romântica e um jantar. Não importa se você cozinhou ou pediu a comida, o evento é o mais importante. Ou já imaginou se você surpreende seu par, que ao entrar no quarto de vocês se depara com você, completamente sem roupas? Insinuante? Sim! Provocativo? Sim! Faça pequenas surpresas ou grandes surpresas no decorrer do ano. Que não sejam eventos isolados, mas algo que vai quebrar a rotina.
Rotina tem seu valor também
Quero lembrar aqui que a rotina tem valor também. Não tem como agir de maneira totalmente diferente, todos os dias. Inclusive, se vocês exagerarem nas novidades, elas podem se transformar na nova rotina. Lembre-se que o sair da rotina deve ser como um tempero em uma comida. Se exagerar, a comida pode ficar intragável.
Espero que essas dicas simples possam ter ajudado você em seu relacionamento amoroso.
Os relacionamentos amorosos nem sempre são um mar de rosas. Casais enfrentam desafios e crises em diferentes momentos de suas vidas juntos. Essas crises podem ser desencadeadas por uma série de fatores, como problemas de comunicação, falta de intimidade, conflitos não resolvidos e questões individuais não tratadas. Quando um relacionamento chega a esse ponto, buscar ajuda profissional é uma opção sábia. A terapia psicanalítica é uma abordagem terapêutica que oferece uma compreensão profunda dos problemas emocionais e psicológicos que afetam os indivíduos e suas relações. Neste artigo, vamos explorar como a terapia psicanalítica pode ajudar casais em crise.
A natureza da terapia psicanalítica:
A terapia psicanalítica foi desenvolvida por Sigmund Freud no início do século XX e continua a ser uma abordagem amplamente utilizada na psicologia clínica. Seu principal objetivo é explorar o inconsciente e as motivações inconscientes por trás do comportamento humano. Na terapia psicanalítica, o terapeuta ajuda os indivíduos a se tornarem conscientes dos pensamentos e sentimentos reprimidos, trabalhando através da interpretação dos sonhos, associações livres, lapsos de linguagem e outros mecanismos psíquicos.
Aplicando a terapia psicanalítica ao casal:
Quando um casal procura terapia psicanalítica, o terapeuta se concentra nas dinâmicas inconscientes que estão afetando a relação. O objetivo é ajudar os parceiros a entenderem suas próprias motivações inconscientes e como elas afetam o relacionamento como um todo. Aqui estão algumas maneiras pelas quais a terapia psicanalítica pode ajudar casais em crise:
Explorando o passado: A terapia psicanalítica reconhece a importância do passado na formação da personalidade e das relações atuais. O terapeuta pode ajudar o casal a investigar como suas experiências passadas moldaram suas atitudes e comportamentos no relacionamento atual. Ao trazer à tona memórias e emoções reprimidas, é possível entender melhor as dinâmicas destrutivas e buscar formas de superá-las.
Compreendendo os papéis e as projeções: Durante o processo terapêutico, os casais podem descobrir que estão desempenhando papéis específicos que foram internalizados ao longo do tempo. Esses papéis podem ser baseados em experiências passadas ou na dinâmica familiar. A terapia psicanalítica ajuda a trazer à consciência esses padrões e projeções, permitindo que os parceiros se vejam além dessas identificações e sejam mais autênticos.
Melhorando a comunicação: A terapia psicanalítica também se concentra na melhoria da comunicação entre os parceiros. O terapeuta ajuda o casal a reconhecer os padrões de comunicação disfuncionais e a explorar as motivações inconscientes por trás deles. Ao compreender as motivações inconscientes, os parceiros podem aprender a expressar suas necessidades e emoções de forma mais clara e saudável.
Lidando com a intimidade e a sexualidade: A terapia psicanalítica pode abordar questões relacionadas à intimidade e à sexualidade no relacionamento. Muitas vezes, problemas nessas áreas estão enraizados em questões emocionais mais profundas. Ao explorar essas questões, o casal pode encontrar maneiras de fortalecer sua conexão emocional e resolver os problemas que afetam sua vida sexual.
Fomentando o crescimento pessoal: A terapia psicanalítica não se limita apenas a resolver problemas específicos no relacionamento; ela também promove o crescimento pessoal de cada indivíduo. Ao entender melhor a si mesmos, os parceiros podem trabalhar em suas próprias questões pessoais e se tornar pessoas mais completas. Esse processo de crescimento individual também pode fortalecer a relação como um todo.
A terapia vai salvar meu casamento (relacionamento)?
Sei que essa é uma pergunta interessante e muito importante. Em primeiro lugar, se você tem essa pergunta é porque você tem interesse em salvar seu casamento, correto? E isso quer dizer que você quer que seu relacionamento dure, continue. Bom, isso é parte da solução!
A Psicanálise e o psicanalista não irão dizer a você e seu par o que fazer. Isso é muito importante dizer aqui. A decisão será sempre de vocês, como casal. O que o psicanalista irá fazer é apoiar vocês, para que se sintam bem e possam lidar com a decisão que tomarem.
No final do processo, vocês dois terão feito uma decisão bem pensada, tomando em consideração todos os pontos importantes. Será a salvação do relacionamento? Isso é com vocês!
Faça terapia!
A terapia psicanalítica oferece uma abordagem profunda e eficaz para ajudar casais em crise. Ao explorar o inconsciente e as motivações inconscientes que influenciam o relacionamento, os casais podem desenvolver uma compreensão mais profunda de si mesmos e do outro. Através do processo terapêutico, eles podem melhorar a comunicação, resolver conflitos não resolvidos e promover o crescimento pessoal. Se você e seu parceiro estão passando por uma crise no relacionamento, considerem buscar a terapia psicanalítica como uma ferramenta poderosa para ajudá-los a navegar por esses desafios e construir uma relação mais saudável e satisfatória.
O abuso emocional, também conhecido como abuso psicológico, é um dos tipos mais comuns de abuso em relacionamentos amorosos – mais comum do que pensamos.
A contradição é que é difícil de detectar em comparação com outras formas de abuso que são prevalentes em relacionamentos amorosos, como abuso verbal, físico e financeiro.
Quando alguém está sendo agredido verbalmente, podemos evidenciar pela linguagem e palavras que o abusador usa, e pelo tom em que o abusador se comunica. Quando alguém está sendo abusado fisicamente, podemos ver a evidência através de ferimentos físicos, arranhões e outros sinais de briga física.
Com o abuso emocional, o abuso é muitas vezes oculto, sutil e insidioso, mas profundamente prejudicial. Isso leva a cicatrizes emocionais muito profundas. O abuso emocional também pode acontecer em relacionamentos não românticos, como amizades, relacionamentos entre irmãos, relações parentais, relações de trabalho e outros relacionamentos não românticos.
Muitas pessoas não reconhecem que estão em relacionamentos emocionalmente abusivos, pois o abuso em si é oculto, encoberto e difícil de detectar. Às vezes, pode ser ostensiva e sistemática, de uma forma que tanto a vítima quanto o abusador podem não estar cientes do abuso de um parceiro para o outro, ou um para o outro.
Alguns dos comportamentos emocionalmente abusivos e tóxicos são feitos em nome do amor, por exemplo, controlando com quem o parceiro passa o tempo e, portanto, normalizados. Isso significa que muitas pessoas em relacionamentos emocionalmente abusivos não conseguem detectar se estão sendo abusadas emocionalmente ou não. Se um parceiro é inseguro em si mesmo, é fácil para ele interpretar erroneamente o abuso emocional como uma forma de amor e cuidado, o que o torna vulnerável ao abuso emocional.
Muitas pessoas que chegam à terapia sem saber do abuso emocional, mas estão sofrendo como resultado disso. Eles só percebem a natureza e a extensão do abuso quando começam a terapia e começam a trabalhar em si mesmos.
A psicodinâmica do abuso emocional
Um relacionamento emocionalmente abusivo é aquele em que o abusador (parceiro um) usa as emoções para controlar, dominar, manipular, isolar, amedrontar e intimidar a vítima (parceiro dois). Pessoas que são abusadas emocionalmente também podem sofrer violência doméstica; no entanto, alguns podem não sofrer isso. Aqueles que não sofrem violência doméstica juntamente com abuso emocional, por não entenderem que estão sofrendo abuso, podem permanecer inconscientes e ignorantes do abuso que estão sofrendo, com efeitos extremamente prejudiciais.
Segundo uma pesquisa feita no Reino Unido, entre março de 2021 e março de 2022, 2,4 milhões de adultos (dos quais 1,4 milhão eram mulheres) foram vítimas de violência doméstica. Embora essas estatísticas sejam sobre abuso doméstico, elas destacam como o abuso do parceiro é comum nos relacionamentos. E muitas dessas pessoas estariam sofrendo abuso emocional.
O impacto do abuso emocional é duradouro – afeta o senso de si mesmo, a realidade, os valores e o senso do que é certo e errado. O impacto do abuso emocional não termina apenas na relação com o abusador, mas permeia relacionamentos futuros. Isso corrói o senso de si mesmo, a autoestima e a autoestima. E abala a própria identidade. O abuso emocional pode impactar negativamente a saúde mental e pode levar à ansiedade, depressão, insônia, alimentação desordenada como forma de lidar com sentimentos difíceis e outros problemas de saúde física secundários ao estresse.
Existe um mito de que os homens não sofrem abuso emocional das mulheres. E isso muitas vezes está relacionado ao conceito do que é abuso. Para começar, devemos entender que abuso é tudo o que passa dos limites, o que nos pede o exige mais do que é correto oferecer. Na prática, podemos comentar alguns exemplos aqui:
Gritar constantemente, principalmente ao expressar frustração por não ter um pedido atendido
Agredir de maneira disfarçada: pequenos empurrões, tapas dados com pouca força, apontar o dedo diretamente para o rosto da outra pessoa.
Exigir uma ação que a outra pessoa não quer fazer como ter relações sexuais, sem respeitar a vontade da Outra.
Agressões físicas
Humilhar, diminuir ou dizer a outra pessoa o quanto ela é inferior, por algum motivo
Expor a pessoa ao ridículo em público
A lista pode ser muito maior que isso. O ponto aqui é que muitas vezes uma pessoa entende como abuso apenas o que é físico. Mas verbalmente também se agride e muito. E não somente as mulheres são vítimas desse abuso, os homens também.
Ninguém deve aceitar abuso, não interessa o gênero!
O que acontece em relacionamentos emocionalmente abusivos?
Em um relacionamento emocionalmente abusivo, o abusador normalmente é alguém que é muito inseguro em si mesmo. Portanto, por meio do abuso emocional, elas deixam de controlar o relacionamento e o parceiro. O abuso emocional torna-se uma ferramenta para o abusador. O abusador (parceiro um) desenvolve formas sofisticadas de se relacionar com a vítima (parceiro dois).
O foco do abusador está nos sentimentos da vítima – fazendo com que a vítima se sinta inadequada, pequena e inferior. Por exemplo, fazer a vítima acreditar que nunca conseguirá encontrar alguém que a ame e que mereça a forma como está sendo tratada.
O abusador muitas vezes usa técnicas como culpar, envergonhar, invalidar, menosprezar, gaslighting (negar sua realidade), manipular e outros comportamentos controladores. Stonewalling onde um parceiro dá ao outro o tratamento silencioso também é uma forma de abuso emocional, pois o abusador está usando as emoções para causar danos. A vítima também pode se sentir insegura e preocupada com sua segurança e bem-estar.
Se a vítima não tem conhecimento do abuso, o que muitas vezes acontece, ela fica acreditando que o que está acontecendo é culpa dela – ela merece ser tratada da forma como é. Isso leva a vítima a justificar os comportamentos do abusador, por pior que seja. Justificar o comportamento também o normaliza e torna a vítima receptiva ao abuso – dando mais poder ao abusador. A vítima torna-se cada vez menos capaz de exercer limites ou autodefesa. Isso coloca vítima e abusador em uma dinâmica vítima-abusador, ou uma dinâmica sadomasoquista – um ciclo vicioso (Freud, 1920; Bloss, 1991).
Em um nível muito inconsciente, o abusador obtém prazer ao abusar da vítima, enquanto a vítima obtém prazer ao ser abusada, por meio de um processo de identificação com o abusador (Klein, 1946). Essa identificação inconsciente com o abusador significa que a dor deriva prazer na vítima. Não é incomum que a vítima invente desculpas e perdoe o abusador porque ele está preso em uma relação de identificação que é de fato perversa e tóxica. Pessoas que estão em relacionamentos codependentes (dinâmicas) muitas vezes estão em relacionamentos emocionalmente abusivos, que é o que mantém o vínculo entre elas.
Muitas pessoas que têm traços narcísicos tendem a ser emocionalmente abusivas com seus parceiros, pois eles não têm empatia e não têm preocupação com os sentimentos de seus parceiros. São pessoas que provavelmente cresceram com pais ou cuidadores que não prestaram atenção aos seus sentimentos ou os desconsideraram. Quando adultos, eles simplesmente repetem o que foi feito com eles – sem a consciência do impacto de seu comportamento e sendo emocionalmente exploradores.
Sinais de abuso emocional
Controlar comportamentos – sua liberdade, como você gasta seu tempo, como você gasta seu dinheiro, para onde você vai, o que você faz, etc.
Crítica – ser levado a sentir que tudo o que você faz é errado e você é culpado.
Manipulação emocional – ser levado a se sentir mal por coisas pelas quais você não é responsável, deliberadamente fazendo algo e virando-o contra você.
Gaslighting – ser feito para sentir que você inventa as coisas e seus sentimentos são uma reação exagerada. Invalidando seus sentimentos.
Comentários depreciativos – fazendo você se sentir pequeno, inadequado, menos que.
Culpar comentários – culpar por coisas que dão errado dentro e fora do relacionamento ou qualquer outra coisa pela qual você não é responsável.
Comentários de vergonha – sobre o passado, peso, família ou qualquer coisa significativa para a vítima.
Acusações falsas e chantagem emocional – fazendo alegações infundadas e usando suas deficiências passadas para insultá-lo.
Comportamento ameaçador – sentir-se inseguro, ser ameaçado de violência, terminar o relacionamento, trair – exploração emocional.
Isolamento – estar isolado de amigos e familiares. Sendo levado a acreditar que você depende daquele abusador e precisa dele.
Stonewalling – receber tratamento silencioso como forma de punição.
Privar afeto e intimidade física.
Como lidar com o abuso emocional
Desenvolva formas de comunicar seus sentimentos e necessidades sem culpar ou ser agressivo – lembre-se da linguagem que você usa. Comece as frases com “Eu sinto” e não “Você”.
Evite ter que pedir desculpas por coisas que você não fez de errado. Lembre-se de que você merece ser tratado com respeito.
Afaste-se do papel de vítima, estabelecendo limites com o abusador. Você tem o direito de viver a vida plenamente sem que seu parceiro defina seus limites.
Tenha uma vida fora do relacionamento, com amigos e familiares e busque relacionamentos e hobbies significativos. Você retoma seu poder e controle fazendo isso – isso tornará o abusador menos poderoso.
Converse com pessoas que você se sente seguro e confia sobre sua situação. Os abusadores emocionais são muito bons em isolar suas vítimas; por isso sofrem em silêncio.
Junte-se a um grupo de apoio à vítima de abuso de vítimas. Há muita cura em compartilhar histórias com outras pessoas que têm uma experiência compartilhada.
Procure terapia individualmente ou em casal se achar que está em um relacionamento emocionalmente abusivo. O abuso emocional pode ter efeitos duradouros e pode levar tempo para se recuperar dele. Seja gentil consigo mesmo.
Seu parceiro diz repetidamente coisas que te confundem? Por conta disso, muitas vezes você começa a questionar sua própria percepção da realidade dentro do seu relacionamento? Você questiona completamente sua sanidade? Se sim, seu parceiro pode estar usando o que os profissionais de saúde mental têm chamado de “gaslighting”.
De onde vem o “gaslighting”?
Este termo vem da peça teatral Gas Light, de 1938, em que um marido tenta enlouquecer sua esposa escurecendo as luzes (que eram movidas a gás) em sua casa, e depois ele nega que a luz mudou quando sua esposa a aponta. É uma forma extremamente eficaz de abuso emocional que faz com que a vítima questione seus próprios sentimentos, instintos e sanidade. Como resultado, o parceiro abusivo tem muito poder (e sabemos que abuso é sobre poder e controle). De fato, uma vez que um parceiro abusivo tenha quebrado a capacidade da vítima de confiar em suas próprias percepções, a vítima tem mais chances de permanecer no relacionamento abusivo.
Como é o gaslighting?
“Você é louco, isso nunca aconteceu.”
“Tem certeza? Você tende a ter uma memória ruim.”
“Está tudo na sua cabeça.”
Há uma variedade de técnicas de gaslighting que um parceiro abusivo pode usar:
Retenção
O parceiro abusivo finge não entender ou se recusa a ouvir.
Ex. “Não quero ouvir isso de novo” ou “Você está tentando me confundir”.Combater
O parceiro abusivo questiona a memória da vítima dos acontecimentos, apesar de a vítima se lembrar deles com precisão.
Ex. “Você está errado, nunca se lembra das coisas corretamente”.
Bloqueio/Desvio
O parceiro abusivo muda de assunto e/ou questiona os pensamentos da vítima.
Ex. “Essa é outra ideia maluca que você teve de [amigo/familiar]?” ou “Você está imaginando coisas”.
Banalização
O parceiro abusivo faz com que as necessidades ou sentimentos da vítima pareçam sem importância.
Ex. “Você vai ficar bravo com uma coisinha dessas?” ou “Você é sensível demais”.
Esquecimento/Negação
O parceiro abusivo finge ter esquecido o que realmente ocorreu ou nega coisas como promessas feitas à vítima.
Ex. “Não sei do que você está falando” ou “Você está apenas inventando coisas”.
Geralmente, o gaslighting acontece de forma muito gradual em um relacionamento; na verdade, as ações do parceiro abusivo podem parecer inofensivas em um primeiro momento. Com o tempo, no entanto, esses padrões abusivos continuam e, como resultado, a vítima pode ficar confusa, ansiosa, isolada e deprimida. Ao todo, eles podem perder toda a noção do que realmente está acontecendo. Então eles passam a confiar cada vez mais no parceiro abusivo para definir a realidade, o que cria uma situação muito difícil de escapar.
Sinais de gaslighting
Para superar esse tipo de abuso, é importante começar a reconhecer os sinais e, eventualmente, aprender a confiar em si mesmo novamente. De acordo com o autor e psicanalista Robin Stern, Ph.D., os sinais de ser uma vítima de gaslighting incluem:
Você constantemente duvida de si mesmo.
Você se pergunta: “Eu sou muito sensível?” várias vezes ao dia.
Muitas vezes você se sente confuso e até louco.
Você está sempre pedindo desculpas ao seu parceiro.
Você não consegue entender por que, com tantas coisas aparentemente boas em sua vida, você não está mais feliz.
Você frequentemente inventa desculpas para o comportamento do seu parceiro para amigos e familiares.
Você se vê sonegando informações de amigos e familiares, para não ter que explicar ou dar desculpas.
Você sabe que algo está terrivelmente errado, mas você nunca consegue expressar o que é, mesmo para si mesmo.
Você começa a mentir para evitar os put-downs e reviravoltas da realidade.
Você tem dificuldade para tomar decisões simples.
Você tem a sensação de que costumava ser uma pessoa muito diferente – mais confiante, mais divertida, mais relaxada.
Você se sente sem esperança e sem alegria.
Você sente como se não pudesse fazer nada certo.
Você se pergunta se você é um parceiro “bom o suficiente”.
Como lidar com o gaslighting (abuso emocional)
Lidar com o gaslighting pode ser um desafio, mas existem algumas estratégias que podem ajudar. Aqui estão algumas sugestões:
Reconheça o gaslighting: Esteja atento aos sinais de gaslighting, como quando alguém tenta fazer você duvidar de sua própria percepção, memória ou sanidade. Ao reconhecer o gaslighting, você está dando o primeiro passo para lidar com ele.
Confie em sua intuição: Se algo não parece certo ou se você sente que está sendo manipulado, confie em seus instintos. Lembre-se de que suas experiências e sentimentos são válidos.
Procure apoio: Falar sobre sua situação com pessoas de confiança pode ser uma ajuda significativa. Compartilhe suas preocupações com amigos, familiares ou profissionais de saúde mental que possam oferecer apoio e perspectivas objetivas.
Mantenha um registro: Anote incidentes específicos de gaslighting que ocorreram. Isso pode ser útil para referência futura, caso você comece a duvidar de si mesmo ou se sinta tentado a minimizar a situação.
Eduque-se: Entenda melhor o gaslighting e seus efeitos emocionais. Quanto mais você souber sobre esse tipo de manipulação, mais preparado estará para lidar com ele.
Defenda-se: Não tenha medo de expressar suas opiniões, sentimentos e experiências. Mantenha sua verdade e enfrente as tentativas de manipulação. Lembre-se de que você tem o direito de ser ouvido e respeitado.
Estabeleça limites: Se você está lidando com alguém que continua praticando o gaslighting, é importante estabelecer limites saudáveis. Se necessário, afaste-se ou limite o contato com a pessoa, especialmente se ela não mostra disposição para mudar seu comportamento.
Busque apoio profissional: Se o gaslighting estiver causando um impacto significativo em sua saúde mental e emocional, considerar a busca de apoio de um profissional de saúde mental pode ser benéfico. Eles podem fornecer orientação, estratégias adicionais e suporte durante esse processo.
Lidar com o gaslighting pode ser desafiador, mas lembre-se de que você não está sozinho. Priorize sua saúde e bem-estar, e não hesite em buscar ajuda quando necessário.
E lembre-se da importância de sempre buscar ajuda. Estou disponível para conversar com você. CLIQUE AQUI e agende uma sessão experimental
O amor é lindo! Mas como a Psicanálise vê o amor? Neste artigo, vou contar o ponto de vista da Psicanálise sobre o amor.
Entre os vários textos de Freud, temos o “Sobre o narcisismo: uma introdução.” Nesse texto, vamos que Freud mostra duas possibilidades de “objeto de amor”. Um caso, a pessoa decide amar alguém que seja igual a ela. O outro tipo é a pessoa que procura proteção, procura uma pessoa que a proteja, que a cuide.
Você percebe isso em você? No seu caso, quem te atrai mais, pessoas parecidas com você ou pessoas que te geram uma sensação de proteção, cuidado? Lembrando que na prática, isso pode significar que podemos nos apaixonar por uma pessoa que não exatamente seja igual a nós, mas que tenha alguma característica que é bem destacada em nós. Ou podemos nos apaixonar por alguém que se pareça na maneira de ser ao nosso pai ou mãe. Curioso, não é mesmo?
Primeiro “caso de amor” estudado pela Psicanálise
Bem, lá nos primórdios da Psicanálise, uma jovem procurou Freud em busca de ajuda. Ela havia perdido o pai com uma doença terminal e estava sofrendo muito. Freud então apresentou a jovem a seu amigo Josef Breuer, que também pode ser considerado um dos fundadores da Psicanálise, junto a Freud. Bem, o ponto é que a jovem acabou se apaixonando por ele. O nome da jovem é Bertha Pappenheim, mais conhecida pelo nome fictício de Anna O.
Freud analisou esse caso, o vendo como um caso de transferência em que Bertha viu em Breuer uma representação de seu falecido e amado pai.
Amor e Psicanálise
Segundo Freud, o amor é um estado em que nós nos sentimos iguais à outra pessoa amada. E graças à essa pulsão, ou energia, geralmente idealizamos a pessoa amada como sendo perfeita, sem defeitos. Claro, é uma visão que devemos ter cuidado, pois isso pode nos desorientar e nos meter em problemas.
É por isso que é importante que um relacionamento se desenvolva com calma. Assim, você e a outra pessoa podem se conhecer melhor, conhecer seus pontos positivos e negativos. Com o tempo, você vai perceber que SABE que a outra pessoa tem certas características problemáticas (assim como você), mesmo assim, você decide ACEITAR essas características. Você tem plena consciência desses pontos, mas isso não diminui o amor que sente pela outra pessoa.
Entenda o amor como “amar o perfeitamente imperfeito”.
Mas, afinal, o que é o amor? E o que, não é?
Existem muitas definições para o amor. Para a Psicanálise, é uma pulsão libidinal, uma energia que move as pessoas. Para Camões, é um “fogo que arde sem se ver”. Quero comentar aqui alguns tipos de amor:
Amor fraterno: o amor que temos principalmente a amigos
Amor erótico: é o amor que os casais têm.
Amor “ágape”: essa é uma variante do grego antigo, está relacionado ao famoso “amor ao próximo”.
Amor “storge”: também grego, se relaciona ao amor entre pais e filhos.
Essas quatro definições estão relacionadas a um vocabulário grego, que apesar de antigo, é bem interessante conceitualmente. Afinal, amamos de maneira diferente nossa mãe e aquele nosso amigo, não é mesmo?
Agora, quero comentar alguns comportamentos que muitas vezes são relacionadas ao amor, mas não são em si, provas de amor:
Estar sempre brigando: por incrível que pareça, há pessoas que imaginam que brigar é uma prova de que o casal se ama, porque aparentemente, essas brigas sempre terminam “com um beijo” ou com relações sexuais. Na verdade, terminar uma discussão assim significa apenas que o assunto foi adiado, foi deixado de lado. Mas ele não acabou, continua pendente de resolução.
Além disso, se um casal está sempre brigando, esse casal deve analisar bem como anda esse relacionamento, inclusive questionar se há amor nele.
Dar sempre presentes: claro, dar presentes é comum entre pessoas que se amam, mas o fato de dar sempre presentes em si, não prova que alguém te ama. Muitas pessoas dão presentes para conseguirem favores, amenizar suas consciências por algo ruim que estão fazendo ou para fazer você pensar que elas se importam com você.
O dar presentes pode ser sim, uma prova de amor, quando outras coisas balizam, validam esse amor.
Mostrar excesso de ciúmes: como já comentei aqui, o excesso de ciúme pode destruir qualquer relacionamento. Ciúme está mais relacionado a possuir do que a amar. Quem tem ciúme excessivo, quer ter a posse da outra pessoa, quer praticamente ser o dono ou dona dela. E os motivos de desejar essa possessão podem variar. Qual a vantagem que alguém teria em te possuir?
Amar sempre vale a pena
O amor “é lindo” como dizem. Mas precisamos entender bem como ele funciona, para que não nos machuquemos. E mesmo assim, eventualmente iremos nos machucar “por amor”. Nessa hora, procure ajuda.
Querido(a) leitor(a), se você está lendo este artigo, é porque está enfrentando um dos desafios mais difíceis da vida: lidar com um relacionamento abusivo. Saiba que você não está sozinho(a) e que há esperança e apoio disponíveis para você. Neste texto, quero oferecer consolo, encorajamento e algumas perspectivas baseadas na psicanálise para ajudar você a encontrar forças para seguir em frente e buscar alívio
Reconheça a situação:
O primeiro passo para se libertar de um relacionamento abusivo é reconhecer a realidade em que você está vivendo. A psicanálise nos ensina que o processo de conscientização é fundamental para a cura. Aceite que você está vivenciando uma situação abusiva e que merece uma vida plena, saudável e livre de qualquer forma de violência.
Esse é um ponto importante. Muitas pessoas que sofrem com um relacionamento abusivo não percebem essa situação. Acham que a outra pessoa age de maneira normal, já que “esse é o jeito dele ou dela”. Outros ainda creem que certos comportamentos são na verdade, demonstrações de amor, ou a maneira de amar da outra pessoa. Vou comentar algumas coisas que não têm nada a ver com amar:
Gritar com muita frequência. Gritos são atos violentos, sempre, a não ser que sejam gritos de alegria.
Comparar você com outras pessoas, diminuindo seu mérito ou seu valor.
Dar golpes. Tapas, socos, empurrões, mesmo em intensidade pequena, mesmo com a pessoa pedindo sempre perdão depois, sempre serão atos violentos.
Impor sempre suas vontades, em detrimento das suas ou não considerar seus gostos e vontades. Se há um relacionamento, tem de haver cumplicidade. Se a outra parte sempre tem que fazer o que quer e se a sua opinião sempre é deixada de lado, cuidado!
Ciúmes em excesso. Já comentei aqui sobre ciúmes, quando uma pessoa é muito ciumenta, isso pode limitar a outra parte a estar sempre se justificando, dando verdadeiros relatórios que provem sua fidelidade. E isso desgasta qualquer relacionamento. O ciúme tem mais a ver com “possuir” do que com amar. Nunca confunda ciúme com amor.
Busque apoio emocional:
É crucial que você encontre apoio emocional para enfrentar essa situação desafiadora. Procure amigos, familiares ou grupos de apoio que possam oferecer um espaço seguro para compartilhar suas experiências e emoções. A psicanálise ressalta a importância de criar um ambiente de confiança, onde você possa expressar seus sentimentos sem julgamento. Durante uma sessão de Psicanálise, usamos uma técnica chamada associação livre, em que você pode se expressar livremente. O ambiente é sempre de acolhimento.
Reconstrua sua autoestima:
Em relacionamentos abusivos, é comum que a autoestima seja profundamente abalada. A psicanálise nos convida a explorar nossa história pessoal, buscando compreender como fomos levados a aceitar e tolerar comportamentos abusivos. Ao reconhecer nossos próprios padrões de pensamento e comportamento, podemos começar a reconstruir nossa autoestima e acreditar em nosso valor.
Esse processo de recuperar a autoestima pode ser gradual, mas vale sempre a pena.
Estabeleça limites saudáveis:
Um aspecto importante na recuperação de um relacionamento abusivo é aprender a estabelecer limites saudáveis. A psicanálise nos ensina que o respeito mútuo é essencial em qualquer relação. Reconheça seus próprios limites e comunique-os ao seu parceiro abusivo. Não tenha medo de defender-se e proteger-se do abuso.
A chave aqui é aprender a dizer NÃO. E isso precisa ficar claro como a água. Quando você identificar algo que vai resultar em abuso, diga não sem medo de ser feliz. Não aceite o abuso, mesmo que você tenha medo de perder o relacionamento. Para começar, se existe o “medo” de perder, já temos aí um problema. Se a outra pessoa não aceita seu parecer sobre as coisas, nunca, será que ela te respeita? Será que ela te ama, realmente?
Procure ajuda profissional:
A psicanálise pode ser uma abordagem terapêutica valiosa para ajudar a processar as emoções e os traumas vividos em um relacionamento abusivo. Busque um profissional especializado em violência doméstica ou um psicólogo/psicoterapeuta que possa apoiá-lo(a) nesse processo de cura. A terapia pode fornecer ferramentas e estratégias para fortalecer sua resiliência emocional e ajudá-lo(a) a reconstruir uma vida saudável.
Cultive o autocuidado:
À medida que você avança na jornada de cura, lembre-se de priorizar o autocuidado. A psicanálise nos lembra da importância de nutrir nossa própria saúde mental, emocional e física. Dedique tempo para atividades que lhe tragam alegria, paz e bem-estar. Cuide de si mesmo(a) como faria com um ente querido, com amor e compaixão.
Acredite na sua capacidade de se recuperar:
Você é mais forte do que imagina. A psicanálise nos lembra que somos seres em constante evolução e crescimento. Acredite em sua capacidade de se recuperar e de construir uma vida cheia de amor, respeito e felicidade. Saiba que você merece um relacionamento saudável e que há esperança para um futuro brilhante.
Você não está sozinha(o)
Querido leitor, saiba que você não está sozinho(a) nesta jornada. A psicanálise oferece um caminho de cura e libertação para aqueles que enfrentam relacionamentos abusivos. Busque apoio emocional, estabeleça limites saudáveis, procure ajuda profissional e cultive o autocuidado. Você merece uma vida plena, feliz e livre de qualquer forma de abuso. Mantenha-se forte, pois a superação está ao seu alcance. O futuro é promissor e cheio de possibilidades. Você tem o poder de reescrever sua história e construir relacionamentos saudáveis e amorosos.
Queridos leitores, preparem-se para uma jornada divertida pela mente humana e pelos meandros dos relacionamentos a dois! Se você está procurando dicas para melhorar o seu relacionamento amoroso enquanto se diverte, chegou ao lugar certo. Vamos explorar algumas sugestões inspiradas na psicanálise para fortalecer os laços com seu parceiro(a). Então, peguem suas canetas psicanalíticas e vamos mergulhar de cabeça!
Aprenda a Linguagem dos Sonhos:
Sigmund Freud, o pai da psicanálise, acreditava que os sonhos são a “estrada real para o inconsciente”. Então, que tal usar essa estrada em direção ao coração do seu parceiro(a)? Torne-se um decodificador dos sonhos do seu amado(a)! Conversem sobre seus sonhos pela manhã e explorem juntos os significados ocultos. Quem sabe vocês não descobrem desejos compartilhados ou medos que precisam ser superados? Além disso, divirtam-se tentando interpretar os sonhos mais malucos. Afinal, uma risada compartilhada é o alicerce de um relacionamento sólido.
Importante comentar que, a interpretação dos sonhos envolve conhecer uma técnica da Psicanálise. Como casal, explore essa sugestão apenas como diversão. Para que vocês possam entender bem como os sonhos têm a ver com o inconsciente ou como interpretá-los, procure um psicanalista.
Faça uma “Escavação Psicanalítica” do Passado:
Geralmente quando falamos de dicas de filmes para casais pensamos em filmes românticos. Mas não precisa ser sempre assim. Que tal de vez em quando, ver juntos filmes que irão ajudar vocês e refletirem sobre o relacionamento? Isso pode ajudar bastante também a fortalecer os laços de vocês.
Relembrar as experiências passadas pode trazer uma compreensão mais profunda sobre nós mesmos e sobre o nosso parceiro(a). Dedique uma noite de cinema em casa! Escolham filmes que tratem de temas como memórias, infância e desenvolvimento pessoal. Depois, conversem sobre como essas histórias se conectam às suas próprias vidas. Quem sabe vocês não desenterram algumas lembranças engraçadas ou percebem como certos eventos do passado moldaram quem vocês são hoje?
O Poder do Silêncio:
Já ouviu falar na “interpretação do silêncio”? Às vezes, o que não é dito pode ser tão significativo quanto as palavras faladas. Experimentem passar um tempo juntos em silêncio. Sentem-se confortavelmente e apreciem a presença um do outro. Observem as emoções que surgem, sem a necessidade de preenchê-las com palavras.
Essa prática pode ajudar a criar um espaço de intimidade e conexão profunda. Afinal, a psicanálise nos ensina que nem todas as questões precisam ser resolvidas através das palavras. O silêncio pode ser uma oportunidade para refletir, se reconectar com as emoções e simplesmente estar presente um para o outro.
Abra a Caixa de Pandora:
Todos temos uma “caixa de Pandora” cheia de emoções e memórias guardadas. É hora de abrir essa caixa e explorar juntos! Criem um ambiente seguro e acolhedor para compartilharem seus medos, traumas e inseguranças. Lembre-se de que a vulnerabilidade fortalece os laços. Ao enfrentarem esses desafios emocionais juntos, vocês estarão construindo uma base sólida para o seu relacionamento.
O ponto aqui é ter conversas significativas, conversas em que vocês possam falar sobre seus temores, desejos e inseguranças. É importante que o outro saiba de maneira explícita o que te faz feliz, o que te atemoriza, o que você aspira. É uma boa atividade.
Ressignifique os Conflitos:
Conflitos são inevitáveis em qualquer relacionamento. Mas que tal dar um toque psicanalítico a eles? Em vez de ver os conflitos como algo negativo, encarem-nos como oportunidades de crescimento. Quando surge uma discussão, parem por um momento e tentem entender as razões emocionais por trás do que estão dizendo. Explore as feridas emocionais que estão sendo ativadas. Ao fazer isso, vocês podem transformar os conflitos em momentos de aprendizado e compreensão mútua.
Queridos leitores, a vida é um eterno processo de autoconhecimento e crescimento, e o mesmo se aplica aos relacionamentos. Utilizando algumas dicas psicanalíticas, vocês podem mergulhar nessa jornada de forma divertida e enriquecedora. Lembre-se de que a psicanálise não é apenas sobre resolver problemas, mas também sobre explorar, compreender e abraçar os mistérios do amor e da mente humana.
Portanto, que essas dicas possam inspirar vocês a se aventurarem em novas formas de se conectar, explorar e nutrir o relacionamento a dois. Divirtam-se enquanto mergulham nas profundezas da psique e se fortaleçam como casal. Afinal, o amor e a diversão caminham de mãos dadas na jornada do amor duradouro.
Agora, você quer falar comigo e conversar sobre como posso ajudar você a ter um melhor relacionamento? CLIQUE AQUI e saiba mais sobre meus serviços.
Em meio aos altos e baixos da vida, manter a paz em um relacionamento pode ser um desafio constante. No entanto, ao compreendermos os elementos essenciais para a construção de um ambiente harmonioso, podemos nutrir conexões mais profundas e duradouras. Neste artigo, exploraremos algumas estratégias fundamentadas na psicanálise que podem ajudar a promover a paz e o equilíbrio em um relacionamento. Vamos mergulhar nesta jornada de autodescoberta e crescimento mútuo.
Comunicação Aberta e Empática: A base sólida de qualquer relacionamento saudável é a comunicação aberta e empática. É crucial cultivar um espaço seguro onde ambas as partes se sintam à vontade para expressar suas emoções e necessidades. Ouvir ativamente e validar os sentimentos do parceiro, sem julgamentos, cria uma atmosfera de confiança e respeito mútuo. Além disso, buscar a empatia nos momentos de desacordo pode ajudar a encontrar soluções que atendam às necessidades de ambos.
Respeito e Aceitação: O respeito é um pilar essencial para a paz em um relacionamento. Cada indivíduo é único, com suas próprias experiências, valores e perspectivas de vida. Cultivar a aceitação incondicional e o respeito pelas diferenças fortalece a conexão e evita conflitos desnecessários. É importante reconhecer que discordâncias podem ocorrer e que não somos responsáveis por mudar o outro, mas sim por aceitá-lo como ele é.
Gerenciamento de Conflitos: Conflitos são inevitáveis em qualquer relacionamento, mas é a forma como lidamos com eles que determina a qualidade da paz alcançada. A psicanálise nos ensina que a resolução construtiva de conflitos requer habilidades de negociação e comprometimento. É fundamental evitar o acúmulo de ressentimentos e buscar soluções que satisfaçam ambas as partes. Aprender a expressar as próprias necessidades de maneira clara e assertiva, ao mesmo tempo em que se ouve as necessidades do parceiro, ajuda a promover a paz duradoura.
Autocuidado e Equilíbrio: Para manter a paz em um relacionamento, é fundamental nutrir o autocuidado individual. Cuidar de si mesmo física, emocional e mentalmente é essencial para estar presente e saudável na relação. Reservar tempo para atividades que tragam prazer e relaxamento, estabelecer limites saudáveis e buscar um equilíbrio entre as necessidades individuais e as demandas do relacionamento são passos cruciais para a manutenção da paz.
Busca por Ajuda Profissional: Em alguns casos, pode ser benéfico buscar a orientação de um profissional da psicanálise. Um terapeuta pode auxiliar na identificação de padrões destrutivos de comportamento, na exploração de questões mais profundas e na mediação de conflitos. A terapia de casal oferece um espaço seguro para o casal se aprofundar na exploração dos desafios do relacionamento, desenvolver habilidades de comunicação mais eficazes e fornecer estratégias para fortalecer a conexão emocional.
Manter a paz em um relacionamento é um processo contínuo que requer compromisso, paciência e compreensão mútua. Ao aplicar as estratégias mencionadas acima, baseadas na psicanálise, você estará no caminho certo para promover uma convivência harmoniosa e saudável. Lembre-se de que cada relacionamento é único e, às vezes, pode ser necessário adaptar as abordagens para se adequar às necessidades individuais.
Ao investir no desenvolvimento de uma comunicação aberta, praticar o respeito e a aceitação, gerenciar conflitos de forma construtiva, cuidar de si mesmo e, se necessário, buscar ajuda profissional, você construirá uma base sólida para a paz duradoura em seu relacionamento.
Fontes:
Gottman, J. M., & Silver, N. (2015). Os Sete Princípios para Fazer um Casamento Funcionar. Editora Objetiva.
Johnson, S. (2019). Apegados: O novo livro do aclamado autor de “Sintonia de Casais”. Editora Intrínseca.
Yalom, I. D. (2017). Psicoterapia de Grupo: Teoria e Prática. Editora Artmed.
Lembre-se de que este artigo é apenas informativo e não substitui o aconselhamento psicanalítico individualizado. Caso necessite de assistência adicional, consulte um profissional qualificado na área. Quer agendar um horário comigo? CLIQUE AQUI.
Os desafios de um novo relacionamento sob a ótica da Psicanálise
Iniciar um novo relacionamento pode ser uma experiência emocionante e desafiadora. A Psicanálise, uma abordagem que analisa o inconsciente da mente humana, oferece uma visão interessante sobre os desafios que podem surgir nesse processo.
Já ouviu falar que todo começo é difícil? Bom, isso não é diferente quando começamos um novo relacionamento. Entre várias coisas que podem passar por sua cabeça, separei alguns pontos que considero interessantes.
O medo da perda
Um dos desafios mais comuns em um novo relacionamento é o medo da perda. Isso pode ser resultado de experiências passadas, como relacionamentos anteriores que não deram certo, ou de inseguranças pessoais. Na Psicanálise, esse medo é entendido como uma defesa contra a ansiedade de separação, que é inerente à natureza humana.
E claro, é normal não querer perder. Infelizmente, muitas vezes nós pensamos mais no que pode acontecer do que no está acontecendo. Se você está em um relacionamento novo, o melhor que pode fazer é desfrutar, aproveitar do sabor agradável de estar conhecendo alguém por quem temos carinho e estamos fortalecendo os laços.
Se você tem muito medo de perder seu relacionamento, é uma boa ideia procurar ajuda.
Durante a análise, o indivíduo é encorajado a explorar suas emoções e sentimentos em relação ao relacionamento e à possibilidade de perda. O psicanalista ajuda o indivíduo a compreender as raízes dessas emoções e a trabalhar para superar seus medos através da construção de relacionamentos mais saudáveis e seguros.
Além disso, a psicanálise também pode ajudar o indivíduo a desenvolver sua autoestima e autoconfiança, o que pode ajudá-lo a enfrentar melhor o medo da perda em um relacionamento.
A idealização do outro
Outro desafio que pode surgir em um novo relacionamento é a idealização do outro. Muitas vezes, projetamos nossos desejos e expectativas no parceiro, criando uma imagem idealizada que não corresponde à realidade. Isso pode levar a decepções e frustrações quando o parceiro não atende às nossas expectativas. Na Psicanálise, esse processo é conhecido como projeção.
A idealização do outro pode se manifestar de várias formas, como colocar o outro em um pedestal, esperar que ele satisfaça todas as nossas necessidades emocionais ou projetar nele qualidades que desejamos ter em nós mesmos. Essas expectativas irrealistas podem levar a decepções e conflitos no relacionamento, uma vez que o outro não consegue atender a todas as nossas expectativas.
A idealização do outro pode estar relacionada a questões inconscientes, como a necessidade de preencher um vazio emocional interno ou a busca por uma figura paterna ou materna idealizada. Além disso, pode ser uma forma de evitar lidar com nossas próprias falhas e inseguranças, projetando-as no outro.
A psicanálise propõe que, ao entender nossas próprias questões emocionais, podemos aprender a lidar com elas de forma mais saudável e construtiva. Além disso, é importante reconhecer que o outro é um ser humano com suas próprias falhas e limitações, e que é impossível que ele atenda a todas as nossas expectativas.
Ao trabalhar na compreensão de nossas próprias emoções e expectativas, podemos construir relacionamentos mais saudáveis e equilibrados, baseados na aceitação e respeito mútuo. A psicanálise pode ser uma ferramenta valiosa nesse processo, ajudando a explorar as questões inconscientes que podem estar por trás da idealização do outro em um relacionamento.
A dificuldade de se comunicar
A comunicação é essencial em qualquer relacionamento saudável. No entanto, muitas vezes enfrentamos dificuldades em expressar nossos sentimentos e necessidades de forma clara e assertiva. Isso pode levar a mal-entendidos e conflitos desnecessários. Na Psicanálise, a comunicação é vista como uma forma de expressão da subjetividade, e o analista busca ajudar o paciente a desenvolver uma linguagem mais precisa e autêntica.
Comunicar-se bem é fundamental em qualquer relacionamento, e para melhorar a comunicação de um casal, existem algumas dicas que podem ajudar. Uma delas é ser aberto e honesto, evitando manter segredos e sendo sincero sobre o que está acontecendo em sua vida. Outra dica é exercitar a tolerância e criar uma rotina de diálogo saudável para o casal, experimentando sempre coisas novas para que se possa melhorar a comunicação. Além disso, é importante manter o contato visual, adequar a expressão facial e a postura corporal à situação e ao que estamos transmitindo, e utilizar um tom de voz tranquilo e suave.
Outra dica importante é ouvir atentamente o que o parceiro tem a dizer, sem interromper ou julgar, e demonstrar empatia com o ponto de vista dele. Falar com clareza e evitar deixar as coisas subentendidas também é fundamental para uma comunicação eficaz. Por fim, é importante lembrar que a comunicação é uma via de mão dupla, e que ambos os parceiros devem estar dispostos a se comunicar de forma aberta e honesta para que o relacionamento possa prosperar.
A resistência à intimidade
Por fim, um desafio comum em um novo relacionamento é a resistência à intimidade. Isso pode ser resultado de traumas anteriores, como abuso ou negligência, ou de inseguranças pessoais. Na Psicanálise, a resistência à intimidade é entendida como uma defesa contra a ansiedade de dependência, que é inerente à natureza humana.
Pode ser complicado para algumas pessoas deixar-se conhecer por outra. Mesmo que você esteja gostando da outra pessoa, queira conhecê-la mais, pode ser que seja especialmente difícil para você comentar com ela detalhes sobre sua vida. E o motivo disso pode ser bem variado. Creio que vou escrever no futuro um artigo detalhando melhor isso. Mas, por hora, te digo que uma boa ideia é ir aos poucos, comentando pequenos detalhes sobre você. Em breve, você vai perceber que se sente com mais confiança para contar outras coisas sobre você.
Iniciar um novo relacionamento pode ser um processo desafiador, mas também pode ser uma oportunidade de crescimento pessoal e emocional. A Psicanálise oferece uma visão interessante sobre os desafios que podem surgir nesse processo, ajudando-nos a compreender nossas emoções e comportamentos de forma mais profunda e autêntica.
Você acha que uma comunicação eficaz pode melhorar seu relacionamento atual, mas não sabe por onde começar?
No artigo a seguir, você aprenderá sobre a importância da comunicação e os princípios de uma boa comunicação.
Vamos ao trabalho! Deixamos-lhe 9 dicas para melhorar aspetos da ligação com o seu parceiro.
Importância da comunicação no casal
A comunicação é vital para os relacionamentos, em todas as fases, do namoro ao casamento. Uma boa comunicação é um dos pilares fundamentais de um bom relacionamento, juntamente com outros fatores como honestidade, confiança e respeito.
É importante entender que a comunicação no casal muda constantemente ao longo dos anos. Geralmente, casais que estão juntos há muitos anos podem passar por fases em que há menos comunicação, as causas podem ser passar por estágios de evolução pessoal que depois são alquimiados com a outra pessoa, momentos de desconexão, motivos de casal ou outros que estejam relacionados a processos de uma das partes.
Não fique em falsos entendimentos por não se comunicar ou acreditar que já sabemos o que a outra pessoa diria em tal circunstância. O que enriquece as relações é gerar um vínculo espontâneo de confiança para se expressar livremente.
A convivência não é fácil, por isso uma boa comunicação pode fazer uma grande diferença em termos de vida a dois e familiares. A má comunicação pode arruinar bons casais. Há pessoas com muito potencial de crescimento com outras, mas que não conseguem construir um espaço para dizer o que sentem ou precisam, uma etapa primordial para avançar para a maturidade de um vínculo adulto.
Fundamentos para uma boa comunicação a dois
A comunicação não é igual para todos os casais, mas existem alguns princípios para uma boa comunicação como casal.
Os fundamentos para uma boa comunicação são os seguintes:
1. Saber identificar nossos sentimentos e ter controle sobre eles.
Esse ponto é essencial para uma boa comunicação. Muitas vezes tomamos como certos entendimentos, truísmos diante de situações que só acontecem em nossa mente, enquanto o outro não precisa entendê-las. Ser capaz de expressar nossos sentimentos em palavras é a base de um vínculo saudável.
2. Uma discussão não é uma questão de quem está certo ou errado
Trata-se de expor sentimentos e se colocar no lugar do outro, não elevando o tom de voz, mas fundamentando o que nos acontece com altura e esperando a virada da fala. Não devemos pisar nas reflexões uns dos outros.
Consequentemente, devemos melhorar nossos comportamentos e modificar atitudes do que não é bom para nosso parceiro.
3. Em uma discussão, não é um contra o outro
Ambos devem combater o problema. Partindo do princípio de que o que acontece não é pessoal, mas que são dois adultos diante de uma circunstância que é uma possibilidade de aprender a administrar as discussões futuras que virão no futuro. Dessa forma, poderão progredir nos aspectos que emergem para construir uma relação saudável.
4. Você tem que ser aberto e procurar entender a outra pessoa
Mesmo que o que o outro diga, nos magoe ou não concordemos, devemos buscar um entendimento. Os sentimentos do seu parceiro são tão válidos quanto os seus. Na comunicação entre as pessoas pode haver aspectos mais ou menos desconfortáveis de acordo com as histórias de cada um.
Todos os seres humanos devem ser ouvidos e não julgados. Estar aberto a explorar com paciência, a compreender o outro, mesmo que não concordemos totalmente, faz parte do aprendizado da vida.
5. Empatia, respeito e assertividade
É a base das relações humanas, a comunicação eficaz é construída com base nesses valores, em nossas próprias preocupações tratadas com consideração por nós mesmos e pelos outros.
É uma decisão importante que deve ser acompanhada de uma boa comunicação do casal para expressar situações e que pode melhorar o humor por meio de uma comunicação eficaz.
7. Seja flexível
Contratos, pactos entre pessoas, entre casais podem flutuar ao longo do tempo, mudar de forma ou ter a necessidade de se transformar e de fato esse é o mais natural dos vínculos. É extremamente importante conversar e rever os assuntos ao longo do tempo, já que as pessoas evoluem, também os links e muitas vezes nem tudo acontece ao mesmo tempo.
A comunicação verbal no casal nos permite descobrir em que estágio evolutivo cada um está e o próprio vínculo para poder continuar se projetando.
O pesquisador John Gottman apresenta duas estatísticas interessantes para refletir. A primeira é que casais saudáveis têm uma proporção de 5:1 de elogios para comentários negativos. E eles respondem a 9 em cada 10 chamadas de despertar de seus parceiros quando querem compartilhar algo.
Erros mais comuns na comunicação a dois
Um dos problemas mais comuns na vida a dois é a falta de comunicação ou comunicação ineficaz.
Compartilhar nossas emoções e ser capaz de comunicar nossos sentimentos é extremamente importante quando estamos em um relacionamento com alguém. Não comunicar o que sentimos, ou mantê-lo, quase sempre acaba trazendo problemas para a relação, e a ideia é que a partir desse evento se encontrem ideias superadas, não novos conflitos ou que conflitos permaneçam sem solução.
A falta de respeito na comunicação: devemos tentar tratar o outro como gostaríamos de ser tratados e que essa é a base da comunicação para não nos machucarmos. Mantenha a calma em primeiro lugar e não leve os eventos para o lado pessoal, mas uma instância para aprender.
Não seja permeável: o que enriquece as pessoas são as diferentes formas de ver, abordar, entender o mundo através da história, a bagagem que cada um traz e contribui para a relação. O casal pode ter aprendido um estilo de comunicação melhor e mais eficiente que podemos aprender se estivermos disponíveis.
Não saber ouvir: para interpretar o que o outro precisa, é preciso ser receptivo e não ter consciência de responder. Seja uma pessoa com escuta ativa, deixe o outro expor seus sentimentos e depois análise para responder e gerar uma boa comunicação.
Crítica negativa em forma de queixa: o que observamos no outro que não gostamos ou nos ofende deve evitar fazer parte da má comunicação que muitas vezes se torna uma dinâmica, dizendo as coisas que não gostamos em forma de queixa.
Ser passivo-agressivo: muitas vezes é tão agressivo o membro do casal que não se comunica, não diz ou expressa seus sentimentos do que aquele que acaba explodindo ou comunicando os problemas do casal com desrespeito. Nem sempre a agressividade faz barulho. Não omitir o som, não elevar o tom de voz, também pode ser violento com quem precisa falar.
A falta de empatia: o famoso não se coloca no lugar do outro, o que acontece com frequência nos casais é que apesar de conhecerem a intimidade de muitas das situações, algumas das pessoas no vínculo não conseguem se colocar no contexto do que pode estar acontecendo.
Dê a razão, mesmo que não concordemos: evitar a comunicação de casal não é tomar conta das questões que estão sendo expressas ali, é apenas uma forma de escapar da situação.
Interromper o outro: não ouvir, não permitir que o outro expresse seus sentimentos. A escuta ativa é essencial para alcançar o que chamamos de boa comunicação aqui. Um vai e vem entre adultos cuja premissa é se entender, evoluir.
Mantenha-se na mesma base comunicativa: um relacionamento precisa ser alimentado por ilusões, planos e expectativas, e para isso é necessário aprender a se comunicar. Ser capaz de entender a direção para a qual eles projetam e ter motivação para a construção do elo. Não conversar, não entender sonhos pessoais, coisas em comum, viagens, hobbies, não ouvir ou conhecer a intimidade do outro para fazer acordos e projetos podem secar um relacionamento.
Impor nas conversas nossos sentimentos, pensamentos, pontos de vista ou caminhos para a outra pessoa: não há pontos de vista, ou ideias mais valiosas ou precisas do que outras. O que acontece entre duas pessoas que se ligam é digno de ser ouvido, não deve ser sob nenhum aspecto uma batalha de imposições de pensamentos.
Deposite a culpa do que acontece com o outro: cada um dos membros do casal é principalmente um ser independente que deve assumir o controle de seus negócios. Não devemos culpar o outro em discussões ou comunicar ressentimento.
9 dicas para uma melhor comunicação a dois
Veja algumas dicas para a comunicação a dois:
Quando estiver falando de uma situação, tente não misturar tópicos ou discussões. Vá um por um. Depois de conseguir abordar um tópico, passe para outro.
A comunicação verbal é a base para a construção de um vínculo valioso, um espaço de aprendizado para evoluir. As expressões verbais constroem realidades, é importante ter consciência desse poder que as palavras que pensamos e depois verbalizamos têm.
Entenda que somos todos diferentes e temos necessidades diferentes. Enquanto algumas pessoas precisam conversar, outras precisam de tempo e espaço para processar seus sentimentos: todas essas formas são válidas entre os seres humanos.
Não deixe que os tópicos se acumulem. Ter espaço para se comunicar, para expressar necessidades antes que elas se tornem um problema, saber dizê-las da melhor maneira, quando estão acontecendo, pode ser a chave para a comunicação que permite que as pessoas evoluam em suas ideias, pensamentos.
Destaque as boas qualidades do seu parceiro. O que eu gosto no outro é o que eu também quero para mim ou admiro nas pessoas, então comentar sobre esses gestos, virtudes ou maneiras agradáveis das pessoas fará com que a outra pessoa se sinta valiosa.
Não assuma o que o outro quer dizer, nem faça suposições. Não deixe que a mente conte uma história que pode não ter nada a ver com a realidade. Para eles, o casal pode perguntar em vez de fazer suposições.
Não use palavras como “sempre” ou “nunca”. Não ser dramático, saber interpretar o conflito como uma oportunidade de crescimento e uma situação que surge para a evolução das pessoas, que nada é pessoal. O uso das palavras certas é um grande aprendizado para os membros do casal.
É importante que cada tema que surja para qualquer uma das pessoas do casal tenha seu espaço. Gerar um momento, uma prática comum de conversar e que as preocupações possam ser expostas e tratadas em tempo hábil, que outros problemas do casal que possam surgir no futuro não sejam falados. Que cada assunto possa ser abordado e discutido quando acontece e não se acumule com outros temas, gerando angústias, pensamentos hipotéticos ou ressentimentos.
Não faça comentários para magoar a outra pessoa. Não use em uma circunstância de conflito informações do outro, seus traumas, feridas, defeitos como armas no momento das discussões para machucar o outro.
Lembre-se que um relacionamento é um trabalho de duas pessoas. É uma sociedade onde se um perde, os dois perdem. Então o melhor que ambos ganhem, certo?