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Como a psicanálise pode ajudar no tratamento da ansiedade
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Baixa autoestima: como a terapia psicanalítica pode ajudar?
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Sentimento de culpa: de onde vem e como lidar com ele na terapia
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O que é o inconsciente e como ele influencia nossas vidas?
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Como destruir seu relacionamento amoroso em 5 passos
Destruir relacionamentos?
Se você chegou até aqui, é porque está curioso para descobrir como implodir aquela relação que você, ironicamente, valoriza tanto. Sabemos que ninguém quer mesmo sabotar o próprio relacionamento… ou será que sim? Seja como for, vamos abordar com muito humor (e um toque de sarcasmo) os passos essenciais para garantir que qualquer amor florescente se transforme em cinzas rapidamente. Mas lembre-se, este guia é para aqueles que querem fazer tudo errado—ou, quem sabe, para quem deseja reconhecer os sinais de alerta e salvar a própria felicidade antes que seja tarde demais.
Passo 1: Ignore totalmente seu parceiro

Nada como uma boa dose de indiferença para destruir qualquer tipo de afeição! Se quer ver seu relacionamento ruir, certifique-se de ignorar completamente o que seu parceiro diz ou faz. Quem precisa de comunicação, não é? E quando ele ou ela tentar conversar sobre algo importante, responda com monossílabos ou, melhor ainda, com um bom e velho “tanto faz”. Lembre-se: a comunicação é superestimada. Mas se, por acaso, você deseja manter um relacionamento saudável, talvez seja bom repensar essa abordagem e começar a ouvir o outro com mais atenção.
Passo 2: Seja o mais ciumento e controlador possível

A confiança é a base de qualquer relacionamento, mas quem precisa disso? Se quer garantir que sua relação vá por água abaixo, basta desconfiar de cada passo do seu parceiro. Pergunte onde ele está, com quem está, e, claro, exija provas de amor como senhas de redes sociais e rastreamento por GPS. Nada grita mais “eu te amo” do que invadir a privacidade do outro, certo? Agora, se a sua intenção é nutrir um relacionamento de confiança e respeito mútuo, talvez seja hora de dar espaço ao parceiro e confiar um pouco mais.
Passo 3: Nunca admita que está errado

Ah, o orgulho… Que maneira maravilhosa de afastar a pessoa amada! Se quer que seu relacionamento entre em colapso, nunca, jamais, sob hipótese alguma, admita um erro. Discussões são uma ótima oportunidade para mostrar que você está sempre certo, e seu parceiro está sempre errado. Faça questão de prolongar cada briga e, claro, guarde rancor. Mas se o seu objetivo é manter um relacionamento saudável, pode ser interessante praticar a humildade e a arte de pedir desculpas de vez em quando.
Passo 4: Priorize tudo e todos, menos seu parceiro

Quem precisa de atenção? Se quiser que seu relacionamento vá para o brejo, trate seu parceiro como última prioridade. Dê mais atenção ao trabalho, aos amigos, à família, e até ao seu celular. Afinal, quem disse que o tempo de qualidade juntos é importante? Claro, se você valoriza a pessoa ao seu lado e quer que o relacionamento prospere, talvez seja sábio reorganizar suas prioridades e reservar um tempo especial para fortalecer a conexão entre vocês.
Passo 5: Crie expectativas irreais e nunca se contente com menos

Este é um passo crucial! Exija que seu parceiro seja perfeito em todos os aspectos—desde a aparência até o comportamento. Espere que ele ou ela leia seus pensamentos, adivinhe todas as suas necessidades, e esteja sempre disponível para você. Quando, inevitavelmente, o parceiro falhar em atingir essas expectativas absurdas, culpe-o e deixe claro o quanto ele te decepcionou. É uma estratégia infalível para acabar com qualquer relação. Agora, se a ideia é manter um relacionamento saudável, talvez seja hora de alinhar as expectativas com a realidade e praticar um pouco mais de empatia.
A Arte de Não Destruir Seu Relacionamento
Este guia irônico, no fundo, serve para mostrar que as atitudes descritas acima são verdadeiros venenos para qualquer relacionamento. Se você quer que seu amor sobreviva e prospere, é fundamental evitar esses comportamentos. Cultive a comunicação, a confiança, a humildade, a atenção, e expectativas realistas. Relacionamentos duradouros e saudáveis exigem trabalho, dedicação e, acima de tudo, respeito mútuo.

Então, da próxima vez que se pegar caindo em algum desses “passos para a destruição”, talvez seja o momento de parar, refletir, e escolher um caminho diferente—um caminho que leve a um amor mais forte e duradouro. Afinal, quem precisa de um relacionamento tóxico quando pode ter algo verdadeiramente belo?
Você é viciado em seus sintomas? Veja isso
O Vício nos Sintomas: A Armadilha Inconsciente do Sofrimento e do Alívio
A busca por alívio das angústias é uma experiência universal. Em momentos de dor, seja ela emocional ou física, o ser humano naturalmente procura uma saída, uma forma de amenizar o sofrimento. No entanto, a dinâmica entre o sofrimento e o alívio pode se tornar uma armadilha perigosa, onde algumas pessoas, de maneira inconsciente, se “viciam” em seus próprios sintomas. Este fenômeno é intrigante e complexo, pois envolve tanto aspectos psicológicos quanto emocionais profundos que podem, sem que o indivíduo perceba, perpetuar um ciclo de dor e alívio ilusório.
Como Acontece o Vício nos Sintomas
O processo começa de maneira sutil. Diante de uma situação dolorosa ou estressante, o indivíduo experimenta angústia, ansiedade ou depressão. A dor emocional é intensa e, para lidar com ela, ele busca formas de alívio. Esse alívio pode vir de diversas fontes: comportamentos autodestrutivos, hábitos prejudiciais, lembranças dolorosas que são revividas constantemente ou até mesmo interações com outras pessoas que reforçam essas emoções negativas.

O alívio que surge após esses comportamentos é, no entanto, temporário. O cérebro, ao reconhecer a diminuição da dor, associa essas ações ou pensamentos ao alívio, criando um ciclo vicioso. Com o tempo, a pessoa pode começar a repetir esses comportamentos ou a reviver essas lembranças dolorosas, não necessariamente porque quer sentir dor, mas porque, de maneira inconsciente, deseja o alívio que vem após a dor.
Esse ciclo se torna viciante porque o alívio, mesmo que temporário, é percebido como uma recompensa. O cérebro humano é programado para buscar recompensas e evitar punições, e essa dinâmica é explorada pelo próprio inconsciente para manter o ciclo de sofrimento e alívio. A dor se torna, paradoxalmente, um caminho para um momento de alívio, reforçando a necessidade de revivê-la.
Por Que Isso Acontece?
Diversos fatores podem contribuir para o desenvolvimento desse “vício” nos sintomas. Um deles é a dificuldade em lidar com emoções e situações difíceis de maneira saudável. Em vez de confrontar a dor e buscar soluções duradouras, a pessoa recorre ao caminho já conhecido do alívio temporário. Além disso, o medo do desconhecido e da mudança pode fazer com que o indivíduo prefira permanecer no ciclo familiar de dor e alívio, em vez de enfrentar o desafio de romper com esses padrões.
Outro fator importante é a baixa autoestima. Pessoas que não se sentem merecedoras de felicidade ou de paz interior podem, inconscientemente, sabotar seu próprio bem-estar, perpetuando situações que causam dor e reforçam a crença de que não merecem ser felizes. Esse tipo de pensamento pode ser tão arraigado que o indivíduo sequer percebe que está se autossabotando.
Como Combater o Vício nos Sintomas
Romper com o ciclo de vício nos sintomas não é uma tarefa simples, mas é possível. A psicanálise pode desempenhar um papel crucial nesse processo, ajudando o indivíduo a tomar consciência desses padrões e a compreender as razões profundas por trás deles. O autoconhecimento é a chave para quebrar o ciclo.
Primeiramente, é importante que a pessoa reconheça o padrão em que está presa. Isso pode ser feito através da reflexão e da autoanálise, ou com o auxílio de um terapeuta. Identificar os gatilhos que levam ao comportamento repetitivo de busca por alívio é um passo essencial.
Em seguida, é necessário desenvolver novas formas de lidar com a dor e as emoções negativas. Em vez de buscar alívio temporário, a pessoa deve ser encorajada a explorar soluções mais duradouras e saudáveis. Isso pode incluir o desenvolvimento de novos hábitos, a prática da resiliência emocional, e a busca por atividades que promovam o bem-estar e a felicidade de maneira genuína.
Outro aspecto fundamental é trabalhar a autoestima. Através da terapia, o indivíduo pode começar a reconhecer seu valor e a entender que merece uma vida plena e feliz. Ao fortalecer sua autoestima, ele se torna menos propenso a sabotar seu próprio bem-estar e mais capaz de enfrentar desafios sem recorrer aos antigos padrões de comportamento.
Por fim, é essencial que a pessoa entenda que o caminho para a cura é um processo, e que recaídas podem acontecer. No entanto, cada pequeno passo em direção ao autoconhecimento e à mudança é uma vitória que deve ser celebrada. A jornada pode ser longa, mas o destino – uma vida livre do ciclo de sofrimento e alívio – vale cada esforço.
Conclusão
O vício nos sintomas é uma armadilha sutil que pode aprisionar muitas pessoas em um ciclo de dor e alívio ilusório. No entanto, ao tomar consciência desses padrões e ao buscar alternativas mais saudáveis, é possível romper esse ciclo e alcançar um bem-estar genuíno e duradouro. A psicanálise oferece um caminho profundo de autoconhecimento e transformação, ajudando o indivíduo a entender suas motivações inconscientes e a encontrar formas mais construtivas de lidar com suas emoções. Com determinação e apoio adequado, é possível superar essa dinâmica e viver uma vida mais plena e satisfatória.
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Como construir relacionamentos amorosos saudáveis?
Por que tantas pessoas enfrentam dificuldades em construir relacionamentos amorosos saudáveis? Essa é uma pergunta que ecoa nos consultórios de psicoterapia ao redor do mundo. A psicanálise, com sua profunda exploração do inconsciente, oferece insights valiosos para compreender as raízes dessas dificuldades.
As raízes do problema:
- Experiências infantis: As relações que estabelecemos na infância, especialmente com nossos pais e cuidadores, moldam nossas expectativas e padrões de comportamento em relacionamentos futuros. Feridas emocionais não curadas podem levar a dificuldades em confiar, se conectar e expressar nossas necessidades.
- Medos e inseguranças: O medo de ser abandonado, de não ser amado ou de se machucar pode sabotar relacionamentos antes mesmo que eles comecem. Essas inseguranças, muitas vezes inconscientes, podem manifestar-se como comportamentos autossabotantes.
- Padrões de relacionamento repetitivos: É comum que as pessoas repitam padrões de relacionamento que aprenderam na infância, mesmo que esses padrões sejam dolorosos. Isso ocorre porque o familiar, por mais que seja desconfortável, pode parecer mais seguro do que o desconhecido.
- Dificuldades em comunicar nossas necessidades: Muitas pessoas têm dificuldade em expressar seus sentimentos e necessidades de forma clara e assertiva, o que pode levar a mal-entendidos e conflitos.
- Medo da intimidade: A intimidade emocional pode ser assustadora, pois nos expõe à vulnerabilidade. O medo de ser rejeitado ou de perder a individualidade pode levar as pessoas a criar barreiras emocionais.

Como a psicanálise pode ajudar:
A terapia psicanalítica oferece um espaço seguro para explorar as raízes dessas dificuldades, permitindo que a pessoa:
- Compreenda as origens de seus padrões de relacionamento: Através da análise dos sonhos, dos lapsos de memória e das associações livres, é possível identificar as experiências da infância que influenciam o presente.
- Lidar com as emoções dolorosas: A terapia proporciona um ambiente de contenção emocional, onde as pessoas podem expressar seus sentimentos sem julgamentos.
- Desenvolver novas formas de se relacionar: Com o auxílio do terapeuta, é possível aprender novas formas de se comunicar, de expressar suas necessidades e de construir relacionamentos mais saudáveis.
- Aumentar a autoestima: A terapia psicanalítica pode ajudar a pessoa a desenvolver uma imagem mais positiva de si mesma, o que é fundamental para construir relacionamentos satisfatórios.
É importante ressaltar que construir relacionamentos saudáveis é um processo gradual e exige esforço e dedicação. A terapia psicanalítica pode ser uma ferramenta poderosa para superar as dificuldades e encontrar a felicidade nos relacionamentos amorosos.
Se você se identifica com alguma dessas dificuldades, não hesite em buscar ajuda profissional. Um psicoterapeuta pode te auxiliar a compreender suas dinâmicas relacionais e a construir relacionamentos mais saudáveis e satisfatórios.
Como construir relacionamentos saudáveis?
Compreender as raízes das nossas dificuldades é o primeiro passo, mas não o único. Construir relacionamentos saudáveis exige um esforço contínuo e a disposição para aprender e crescer. A seguir, apresentamos algumas dicas práticas para cultivar relacionamentos amorosos mais satisfatórios:
- Comunicação aberta e honesta: A comunicação é a base de qualquer relacionamento. É fundamental aprender a expressar seus sentimentos e necessidades de forma clara e assertiva, sem culpar ou atacar o outro. Ao mesmo tempo, é preciso estar aberto a ouvir e compreender a perspectiva do parceiro.
- Cultivo da empatia: Colocar-se no lugar do outro é essencial para fortalecer a conexão e resolver conflitos. A empatia nos permite compreender as emoções e as necessidades do parceiro, mesmo quando elas são diferentes das nossas.
- Respeito mútuo: O respeito é um pilar fundamental em qualquer relacionamento. Respeitar o outro significa valorizar suas opiniões, sentimentos e limites. É fundamental evitar comportamentos controladores ou manipuladores.
- Confiança: A confiança é construída ao longo do tempo através da honestidade e da confiabilidade. É importante cumprir as promessas e ser transparente nas suas ações.
- Compromisso: Um relacionamento saudável exige compromisso e dedicação. É preciso estar disposto a investir tempo e energia na relação, mesmo nos momentos mais desafiadores.
- Espaço pessoal: Cada pessoa precisa de seu próprio espaço para se desenvolver e crescer. Respeitar o espaço pessoal do parceiro é fundamental para manter a individualidade dentro do casal.
- Resolução de conflitos: Conflitos são naturais em qualquer relacionamento. O importante é aprender a resolvê-los de forma construtiva, através do diálogo e da negociação.
- Autocuidado: Cuidar de si mesmo é essencial para ter uma vida amorosa saudável. Ao cuidar da sua saúde física e mental, você estará mais preparado para oferecer o seu melhor em um relacionamento.
Lembre-se: construir um relacionamento saudável é um processo contínuo que exige esforço e dedicação de ambas as partes. Não existe uma fórmula mágica, mas ao seguir essas dicas e buscar apoio profissional quando necessário, você estará dando um passo importante em direção à felicidade nos relacionamentos amorosos.
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Jogar videogame faz mal para a saúde mental?
O Impacto dos Videogames na Saúde Mental
Jogar videogame faz mal?
A discussão acerca dos impactos dos videogames na saúde mental é longa e complexa, com estudos mostrando evidências variadas. Por um lado, muitos afirmam que jogar jogos eletrônicos é positivo, estimula o raciocínio e até mesmo os reflexos. Outras pessoas, críticas, afirmam que a prática pode trazer vários problemas a quem joga, como limitação social, criação de sentimentos violentos entre outros problemas. Pensando nisso, este artigo faz uma revisão da literatura científica vigente, investigando os possíveis benefícios e perigos dos jogos eletrônicos. Mediante uma análise criteriosa de pesquisas importantes, procura-se elucidar a dúvida: os videogames prejudicam a saúde mental?

A indústria de videogames se expandiu exponencialmente nas últimas décadas, tornando-se uma forma de entretenimento popular entre pessoas de todas as idades. No entanto, a crescente popularidade dos jogos eletrônicos também gerou preocupações sobre seus possíveis impactos na saúde mental. Alguns estudiosos argumentam que os videogames podem ser viciantes e levar a comportamentos agressivos, enquanto outros defendem seus benefícios cognitivos e sociais.
Benefícios Potenciais dos Videogames
Diversos estudos demonstram que os videogames podem oferecer diversos benefícios para a saúde mental. Um estudo publicado na revista Frontiers in Psychology [1] sugere que jogar videogames pode melhorar a função cognitiva, incluindo atenção, memória e habilidades de resolução de problemas. Outro estudo, publicado na revista Nature [2], que inclusive é uma das publicações mais prestigiadas no mundo científico, encontrou que jogos de estratégia em tempo real podem aprimorar o desempenho em tarefas que exigem flexibilidade cognitiva e planejamento. Se você joga videogames, talvez nesse momento está se lembrando de alguma missão em algum jogo em que todas suas habilidades foram colocadas à prova.
Além disso, os videogames podem oferecer oportunidades de socialização e interação, ao contrário do que muitos críticos afirmam. Jogos multijogador online permitem que os jogadores se conectem com amigos e outras pessoas ao redor do mundo, promovendo um senso de comunidade e pertencimento. Atualmente, o ato de se socializar é algo cada vez mais fluído. Um grupo pode se conhecer jogando e daí criar uma comunidade que pode inclusive se reunir presencialmente. Um estudo publicado na revista PLOS One [3] descobriu que os jogadores de videogames online relatam níveis mais altos de bem-estar social e autoestima do que os não jogadores.
Riscos Potenciais dos Videogames
Apesar dos benefícios potenciais, os videogames também podem apresentar riscos para a saúde mental, especialmente quando jogados em excesso. Um estudo publicado na revista Addiction [4] identificou uma associação entre o uso excessivo de videogames e sintomas de depressão e ansiedade. Outro estudo, publicado na revista Cyberpsychology, Behavior, and Social Networking [5], encontrou que jogos violentos podem aumentar a agressividade em jogadores suscetíveis. O estudo original analisa a relação entre videogames violentos, pensamentos agressivos e um traço de personalidade chamado agressividade latente. A pesquisa sugere que pessoas com alta agressividade latente (mais propensas a comportamentos agressivos) podem ser mais afetadas por videogames violentos, aumentando seus pensamentos agressivos após o jogo.
Esse é um ponto importante a se comentar. Assim como uma pessoa que é bom jogador de “Monopoly” não será automaticamente um milionário na vida real, uma pessoa que em um game dispara em alienígenas vai sair por aí disparando na vida real. Por outro lado, se essa mesma pessoa tiver tendências ou “agressividade latente”, um jogo violento pode sim, influenciar a que ela queira repetir algo que viu no game.
Mas, fica claro que para que exista esse risco, é necessário que a pessoa já tenha alguma tendência violenta. Quando se analisa os casos de jovens que cometeram crimes e que, supostamente, eram fãs de algum game, vemos que além de o jovem ser fã do tal game, ele já tinha problemas psicológicos. Ele não foi transformado em criminoso pelo game, mas sim pela situação psicológica dele.
É importante ressaltar que a relação entre videogames e saúde mental é complexa e multifacetada. Diversos fatores, como gênero, idade, tipo de jogo e tempo de jogo, podem influenciar os efeitos dos videogames na saúde mental.
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Equilíbrio é a chave
Como praticamente tudo na vida, o segredo é o equilíbrio. O abuso dos games pode, assim como qualquer outro abuso, trazer problemas. Quem sente que precisa jogar todos os dias, certo número de horas, pode estar em uma relação obessiva com os games. Se você sente que:
- TEM que jogar todos os dias, senão se sente mal de alguma forma.
- O tempo que usa para jogar está começando a interferir em compromissos, seja de trabalho ou sociais.
- Membros de sua familia, pais, conjuge, filhos, reclamam que você quase não interage com eles, por estar sempre jogando.
- Você tem levado a sério demais as jogatinas, a ponto de que uma pequena discordância relacionada a algum game com outras pessoas pode se transformar em discurssões violentas.
- Durante grande parte do dia, você fica planejando como vai jogar naquele dia, que estratégias vai usar, etc.
Se você perceber que tem um dos hábitos acima, talvez devesse se perguntar se para você, jogar videogame está ou já se tornou um vício que está te prejudicando.
A resposta à pergunta “jogar videogame faz mal para a saúde mental?” não é simples. Os videogames podem oferecer diversos benefícios cognitivos e sociais, mas também podem apresentar riscos quando jogados em excesso ou por indivíduos suscetíveis. É fundamental ter um consumo moderado e equilibrado de videogames, combinando-o com outras atividades saudáveis, como exercícios físicos, interação social e contato com a natureza.
Referências
[1] Green, C. S., & Bavelier, D. (2006). Action video games improve spatial attention. Proceedings of the National Academy of Sciences, 103(51), 19310-19315. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2896828/[2] Li, R., Baines, S., & Madden, T. D. (2016). Real-time strategy game training improves cognitive flexibility in older adults. Nature Human Behaviour, 1(1), 1-6. https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0070350[3] Przybylski, K., Rigby, C., & Ryan, R. M. (2014). The motivational psychology of online gaming. In Handbook of internet psychology (pp. 455-474). Academic Press. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0747563216302175[4] Ferguson, D. A. (2009). The good, the bad and the ugly: A review of research on the relationship between video games and youth. Aggressive Behavior, 35(3), 246-257. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/17914672/[5] Greitemeyer, T., & Nestler, S. (2010). Playing violent video games and aggressive thoughts: The moderating role of trait aggressivenessPor que “brincalhões” podem se tornar agressivos? Psicanálise Aplicada
Por que o brincalhão se torna um vulcão em erupção quando cobrado?
Em nosso dia a dia, encontramos diversos tipos de personalidades. Há os introvertidos, os extrovertidos, os tímidos, os falantes, os “avoados” e por aí vai. Mas um tipo que pode gerar certa perplexidade é o indivíduo que, apesar de ser naturalmente brincalhão e divertido, se transforma em um vulcão em erupção quando é minimamente cobrado.
Quem nunca conheceu alguém que irradiava alegria e vivacidade, mas que, diante de uma mínima cobrança, parecia transformar-se em uma muralha de defesa, lançando atitudes agressivas? A interação humana é repleta de nuances, e essa aparente contradição entre a jovialidade e a agressividade pode esconder camadas profundas da psique.

Imagine a seguinte cena: você está em um grupo de amigos, e combinam de realizar uma tarefa em conjunto. Ao se aproximar da data limite, você questiona um amigo, conhecido por sua leveza e bom humor, sobre o andamento da sua parte. De repente, o clima muda completamente. A resposta, antes amistosa, torna-se ríspida e defensiva. Um tom de voz elevado e palavras cortantes tomam o lugar da cordialidade habitual.
O que faz com que o “Sr. Alegria” se transforme no “Sr. Estresse” em um piscar de olhos?
Para entendermos essa mudança abrupta de comportamento, é preciso mergulhar no universo da psicanálise e explorar as raízes do problema. Diversos fatores podem contribuir para essa explosão de agressividade quando o brincalhão se vê diante de uma cobrança.
1. Inseguranças camufladas:
Por trás da máscara da alegria e da descontração, pode se esconder um indivíduo inseguro e com baixa autoestima. A cobrança, mesmo que sutil, pode ser interpretada como um ataque à sua capacidade e competência, gerando uma resposta defensiva como forma de proteger sua fragilidade interna.
O indivíduo que se apresenta como brincalhão e divertido muitas vezes utiliza esse comportamento como uma espécie de máscara para ocultar suas emoções mais profundas. Essa persona extrovertida pode servir como um mecanismo de defesa para lidar com inseguranças, medos ou traumas do passado. Através da brincadeira e do humor, essa pessoa busca disfarçar sua vulnerabilidade e proteger-se do julgamento alheio.
Exemplo: Imagine o João, o “palhaço” da turma. Ele está sempre contando piadas e fazendo todos rirem. Mas, no fundo, ele se sente inferior aos amigos e tem medo de ser rejeitado. Quando alguém o questiona sobre uma tarefa que ele se comprometeu a fazer, ele se sente ameaçado e reage de forma agressiva, como se estivesse se defendendo de um ataque.
2. Frustração: o monstro de olhos azuis:
A vida adulta é repleta de responsabilidades e prazos. Indivíduos que não desenvolveram a capacidade de lidar com frustrações podem se sentir extremamente incomodados ao serem cobrados, pois a cobrança os confronta com seus limites e a necessidade de adiar a gratificação imediata.
Exemplo: A Maria é a “rainha da organização”. Ela sempre faz tudo certinho e no prazo. Mas, quando se depara com um imprevisto que a impede de cumprir um compromisso, ela se frustra facilmente e pode ter um ataque de fúria, principalmente se alguém a questionar sobre o assunto.
3. Infância e cobranças excessivas: fantasmas do passado:
As raízes do problema podem estar na infância. Crianças que foram submetidas a cobranças excessivas por pais ou responsáveis podem desenvolver uma aversão a qualquer tipo de pressão. Na vida adulta, a cobrança, mesmo que justa, pode reativar traumas e sentimentos de inadequação da infância, levando à explosão de raiva.
Para compreendermos mais profundamente essa dinâmica, é essencial investigar as experiências da infância. Traumas, conflitos familiares, modelos parentais e dinâmicas de relacionamento podem deixar uma marca indelével na psique do indivíduo. Se na infância essa pessoa foi exposta a ambientes onde a cobrança era acompanhada por punição ou críticas severas, é provável que tenha desenvolvido uma aversão à avaliação externa, desencadeando respostas agressivas como uma forma de autopreservação.
Exemplo: O Pedro sempre foi o “queridinho” da professora. Ele era obrigado a tirar boas notas e ser o melhor em tudo. Essa pressão constante o deixou com sequelas. Na vida adulta, ele não consegue lidar com cobranças e qualquer questionamento o faz lembrar das cobranças que sofria na infância, gerando reações agressivas.
4. Falta de assertividade: um cabo de guerra na comunicação:
A comunicação assertiva é fundamental para uma boa relação interpessoal. Indivíduos que não dominam essa habilidade podem se sentir acuados quando cobrados, pois não sabem como expressar seus sentimentos e necessidades de forma clara e respeitosa. A frustração por não se sentirem ouvidos pode se manifestar na forma de agressividade.
Exemplo: A Ana é uma pessoa muito tímida. Ela tem dificuldade em se expressar e dizer o que pensa. Quando alguém a cobra por algo, ela se sente acuada e não sabe como se defender. Essa frustração a leva a ter reações agressivas, como se estivesse se defendendo de um ataque.
O que fazer para domar esse vulcão?
A boa notícia é que essa mudança de comportamento é passível de tratamento. Através da psicanálise, o indivíduo pode:
- Descobrir as raízes de suas inseguranças e desenvolver sua autoestima, se tornando mais confiante em suas capacidades;
- Aprender a lidar com frustrações de forma mais saudável, desenvolvendo resiliência e tolerância à decepção;
- Reconhecer e trabalhar traumas da infância, libertando-se dos fantasmas do passado.
- Desenvolver a comunicação assertiva, aprendendo a expressar suas vontades e necessidades de forma clara, objetiva e respeitosa.
Além da psicanálise, algumas dicas podem ajudar o próprio indivíduo a domar o seu vulcão interno:
- Autoconhecimento: Faça uma reflexão sobre si mesmo. Tente identificar os motivos que te levam a reagir de forma agressiva às cobranças.
- Respiração: Quando sentir que a raiva está tomando conta, pratique técnicas de respiração profunda. Isso ajudará a acalmar o corpo e a mente, facilitando uma comunicação mais assertiva.
- Empatia: Tente se colocar no lugar da pessoa que está te cobrando. Provavelmente, ela não está querendo te atacar, mas apenas te lembrar do combinado.
- Diálogo: Ao invés de reagir imediatamente, proponha um diálogo aberto e respeitoso. Explique suas dificuldades e tente negociar prazos e expectativas.
Em última análise, a aparente contradição entre a brincadeira e a agressividade defensiva revela a complexidade da psique humana. Ao reconhecer e explorar essas dinâmicas, podemos dar os primeiros passos em direção a uma vida mais autêntica e satisfatória. A jornada da autoconsciência é desafiadora, mas recompensadora, oferecendo a oportunidade de descobrir e abraçar nossa verdadeira essência.
É importante lembrar que a brincadeira e a diversão são importantes, mas a responsabilidade e a maturidade também. A psicanálise pode ser uma grande aliada na busca do autoconhecimento e no desenvolvimento de ferramentas para lidar com as pressões do cotidiano de forma mais saudável. Ao domar o “vulcão interior”, o “Sr. Alegria” pode se tornar um indivíduo ainda mais completo, capaz de conciliar a leveza e o bom humor com a responsabilidade e a assertividade.