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Você é viciado em seus sintomas? Veja isso

O Vício nos Sintomas: A Armadilha Inconsciente do Sofrimento e do Alívio

A busca por alívio das angústias é uma experiência universal. Em momentos de dor, seja ela emocional ou física, o ser humano naturalmente procura uma saída, uma forma de amenizar o sofrimento. No entanto, a dinâmica entre o sofrimento e o alívio pode se tornar uma armadilha perigosa, onde algumas pessoas, de maneira inconsciente, se “viciam” em seus próprios sintomas. Este fenômeno é intrigante e complexo, pois envolve tanto aspectos psicológicos quanto emocionais profundos que podem, sem que o indivíduo perceba, perpetuar um ciclo de dor e alívio ilusório.

Como Acontece o Vício nos Sintomas

O processo começa de maneira sutil. Diante de uma situação dolorosa ou estressante, o indivíduo experimenta angústia, ansiedade ou depressão. A dor emocional é intensa e, para lidar com ela, ele busca formas de alívio. Esse alívio pode vir de diversas fontes: comportamentos autodestrutivos, hábitos prejudiciais, lembranças dolorosas que são revividas constantemente ou até mesmo interações com outras pessoas que reforçam essas emoções negativas.

terapia de casal

O alívio que surge após esses comportamentos é, no entanto, temporário. O cérebro, ao reconhecer a diminuição da dor, associa essas ações ou pensamentos ao alívio, criando um ciclo vicioso. Com o tempo, a pessoa pode começar a repetir esses comportamentos ou a reviver essas lembranças dolorosas, não necessariamente porque quer sentir dor, mas porque, de maneira inconsciente, deseja o alívio que vem após a dor.

Esse ciclo se torna viciante porque o alívio, mesmo que temporário, é percebido como uma recompensa. O cérebro humano é programado para buscar recompensas e evitar punições, e essa dinâmica é explorada pelo próprio inconsciente para manter o ciclo de sofrimento e alívio. A dor se torna, paradoxalmente, um caminho para um momento de alívio, reforçando a necessidade de revivê-la.

Por Que Isso Acontece?

Diversos fatores podem contribuir para o desenvolvimento desse “vício” nos sintomas. Um deles é a dificuldade em lidar com emoções e situações difíceis de maneira saudável. Em vez de confrontar a dor e buscar soluções duradouras, a pessoa recorre ao caminho já conhecido do alívio temporário. Além disso, o medo do desconhecido e da mudança pode fazer com que o indivíduo prefira permanecer no ciclo familiar de dor e alívio, em vez de enfrentar o desafio de romper com esses padrões.

Outro fator importante é a baixa autoestima. Pessoas que não se sentem merecedoras de felicidade ou de paz interior podem, inconscientemente, sabotar seu próprio bem-estar, perpetuando situações que causam dor e reforçam a crença de que não merecem ser felizes. Esse tipo de pensamento pode ser tão arraigado que o indivíduo sequer percebe que está se autossabotando.

Como Combater o Vício nos Sintomas

Romper com o ciclo de vício nos sintomas não é uma tarefa simples, mas é possível. A psicanálise pode desempenhar um papel crucial nesse processo, ajudando o indivíduo a tomar consciência desses padrões e a compreender as razões profundas por trás deles. O autoconhecimento é a chave para quebrar o ciclo.

Primeiramente, é importante que a pessoa reconheça o padrão em que está presa. Isso pode ser feito através da reflexão e da autoanálise, ou com o auxílio de um terapeuta. Identificar os gatilhos que levam ao comportamento repetitivo de busca por alívio é um passo essencial.

Em seguida, é necessário desenvolver novas formas de lidar com a dor e as emoções negativas. Em vez de buscar alívio temporário, a pessoa deve ser encorajada a explorar soluções mais duradouras e saudáveis. Isso pode incluir o desenvolvimento de novos hábitos, a prática da resiliência emocional, e a busca por atividades que promovam o bem-estar e a felicidade de maneira genuína.

Outro aspecto fundamental é trabalhar a autoestima. Através da terapia, o indivíduo pode começar a reconhecer seu valor e a entender que merece uma vida plena e feliz. Ao fortalecer sua autoestima, ele se torna menos propenso a sabotar seu próprio bem-estar e mais capaz de enfrentar desafios sem recorrer aos antigos padrões de comportamento.

Por fim, é essencial que a pessoa entenda que o caminho para a cura é um processo, e que recaídas podem acontecer. No entanto, cada pequeno passo em direção ao autoconhecimento e à mudança é uma vitória que deve ser celebrada. A jornada pode ser longa, mas o destino – uma vida livre do ciclo de sofrimento e alívio – vale cada esforço.

Conclusão

O vício nos sintomas é uma armadilha sutil que pode aprisionar muitas pessoas em um ciclo de dor e alívio ilusório. No entanto, ao tomar consciência desses padrões e ao buscar alternativas mais saudáveis, é possível romper esse ciclo e alcançar um bem-estar genuíno e duradouro. A psicanálise oferece um caminho profundo de autoconhecimento e transformação, ajudando o indivíduo a entender suas motivações inconscientes e a encontrar formas mais construtivas de lidar com suas emoções. Com determinação e apoio adequado, é possível superar essa dinâmica e viver uma vida mais plena e satisfatória.

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Mitos e fatos sobre a depressão. Psicanálise Aplicada

A depressão, um transtorno mental que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, ainda carrega o peso de mitos e estigmas que aprofundam o sofrimento dos indivíduos e dificultam o acesso ao tratamento adequado. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 800.000 pessoas morrem todo ano em decorrência de sintomas da depressão, portanto, é um assunto extremamente sério e nunca deve ser visto como apenas uma “manha” da pessoa.

A crença de que a depressão é uma fraqueza ou falta de caráter é um dos maiores obstáculos, impedindo que muitos busquem a ajuda que necessitam. Vou então, comentar aqui alguns dos mitos sobre a depressão que gostaria que você visse.

Desmascarando os Mitos:

  • Depressão não é frescura ou falta de força de vontade: É um transtorno mental complexo que impacta o funcionamento cerebral e a capacidade de sentir emoções positivas. Imagine a mente como um órgão que adoeceu, perdendo a capacidade de funcionar de maneira normal. A depressão é essa doença da mente. E um deprimido pode fazer a “força” que for, que isso não irá curar sua depressão.
  • Pessoas com depressão não estão se lamentando sem motivo: Elas experimentam uma tristeza profunda e persistente que não se limita a eventos específicos ou circunstâncias da vida. A tristeza da depressão é como um peso constante que acompanha a pessoa em todos os momentos, independentemente do que esteja acontecendo. Infelizmente, há pessoas que acham que quem sofre de depressão não “vê” que existem pessoas que sofrem no mundo todo “muito mais” do que o deprimido. Dessa forma, a depressão da pessoa é desprezada e diminuída, aumentando ainda mais o sofrimento do deprimido.
  • A depressão não é uma escolha: É uma doença que se manifesta de forma involuntária e que requer tratamento profissional. Ninguém escolhe ter depressão, assim como ninguém escolhe ter diabetes ou qualquer outra doença. Muita gente diz a deprimidos que eles devem apenas “pensar em coisas boas” ou “focar no lado bom da vida”. Para qualquer doença, dizer para focar em outras coisas nunca resolve o problema.
  • Não se trata de “ficar feliz”: Há muitas pessoas que acreditam que depressão é simplesmente “estar triste” o que não é real. A depressão envolve alterações bioquímicas no cérebro que afetam a percepção da realidade e a capacidade de sentir prazer. A alegria e o prazer se tornam distantes e difíceis de alcançar, como se a pessoa estivesse vivendo em um mundo sem cores.
  • Culpar a vítima não ajuda: A depressão não é causada por “pensamentos negativos” ou “falta de positividade” e pior, “falta de Deus” ou ainda “falta de fé”. É uma doença com raízes complexas que envolvem fatores biológicos, psicológicos e sociais. A culpa apenas aumenta o sofrimento da pessoa, sem contribuir para a solução do problema.

Exemplos que ilustram os mitos:

  • Uma pessoa com depressão não consegue simplesmente “se animar” e sair da cama, pois sua energia está esgotada e sua motivação está comprometida.
  • Sentimentos de culpa e pensamentos negativos são sintomas da depressão, não a causa. Dizer para uma pessoa com depressão “se animar” é como pedir para um diabético “regular seu açúcar” apenas com força de vontade.
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Enfrentando o Estigma:

O estigma da depressão pode ter diversos impactos negativos:

  • Retarda o pedido de ajuda: O medo de ser julgado ou rotulado pode levar os indivíduos a adiar ou evitar o tratamento, perpetuando o sofrimento.
  • Dificulta o relacionamento interpessoal: O estigma pode levar ao isolamento social e à perda de apoio familiar e social, privando a pessoa de recursos importantes para sua recuperação.
  • Contribui para o suicídio: Sentimentos de vergonha e desesperança, intensificados pelo estigma, podem aumentar o risco de pensamentos e comportamentos suicidas.

Combatendo o Estigma:

  • Educação e informação: A sociedade precisa ser conscientizada sobre a natureza real da depressão, seus sintomas e tratamento. Isso pode ser feito através de campanhas de conscientização, palestras, workshops e outras iniciativas.
  • Empatia e compaixão: Devemos acolher e apoiar as pessoas com depressão, reconhecendo seu sofrimento e oferecendo ajuda. Ouvir sem julgamentos, oferecer apoio emocional e prático e mostrar que a pessoa não está sozinha são ações que podem fazer a diferença.
  • Linguagem adequada: Evitar termos pejorativos como “preguiçoso”, “fraco” ou “dramático” para descrever pessoas com depressão. Utilizar uma linguagem precisa e respeitosa contribui para a desconstrução do estigma.
  • Promover a busca por ajuda profissional: Incentivar as pessoas com sintomas de depressão a buscar tratamento médico e psicológico. É importante que as pessoas saibam que existem profissionais qualificados para ajudá-las a lidar com a doença e que a recuperação é possível.

A depressão é uma doença real e grave que exige atenção e tratamento adequados. Combater o estigma e os mitos que a cercam é fundamental para que as pessoas que sofram com essa condição possam buscar ajuda sem culpa ou vergonha. A depressão não é uma fraqueza, mas sim um problema de saúde que precisa ser tratado com a devida seriedade e respeito.

Lembre-se:

  • Se você está enfrentando sintomas de depressão, procure ajuda profissional
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Ansiedade: qual a visão da Psicanálise?

Entendimento psicanalítico da ansiedade

A ansiedade é um dos problemas mais comuns de saúde mental encontrados atualmente na prática clínica e, provavelmente, um dos mais mal compreendidos, frequentemente negligenciados e minimizados. Basta visitar qualquer site de psicoterapia e é quase certo que você encontrará menções à ansiedade. Mas o que a psicanálise tem a dizer sobre a ansiedade? Como ela a compreende do ponto de vista psicanalítico e o que podemos fazer para superá-la?

Definição de ansiedade…

Todos nós experimentamos ansiedade em algum grau. Na verdade, na área da psicologia, é amplamente comprovado que níveis moderados de ansiedade são realmente benéficos e promovem aprendizagem, resolução de problemas e produtividade. No entanto, quando a ansiedade se torna excessivamente alta em relação aos nossos recursos e habilidades para lidar com estresses e mudanças no ambiente, ela se torna avassaladora e pode desencadear uma das três respostas: lutar, fugir ou congelar.

A ansiedade é uma resposta natural e normal do organismo diante de situações percebidas como ameaçadoras, estressantes ou desafiadoras. É uma emoção que todos experimentamos em algum momento da vida. No entanto, quando a ansiedade se torna excessiva, persistente e começa a interferir no funcionamento diário e no bem-estar de uma pessoa, pode ser considerada um transtorno de ansiedade.

Os transtornos de ansiedade são condições de saúde mental caracterizadas por uma sensação constante de apreensão, preocupação e medo intenso, que vão além do que seria considerado normal em determinadas situações. Esses transtornos podem se manifestar de diferentes formas, como transtorno de ansiedade generalizada, transtorno do pânico, fobias específicas, transtorno de estresse pós-traumático e transtorno obsessivo-compulsivo, entre outros.

A ansiedade pode desencadear uma série de sintomas físicos, cognitivos e emocionais. Fisicamente, pode causar sensações de tensão muscular, palpitações, falta de ar, tremores, sudorese e desconforto gastrointestinal. No nível cognitivo, pode levar a pensamentos negativos, preocupações excessivas, dificuldade de concentração e de tomar decisões. Emocionalmente, a ansiedade pode resultar em irritabilidade, inquietação, medo intenso, sensação de perigo iminente e dificuldade em relaxar.

Manifestações da ansiedade

A ansiedade se manifesta de várias maneiras, algumas das quais são classificadas no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), enquanto outras não. Pense no que você faz quando está “nervoso” ou “preocupado”, que são apenas outras maneiras de dizer que você está ansioso. Algumas pessoas roem as unhas, brincam com os dedos ou se mantêm ocupadas; outras recorrem ao álcool ou a substâncias, enquanto outras tentam meditar ou escrever em diários.

Todos nós desenvolvemos métodos para nos defender ou lidar com a sensação de ansiedade, mas, às vezes, esses métodos não são suficientes e, nesses momentos, a ansiedade se manifesta como sintomas. Aqui estão vários exemplos:

Ataques de pânico

Uma das manifestações mais óbvias e diretas da ansiedade é quando se tem um ataque de pânico: o coração começa a acelerar, a respiração fica difícil, o corpo começa a suar, as mãos tremem, pensamentos começam a correr pela mente, há uma sensação de estar tendo um ataque cardíaco ou prestes a morrer, e um medo absoluto toma conta.

Desatenção e dificuldade de concentração

Outra manifestação da ansiedade é a dificuldade de se concentrar e manter o foco nas tarefas no trabalho, na escola ou em casa. Pode haver dificuldade em iniciar ou concluir projetos, além de distração fácil, falta de motivação e dificuldade em se organizar.

Problemas de sono

Lutar para adormecer e ter dificuldade em permanecer dormindo é outra manifestação comum da ansiedade. Pode ser que você fique deitado na cama, pensando e se preocupando com vários aspectos da vida, responsabilidades, prazos, questões financeiras, românticas, familiares, ou qualquer coisa que seja motivo de preocupação no momento.

Sintomas físicos e queixas somáticas

Às vezes, a ansiedade se manifesta no corpo na forma de problemas estomacais, desconforto geral, queixas gastrointestinais, dores de cabeça, fadiga, entre outros. Em crianças e adolescentes, além de queixas físicas, a ansiedade pode se manifestar em comportamentos em casa, dificuldades na escola ou problemas de interação social, entre outros.

Outros transtornos de ansiedade diagnosticáveis

Para algumas pessoas, a ansiedade pode se tornar tão grave a ponto de se desenvolverem transtornos como tricotilomania (compulsão de arrancar os cabelos, cílios ou sobrancelhas), síndrome do pânico, fobias (medo de objetos, animais, pessoas ou situações específicas, que é comum em crianças pequenas) ou transtorno obsessivo-compulsivo, que são formas que a psique e o corpo encontram para lidar, infelizmente, de maneira inadequada.

Compreensão psicanalítica da ansiedade

Dependendo da escola de pensamento psicanalítica à qual você recorrer, encontrará diferentes perspectivas sobre o assunto. No entanto, algo em comum é que, assim como qualquer outro sintoma na psicanálise, o sintoma da ansiedade é compreendido como tendo um significado inconsciente, específico e único para o indivíduo que o apresenta.

Na psicoterapia, é possível discutir sua ansiedade e como ela se manifesta. Do ponto de vista psicanalítico, é apenas no contexto da relação entre você e seu analista/terapeuta, e levando em consideração sua história pessoal, que você poderá começar a compreender o significado da ansiedade e encontrar formas de superá-la.

É importante ressaltar que a ansiedade é uma condição tratável. Existem diversas abordagens terapêuticas, como a psicoterapia, incluindo a psicanálise, e a utilização de medicamentos, quando necessário. O tratamento adequado pode ajudar a pessoa a lidar com a ansiedade, a reduzir seus sintomas e a retomar uma vida mais equilibrada e satisfatória.

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Como a psicanálise pode ajudar quem sofre com depressão?

A depressão é uma condição mental comum que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. É caracterizada por uma sensação persistente de tristeza, perda de interesse nas coisas que costumavam ser importantes e uma falta de energia. Embora haja vários tratamentos disponíveis para a depressão, a psicanálise é uma das abordagens mais eficazes e duradouras.

A psicanálise é uma teoria da personalidade e uma forma de tratamento que foi desenvolvida por Sigmund Freud no final do século XIX. O objetivo da psicanálise é ajudar as pessoas a entender e resolver os conflitos emocionais subconscientes que podem estar causando sua depressão. Ao explorar suas memórias, pensamentos e sentimentos, as pessoas podem ter uma compreensão mais profunda de si mesmas e aprender a lidar com as questões emocionais que estão a impedindo de alcançar a felicidade.

A psicanálise acredita que a depressão é frequentemente causada por conflitos internos, tais como traumas de infância, perdas importantes, ansiedade e baixa autoestima. Estes conflitos podem ser difíceis de identificar e resolver, pois estão enraizados profundamente no subconsciente. No entanto, através da terapia, as pessoas podem aprender a trazer esses conflitos à tona e a trabalhar através deles de forma mais eficaz.

A terapia de psicanálise geralmente é conduzida em sessões regulares com um terapeuta treinado. Durante as sessões, o terapeuta ajuda o paciente a explorar suas emoções, pensamentos e memórias para compreender as fontes subconscientes da depressão. O terapeuta também ajuda o paciente a identificar padrões de comportamento negativos e a desenvolver estratégias para lidar com esses comportamentos.

Um dos principais benefícios da psicanálise para a depressão é que é uma abordagem profunda e duradoura. Enquanto os medicamentos podem ser eficazes para aliviar os sintomas da depressão, eles não tratam as causas subjacentes da condição. A psicanálise, por outro lado, ajuda as pessoas a explorar as raízes emocionais da sua depressão e a desenvolver habilidades de autoconhecimento e resolução de conflitos que podem ser úteis para a vida toda.

Além disso, a psicanálise também é útil porque permite que as pessoas explorem questões pessoais em um ambiente seguro e confidencial. O terapeuta é treinado para ser objetivo e sem julgamento, o que permite que o paciente se sinta à vontade para explorar questões difíceis e profundas. Além disso, a terapia de psicanálise é uma abordagem holística que leva em conta todos os aspectos da vida do paciente, incluindo relacionamentos, trabalho e histórico familiar.

Embora a psicanálise possa ser uma forma eficaz de tratamento da depressão, é importante lembrar que não é uma solução rápida ou fácil. O tratamento da depressão com a psicanálise pode ser um processo longo e desafiador, mas é uma jornada valiosa que pode ajudar as pessoas a alcançar uma compreensão mais profunda de si mesmas e a encontrar uma vida mais equilibrada e feliz.

Em resumo, a psicanálise é uma forma eficaz e duradoura de tratamento da depressão. Através da terapia, as pessoas podem explorar as fontes subconscientes da sua depressão e aprender a lidar com questões emocionais complexas. Embora o processo possa ser desafiador, a jornada de autoconhecimento e resolução de conflitos é uma que pode trazer muitos benefícios a longo prazo. Se você está lutando com a depressão, considere procurar ajuda de um terapeuta treinado em psicanálise para começar sua jornada em direção à saúde mental e bem-estar.

5 maneiras em que a psicanálise trata a depressão

  1. Exploração das raízes emocionais da depressão: A psicanálise é baseada na ideia de que as emoções e comportamentos são influenciados por pensamentos e sentimentos inconscientes. Durante a terapia, o paciente é incentivado a explorar essas raízes subconscientes da sua depressão, o que pode ajudar a identificar padrões de pensamento negativo e comportamento disfuncional.
  2. Aprendizado sobre a relação entre pensamento, emoção e comportamento: A psicanálise também ajuda as pessoas a compreender como seus pensamentos, emoções e comportamentos estão interconectados. Isso pode ajudar a identificar padrões de comportamento disfuncional e a mudar padrões negativos de pensamento e comportamento.
  3. Resolução de conflitos internos: A psicanálise ajuda as pessoas a resolver conflitos internos que possam estar contribuindo para a sua depressão. Isso pode incluir questões relacionadas ao passado, como traumas ou relacionamentos disfuncionais, ou questões atuais, como tensões no trabalho ou em casa.
  4. Fortalecimento da autoconfiança: A psicanálise pode ajudar as pessoas a fortalecer sua autoconfiança e autoestima, o que é crucial para superar a depressão. O terapeuta pode trabalhar com o paciente para ajudá-lo a identificar seus pontos fortes e capacidades e encorajá-lo a confiar mais em si mesmo.
  5. Melhora das habilidades de gerenciamento de estresse: A psicanálise também pode ajudar as pessoas a desenvolver habilidades efetivas de gerenciamento de estresse, o que é importante para prevenir recaídas na depressão. O terapeuta pode trabalhar com o paciente para identificar fontes de estresse e ajudá-lo a desenvolver estratégias de gerenciamento de estresse eficazes.

Em resumo, a psicanálise é uma forma eficaz de tratamento da depressão que pode ajudar as pessoas a explorar as raízes emocionais da sua doença, a compreender a relação entre pensamento, emoção e comportamento, a resolver conflitos internos, a fortalecer a autoconfiança e a melhorar as habilidades de gerenciamento de estresse.

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Ansiedade social: como um psicanalista pode ajudar

A Associação Americana de Psiquiatria (APA) reconheceu pela primeira vez a ansiedade social como um distúrbio oficial em 1980, incluindo-a em seu Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) pela primeira vez.

No entanto, o medo fóbico de situações sociais já havia sido descrito muito antes disso. Entre os pensadores mais proeminentes a analisar o fenômeno estava Sigmund Freud, o fundador da psicanálise.

O medo fóbico de situações sociais havia sido descrito no final do século 19. Entre os pensadores mais proeminentes a analisar o fenômeno estava Sigmund Freud, o fundador da psicanálise.

Conteúdo

O que é a Psicanálise?

Como a psicanálise explica a ansiedade social?

Como a psicanálise trata a ansiedade social?

Mecanismos de Defesa na Neurose Fóbica (Histeria de Ansiedade)

A Psicanálise é um tratamento eficaz para a ansiedade social?

Variáveis Importantes no Tratamento Psicanalítico

O Papel da Mãe Boa o Suficiente

A importância da individuação e autenticidade

O que é a Psicanálise?

Para Sigmund Freud (1923), a psicanálise é:

  • Um procedimento para examinar processos psíquicos que são difíceis de acessar por outros meios.
  • Um método de tratamento para distúrbios neuróticos
  • Uma base de conhecimento e teoria dos insights psicológicos

Com base nessas considerações, Sigmund Freud entende o ser humano como um sujeito que está em constante conflito entre o que fazemos, o que desejamos e o que acontece ao nosso redor.

Esses conflitos ocorrem na maior parte do tempo fora de nossa consciência consciente. De acordo com Freud, nossos impulsos e desejos inconscientes lutam para serem realizados no plano da realidade.

Como isso muitas vezes não é possível, e como muitos desses desejos são mutuamente exclusivos, esses conflitos não resolvidos e inconscientes podem causar problemas, nomeadamente através das manifestações de sintomas (como a ansiedade em situações sociais).

A psicanálise visa tornar conscientes os conflitos inconscientes, o que não só pode nos ajudar a entender nossos sentimentos e comportamentos, mas também pode ser terapêutico em si mesmo.

A psicanálise visa tornar esses conflitos conscientes, o que não só pode nos ajudar a entender nossos sentimentos e comportamentos, mas também pode ser terapêutico em si mesmo.

Como a psicanálise explica a ansiedade social?

Enquanto o DSM-V se refere ao medo irracional de situações sociais como transtorno de ansiedade social (anteriormente: fobia social), a teoria psicanalítica e freudiana usa os termos neurose fóbica e histeria de ansiedade. Os principais mecanismos de defesa envolvidos são a evitaçãoa repressão e o deslocamento.

Freud (1895) considera a neurose fóbica como um medo irracional de um objeto (lugar, pessoa ou situação) que nos faz sentir ameaçados.

Normalmente, as origens da neurose fóbica podem ser rastreadas até uma experiência traumática significativa (muitas vezes na primeira infância).

Normalmente, as origens da neurose fóbica podem ser rastreadas até uma experiência traumática significativa (muitas vezes na primeira infância).

De acordo com a teoria psicanalítica, essa experiência traumática foi reprimida (tornada inconsciente), pois teria sido esmagador para a pessoa manter uma memória consciente do evento.

Nesses casos, nossa psique pode empregar certos mecanismos de defesa para nos proteger. Freud argumentou que isso acontece fora de nossa consciência consciente.

DSM-VPsicanálise
Os critérios diagnósticos são definidos pela APA, são generalizados e funcionam como uma lista de verificação objetiva.Não diagnostica. As experiências únicas do paciente são mais importantes. Exame subjetivo.
Intervenções guiadas por manual de tratamento. Muito semelhante para a maioria dos pacientes.Intervenções guiadas pela curiosidade e intuição do paciente e do analista.
Focado no curto prazo com potencial a longo prazo: alívio dos sintomas e redução do comprometimento funcional.Foco no longo prazo com potencial de curto prazo: insights psicológicos, autoconhecimento e redução do sofrimento.

Mecanismos de Defesa na Neurose Fóbica (Histeria de Ansiedade)

Os principais mecanismos de defesa empregados por pessoas com neurose fóbica são a evitação, a repressão e o deslocamento.

Evitar: Evitamos situações que nos fazem sentir desconfortáveis.

Repressão: Nós suprimimos memórias e sentimentos que são muito dolorosos para suportar em nossa experiência consciente.

Deslocamento: O medo inconsciente que sentimos sobre um determinado objeto (lugar, pessoa ou situação) é conscientemente experimentado quando confrontado com um objeto diferente.

Como você pode ver, a intenção desses mecanismos de defesa é nos proteger de sentimentos e memórias desconfortáveis.

A intenção desses mecanismos de defesa é nos proteger de sentimentos e memórias desconfortáveis.

Embora muitas vezes sejam cruciais para nos ajudar a lidar, especialmente quando somos bebês, eles podem se tornar problemáticos à medida que crescemos e somos capazes de trabalhar com as memórias traumáticas. É aí que entra a psicanálise.

No entanto, como o conteúdo psicológico de interesse é inconsciente, ele não pode ser facilmente acessado e recuperado.

Como a psicanálise trata a ansiedade social?

A psicanálise cunhou o termo cura pela fala. Ao colocar nossas experiências e afetos internos em palavras, podemos liberar bloqueios emocionais e tratar sintomas histéricos (Marx, Benecke & Gumz, 2017).

O transtorno de ansiedade social (neurose fóbica) pode ser tratado através da livre associação. O paciente compartilha qualquer coisa que venha à mente durante a sessão: pensamentos, ideias, memórias, palavras, sentimentos, etc. Ao fazer isso, conflitos inconscientes podem ser descobertos e o paciente experimenta alívio catártico.

Catarse: o processo de liberar e, assim, proporcionar alívio de emoções fortes ou reprimidas (Hornblower, Spawforth, & Eidinow, 2012).

A associação livre é usada na psicanálise e pode levar à catarse.

Freud (1923) acreditava que, colocando nossas experiências em palavras, podemos encontrar respostas para as seguintes questões:

  • De onde vieram os meus sintomas?
  • Por que eu sinto esses sintomas?
  • O que esses sintomas significam para mim?
  • Como posso interpretar e compreender os meus sintomas?
  • Como meus sintomas se relacionam com meu histórico pessoal?
  • Como posso lidar com esses sintomas para sofrer menos?

A regra fundamental da associação livre é a sinceridade total por parte dos pacientes. Eles devem dizer as coisas exatamente como as pensam ou como lhes ocorrem, sem censurar nada.

Assim, os portões para o inconsciente acabarão por se abrir e permitir que o paciente interprete seus sintomas exatamente onde eles se originaram.

A Psicanálise é um tratamento eficaz para a ansiedade social?

Um dos principais argumentos que é frequentemente usado contra a psicanálise é que não há provas de sua eficácia.

O próprio Freud (1916) escreveu em um de seus primeiros escritos sobre o sintoma: “A psicanálise visa o caso a caso”.

Dado que a psicanálise enfatiza a experiência subjetiva e se abstém de generalizações, é muito difícil realizar ensaios que meçam sua eficácia.

O próprio Freud (1916) escreveu em um de seus primeiros escritos sobre o sintoma: "A psicanálise visa o caso a caso".

No entanto, esse argumento tornou-se menos válido ao longo das últimas décadas. Um número cada vez maior de estudos de caso tem mostrado os efeitos profundos que a psicanálise pode ter como tratamento psicológico.

Isso também é verdade para a ansiedade social. Vários estudos de caso relatam melhorias substanciais em pessoas com TAS depois de passar por um processo psicanalítico (McEvoy et al., 2016).

Variáveis Importantes no Tratamento Psicanalítico

O grau em que a psicanálise pode ajudar a reduzir a ansiedade social depende de muitos fatores diferentes. Entre os mais importantes estão:

  • O compromisso do paciente com o seu processo.
  • O profissionalismo do psicanalista.
  • O ajuste terapêutico entre paciente e analista e a aliança terapêutica e transferência que se desenvolvem durante o tratamento.
  • A duração e a frequência do tratamento.
  • As intenções do paciente (querer erradicar a ansiedade social versus a vontade de integrá-la em suas vidas).
  • O desejo de ser acompanhado por um profissional empático e curioso.
  • A capacidade do paciente para introspecção e vontade de explorar e analisar processos pessoais.

Mas o mais importante, o sucesso da psicanálise depende de quão comprometidos estamos em olhar consistentemente para dentro e analisar nossos sentimentos, comportamentos, pensamentos e intenções.

O sucesso da psicanálise depende de quão comprometidos estamos em olhar consistentemente para dentro e analisar nossos sentimentos, comportamentos, pensamentos e intenções.

Para aqueles que estão prontos para esta tarefa e que estão procurando encontrar a causa raiz de seu problema, a psicanálise pode ser uma ótima opção de tratamento.

O Papel da Mãe Boa o Suficiente

A psicologia dinâmica é uma abordagem pós-freudiana que se baseia na psicanálise. Ele enfatiza a importância das relações interpessoais e argumenta que padrões problemáticos em nossas formas de se relacionar com os outros podem causar problemas psicológicos, como ansiedade social.

Donald Winnicott foi um dos pioneiros dessa abordagem. Ele se concentrou na relação mãe-filho de seus pacientes, pois acreditava que ela lançava as bases para a nossa maneira de nos relacionarmos com os outros durante o resto de nossas vidas.

Winnicott cunhou o termo “mãe boa o suficiente”, que veio a ser um conceito importante na terapia psicodinâmica até hoje.

Winnicott cunhou o termo "mãe boa o suficiente", que veio a ser um conceito importante na terapia psicodinâmica até hoje.

Ele argumentou que para a criança desenvolver um autêntico “self”, a mãe não precisa ser perfeita, mas deve responder de uma maneira “suficientemente boa” para que a criança desenvolva uma confiança básica em outros, no mundo e nelas mesmas.

Se a criança é privada de suas necessidades básicas, como abrigo, comida e amor, um eu autêntico não pode ser desenvolvido. Em vez disso, a criança desenvolve um falso eu para se proteger das ameaças à sua existência.

No entanto, o desenvolvimento de um falso “eu” também pode ser o resultado da mãe exagerar em seu cuidado. Este é frequentemente o caso quando as mães são superprotetoras e não permitem a liberdade pessoal da criança, como explorar seus arredores ou expressar emoções negativas.

If the child is deprived of their basic needs, such as shelter, food, and love, an authentic self cannot be developed. Instead, the child develops a false self to protect itself from the threats to their existence.

A importância da individualidade e autenticidade

Os exemplos acima ilustram como nossos primeiros relacionamentos com nossos pais, especialmente com a mãe (ou outro cuidador principal), afetam significativamente a maneira como nos relacionamos com os outros pelo resto de nossas vidas.

Para prevenir e tratar padrões de relacionamento problemáticos, Winnicott enfatizou a importância da individualidade e autenticidade com os outros.

Individuação refere-se ao processo de nos separarmos dos outros (geralmente da mãe durante a primeira infância) para desenvolver nosso próprio eu. Desenvolvemos um senso de individualidade e experimentamos conscientemente nossos próprios pensamentos, sentimentos e preferências, que se tornaram independentes dos outros.

Autenticidade refere-se ao processo de revelar o nosso verdadeiro eu aos outros. De acordo com Winnicott, um verdadeiro “eu” é caracterizado pela capacidade de entender genuinamente nossas necessidades e personalidade, e de revelá-las e expressá-las aos outros.

Autenticidade refere-se ao processo de revelar o nosso verdadeiro eu aos outros. De acordo com Winnicott, um verdadeiro eu é caracterizado pela capacidade de entender genuinamente nossas necessidades e personalidade, e de revelá-las e expressá-las aos outros.

Ao reconhecer e nutrir nossa própria individualidade e revelá-la aos outros de maneira autêntica, podemos nos tornar mais independentes da opinião dos outros e de nossa necessidade de agradá-los.

Assim, não apenas deixamos de lado os padrões relacionais tóxicos que fomos forçados durante a infância e começamos relacionamentos mais satisfatórios, mas também podemos reduzir a ansiedade social ao longo do caminho.

Conclusão

  • A psicanálise é uma opção de tratamento válida para a ansiedade social (também chamada de neurose fóbica).
  • Tem uma duração mais longa e cava mais fundo do que a maioria das outras terapias.
  • A psicanálise é altamente individualizada e se interessa pelas peculiaridades de cada paciente.
  • Paciente e analista tentam acessar os pensamentos, sentimentos, desejos, conflitos, etc. inconscientes do paciente.
  • A associação livre é a principal técnica aplicada na psicanálise. O paciente se senta ou se deita e fala sobre tudo o que vem à mente sem qualquer restrição.
  • As experiências da primeira infância, especialmente a relação com pais e irmãos, são de grande interesse nesta forma de tratamento.
  • A psicanálise tradicional se concentra em impulsos inconscientes (como desejo e agressão), enquanto as abordagens psicodinâmicas (derivações da psicanálise tradicional) se concentram em padrões relacionais.
  • A mãe não boa o suficiente, a individuação e a autenticidade são conceitos importantes para pessoas com ansiedade social.

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2 coisas que você nunca deve dizer a uma pessoa ansiosa

A ansiedade não precisa de introdução. Quem, por exemplo, não esteve em uma situação em que estar em alerta máximo de alguma forma salvou sua pele? Além disso, é muito provável que você tenha retornado a um estado livre de ansiedade e seguido em frente com sua vida. Evoluída para idealmente ser uma ferramenta tão construtiva de autopreservação, a ansiedade, infelizmente, pode se expandir persistentemente em algumas pessoas a ponto de desejar que elas estivessem mortas. Imagine estar nesse estado de “alerta máximo” perpetuamente.

Kat Smith/Pexels

Talvez a ansiedade seja motivada pela preocupação ou pelos pensamentos assustadores e intrusivos que acompanham o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Talvez seja a hipervigilância como consequência do trauma ou a sensação sufocante de estar longe da segurança na agorafobia. Seja qual for a forma, para aqueles que sofrem de ansiedade generalizada, não há retorno a um estado livre de ansiedade.

Para aqueles que não estão de luto, pode ser confuso por que alguém em tal estado não pode “simplesmente se acalmar”. Consequentemente, “acalmar-se” ou algo semelhante pode ser o seu conselho ao encontrar alguém que esteja especialmente nervoso, o que, em última análise, só pode servir para piorar as coisas.

As pessoas que sofrem de ansiedade recebem conselhos bem-intencionados, mas inúteis, de pessoas que não entendem realmente a situação da pessoa afetada pela ansiedade. Por sua vez, a pessoa ansiosa e em busca de apoio pode se sentir alienada, gerando irritação / mais angústia, o que faz tudo menos cultivar o bem-estar.

Se você conhece alguém que está muito ansioso ou se depara com pessoas assim no trabalho e não tem certeza do que dizer, evitar as próximas duas frases provavelmente melhorará as coisas, especialmente se você as substituir pelas alternativas sugeridas.

1. “Calma”

Essa sugestão onipresente para os ansiosos passa pelos lábios dos observadores como se o sujeito nunca tivesse pensado nisso por conta própria. Além disso, o tom com o qual geralmente é entregue adiciona sal à ferida. Você já ouviu essa expressão sem que ela soasse como uma ordem autoritária ou um apelo condescendente? É como se o observador não pudesse lidar com a presença da pessoa ansiosa, enviando-lhe a mensagem: “Eu não posso lidar com você”. Imagine estar na extremidade receptora disso durante um ataque de pânico ou quando uma reação traumática está ocorrendo.

Algodão/Pexels

A alternativa: Embora a declaração reflexiva acima possa parecer uma reação lógica, dedicar um tempo para aprender a ser receptivo (em vez de reativo) provavelmente produzirá melhores resultados. Se você se sentir irritado com a angústia da pessoa, imagine o que ela sente.

Simplesmente começar reconhecendo a presença de grande ansiedade é um bom lugar para começar; por exemplo: “Jaime, eu percebo que você se sente realmente desconfortável agora”, estabelecendo um tom mais empático. Finalmente, estar disposto a ajudar e perguntar: “O que seria útil para você agora?” gera uma atmosfera de parceria construtiva e resolução de problemas que provavelmente terá um efeito de redução da ansiedade por conta própria (ou seja, a pessoa poderá raciocinar da seguinte forma: “alguém está disposto a me ajudar”).

2. “Apenas pare de pensar nisso”

A ansiedade generalizada é impulsionada por pensamentos. As fobias correm em um ciclo de pensamento “isso é perigoso”, a preocupação salta para o pior pensamento e as pessoas traumatizadas podem se lembrar do evento inadvertidamente, inundando-se com memórias intrusivas provocadoras de ansiedade.

Para aqueles que nunca experimentaram tais coisas, pense em uma música que você não gosta ficar presa em sua cabeça e, em seguida, repita “apenas não pense nisso”. Não funcionou, não é? Agora, anexe a isso um mecanismo de defesa biologicamente orientado que o coloque em alerta máximo, porque o pensamento é essencialmente uma percepção de perigo que alimenta a resposta de sobrevivência de estar de prontidão para lutar / fugir. Agora você pode ver como é ainda mais difícil tentar ignorar algo que bate implacavelmente, tanto mental quanto fisiologicamente.

Dizer a alguém para “simplesmente não pensar” no que quer que esteja roendo em sua mente é uma boa receita para irritá-los ainda mais. Isso porque, assim como “levante-se”, se fosse tão simples assim, eles já teriam feito isso. Além disso, o uso do termo “simplesmente” ou “apenas” faz parecer que é fácil e que eles têm algum defeito porque não podem fazê-lo. Considere o efeito sobre uma pessoa socialmente ansiosa cuja vida gira em torno do medo do escrutínio dos outros. Finalmente, é incapacitante, pois pode implicar que o que quer que eles tenham em mente não é grande coisa.

A alternativa: Quando alguém relata um pensamento irritante relacionado ao seu estado de ansiedade, é melhor criar um diálogo sobre o assunto, novamente, em parceria com o indivíduo para mostrar apoio e resolver problemas de forma construtiva para tentar reduzir a nitidez. Se Barbara está desconfortável com a ideia de pegar um voo, por exemplo, é difícil para ela não pensar nisso quando sua mente é consumida por pensamentos sobre acidentes de avião enquanto ela relata preocupadamente as horas até a decolagem.

Responder com algo mais reflexivo pode ajudá-lo a se sentir apoiado e empoderado, aliviando sua ansiedade. Então, para Barbara, sua companheira de viagem pode dizer: “Barbara, eu sei que você não é fã de voar, mas não posso deixar de lembrar das outras vezes em que voamos juntos e tudo deu certo, chegamos bem ao nosso destino. Bárbara então é lembrada de que no caso dela, ela já voou em outras ocasiões e tudo ocorreu bem. Dessa forma, seu companheiro de viagem pode ajudá-la a cultivar alguma confiança, fazendo-a lembrar de que em geral, os voos são tranquilos.

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Por que é tão difícil lidar com pessoas narcisistas?

Quando um narcisista pede que você “perdoe e esqueça”, eles geralmente esperam perdão pelo dano que ainda pode estar sendo feito em tempo real. Do ponto de vista deles, o problema é você perceber sua falta de vontade de parar – não sua insistência e recusa reais. Eles realmente acreditam que seria mais fácil e justo para você se ajustar os maus-tratos deles, do que para eles simplesmente pararem de maltratá-lo.

O sentimento de se sentir sempre com a razão é uma característica do transtorno de personalidade narcisista. Isso explica por que muitos narcisistas percebem erroneamente as consequências como mais duras do que o comportamento cruel, desonesto e egocêntrico que justificou tais repercussões em primeiro lugar. Os narcisistas se vêem como merecedores de tratamento especial em todas as circunstâncias, mesmo que tenham destruído a saúde física, a autoestima, as redes de apoio e a capacidade de construir relacionamentos com indivíduos confiáveis de uma vítima.

Lil Artsy/Pexels

O melhor pedido de desculpas é a mudança de comportamento – isso é senso comum para a maioria das pessoas. No entanto, os narcisistas muitas vezes preferem que as vítimas adotem a negação. Eles parecem incapazes de imaginar que suas vítimas desejam que o esquecimento seja possível; mas o trauma infligido a eles foi tão profundo que agora é algo com que eles devem lidar. E, embora pareça contra-intuitivo, às vezes o melhor enfrentamento não é a repressão, mas sim o processamento aberto do trauma com um sistema de apoio que não exigirá dissociação do passado ou do presente. Às vezes, a cura parece rejeitar a amnésia tóxica.

Pode-se imaginar que evidências concretas ajudariam um narcisista a entender a magnitude de seu dano, mas mesmo diante de provas, muitos apenas se voltarão para o controle da narrativa por meio de se fazerem de vítimas ou até mesmo de tentarem mostrar que quem está mal é você.

Eles podem, por exemplo, dizer aos outros que você começou um conflito que realmente começou com eles atacando você, ou que você foi intransigente, mesmo que você nunca tenha pedido nada mais do que respeito básico e permanecido paciente quando ainda tinha esperança de que eles mudassem. Qualquer auto-respeito de você pode intensificar essa reação. Quanto mais empoderado você parece, quanto mais eles temem a exposição, mais energia eles investem em distorcer fatos e mais tempo eles gastam garantindo que a narrativa deles abafe a sua.

Acima das consequências e irrepreensíveis

A auto-ilusão de um narcisista de que eles são os árbitros auto-nomeados da verdade – e as únicas autoridades sobre a realidade – é o pressuposto que alimenta seu direito à confiança e respeito imerecidos. Assim como os narcisistas concedem a si mesmos permissão para se esquivar das regras e padrões que impõem aos outros, eles também se concedem permissão para “brincar de Deus” e reescrever a realidade para se conformar ao seu senso de infalibilidade.

Da mesma forma, a eventual queda de um narcisista geralmente pode ser atribuída à sua rejeição crônica de críticas construtivas e conselhos bem-intencionados. Pode-se sentir a necessidade de críticas diretas – mesmo válidas e fundamentadas – com as almofadas de ressalvas afirmativas, isenções de responsabilidade e qualificadores, ou garantia preventiva de que eles são uma boa pessoa com aptidão para melhorar. No entanto, essas estratégias ponderadas geralmente se mostram fúteis.

Ketut Sabiyanto/Pexels

Pior ainda, os narcisistas tendem a projetar competição e rivalidade onde nenhuma delas existe. Conselhos como: “Você pode parecer mais positivo se pensar mais antes de falar” podem facilmente ser mal interpretados como: “Você acha que sabe tudo? Que eu sou mais burro do que você? Que eu sou um perdedor?”

Muitos narcisistas não conseguiram entender sua abertura para aprender com eles no momento seguinte, porque se sentem compelidos a projetar uma hierarquia dominante-subordinada na dinâmica. Seu filtro mental padrão é tipicamente definido como preto ou branco, pensamento e falsas dicotomias (todas boas-todas ruins, versus perspectivas “ambas/e” que enfatizam o pensamento contextual e o relativismo moral).

Isso significa que eles minam sua própria socialização e negligenciam a prática das habilidades pró-sociais de autorregulação e tomada de perspectiva. Se o seu conselho privado os pouparia de um escrutínio mais severo em público, permanecer alheio às armadilhas de seu caráter pode se sentir mais seguro (e eles geralmente têm facilitadores empáticos para ajudar a limpar suas bagunças).

Da mesma forma, um grupo com alto narcisismo coletivo – como uma instituição religiosa que é autoritária e doutrinariamente fundamentalista – pode se desviar invocando delírios persecutórios, ou talvez espiritualizar demais qualquer grau de crítica ou inconformidade como evidência do espírito do “Inimigo”.

Alex Verde/Pexels

Abuso Narcisista

Os narcisistas muitas vezes empregam táticas implacáveis – deflexão, projeção e racionalização – porque estão comprometidos em mal-entendidos e desacreditando você. Sua intenção é sobrecarregar seu sistema nervoso, até que você não tenha coragem e força para falar e lutar.

Esse impacto mente-corpo dessa hostilidade insidiosa explica por que os sobreviventes de abuso narcisista geralmente relatam vários problemas de saúde. Alguns sofrem com problemas gastrointestinais, inflamação de níveis cronicamente altos de hormônios do estresse, pesadelos e flashbacks, ataques de pânico e muito mais.

De boa-fé, os sobreviventes de um narcisista muitas vezes tentam a reconciliação, sem perceber que o narcisista não “joga limpo”. Não só isso, mas o modo de ser típico impede o narcisista de entender o que a verdadeira paz e o perdão implicam: total transparência, humildade radical e compromissos acionáveis com a integridade no futuro, se houver mesmo um desejo de fazê-lo.

Mas raramente a humildade raramente é encontrada em narrativas narcisistas. Assim, a cura para sobreviventes de abuso narcisista muitas vezes centra o desafio de descartar a necessidade de provas ou pessoas para reivindicar sua inocência e bom caráter.

Normalmente, o primeiro passo parece substituir um autocrítico interior que o narcisista propositadamente instilou para induzir a autoconsciência e a insegurança. Essa voz interior muitas vezes reproduz o roteiro desvalorizador do narcisista – o narcisista diminuindo suas forças, culpando sua confiança ou realizações, julgando o que lhes traz alegria, acusando-os de egoísmo, invalidando sua intuição como “loucura” e comparando-os com os outros.

Yan Krukau/Pexels

Retraumatização

A retraumatização pode resultar do trauma de ser ativa e rotineiramente desacreditado, invalidado, silenciado, alienado e / ou bode expiatório dentro de uma família, local de trabalho ou indústria, escola, comunidade religiosa, ou outra instituição. Às vezes, a retraumatização da traição institucional eclipsa a dor do abuso narcisista que inicialmente levou um sobrevivente a falar.

A traição institucional é muitas vezes possibilitada por narrativas que enquadram “lados” certos e errados, com base em dinâmicas de poder desiguais (por exemplo, “Como ela se atreve a falar sobre [seus presbíteros, seu chefe, seu pastor, seu pai, etc.] dessa maneira?”). Essas narrativas são como os narcisistas recrutam amigos e familiares de um sobrevivente para negar evidências, vigiá-los e miná-los socialmente através de fofocas sobre eles serem “loucos”.

Os sobreviventes acabam percebendo que, pois o narcisista define “perdão” e “paz”, dependem da aceitação de suas ilusões escapistas de irrepreensibilidade e pureza. Não importa que a narrativa revisionista alinhada com sua auto-ilusão desafie fatos, razão, empatia e todo o senso comum.

O Tempo É Uma Mãe

Em “Como humilhar um narcisista absoluto”(em inglês), Jeremy E. Sherman escreve: “Ser um narcisista absoluto exige disciplina de um tipo peculiar, a disciplina de ser completamente indisciplinado, nenhuma consistência em suas racionalizações implacáveis e falsas, a disciplina de dizer em resposta a tudo ‘que prova que estou certo’, sem atenção. à realidade, ou ao significado das coisas que dizem, já que tudo o que importa é manter a aparência de vencer”.

Pior ainda, os narcisistas muitas vezes empregam o que Sherman chama de lógica padrão – “se eles podem encontrar qualquer falha em você, isso prova que eles são impecáveis por padrão”.

Andrea Piacquadio/Pexels

Isso os leva a enquadrar cada escolha que você faz como uma fraqueza. Falar porque você se sente inseguro? Você é vingativo. Explicitar seus motivos? Você é um sabe-tudo. Pega o caminho mais alto? Você é preguiçoso. Chorar? Você é sensível. Gritar? Você é um monstro. Ficar em silêncio? Você está com medo. Desmascarar suas mentiras com evidências cronológicas e detalhadas? Você está preso no passado.

Você provavelmente está se perguntando se o narcisista vence no final. Não. Por quê, você pergunta? Nenhum mentiroso pode impedir que a verdade se acumule e se revele ao longo do tempo. Nosso personagem sempre se infiltra (ou salta) eventualmente, mesmo apesar de nosso melhor esforço conjunto para se misturar e passar despercebido. O trabalho das sombras, ou o exame das camadas inconscientes e reprimidas de nossa individualidade, pode nos salvar – no entanto, os narcisistas são inequivocamente contrários a ele.

Imagine passar uma vida inteira acreditando que seu maior problema são outras pessoas e, em seguida, perceber a implausibilidade dessa projeção apenas quando não há mais ninguém para culpar.

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Não segure as lágrimas: Aqui estão as razões pelas quais é saudável chorar

Da próxima vez que você se encontrar chorando em meio a um pote de sorvete, não tenha vergonha: é saudável chorar! Pegue essa colher de sorvete aí e mergulhe em algumas razões refrescantes pelas quais o choro é fantástico.

Chorar tem uma má reputação porque geralmente só acontece quando algo terrível está acontecendo. Muita gente costuma dizer que não devemos chorar. Mas há evidências surpreendentes que sugerem que o choro é realmente saudável para o corpo e a mente. Aprenda os benefícios do choro para que você possa mais prontamente se dar permissão para aproveitar esse incrível poder do corpo humano.

Você vai se sentir melhor depois

Na verdade, há ciência para apoiar por que você se sente melhor depois de chorar. Quando você chora por razões emocionais, essas lágrimas contêm hormônios do estresse que ajudam a aliviar o corpo de produtos químicos induzidos pelo estresse. Você está literalmente derramando o estresse.

Você ficará mais calmo

Há um estado quase zen que acontece depois de chorar, e é porque sua respiração se estabiliza e sua frequência cardíaca diminui. Chorar é catártico e fisicamente calmante.

É uma forma de comunicação

Quando você era um bebê, chorar literalmente salvou sua vida porque indicava que você precisava ser alimentado ou cuidado. Agora que você é um adulto, chorar indica aos outros que você precisa ser emocionalmente alimentado e cuidado. Às vezes, seu corpo sabe o que você precisa mesmo antes de fazer, então deixe suas lágrimas indicarem aos outros quando você precisa de amor extra.

Seus olhos serão mais saudáveis

As lágrimas ajudam a manter os olhos lubrificados e livres de detritos para que sua visão seja mais clara.

Você estará protegido contra bactérias

As lágrimas não são apenas água; eles contêm algo chamado lisozima, que pode matar 90-95% de todas as bactérias em cinco a dez minutos.

E há outros benefícios também; às vezes, chorar é uma boa indicação de que há algo seriamente errado. É a validação física para a dor psicológica. Como cultura, tendemos a ver o choro como fraqueza, mas chorar é proposital e saudável. Quanto mais cedo aceitarmos que as lágrimas são a maneira de nossos corpos protegerem, acalmar e curar, mais cedo seremos capazes de ser mais autênticos e aceitar a forma como processamos o mundo ao nosso redor.

Segurar o choro pode trazer consequências ruins

Quando deixamos sentimentos fortes “presos” em nós, eles um dia vão querer se libertar. E o pior é que se você tem esse costume, de segurar o choro e guardar esses sentimentos, eles vão um dia se “rebelar” e vão escapar, geralmente tudo de uma vez. E você vai se ver tendo uma crise nervosa.

Além disso, isso pode provocar outros sintomas como os relacionados ao stress e até mesmo da depressão.

Então, quando você sentir que é preciso chorar, vá em frente!

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