Benefícios da Terapia de Casais – Psicanálise aplicada

É difícil pensar nos benefícios da terapia de casais quando ela geralmente está associada a acreditar que é o último recurso para salvar um relacionamento diante da separação ou do divórcio, mas a verdade é que ir a um profissional tem múltiplas vantagens tanto como casal quanto individualmente.

É por isso que, se os casais conseguirem ir à terapia quando os problemas ou dificuldades começarem, eles podem ganhar um amplo espectro de habilidades e ferramentas que poderiam salvar seu relacionamento, bem como melhorar seu bem-estar psicológico e emocional.

O que é terapia de casais?

A terapia de casais baseia-se no uso de estratégias psicológicas para ensinar os casais a melhorar seu nível de satisfação conjugal. Seu principal objetivo é melhorar a qualidade do relacionamento e o nível de satisfação.

Diante dos problemas conjugais, quando surge o conflito, há uma tendência a culpar o outro pela situação, por isso é feito ou não interpretando que isso se deve aos seus problemas psicológicos, à sua maldade ou à sua incompetência pessoal. Então, a partir da psicoterapia, tentamos modificar a maneira de pensar e agir.

A maioria das queixas tem a ver com a má gestão de incompatibilidades sobre as inevitáveis semelhanças e diferenças entre os dois. Como as diferenças são inevitáveis, o perigo é que um padrão destrutivo de interação possa ser gerado.

Por que não podemos parar de discutir?

O que constrói um problema e o mantém são as tentativas de soluções que não funcionam. Quando você repetidamente complica um problema através de um círculo vicioso de interação disfuncional característica (de cada casal), você perpetua o que deve ser mudado.

Repetidas tentativas disfuncionais podem ser porque:

  • Tentativas herdadas de solução, aprendidas inconscientemente e vicariamente (maltratando o filho de um abusador) são usadas.
  • São estratégias que foram bem-sucedidas no passado (uma birra).
  • Diante da dificuldade, em vez de repensar o problema e sermos criativos, nos protegemos sendo mais rígidos e inflexíveis e pensamos que “se eu parasse de agir como agi, teria sido ainda pior”.

Da mesma forma, um fator-chave na ancoragem patológica das relações de casal é a interpretação como intencional de comportamentos desagradáveis por parte do cônjuge. Isso pode ser causado por:

  • A tendência de simplificar a origem dos problemas conjugais para o comportamento ou atitude do outro e, assim, não perceber outras causas.
  • A tendência de fazer atribuições globais inespecíficas que levam a generalizações excessivas e a um sentimento de impotência.
  • Expectativas extremas e irrealistas sobre como os casais devem funcionar (preconceitos culturais).
  • A tendência de atribuir a origem dos problemas a características estáveis e imutáveis do outro.

Não consigo falar com o meu parceiro

A falta de habilidades para comunicar (emitir ou receber) informações sobre ideias, opiniões e emoções é outro dos problemas mais comuns e importantes nos casais.

Quando um relacionamento se torna conflituoso e/ou o equilíbrio emocional é alterado, ele sempre leva a uma comunicação disfuncional e problemática que surge como a origem do remetente enviando uma mensagem:

  • Com incompatibilidades entre forma e conteúdo.
  • É excessivamente sutil e interpretável.
  • Contém ironia ou duplo sentido.
  • Ocorre em horários ou locais inapropriados.

Um dos objetivos prioritários da terapia de casais é ser capaz de fazer com que ambos os membros admitam as opiniões do outro como válidas. Consequentemente, isso ajuda o cônjuge a se sentir mais à vontade para expressar sua percepção do problema, defendendo suas necessidades ou ideias (certas ou erradas) e confessando suas emoções. 

Características dos casais satisfeitos

  • Ambos os cônjuges assumem a sua quota-parte de corresponsabilidade em situações aversivas e adoptam uma atitude de cooperação na sua resolução.
  • Trocas de comportamentos gratificantes são mantidas e variadas.
  • Cognições positivas associadas à relação e percepção dos benefícios que ela lhes traz.
  • Comunicação aberta, franca e respeitosa, num ambiente de aceitação incondicional de diferenças de opinião que promovam o interesse e a intimidade.
  • Eles posicionam os problemas como algo externo ao relacionamento contra o qual eles têm que unir forças para resolvê-los.

Benefícios da Terapia de Casais

  1. Sinais claros de reconhecimento, confiança e respeito, que favorecem a nossa estabilidade e autoestima.
  2. Espaço de segurança, estabilidade emocional e ajuda mútua, o que facilita a assunção de objetivos individuais num espaço de segurança.
  3. Satisfação social, afetiva, sexual, reprodutiva, etc.
  4. Equilíbrio entre independência e empresa e identidade social: somos independentes, mas também membros de um projeto comum.
  5. Vínculo de intimidade, comunicação autêntica e apego.
  6. Ferramentas para resolver obstáculos e conflitos atuais ou futuros: levantar e resolver problemas.
  7. Promover a proatividade e a escuta ativa.

Conclusão

O esforço terapêutico é direcionado para focar no aqui e agora, identificando que tipo de solução está sendo utilizada, bloqueando-a e mudando-a para uma mais funcional. Os casais são diferentes e têm necessidades diferentes, mas só negociando e cooperando é que se pode chegar a um acordo satisfatório para ambas as partes.

O objetivo da terapia de casais é ser capaz de se conectar, reconectar ou curar o relacionamento. Quando os cônjuges se sentirem corresponsáveis pela situação atual, acredite que ela pode ser mudada e direcione sua energia para poder fazê-lo.

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Como melhorar a comunicação de um casal – Dicas do Psicanalista

A comunicação é uma das chaves para um relacionamento saudável e feliz. No entanto, muitos casais enfrentam dificuldades em se comunicar efetivamente, o que pode levar a mal-entendidos, conflitos e ressentimentos. Felizmente, existem várias maneiras de melhorar a comunicação em um relacionamento e um psicanalista pode ajudar nesse processo.

Abaixo, discutiremos algumas estratégias para melhorar a comunicação em um relacionamento e os benefícios de buscar terapia de casais.

  1. Aprenda a ouvir

Ouvir é uma habilidade importante na comunicação. Quando um parceiro fala, preste atenção ao que ele está dizendo, sem interrompê-lo ou julgá-lo. Faça perguntas para esclarecer pontos que você não entende e repita o que foi dito para confirmar que você entendeu corretamente. Dessa forma, você pode mostrar ao seu parceiro que você está interessado em entender o ponto de vista dele.

  1. Fale de forma clara e respeitosa

Ao falar com seu parceiro, seja claro e direto sobre seus pensamentos e sentimentos. Use “eu” em vez de “você” para evitar acusações e julgamentos. Fale de forma respeitosa e evite usar palavras ou tom de voz que possam ser interpretados como hostis ou agressivos.

  1. Aprenda a lidar com conflitos

Conflitos são inevitáveis em qualquer relacionamento. No entanto, é importante aprender a lidar com eles de maneira construtiva. Em vez de tentar vencer uma discussão, trabalhe em conjunto para encontrar uma solução que satisfaça ambos os lados. Tente não ficar preso ao passado e evite trazer questões antigas para a discussão atual.

  1. Seja aberto e vulnerável

Compartilhar pensamentos e sentimentos pode ser difícil, mas é importante ser aberto e vulnerável com seu parceiro. Se você está preocupado com algo, compartilhe isso com seu parceiro. Dessa forma, você pode trabalhar juntos para encontrar uma solução.

  1. Busque terapia de casais

Se você está tendo dificuldades para se comunicar com seu parceiro, buscar terapia de casais pode ser uma ótima opção. Um psicanalista pode ajudar a identificar problemas na comunicação e fornecer ferramentas e estratégias para melhorar o relacionamento.

Benefícios da terapia de casais

  • Melhora a comunicação
  • Ajuda a lidar com conflitos
  • Fortalece o relacionamento
  • Ajuda a reconstruir a confiança
  • Ajuda a identificar e lidar com problemas subjacentes

A terapia de casais pode ser uma ferramenta poderosa para melhorar a comunicação e fortalecer um relacionamento. Se você está tendo dificuldades para se comunicar com seu parceiro, considere buscar ajuda profissional. Lembre-se de que a comunicação é a chave para um relacionamento saudável e feliz.

Além disso, é importante lembrar que cada casal é único e tem suas próprias dinâmicas e desafios. A terapia de casais pode ajudar a identificar e abordar esses problemas de maneira personalizada, para que você possa trabalhar juntos em direção a um relacionamento mais saudável e satisfatório.

Durante a terapia, o psicanalista pode ajudar a identificar padrões de comunicação negativos e fornecer ferramentas e estratégias para substituí-los por formas mais eficazes de se comunicar. Além disso, a terapia pode ajudar a identificar problemas subjacentes, como traumas passados ou problemas de confiança, que podem estar afetando a comunicação e o relacionamento como um todo.

Um benefício adicional da terapia de casais é que ela pode ajudar a fortalecer o vínculo emocional entre você e seu parceiro. Ao trabalhar juntos para resolver problemas e se comunicar de forma mais eficaz, você pode desenvolver uma conexão mais profunda e significativa com seu parceiro.

Em resumo, melhorar a comunicação em um relacionamento é essencial para um relacionamento saudável e feliz. Se você está tendo dificuldades para se comunicar com seu parceiro, buscar ajuda profissional pode ser uma ótima opção. A terapia de casais pode ajudar a identificar e abordar problemas de comunicação e fortalecer o relacionamento como um todo.

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Como funciona a terapia de casais na Psicanálise?

Como funciona com… Casais?

Importância da Terapia de casal

As terapias psicanalíticas para casais estabeleceram-se como uma alternativa terapêutica e constituem uma ferramenta comumente usada. Para que servem, como você trabalha nelas, quais são seus principais referenciais teóricos?

Talvez, antes de entrar no assunto, seja conveniente esclarecer o que se entende por terapia de casal “psicanalítica”, uma vez que existem muitos tipos de terapia de casais. A terapia psicanalítica, para alcançar a mudança psíquica, utiliza como ferramenta o conhecimento da própria realidade psíquica e das funções psíquicas do parceiro e se apoia, do ponto de vista teórico, no conjunto de desenvolvimentos teóricos e clínicos que compõem a psicanálise; não é diretiva nem propõe que o casal se adapte a qualquer “modelo” de operação. É útil quando o vínculo é basicamente erótico, mas não é se o ódio predomina no vínculo; nestes casos, surgem questões muito específicas, às quais este artigo não se refere. Por exemplo, quando se trata de comportamentos perversos, uma abordagem psicanalítica dificilmente será apropriada.

Como é a consulta na terapia de casal?

Quando um casal solicita uma consulta, o mais comum é que haja uma crise, entendendo por tal situação está gerando cada vez mais sofrimentos aos dois. As razões manifestas para a consulta podem ser muitas: nascimento de filhos, “ninho vazio”, problemas de “comunicação”, dificuldades de desapego da endogamia (quando se casam ou se juntam pessoas de diferentes etnias, culturas e assim por diante) etc., etc. O analista realizará um diagnóstico no qual localizará as funções individuais e vinculais em jogo e, fundamentalmente, localizará o elemento intersubjetivo envolvido na crise. Assim, percorre-se um caminho que vai desde o motivo da consulta até a formulação psicodinâmica da crise e que permitirá escolher os nós para trabalhar para enfrentar a situação clínica.

Em que situações clínicas os tratamentos para casais são especialmente úteis? Um tratamento terapêutico de casal é especialmente útil quando nos conflitos que determinam a crise predominam funções intersubjetivas, ou seja, aquelas em que o que um membro do vínculo faz é fortemente influenciado, consciente e inconscientemente pela resposta do outro, em uma espécie de feedback circular. Isso significa que essas são funções armadas pelos dois, um “entre dois” que é diferente de outras funções que são predominantemente armadas na singularidade de um sujeito. Para dar um exemplo: fundamentalmente, os sintomas de uma neurose obsessiva são definidos na singularidade de um sujeito, enquanto os conflitos que os casais chamam de “comunicação”, geralmente se baseiam na participação de ambos os polos do vínculo.

A sessão de casal permite uma abordagem vívida e focada para o funcionamento intersubjetivo do casal. Esta é a vantagem que oferece: se o trabalho sobre a dinâmica intersubjetiva não é central para a estratégia terapêutica, o dispositivo parceiro pode não ser o mais conveniente.

Os melhores resultados

Quais casais são os melhores para aproveitar um tratamento como a terapia de casal? Aqueles que, além dos conflitos, mantêm o entusiasmo pelo outro. O melhor resultado – e os resultados podem ser excelentes – é obtido com casais que mantêm o entusiasmo recíproco e dizem “queremos nos matar embora nos amemos”, “queremos estar juntos, mas não podemos falar, precisamos de um tradutor”, “não sabemos o motivo, mas brigamos muito”. O desejo de estar juntos e tornar um relacionamento difícil mais agradável é o grande motor da terapia de casais.

São companheiros que, de alguma forma, são “prisioneiros” do amor pelo parceiro. O desejo de estar juntos não os impede de serem dominados por agressões, mal-entendidos e confusões. Em um número elevado, eles realizaram ou realizam terapias individuais que, por várias razões, não levaram à melhoria dos conflitos de casal. Uma explicação que muitas vezes é válida é que, no quadro individual, o funcionamento intersubjetivo entre os parceiros não pode ser ajustado em toda a sua complexidade e apenas a presença do outro e a implantação de trocas que não aparecem na sessão individual permitem uma elaboração dos conflitos que os vinculam.

De acordo com o exposto acima, não são objetivos de uma terapia psicanalítica de casais simplesmente manter um casamento ou evitar uma separação. O objetivo é trabalhar sobre o que está acontecendo com eles e ajudá-los a pensar e decidir sobre isso.

Lembre-se que o psicanalista não toma decisões por seus clientes, ele apenas orienta e os ajuda a eles mesmos tomarem suas decisões.

A clínica de casais

Nos tratamentos de casais, o processo de mudança psíquica segue caminhos diferentes do habitual nos tratamentos individuais. Nestes, a intervenção toma como principal referência a livre associação e suas determinações inconscientes. A situação é diferente em um tratamento de casal: a proposta explícita é analisar o vínculo e aos parceiros são propostos neste trabalho focado. O discurso conjunto permite focalizar o trabalho clínico no esclarecimento das reações de um sujeito às influências do parceiro, ao modo como as funções psíquicas veem do “entre dois”. Intervenções comparáveis às realizadas em tratamentos individuais também são realizadas, mas não constituem o foco do trabalho clínico.

O tratamento analítico dos casais não aspira a eliminar qualquer desconforto entre os parceiros, mas sim aqueles que produzem sofrimento e, como já dito, é útil em casais unidos basicamente por um vínculo erótico. Assim, ele foca suas lentes nas transferências entre o casal. As transferências que são trabalhadas em sessão são aquelas que produzem desconforto, uma vez que muitas outras constituem a base do casal inclusive, com momentos agradáveis.

É importante ter em mente a natureza focada da terapia de casais. Elas se concentram especialmente na ligação entre trocas de ligação e posições subjetivas. Ele, por exemplo, pode ficar furioso com a forma como ela trata a ele ou a uma criança e sustentar essa queixa manifesta em uma posição regressiva subjetiva em que se sente filho dela. A abordagem clínica nesses casos será diferente no tratamento de um casal do que em um tratamento individual. No caso de uma abordagem de casal, o analista deve se concentrar no feedback entre a posição subjetiva de um, o que o outro promove e as causas da crise no vínculo. Assim, o trabalho clínico em um dispositivo de casal baseia-se fundamentalmente em intervenções de ligação, que diferem em seu formato da interpretação descrita por Freud. Enquanto a interpretação freudiana visa decifrar as coordenadas de um desejo singular, a intervenção de ligação ou vincular, de casal, visa mostrar como um influencia o outro, consciente e inconscientemente, como cada um estimula ou desliga certas funções no outro, como um funcionamento é construído entre os dois.

João e Maria discutem em sessão

Maria: Estou cansada de limpar o barro que eles sujam a casa quando voltam do jardim. Eu me sinto a empregada dele e dos meninos, e ele nem lhes diz nada. Pelo menos eu poderia dizer algo aos meninos. As meninas são muito mais companheiras.

João: (falando de maneira provocante): Olha só, eu geralmente presto atenção sim, quando entro em casa. Isso que você está falando aconteceu uma vez, no último fim de semana. Além disso, você não vai morrer para limpar o chão um dia. Trabalho quinze horas por dia, seis dias por semana, e não reclamo. O resto da semana eu fiz de tudo para não sujar o chão e pedi para os meninos terem cuidado. Você mesmo na sexta-feira reconheceu que eu estava tentando mudar. É a verdade (João muda e começa a falar mais suavemente) é que eu estou melhorando, e você também… Estamos muito melhores (olhando para o analista).

Maria: (com uma voz estridente e penetrante) Você não reclama??!! Por favor!!!

Analista: Eu não sei se vocês percebem como um irrita e provoca o outro. Não sei, João, se você percebe a arrogância com que se aproxima do corpo de Maria: sem que você fale, apenas se aproximando dela assim, temos uma luta garantida. E eu não sei, Maria, se você percebe o tom mandão e autoritário com que você fala. Parece que este é o disco riscado que dizem que se repete na casa de vocês. (Em outras sessões já discutiram o tom de voz da mãe de Maria e a violência silenciosa de João.)

O trabalho sobre a interdeterminação, definido como o que, no nível consciente e inconsciente, um sujeito estimula e provoca no outro é o aspecto fundamental da intervenção vinculativa. Os parceiros geralmente chegam ao tratamento separando o que é “meu” e o que é “seu” em muitos casos artificialmente e a intervenção de ligação ou de vínculo, tende a mostrar, quando apropriado, como o “meu” configura “o seu”. O trabalho clínico percorre um caminho que vai da interdeterminação à estrutura de alianças inconscientes. Estes podem ser definidos como articulações inconscientes estáveis que nas trocas entre os parceiros garantem as respectivas homeostases narcísicas. No caso de João e Maria, alianças inconscientes se tornaram desequilibradas desde a morte da mãe de Maria. Até aquele momento, o vínculo se organizava de forma à distância, sem guerra, de tal forma que ela mantinha sua troca libidinal fundamental com a mãe e ele se fechava em seu trabalho.

Quando se utilizam intervenções de vínculo, o trabalho elaborativo – em sua dupla dimensão de conhecimento e construção de representações – abrange os temas universais usuais nas terapias, embora, como dito, o foco esteja nas funções intersubjetivas. Trata-se de que os parceiros tomem consciência do trabalho psíquico envolvido na troca intersubjetiva, de como ela colapsa ou promove o singular em cada um. A particularidade fundamental é que trabalhamos em um processo defensivo em que tanto o sujeito quanto a resposta do parceiro participam.

Possíveis desenvolvimentos

As rotas dos tratamentos de casais são variáveis. Quando o trabalho terapêutico alcança um registro da subjetividade do parceiro e da outra parte, bem como das trocas que circulam no vínculo e de sua singularidade cada parte compreende mais os significados do outro, o que não significa aceitá-los ou compartilhá-los; assume-se que a visão que se tem das coisas não é absoluta; que os significados que predominam em um são sempre singulares e peculiares e as emoções diferentes daquelas que predominam no outro; muitas discussões deixam de ocorrer. É vivida de uma forma mais direta e vívida do que a outra, tanto quanto uma, é opaca, desconhecida e imprevisível, uma experiência que geralmente é especialmente negada ou negada no casal, dada a sua origem na paixão pelo amor.

Em suma, o tratamento psicanalítico dos casais é uma ajuda em um campo em que, desde que o mundo é mundo, as coisas sempre foram complexas e, nesse sentido, a primeira atitude na clínica deve ser exploratória: trata-se de explorar com cada casal, em um número limitado de entrevistas, se um tratamento pode dar-lhes alguma ajuda e lembrar, em relação a outras alternativas terapêuticas, que o dispositivo de casal é especialmente útil para a abordagem das funções que chamamos de intersubjetivas ou de ligação.

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Como é a terapia para casais, com a ótica psicanalítica

Com o aumento das demandas da vida moderna, a terapia de casal tornou-se cada vez mais comum. A terapia de casal é um processo que ajuda os casais a lidar com problemas em seu relacionamento, como comunicação deficiente, falta de intimidade, infidelidade e questões financeiras. Neste artigo, vamos explorar como funciona uma sessão de terapia de casal.

Antes de começar a sessão, o terapeuta de casal geralmente realiza uma avaliação inicial com o casal para entender suas preocupações e necessidades. Durante a sessão, o terapeuta trabalha com o casal para identificar as áreas problemáticas em seu relacionamento e desenvolver estratégias para superar esses problemas.

O terapeuta de casal ajuda o casal a entender a dinâmica de seu relacionamento, explorando os padrões de comunicação, comportamento e emoções que podem estar causando tensão. Através da terapia, o casal pode começar a se comunicar de maneira mais eficaz e a desenvolver um entendimento mais profundo um do outro.

O terapeuta também pode ajudar o casal a identificar suas necessidades e expectativas em seu relacionamento e trabalhar juntos para encontrar soluções para problemas específicos. Por exemplo, se o casal está enfrentando problemas de intimidade, o terapeuta pode ajudá-los a desenvolver estratégias para melhorar a comunicação e a conexão emocional.

A terapia de casal psicanalítica é baseada na teoria psicanalítica, que se concentra em explorar o inconsciente para entender os problemas emocionais. Durante uma sessão de terapia de casal psicanalítica, o terapeuta ajuda o casal a explorar seus sentimentos, pensamentos e comportamentos inconscientes, que podem estar afetando negativamente seu relacionamento.

O terapeuta de casal psicanalítico ajuda o casal a se comunicar abertamente e honestamente um com o outro, criando um ambiente seguro para que ambos possam expressar seus sentimentos e pensamentos. O terapeuta então trabalha com o casal para explorar os padrões de comunicação e comportamento que podem estar contribuindo para os problemas em seu relacionamento.

Ao explorar o inconsciente, a terapia de casal psicanalítica ajuda o casal a entender seus sentimentos e emoções mais profundamente. O terapeuta ajuda o casal a identificar seus medos e inseguranças, bem como seus desejos e necessidades mais profundos. Ao entender melhor esses aspectos do relacionamento, o casal pode começar a se comunicar de maneira mais eficaz e a desenvolver um entendimento mais profundo um do outro.

É importante ressaltar que a terapia de casal psicanalítica requer um compromisso de ambos os parceiros em trabalhar juntos para superar os problemas em seu relacionamento. A terapia pode ser desafiadora, mas também pode ser altamente gratificante, ajudando o casal a desenvolver uma conexão emocional mais profunda e significativa.

Se você e seu parceiro estão enfrentando problemas em seu relacionamento, a terapia de casal psicanalítica pode ser uma abordagem eficaz para ajudá-los a superar esses problemas e a fortalecer sua conexão emocional. Entre em contato conosco para saber mais sobre como a terapia de casal psicanalítica pode ajudá-lo e para agendar uma sessão de terapia. Nossa equipe de terapeutas qualificados e experientes está aqui para ajudá-lo a trabalhar em conjunto com seu parceiro e a desenvolver um relacionamento mais saudável e satisfatório.

Se você e seu parceiro estão enfrentando problemas em seu relacionamento, a terapia de casal pode ser uma abordagem eficaz para ajudá-los a superar esses problemas e a fortalecer sua conexão emocional. Entre em contato conosco para saber mais sobre como a terapia de casal pode ajudar a melhorar seu relacionamento.

Fontes:

  • American Psychological Association. (2017). What is couples therapy, and does it work?
  • Gottman Institute. (n.d.). What is couples therapy?
  • “Terapia de Casal Psicanalítica: Uma Abordagem de Trabalho com o Casal”, de Olga Zavadskaia e Svetlana Kossak
  • “Terapia de Casal: Uma Abordagem Psicanalítica”, de David E. Scharff e Jill Savege Scharff
  • “Terapia de Casal Psicanalítica: Teoria e Prática”, de David E. Scharff e Jill Savege Scharff

Convite para contato: Para saber mais sobre como a terapia de casal pode ajudar a melhorar seu relacionamento, entre em contato conosco através deste link: https://wa.me/message/4FHTUQ2D7XYCC1

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Os 3 tipos de ciúme, segundo Freud: Compreendendo a dinâmica dos relacionamentos

O ciúme é uma emoção complexa que pode surgir em diferentes tipos de relacionamentos, seja amoroso, amizade ou até mesmo relações familiares. Sigmund Freud, um dos mais renomados psicólogos e teóricos da psicanálise, propôs que o ciúme não é uma emoção única, mas sim um fenômeno multifacetado que pode ser categorizado em três tipos distintos: ciúme normal, ciúme projetivo e ciúme delirante. Neste artigo, vamos explorar esses três tipos de ciúme, de acordo com a perspectiva freudiana, e entender como eles podem afetar os relacionamentos humanos.

  1. Ciúme normal:

O ciúme normal é uma emoção comum que pode surgir em qualquer relacionamento. É uma resposta natural a uma situação percebida como uma ameaça ao vínculo afetivo com um parceiro ou uma parceira. O ciúme normal pode ser desencadeado por uma série de fatores, como a suspeita de infidelidade, a atenção excessiva dada a outra pessoa, ou a presença de uma pessoa atraente no ambiente. Esses sentimentos de ciúme normalmente são passageiros e podem ser gerenciados com uma comunicação aberta e honesta entre os parceiros.

De acordo com Freud, o ciúme normal está enraizado nas experiências da infância, quando a criança busca exclusividade no afeto de seus cuidadores. Esse desejo de exclusividade é transferido para os relacionamentos românticos na idade adulta, onde a pessoa busca a mesma segurança e atenção de seu parceiro. O ciúme normal pode ser uma emoção saudável quando é expresso de forma construtiva e serve como um sinal para proteger o relacionamento.

  1. Ciúme projetivo:

O ciúme projetivo, segundo Freud, é uma forma de ciúme em que a pessoa projeta seus próprios sentimentos e desejos inconscientes em seu parceiro ou parceira. Em outras palavras, a pessoa sente ciúme não porque o parceiro está realmente se comportando de forma inadequada, mas porque a pessoa projeta em seu parceiro seus próprios medos e inseguranças. Essa projeção pode resultar em suspeitas infundadas e acusações injustas.

Por exemplo, uma pessoa que tem desejos de trair seu parceiro pode projetar esses desejos no parceiro e sentir ciúme, mesmo que o parceiro não tenha dado motivo para isso. O ciúme projetivo pode ser prejudicial para o relacionamento, pois pode levar a conflitos e desconfiança sem base real. É importante que a pessoa que experimenta o ciúme projetivo reflita sobre seus próprios sentimentos e inseguranças, e busque compreender suas projeções antes de acusar o parceiro.

  1. Ciúme delirante:

O ciúme delirante é considerado o tipo mais extremo e patológico de ciúme, segundo Freud. Nesse caso, a pessoa tem crenças delirantes e irracionais de que o parceiro está sendo infiel, mesmo na ausência de evidências concretas. Essas crenças são mantidas de forma persistente, mesmo quando confrontadas com evidências em contrário. O ciúme delirante pode levar a comportamentos obsessivos, possessivos e até mesmo violentos em alguns casos.

Freud atribui o ciúme delirante a uma combinação de fatores psicológicos e emocionais, incluindo a influência de experiências traumáticas na infância, como abuso ou negligência, e a presença de transtornos psicopatológicos, como a paranoia. O ciúme delirante geralmente requer intervenção psicológica e/ou psiquiátrica para ser tratado, pois pode causar danos significativos ao relacionamento e à saúde mental do indivíduo.

Em resumo, os três tipos de ciúme segundo Freud são o ciúme normal, que é uma emoção natural em resposta a ameaças percebidas no relacionamento e pode ser gerenciado com uma comunicação aberta; o ciúme projetivo, em que a pessoa projeta suas próprias inseguranças no parceiro, resultando em suspeitas infundadas; e o ciúme delirante, que é uma forma mais patológica e irracional de ciúme, relacionada a crenças delirantes persistentes de infidelidade do parceiro.

É importante notar que o ciúme pode ser uma emoção complexa e, em alguns casos, pode ter consequências negativas para os relacionamentos. É fundamental que as pessoas que experimentam ciúme, independentemente do tipo, busquem compreender suas emoções, comunicar-se de forma aberta e honesta com o parceiro e, se necessário, buscar apoio profissional para lidar com suas inseguranças e medos. A compreensão dos diferentes tipos de ciúme propostos por Freud pode ser útil na reflexão sobre os próprios sentimentos e no gerenciamento adequado dessa emoção em relacionamentos interpessoais.

As fontes utilizadas para este artigo são baseadas nas teorias e conceitos propostos por Sigmund Freud, considerado o fundador da psicanálise. As informações foram obtidas a partir de suas obras originais, incluindo:

  1. “A Interpretação dos Sonhos” – publicado em 1899, é uma das principais obras de Freud, onde ele introduz conceitos fundamentais da psicanálise, como o inconsciente, a repressão e a interpretação dos sonhos.
  2. “Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade” – publicado em 1905, onde Freud aborda a teoria psicanalítica da sexualidade humana, incluindo questões relacionadas ao ciúme.
  3. “Os Problemas Econômicos do Narcisismo” – publicado em 1920, onde Freud explora a noção de narcisismo e como ele pode estar relacionado ao ciúme.
  4. “Inibição, Sintoma e Angústia” – publicado em 1926, onde Freud discute a relação entre o ciúme e a angústia, bem como suas manifestações clínicas.

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Como ter uma boa comunicação pode ajudar um casal a ser feliz?

A comunicação é um dos pilares fundamentais de qualquer relacionamento, seja ele amoroso ou não. Quando se trata de um casal, a comunicação assume um papel ainda mais crucial, pois é através dela que os parceiros podem entender um ao outro, compartilhar suas emoções e construir um vínculo mais forte e saudável.

Quando a comunicação é deficiente em um relacionamento, as consequências podem ser desastrosas. Os parceiros podem sentir que não estão sendo ouvidos ou compreendidos, podem se sentir sozinhos e isolados, e podem até mesmo começar a desenvolver ressentimentos um pelo outro. A falta de comunicação pode levar a brigas frequentes e até mesmo a separação.

Por outro lado, quando a comunicação é boa em um relacionamento, os parceiros se sentem mais conectados e unidos. Eles são capazes de compartilhar suas emoções, pensamentos e sentimentos de forma aberta e honesta, o que ajuda a construir uma base de confiança e compreensão. A comunicação eficaz também ajuda os parceiros a resolver conflitos de maneira saudável e a evitar mal-entendidos.

Então, como a boa comunicação pode ajudar um casal a ser mais feliz?

Primeiramente, ela permite que os parceiros se conheçam melhor. Quando a comunicação é aberta e honesta, os parceiros podem compartilhar seus pensamentos e sentimentos sem medo de julgamento ou retaliação. Isso permite que eles se conheçam melhor e entendam as necessidades um do outro. Conhecer as necessidades do outro pode ajudar a evitar conflitos desnecessários e garantir que ambos os parceiros se sintam satisfeitos em seu relacionamento.

A boa comunicação também ajuda os parceiros a construir um vínculo mais forte. Quando os parceiros se sentem ouvidos e compreendidos, eles são mais propensos a se sentir próximos e conectados. Além disso, quando os parceiros se comunicam de maneira eficaz, eles são mais propensos a se apoiarem emocionalmente. Isso é especialmente importante em momentos difíceis, como quando um dos parceiros está passando por uma crise pessoal ou profissional.

Outra forma pela qual a boa comunicação pode ajudar um casal a ser mais feliz é através da resolução de conflitos. Todos os casais enfrentam conflitos em algum momento, mas é como eles lidam com esses conflitos que determina a saúde do relacionamento. Quando a comunicação é eficaz, os parceiros são capazes de resolver conflitos de maneira saudável e construtiva. Eles podem compartilhar seus pontos de vista e encontrar uma solução que funcione para ambos.

Por fim, a boa comunicação também pode ajudar os parceiros a manter a chama do amor acesa. Quando os parceiros se comunicam de maneira aberta e honesta, eles são mais propensos a se sentir satisfeitos e felizes em seu relacionamento. Eles podem compartilhar seus desejos e necessidades um com o outro, o que pode levar a uma vida sexual mais satisfatória. Além disso, quando os parceiros se comunicam de maneira eficaz, eles são mais propensos a se sentir valorizados e apreciados, o que pode fortalecer ainda mais seu relacionamento.

Como um psicanalista pode ajudar casais

Um psicanalista é um profissional treinado para ajudar as pessoas a explorar e compreender suas emoções, pensamentos e comportamentos. Quando se trata de um casal, o psicanalista pode desempenhar um papel importante em ajudar os parceiros a se comunicarem melhor, resolverem conflitos e construírem um relacionamento mais saudável e feliz.

Aqui estão algumas maneiras pelas quais um psicanalista pode ajudar um casal a ser mais feliz:

  1. Ajudando os parceiros a compreender suas emoções: O psicanalista pode ajudar os parceiros a identificar e compreender suas emoções, o que pode ajudá-los a se comunicarem de forma mais eficaz. Por exemplo, se um parceiro está se sentindo magoado ou ressentido, o psicanalista pode ajudá-lo a expressar esses sentimentos de uma maneira saudável e construtiva.
  2. Melhorando a comunicação: O psicanalista pode ajudar os parceiros a melhorar sua comunicação, ensinando técnicas eficazes de comunicação. Por exemplo, pode ajudá-los a aprender a ouvir ativamente e a expressar seus sentimentos de forma clara e objetiva.
  3. Resolvendo conflitos: O psicanalista pode ajudar os parceiros a resolver conflitos de forma saudável, ensinando-lhes técnicas de resolução de conflitos. Por exemplo, pode ajudá-los a aprender a comprometer e a encontrar soluções que funcionem para ambos.
  4. Construindo um vínculo mais forte: O psicanalista pode ajudar os parceiros a construir um vínculo mais forte, ajudando-os a se conectar emocionalmente. Isso pode envolver a exploração de seus medos e inseguranças, bem como a construção de uma maior confiança e intimidade.
  5. Explorando as raízes dos problemas: O psicanalista pode ajudar os parceiros a explorar as raízes dos problemas em seu relacionamento, o que pode ajudá-los a entender melhor suas dinâmicas e padrões de comportamento. Isso pode ajudá-los a evitar problemas futuros e a construir um relacionamento mais saudável e duradouro.
  6. Apoiando o crescimento individual: O psicanalista pode ajudar os parceiros a crescerem individualmente, o que pode, por sua vez, fortalecer seu relacionamento. Por exemplo, pode ajudá-los a identificar seus próprios padrões de comportamento e a trabalhar em questões pessoais que possam estar afetando seu relacionamento.

Em resumo, um psicanalista pode desempenhar um papel fundamental em ajudar um casal a se comunicar melhor, resolver conflitos, construir um vínculo mais forte e criar um relacionamento mais saudável e feliz. Se você e seu parceiro estão enfrentando desafios em seu relacionamento, pode ser útil procurar a ajuda de um psicanalista treinado para orientá-los em direção a um futuro mais feliz e satisfatório.

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woman and man sitting on brown wooden bench

Por que repetimos coisas que nos causam dor em nossos relacionamentos?

“Compulsão à repetição” é um conceito básico em psicoterapia. A compulsão de repetir é particularmente interessante porque o que é repetido não é prazeroso. Pelo contrário, geralmente é um padrão doloroso e destrutivo de sentir e se comportar.

As diferentes interpretações dos terapeutas diante da repetição

Diferentes “marcas” de psicoterapia explicam as causas de várias maneiras. Por exemplo, os terapeutas comportamentais tratam as repetições como maus hábitos que podem ser alterados através do condicionamento. Os terapeutas cognitivos vêem as repetições como formas irracionais de pensar que podem ser mudadas pelo pensamento racional. Os terapeutas psicanalíticos traçam repetições de volta às experiências da infância que são repetidas na idade adulta. Por exemplo, as crianças que são abusadas muitas vezes crescem para serem abusadas ou abusadas quando adultas.

Andrey Zvyagintsev/Unsplash
Fonte: Andrey Zvyagintsev/Unsplash

Freud acreditava que a compulsão da repetição era um reflexo da pulsão de morte, um impulso inconsciente em direção à autodestruição. A maioria dos psicanalistas rejeitou o conceito de instinto ou pulsão de morte e acredita que esses estados de sentimentos e comportamentos repetitivos eram originalmente adaptativos e necessários para a sobrevivência psíquica de uma criança, mas na idade adulta eles podem ser autodestrutivos. Muitos psicanalistas contemporâneos entendem a repetição como uma tentativa de dominação: a esperança de que desta vez a mãe, o pai ou o avô (ou seus substitutos) se comportem de maneira diferente. Nessa perspectiva, a mulher que tenta seduzir seu analista masculino vestindo-se sedutoramente e fazendo comentários sedutores inconscientemente deseja que o analista masculino (pai) não represente seus sentimentos sexuais em relação a ela como seu pai fez.

Movimentação, projeção e transferência

A compulsão da repetição se manifesta através de processos como deslocamento e projeção. O deslocamento envolve experimentar e tratar uma pessoa como se fosse outra. Assim, o paciente pode vivenciar o analista como se ela fosse sua mãe. A projeção envolve experimentar que outra pessoa tem sentimentos que você tem. Por exemplo, o paciente se sente culpado e experimenta que o analista pensa que ele é ruim. Na psicanálise, os sentimentos e experiências que o paciente tem em relação ao analista são chamados de “transferência” e a análise transferencial está no centro do processo psicanalítico.

Trabalhar através da repetição e transferência

A compulsão e a transferência à repetição não ocorrem apenas na psicoterapia e na psicanálise, mas aparecem em nossas vidas todos os dias. A única diferença é que, na psicanálise, as repetições e a transferência são identificadas por meio da reflexão e “elaboradas”.

Por “elaboração” quero dizer o processo de ser capaz de distinguir o analista da pessoa com quem ele desenvolveu esse padrão na infância e internalizar uma nova maneira de se relacionar e sentir. Por exemplo, eu tenho uma paciente que me experimenta como altruísta nela da mesma forma que ela experimentou sua mãe. Isso a torna alternadamente desesperada para se comprometer e com raiva de mim por não estar comprometida. Ela experimenta isso com o marido, amigos e colegas, bem como comigo. Mas é comigo que ele veio a ver que esta é uma lente através da qual ele experimenta o mundo.

Em nossos relacionamentos com nossos amantes, amigos, maridos, esposas, filhos, amigos e colegas de trabalho, as repetições (baseadas na lente através da qual colorimos o mundo) geralmente não são identificadas ou resolvidas. No meu trabalho com pacientes, eu a descrevo como semelhante à máquina de cenoura do Pernalonga. Em que tudo o que eu coloquei nele, saiu na forma de uma cenoura.

O processo de “crafting” leva muito tempo. Não paramos simplesmente de fazer ou sentir o que experimentamos como “natural” e o que temos feito a vida toda. Além disso, parar um padrão repetitivo geralmente envolve desistir de algo. Essa é a base do que os psicanalistas chamam de “resistência”. Se as pessoas têm tanta dificuldade em parar um padrão de comportamento que lhes causa dor, o padrão deve ter alguma função. O exemplo mais concreto e consciente são os vícios. O êxtase de uma corrida de heroína ou de vencer uma corrida de cavalos é tão intenso que a pessoa não pode desistir, mesmo que destrua sua família, carreira ou amigos.

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Com informações da Psychology Today

a man and a woman praying together

7 Motivos para casais procurarem terapia com Psicanalista

A psicanálise é uma abordagem terapêutica que ajuda as pessoas a entenderem melhor seus pensamentos, emoções e comportamentos. É uma terapia que se concentra na investigação da vida emocional e relacional dos pacientes, com o objetivo de ajudá-los a desenvolver uma maior compreensão de si mesmos e de suas relações interpessoais. A psicanálise pode ser particularmente útil para casais que enfrentam problemas em seus relacionamentos. Neste artigo, vamos discutir os benefícios de um casal procurar um psicanalista.

  1. A psicanálise ajuda a identificar padrões de comportamento repetitivos

Um dos principais benefícios da psicanálise para casais é que ela ajuda a identificar padrões de comportamento repetitivos que podem estar prejudicando o relacionamento. Muitas vezes, as pessoas se envolvem em comportamentos automáticos sem perceberem, e esses comportamentos podem ser prejudiciais para a relação. Um exemplo comum é quando um parceiro se retira do relacionamento sempre que surgem conflitos. A psicanálise pode ajudar a identificar esses padrões de comportamento repetitivos e ajudar o casal a encontrar maneiras de mudá-los.

  1. A psicanálise ajuda a lidar com traumas e problemas emocionais

A psicanálise também pode ajudar os casais a lidar com traumas e problemas emocionais que possam estar afetando seu relacionamento. Traumas do passado, como abuso físico ou emocional, podem afetar a capacidade de uma pessoa de confiar em outra pessoa e de se sentir segura em um relacionamento. Problemas emocionais, como depressão e ansiedade, também podem afetar a dinâmica de um relacionamento. A psicanálise ajuda a explorar esses problemas e a encontrar maneiras de superá-los.

  1. A psicanálise ajuda a desenvolver habilidades de comunicação

Um dos maiores desafios que os casais enfrentam é a falta de comunicação. Muitas vezes, as pessoas têm dificuldade em expressar seus sentimentos e pensamentos para seus parceiros. A psicanálise ajuda os casais a desenvolverem habilidades de comunicação eficazes, permitindo que eles expressem seus sentimentos e pensamentos de maneira clara e respeitosa. Com a ajuda de um psicanalista, os casais podem aprender a se comunicar de maneira mais aberta e honesta, o que pode melhorar significativamente seu relacionamento.

  1. A psicanálise ajuda a entender melhor o outro

A psicanálise também ajuda os casais a entenderem melhor um ao outro. Muitas vezes, as pessoas têm dificuldade em entender os pensamentos e sentimentos de seus parceiros, e isso pode levar a mal-entendidos e conflitos. A psicanálise ajuda a desenvolver uma maior empatia e compreensão entre os parceiros, permitindo que eles sejam mais tolerantes e compreensivos um com o outro.

  1. A psicanálise ajuda a desenvolver um senso de intimidade emocional

A intimidade emocional é fundamental para um relacionamento saudável e feliz. A psicanálise ajuda a desenvolver um senso de intimidade emocional entre os parceiros, permit

indo que eles se abram um para o outro e compartilhem seus pensamentos e sentimentos mais profundos. Isso pode ajudar a aumentar a conexão emocional entre os parceiros e a fortalecer o vínculo entre eles.

  1. A psicanálise ajuda a resolver conflitos de forma saudável

Os conflitos são inevitáveis em qualquer relacionamento, mas a forma como eles são resolvidos pode ter um impacto significativo na saúde do relacionamento. A psicanálise ajuda os casais a encontrar maneiras saudáveis ​​de resolver conflitos e a evitar comportamentos destrutivos, como culpar o outro, evitando conflitos ou agindo com hostilidade. A psicanálise ajuda a desenvolver a habilidade de ouvir e entender as necessidades e perspectivas do outro, bem como a habilidade de expressar suas próprias necessidades e perspectivas de maneira clara e respeitosa.

  1. A psicanálise ajuda a construir um relacionamento mais forte e duradouro

Finalmente, a psicanálise pode ajudar a construir um relacionamento mais forte e duradouro. Ao trabalhar com um psicanalista, os casais podem desenvolver habilidades de comunicação eficazes, compreensão e empatia mútua, resolução de conflitos saudáveis, desenvolvimento de intimidade emocional e a identificação de padrões de comportamento prejudiciais. Todas essas habilidades podem ajudar a fortalecer o relacionamento e melhorar sua qualidade e durabilidade.

Em resumo, a psicanálise pode ser uma ferramenta valiosa para casais que buscam melhorar seu relacionamento. Através da psicanálise, os casais podem aprender a identificar padrões de comportamento repetitivos, lidar com traumas e problemas emocionais, desenvolver habilidades de comunicação, entender melhor um ao outro, desenvolver um senso de intimidade emocional, resolver conflitos de forma saudável e construir um relacionamento mais forte e duradouro. Se você e seu parceiro estão enfrentando dificuldades em seu relacionamento, procurar um psicanalista pode ser uma maneira eficaz de encontrar ajuda e orientação.

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man kissing womans cheek

Como a psicanálise ajuda casais

A psicanálise é uma abordagem terapêutica que busca compreender o funcionamento mental do indivíduo a partir do estudo de sua história de vida, experiências, traumas e relações. Quando se trata de casais, a psicanálise pode ser uma ferramenta valiosa para ajudar a compreender as dinâmicas presentes na relação e identificar questões que precisam ser trabalhadas para uma convivência mais saudável e feliz.

A seguir, apresentaremos alguns dos principais aspectos da psicanálise que podem ser aplicados ao trabalho com casais.

Compreensão das dinâmicas inconscientes

Uma das principais contribuições da psicanálise para o trabalho com casais é a compreensão das dinâmicas inconscientes que atuam na relação. Muitas vezes, problemas que parecem estar relacionados a questões práticas, como divisão de tarefas domésticas ou gestão financeira, podem ter raízes mais profundas em questões emocionais e psicológicas.

Através da análise da história de vida dos indivíduos e das dinâmicas presentes na relação, o psicanalista pode ajudar o casal a identificar essas questões inconscientes e trabalhar para resolvê-las de forma mais consciente e saudável.

Comunicação saudável

A comunicação é um elemento fundamental em qualquer relacionamento, mas nem sempre é fácil expressar sentimentos e emoções de forma clara e assertiva. A psicanálise pode ajudar os casais a desenvolverem uma comunicação mais saudável, explorando as barreiras emocionais que podem estar impedindo a expressão adequada de sentimentos e necessidades.

Por exemplo, muitas vezes as pessoas têm medo de expressar raiva ou frustração, pois temem a reação do parceiro. No entanto, essa falta de expressão pode levar a ressentimentos acumulados ao longo do tempo, que podem ser prejudiciais à relação.

Ao trabalhar com um psicanalista, os casais podem aprender a identificar essas barreiras emocionais e desenvolver habilidades para expressar seus sentimentos de forma mais clara e assertiva.

Reconhecimento de padrões repetitivos

Outro aspecto da psicanálise que pode ser útil para o trabalho com casais é o reconhecimento de padrões repetitivos. Muitas vezes, os casais ficam presos em padrões de comportamento que se repetem indefinidamente, sem que eles mesmos percebam.

Por exemplo, um casal pode ter uma dinâmica em que um dos parceiros é sempre o provedor financeiro, enquanto o outro fica em casa cuidando dos filhos. Essa dinâmica pode parecer natural e equilibrada, mas na verdade pode estar escondendo questões mais profundas de dependência ou ressentimento.

Ao trabalhar com um psicanalista, os casais podem identificar esses padrões repetitivos e começar a explorar as questões emocionais que podem estar por trás deles.

Reconhecimento de traumas

A psicanálise também pode ser útil para ajudar os casais a reconhecerem e lidarem com traumas passados. Muitas vezes, as experiências traumáticas que vivemos na infância ou adolescência podem ter um impacto duradouro em nossas relações futuras.

Por exemplo, se um dos parceiros foi abandonado pelo pai na infância, pode ter dificuldades em confiar nos relacionamentos e manter um vínculo saudável com o parceiro atual. Ao explorar essas questões em terapia, o casal pode aprender a lidar com esses traumas de forma mais consciente e saudável.

Consciência emocional

Por fim, a psicanálise também pode ajudar os casais a desenvolverem uma maior consciência emocional. Muitas vezes, as pessoas têm dificuldade em identificar e expressar suas emoções de forma clara e assertiva. Isso pode levar a conflitos e mal-entendidos na relação.

Ao trabalhar com um psicanalista, os casais podem aprender a identificar suas emoções e expressá-las de forma mais consciente e saudável. Isso pode ajudar a melhorar a comunicação e a construir uma relação mais saudável e feliz.

Conclusão

A psicanálise pode ser uma ferramenta valiosa para ajudar casais a compreenderem as dinâmicas presentes na relação e identificar questões que precisam ser trabalhadas para uma convivência mais saudável e feliz. Ao explorar as questões inconscientes, desenvolver uma comunicação mais saudável, reconhecer padrões repetitivos, lidar com traumas passados e desenvolver uma maior consciência emocional, os casais podem melhorar sua compreensão um do outro e construir uma relação mais equilibrada e feliz.

É importante destacar que a terapia psicanalítica não é uma solução mágica para os problemas de um relacionamento. A psicanálise é um processo que exige tempo, esforço e dedicação de ambos os parceiros. No entanto, se os casais estiverem comprometidos em trabalhar juntos para melhorar sua relação, a psicanálise pode ser uma ferramenta valiosa para ajudá-los a alcançar seus objetivos.

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