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Compreendendo as Causas do Sentimento de Rejeição e o Papel da Psicanálise no Tratamento


Se sentir rejeitado(a). Você sente que alguém ou um grupo de pessoas simplesmente não aceita sua presença no ambiente em que eles estão. Ou pode ser que você tenha a sensação de que quando alguém organiza um evento social, você nunca é levado em conta. Em um cenário muito ruim, uma pessoa sente que alguém que a ama (ou devia amar) não a valoriza, não a procura ou até mesmo a ignora completamente. Você já se sentiu assim?

O sentimento de rejeição é uma experiência emocional dolorosa que pode ter efeitos significativos na saúde mental e bem-estar de um indivíduo. Muitas vezes, a raiz desse sentimento remonta a eventos e experiências traumáticas ocorridas durante a infância e ao longo da vida. Neste artigo, exploraremos as causas do sentimento de rejeição e discutiremos como a psicanálise pode ser uma abordagem eficaz no tratamento dessa questão complexa.

Causas do Sentimento de Rejeição:

  1. Experiências de Infância: Traumas como negligência, abuso emocional, físico ou sexual, ou a ausência de uma figura de apego seguro durante a infância, podem deixar marcas profundas e gerar sentimentos de rejeição em relação a si mesmo.
  2. Relacionamentos Familiares Disfuncionais: Ambientes familiares caracterizados por dinâmicas destrutivas, conflitos constantes, falta de apoio emocional ou pais críticos podem alimentar o sentimento de não ser amado e aceito.
  3. Bullying e Exclusão Social: Ser alvo de bullying ou ser excluído por colegas na escola ou em outros contextos sociais pode levar a uma sensação persistente de rejeição, afetando a autoestima e a confiança.
  4. Relacionamentos Românticos e Amorosos: Rejeições amorosas, términos dolorosos e relacionamentos abusivos podem intensificar os sentimentos de rejeição e gerar insegurança nas relações futuras.

A Psicanálise como Abordagem de Tratamento:


A psicanálise, desenvolvida por Sigmund Freud, oferece uma compreensão profunda dos mecanismos psíquicos envolvidos no sentimento de rejeição e propõe abordagens terapêuticas eficazes. Esse é um dos pontos mais positivos do tratamento psicanalítico no caso de uma pessoa que sofre com sentimentos de rejeição.
Não basta simplesmente utilizar técnicas de relaxamento ou desviar a atenção para outro lado. É preciso conhecer os motivos que criaram esses sentimentos de rejeição em nós. E para isso, é necessário analisar nosso inconsciente, vasculhar fundo e descobrir o motivo desse sentimento existir. Cada pessoa é única e reage de maneiras diferentes frente às experiências de sua vida. E é necessário conhecer essa subjetividade para entender os motivos que estão ocasionando os sentimentos de rejeição e entender também como nossa mente está lidando com isso. Alguns aspectos-chave da psicanálise no tratamento da rejeição incluem:

  1. Exploração do Inconsciente: A psicanálise busca acessar e explorar os conteúdos inconscientes que podem estar na origem do sentimento de rejeição. Traumas e memórias reprimidas são trazidos à consciência, permitindo uma compreensão mais profunda de suas influências no presente.
  2. Transferência e Relação Terapêutica: A relação entre o paciente e o terapeuta é vista como um espaço seguro para a expressão de emoções e conflitos relacionados à rejeição. A transferência, onde sentimentos e padrões de relacionamento passados são projetados no terapeuta, é explorada para uma melhor compreensão das dinâmicas pessoais.
  3. Reconstrução do Self: A psicanálise ajuda o indivíduo a reconstruir sua identidade e autoimagem, fornecendo um ambiente de apoio e compreensão. O terapeuta auxilia o paciente a desenvolver recursos internos para lidar com o sentimento de rejeição e construir relacionamentos saudáveis.
  4. Análise dos Mecanismos de Defesa: A psicanálise investiga os mecanismos de defesa inconscientes que podem estar impedindo o indivíduo de lidar adequadamente com a rejeição. Ao identificar e explorar esses mecanismos, o paciente ganha insights e liberdade para se libertar de padrões destrutivos.

Rejeição tem solução!

O sentimento de rejeição pode ser profundamente enraizado e impactar significativamente a vida emocional de um indivíduo. A psicanálise oferece uma abordagem terapêutica valiosa para compreender as causas subjacentes desse sentimento e trabalhar em direção à cura e ao crescimento pessoal.

Pessoas rejeitadas tem temor à mais rejeição. Elas podem desenvolver mecanismos de defesa para evitar possíveis rejeições. E isso é algo muito individual. Uma pessoa pode se defender de uma possível rejeição evitando se relacionar com certos tipos de pessoas, outra pode ser relutante em tomar decisões, pois tem medo de que as demais pessoas rejeitem essa decisão. Ainda outras podem ter uma atitude agressiva contra grupos de pessoas que, segundo ela, podem gerar situações de rejeição.

Por meio da exploração do inconsciente, da relação terapêutica e da análise dos mecanismos de defesa, a psicanálise pode ajudar os indivíduos a superar a rejeição, reconstruir sua identidade e estabelecer relacionamentos mais saudáveis e gratificantes. É importante ressaltar que o apoio de um profissional de saúde mental qualificado é essencial para uma jornada terapêutica eficaz e individualizada.

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Assédio Moral: como a Psicanálise lida com isso?

“Você é burro?” “Parece que você não entende.” “Você ia bem na escola? Não parece!”

Você já ouviu essas frases no ambiente de trabalho, com colegas de escola ou até dentro de sua casa? Deve ser terrível ter que lidar com pessoas que mantêm o ambiente tão pesado, constantemente tentando diminuir alguém ou várias pessoas. Você já passou por isso?

O assédio moral é um problema social que afeta muitas pessoas em diferentes contextos, como no ambiente de trabalho, na escola e até mesmo nas relações pessoais. Podemos definir o assédio moral como um ataque verbal, que geralmente acontece com certa frequência, contra uma pessoa. Essa pessoa é diminuída, humilhada ou ofendida, podendo a agressão acontecer de modo particular ou em público. O sofrimento psicológico causado pelo assédio moral é intenso e pode ter consequências devastadoras para a vítima. Nesse contexto, a psicanálise se apresenta como uma abordagem terapêutica valiosa, oferecendo um olhar profundo sobre as raízes desse fenômeno e fornecendo suporte para aqueles que buscam ajuda.

Compreendendo o Assédio Moral:

A psicanálise tem uma perspectiva única sobre o assédio moral, considerando-o como uma expressão das dinâmicas inconscientes presentes nas relações humanas. De acordo com essa teoria, o agressor utiliza o assédio moral como um mecanismo de defesa para lidar com seus próprios conflitos internos e inseguranças. Ao exercer poder e controle sobre o outro, o agressor busca aliviar sua própria angústia, projetando-a no ambiente externo.

Traumas, experiências negativas e relacionamentos disfuncionais podem deixar marcas psíquicas que influenciam a forma como as pessoas se relacionam e reagem ao assédio moral. Portanto, compreender a história pessoal de uma pessoa que sofre assédio moral é fundamental para desvendar os padrões e os mecanismos inconscientes envolvidos. Cada pessoa é única e reage ao assédio moral de uma maneira única.

Vale comentar que assédio moral é uma forma de violência que pode deixar marcar duradouras em uma pessoa, se ela não procurar ajuda.

A Abordagem Psicanalítica no Tratamento do Assédio Moral:

A psicanálise oferece um espaço terapêutico seguro e acolhedor para a vítima de assédio moral explorar e compreender as dimensões inconscientes de sua experiência. O terapeuta psicanalista utiliza técnicas como a livre associação, a interpretação dos sonhos e a análise das resistências para ajudar o paciente a acessar conteúdos emocionais reprimidos e processar os traumas vivenciados.

Lembre-se que é preciso que o analista conheça sua história de vida, para entender bem como você processa esse tipo de situação. Só depois será possível tanto para você quanto para seu analista entenderem onde está “doendo” essa agressão e como cuidar dela.

Durante o processo terapêutico, a vítima pode começar a identificar os padrões de pensamento e comportamento que foram internalizados como resultado do assédio moral. O terapeuta ajuda a vítima a reconhecer as projeções negativas e a trabalhar na reconstrução de sua autoestima, autoconfiança e resiliência. Com o tempo, a pessoa pode recuperar seu poder pessoal, reduzindo a influência negativa do assédio moral em sua vida.

É importante ressaltar que o processo de cura na psicanálise pode ser longo e demandar um comprometimento significativo. Através da construção de uma relação de confiança com o terapeuta, a vítima de assédio moral é encorajada a confrontar seus medos e a desenvolver estratégias saudáveis de enfrentamento.

Procure um psicanalista

A psicanálise oferece uma perspectiva profunda sobre o assédio moral, auxiliando na compreensão das dinâmicas inconscientes que permeiam esse fenômeno. Ao explorar as raízes do problema, a vítima de assédio moral pode encontrar caminhos para a cura e a resiliência. Através do processo terapêutico, a pessoa é capacitada a reconstruir sua autoimagem, a desenvolver mecanismos de enfrentamento saudáveis e a retomar o controle de sua própria vida.

Embora o assédio moral seja uma experiência traumática, a psicanálise oferece um caminho para a recuperação, permitindo que as vítimas desenvolvam uma maior compreensão de si mesmas e das relações interpessoais. Portanto, buscar ajuda com um terapeuta psicanalista pode ser um passo crucial na jornada de superação do assédio moral e na reconstrução do bem-estar psicológico.

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Fazer terapia? 4 Motivos para procurar um Psicanalista

Encontrando equilíbrio, transformação e crescimento pessoal através da psicanálise

Às vezes, a vida pode nos apresentar desafios que parecem insuperáveis. Questões complexas, emoções intensas e relacionamentos complicados podem nos deixar confusos e desorientados. Nesses momentos, buscar o apoio de um psicanalista pode ser a chave para desvendar nossos próprios mistérios e dar um novo significado às nossas vidas. Neste artigo, vamos explorar quatro motivos convincentes pelos quais você deve considerar procurar um psicanalista, aproveitando a riqueza da teoria psicanalítica, suas técnicas e abordagens.

  1. Autoconhecimento e Exploração Profunda da Mente:
    A psicanálise oferece uma oportunidade única para mergulhar nas profundezas do inconsciente e desvendar os padrões ocultos que influenciam nossos pensamentos, emoções e comportamentos. Com o auxílio de um psicanalista treinado, você pode explorar sua história pessoal, seus traumas e experiências passadas, compreendendo como eles moldaram sua identidade atual. Essa jornada de autoconhecimento permite que você identifique padrões repetitivos, crenças limitantes e defesas psicológicas que podem estar prejudicando sua saúde emocional e bem-estar.

Por exemplo, você pode descobrir que certos comportamentos autossabotadores estão enraizados em experiências traumáticas da infância. Ao trazer esses conteúdos à tona, você pode entender melhor sua origem e, assim, trabalhar na cura dessas feridas, transformando-se em uma versão mais saudável e equilibrada de si mesmo.

  1. Resolução de Conflitos Internos e Relacionais:
    A psicanálise oferece um espaço seguro para explorar conflitos internos e relacionais. Nossos relacionamentos são reflexos de nossas dinâmicas psicológicas, e os padrões repetitivos que vivenciamos em nossas interações podem ser desafiadores de entender e superar por conta própria. Um psicanalista pode ajudá-lo a identificar os padrões disfuncionais de relacionamento e a compreender as origens inconscientes dos conflitos.

Ao trazer à consciência as emoções e desejos reprimidos, é possível explorar alternativas mais saudáveis para lidar com os conflitos e melhorar a qualidade de seus relacionamentos. O trabalho terapêutico na psicanálise também aborda questões como a baixa autoestima, dificuldades de comunicação e problemas de intimidade, fornecendo ferramentas para o crescimento e a construção de relacionamentos mais satisfatórios.

  1. Alívio de Sintomas Psicológicos e Emocionais:
    A psicanálise oferece um ambiente seguro para explorar e compreender os sintomas psicológicos e emocionais que podem estar causando sofrimento. Transtornos como ansiedade, depressão, transtorno de estresse pós-traumático e distúrbios alimentares são exemplos de condições que podem ser abordadas efetivamente por meio da psicanálise.

Ao compreender as causas inconscientes por trás desses sintomas, é possível aliviar o sofrimento, fortalecer a resiliência emocional e desenvolver mecanismos de enfrentamento saudáveis. O processo terapêutico fornecerá um espaço para explorar as raízes desses sintomas, criando uma oportunidade para a cura e a transformação pessoal.

  1. Crescimento Pessoal e Desenvolvimento de Potencial:
    Além de aliviar o sofrimento psicológico, a psicanálise também oferece uma plataforma para o crescimento pessoal e o desenvolvimento de todo o seu potencial. Ao explorar a fundo sua psique, você pode adquirir uma compreensão mais profunda de si mesmo, identificar seus valores, talentos e desejos autênticos.

Ao trabalhar com um psicanalista, você pode estabelecer metas claras para o crescimento pessoal e receber apoio na jornada para alcançá-las. Isso pode envolver descobrir uma nova carreira, desenvolver relacionamentos mais gratificantes ou explorar uma paixão criativa. A psicanálise permite que você se torne consciente das forças inconscientes que influenciam suas escolhas, capacitando-o a tomar decisões mais alinhadas com sua verdadeira essência.

Procure um psicanalista
A psicanálise oferece um caminho fascinante e recompensador para o autoconhecimento, a cura emocional e o crescimento pessoal. Ao buscar um psicanalista, você dá o primeiro passo em direção a uma jornada transformadora, na qual pode descobrir novas perspectivas, construir relacionamentos mais saudáveis e desenvolver todo o seu potencial.

Lembre-se de que a psicanálise é um processo individualizado e único para cada pessoa. A escolha de um psicanalista experiente e capacitado é fundamental para obter os melhores resultados. Portanto, não hesite em pesquisar, pedir referências e encontrar um profissional com quem você se sinta confortável e confiante em compartilhar sua jornada de crescimento e autoexploração. Você merece o apoio e a oportunidade de viver uma vida mais plena e satisfatória.

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A psicanálise e suas reflexões sobre o amor e o ato de amar


O amor é lindo! Mas como a Psicanálise vê o amor? Neste artigo, vou contar o ponto de vista da Psicanálise sobre o amor.

Entre os vários textos de Freud, temos o “Sobre o narcisismo: uma introdução.” Nesse texto, vamos que Freud mostra duas possibilidades de “objeto de amor”. Um caso, a pessoa decide amar alguém que seja igual a ela. O outro tipo é a pessoa que procura proteção, procura uma pessoa que a proteja, que a cuide.

Você percebe isso em você? No seu caso, quem te atrai mais, pessoas parecidas com você ou pessoas que te geram uma sensação de proteção, cuidado? Lembrando que na prática, isso pode significar que podemos nos apaixonar por uma pessoa que não exatamente seja igual a nós, mas que tenha alguma característica que é bem destacada em nós.
Ou podemos nos apaixonar por alguém que se pareça na maneira de ser ao nosso pai ou mãe. Curioso, não é mesmo?

Primeiro “caso de amor” estudado pela Psicanálise

Bem, lá nos primórdios da Psicanálise, uma jovem procurou Freud em busca de ajuda. Ela havia perdido o pai com uma doença terminal e estava sofrendo muito. Freud então apresentou a jovem a seu amigo Josef Breuer, que também pode ser considerado um dos fundadores da Psicanálise, junto a Freud. Bem, o ponto é que a jovem acabou se apaixonando por ele. O nome da jovem é Bertha Pappenheim, mais conhecida pelo nome fictício de Anna O.

Freud analisou esse caso, o vendo como um caso de transferência em que Bertha viu em Breuer uma representação de seu falecido e amado pai.

Amor e Psicanálise

Segundo Freud, o amor é um estado em que nós nos sentimos iguais à outra pessoa amada. E graças à essa pulsão, ou energia, geralmente idealizamos a pessoa amada como sendo perfeita, sem defeitos. Claro, é uma visão que devemos ter cuidado, pois isso pode nos desorientar e nos meter em problemas.

É por isso que é importante que um relacionamento se desenvolva com calma. Assim, você e a outra pessoa podem se conhecer melhor, conhecer seus pontos positivos e negativos. Com o tempo, você vai perceber que SABE que a outra pessoa tem certas características problemáticas (assim como você), mesmo assim, você decide ACEITAR essas características. Você tem plena consciência desses pontos, mas isso não diminui o amor que sente pela outra pessoa.

Entenda o amor como “amar o perfeitamente imperfeito”.

Mas, afinal, o que é o amor? E o que, não é?

Existem muitas definições para o amor. Para a Psicanálise, é uma pulsão libidinal, uma energia que move as pessoas. Para Camões, é um “fogo que arde sem se ver”. Quero comentar aqui alguns tipos de amor:

Amor fraterno: o amor que temos principalmente a amigos

Amor erótico: é o amor que os casais têm.

Amor “ágape”: essa é uma variante do grego antigo, está relacionado ao famoso “amor ao próximo”.

Amor “storge”: também grego, se relaciona ao amor entre pais e filhos.

Essas quatro definições estão relacionadas a um vocabulário grego, que apesar de antigo, é bem interessante conceitualmente. Afinal, amamos de maneira diferente nossa mãe e aquele nosso amigo, não é mesmo?

Agora, quero comentar alguns comportamentos que muitas vezes são relacionadas ao amor, mas não são em si, provas de amor:

Estar sempre brigando: por incrível que pareça, há pessoas que imaginam que brigar é uma prova de que o casal se ama, porque aparentemente, essas brigas sempre terminam “com um beijo” ou com relações sexuais. Na verdade, terminar uma discussão assim significa apenas que o assunto foi adiado, foi deixado de lado. Mas ele não acabou, continua pendente de resolução.

Além disso, se um casal está sempre brigando, esse casal deve analisar bem como anda esse relacionamento, inclusive questionar se há amor nele.

Dar sempre presentes: claro, dar presentes é comum entre pessoas que se amam, mas o fato de dar sempre presentes em si, não prova que alguém te ama. Muitas pessoas dão presentes para conseguirem favores, amenizar suas consciências por algo ruim que estão fazendo ou para fazer você pensar que elas se importam com você.

O dar presentes pode ser sim, uma prova de amor, quando outras coisas balizam, validam esse amor.

Mostrar excesso de ciúmes: como já comentei aqui, o excesso de ciúme pode destruir qualquer relacionamento. Ciúme está mais relacionado a possuir do que a amar. Quem tem ciúme excessivo, quer ter a posse da outra pessoa, quer praticamente ser o dono ou dona dela. E os motivos de desejar essa possessão podem variar. Qual a vantagem que alguém teria em te possuir?

Amar sempre vale a pena

O amor “é lindo” como dizem. Mas precisamos entender bem como ele funciona, para que não nos machuquemos. E mesmo assim, eventualmente iremos nos machucar “por amor”. Nessa hora, procure ajuda.

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Encontrando Força e Libertação: Um Caminho para Superar um Relacionamento Abusivo

Querido(a) leitor(a), se você está lendo este artigo, é porque está enfrentando um dos desafios mais difíceis da vida: lidar com um relacionamento abusivo. Saiba que você não está sozinho(a) e que há esperança e apoio disponíveis para você. Neste texto, quero oferecer consolo, encorajamento e algumas perspectivas baseadas na psicanálise para ajudar você a encontrar forças para seguir em frente e buscar alívio

  1. Reconheça a situação:

O primeiro passo para se libertar de um relacionamento abusivo é reconhecer a realidade em que você está vivendo. A psicanálise nos ensina que o processo de conscientização é fundamental para a cura. Aceite que você está vivenciando uma situação abusiva e que merece uma vida plena, saudável e livre de qualquer forma de violência.

Esse é um ponto importante. Muitas pessoas que sofrem com um relacionamento abusivo não percebem essa situação. Acham que a outra pessoa age de maneira normal, já que “esse é o jeito dele ou dela”. Outros ainda creem que certos comportamentos são na verdade, demonstrações de amor, ou a maneira de amar da outra pessoa. Vou comentar algumas coisas que não têm nada a ver com amar:

  • Gritar com muita frequência. Gritos são atos violentos, sempre, a não ser que sejam gritos de alegria.
  • Comparar você com outras pessoas, diminuindo seu mérito ou seu valor.
  • Dar golpes. Tapas, socos, empurrões, mesmo em intensidade pequena, mesmo com a pessoa pedindo sempre perdão depois, sempre serão atos violentos.
  • Impor sempre suas vontades, em detrimento das suas ou não considerar seus gostos e vontades. Se há um relacionamento, tem de haver cumplicidade. Se a outra parte sempre tem que fazer o que quer e se a sua opinião sempre é deixada de lado, cuidado!
  • Ciúmes em excesso. Já comentei aqui sobre ciúmes, quando uma pessoa é muito ciumenta, isso pode limitar a outra parte a estar sempre se justificando, dando verdadeiros relatórios que provem sua fidelidade. E isso desgasta qualquer relacionamento. O ciúme tem mais a ver com “possuir” do que com amar. Nunca confunda ciúme com amor.
  1. Busque apoio emocional:

É crucial que você encontre apoio emocional para enfrentar essa situação desafiadora. Procure amigos, familiares ou grupos de apoio que possam oferecer um espaço seguro para compartilhar suas experiências e emoções. A psicanálise ressalta a importância de criar um ambiente de confiança, onde você possa expressar seus sentimentos sem julgamento. Durante uma sessão de Psicanálise, usamos uma técnica chamada associação livre, em que você pode se expressar livremente. O ambiente é sempre de acolhimento.

  1. Reconstrua sua autoestima:

Em relacionamentos abusivos, é comum que a autoestima seja profundamente abalada. A psicanálise nos convida a explorar nossa história pessoal, buscando compreender como fomos levados a aceitar e tolerar comportamentos abusivos. Ao reconhecer nossos próprios padrões de pensamento e comportamento, podemos começar a reconstruir nossa autoestima e acreditar em nosso valor.

Esse processo de recuperar a autoestima pode ser gradual, mas vale sempre a pena.

  1. Estabeleça limites saudáveis:

Um aspecto importante na recuperação de um relacionamento abusivo é aprender a estabelecer limites saudáveis. A psicanálise nos ensina que o respeito mútuo é essencial em qualquer relação. Reconheça seus próprios limites e comunique-os ao seu parceiro abusivo. Não tenha medo de defender-se e proteger-se do abuso.

A chave aqui é aprender a dizer NÃO. E isso precisa ficar claro como a água. Quando você identificar algo que vai resultar em abuso, diga não sem medo de ser feliz. Não aceite o abuso, mesmo que você tenha medo de perder o relacionamento. Para começar, se existe o “medo” de perder, já temos aí um problema. Se a outra pessoa não aceita seu parecer sobre as coisas, nunca, será que ela te respeita? Será que ela te ama, realmente?

  1. Procure ajuda profissional:

A psicanálise pode ser uma abordagem terapêutica valiosa para ajudar a processar as emoções e os traumas vividos em um relacionamento abusivo. Busque um profissional especializado em violência doméstica ou um psicólogo/psicoterapeuta que possa apoiá-lo(a) nesse processo de cura. A terapia pode fornecer ferramentas e estratégias para fortalecer sua resiliência emocional e ajudá-lo(a) a reconstruir uma vida saudável.

  1. Cultive o autocuidado:

À medida que você avança na jornada de cura, lembre-se de priorizar o autocuidado. A psicanálise nos lembra da importância de nutrir nossa própria saúde mental, emocional e física. Dedique tempo para atividades que lhe tragam alegria, paz e bem-estar. Cuide de si mesmo(a) como faria com um ente querido, com amor e compaixão.

  1. Acredite na sua capacidade de se recuperar:

Você é mais forte do que imagina. A psicanálise nos lembra que somos seres em constante evolução e crescimento. Acredite em sua capacidade de se recuperar e de construir uma vida cheia de amor, respeito e felicidade. Saiba que você merece um relacionamento saudável e que há esperança para um futuro brilhante.

Você não está sozinha(o)

Querido leitor, saiba que você não está sozinho(a) nesta jornada. A psicanálise oferece um caminho de cura e libertação para aqueles que enfrentam relacionamentos abusivos. Busque apoio emocional, estabeleça limites saudáveis, procure ajuda profissional e cultive o autocuidado. Você merece uma vida plena, feliz e livre de qualquer forma de abuso. Mantenha-se forte, pois a superação está ao seu alcance. O futuro é promissor e cheio de possibilidades. Você tem o poder de reescrever sua história e construir relacionamentos saudáveis e amorosos.

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A Psicanálise está sob ataque? Psicanálise na prática

A Psicanálise está sob ataque? Se sim, de quem? Logo de início, quero dizer para você que este artigo é mais dirigido a estudantes e colegas psicanalistas. Mas certamente você, que tem interesse na Psicanálise, irá se interessar pelo tema.

Eu tenho percebido um comportamento que chega a ser paranoico por parte de alguns psicanalistas enquanto aos ataques sofridos pela Psicanálise. Então, antes de falar sobre essa paranoia, quero comentar brevemente o motivo dela.

A Psicanálise nasceu sob ataque

Isso pode até ser um pouco surpreendente para quem não é estudante de Psicanálise, mas infelizmente, desde que o Dr. Freud começou a colocar seus pacientes em um divã, essa disciplina sofreu todo tipo de ataque. De charlatanismo a pseudociência, esses ataques iniciaram na criação da técnica psicanalítica e persiste até os dias de hoje.

Freud, diversas ocasiões, teve que defender sua técnica. Existe ampla bibliografia sobre isso. Embora alguns críticos argumentem que a psicanálise é excessivamente teórica e subjetiva, é importante ressaltar que a prática clínica da psicanálise tem sido refinada e adaptada ao longo dos anos. A formação dos psicanalistas envolve um treinamento rigoroso, supervisionado e baseado em evidências, que visa desenvolver habilidades clínicas sólidas e uma compreensão profunda da teoria psicanalítica.

Além disso, a eficácia da psicanálise não pode ser avaliada apenas por meio de métodos quantitativos, como estudos controlados randomizados. A natureza intrincada e individualizada do processo terapêutico psicanalítico requer uma abordagem qualitativa, onde o foco está no significado pessoal atribuído pelo paciente à sua experiência terapêutica. Por esse motivo, métodos tradicionais de análise científica nem sempre se aplicam à Psicanálise.

E por essa razão principal, há muitos psicanalistas que, seguindo o exemplo de Freud, são dedicados a defender a técnica psicanalítica.

Técnica Psicanalítica: equilíbrio é necessário

O problema de se estar constantemente em modo “defesa” é a falta de equilíbrio. Tenho observado que há profissionais que, na busca da defesa da Psicanálise, acabam exagerando a dose e com isso quase desenvolvem uma mania de perseguição para paranoico nenhum colocar defeito.

Esses profissionais acreditam que possivelmente “todos” estão em constante ataque à Psicanálise. Dizem que a Psicologia (já falo dela), a medicina e até mesmo a CIÊNCIA como um todo são inimigos da Psicanálise. Isso mesmo!

Aqui, vou falar um pouco sobre esses tais ataques, claro, sob minha visão. Primeiro, vamos falar sobre a Psicologia. Se você for, nesse momento, fazer uma breve pesquisa nas redes sociais, tenho certeza de que vai encontrar vários posts criticando e até mesmo ridicularizando a Psicanálise. A maioria das críticas carece de conhecimentos mínimos sobre a Psicanálise, usando ideias superficiais e até mesmo vagas em alguns casos.

“Curiosamente”, em diversas ocasiões o Conselho Federal de Psicologia, órgão federal responsável por regulamentar o exercício da Psicologia no Brasil, tentou restringir a prática da Psicanálise para Psicólogos, algo que vai totalmente contra o conceito de “Psicanálise leiga” que foi defendida por Freud. Se você pesquisar projetos de lei, vai encontrar tanto propostas de psicólogos quanto iniciativas do CFP de fazer isso. Eu mesmo conheço pessoas que foram processadas juridicamente pelo CFP por ensinarem a Psicanálise sem serem psicólogos! Houve tentativas diversas de que a Psicanálise fosse “prática exclusiva de psicólogos”. A propósito, nesse embate jurídico que comentei agora, o CFP perdeu vergonhosamente, o que obviamente fortaleceu o bom exercício da Psicanálise.

Então, apesar de que hoje em dia, você encontra escritos em que o CFP diz claramente que a Psicanálise NÃO É prática exclusiva de psicólogos, num passado bem recente, a briga era muito pesada. Acredito ainda existir, de maneira mais ou menos velada.

Por isso, é entendível que um psicanalista queira se defender desses ataques absurdos. Mas antes de concluir meu raciocínio, vou comentar outros pontos e aí dar um fechamento geral.

Medicina. Bem, os primeiros atacantes da Psicanálise foram os médicos. Principalmente porque no início da Psicanálise, a Psicologia era algo ainda muito “laboratorial” e não clínica, quem primeiro de opôs à Psicanálise foi a classe médica.

Por esse motivo que Freud dedicou muitos textos aos médicos. As técnicas da Psicanálise eram muito diferentes dos conceitos que havia à época de sua criação. E, curiosamente, depois de bem estabelecida, a classe médica também tentou fazer com que a Psicanálise fosse uma prática da Medicina. Theodor Reik, amigo de Freud, foi acusado de charlatanismo por exercer a Psicanálise sem ser médico, fazendo com que Freud o defendesse. Reik foi absolvido da acusação e o assunto ficou “mais ou menos” claro sobre isso. Atualmente, o Conselho Federal de Medicina, órgão regulador da Medicina no Brasil, reconhece que qualquer pessoa que tenha feito um curso de formação em alguma escola psicanalítica pode exercer a atividade sem problemas.

Ciência. Muito triste incluir esse ponto aqui. Obviamente, graças aos estudos científicos, nós hoje temos acesso a tratamentos médicos mais eficazes, conhecemos melhor como funciona o corpo humano e muito mais. Porém, existe uma tendência ao que tem sido conhecido como “cientificismo”.

O cientificismo é uma perspectiva filosófica que atribui um valor absoluto e exclusivo à ciência como o único meio legítimo de conhecimento e compreensão do mundo. Ele sustenta que a ciência é a única forma válida de investigação e que somente as afirmações cientificamente comprovadas devem ser consideradas verdadeiras.

O cientificismo tende a desvalorizar ou negar a validade de outras formas de conhecimento, como a filosofia, a religião, a arte, a experiência subjetiva ou qualquer disciplina que não possa ser submetida a métodos científicos rigorosos. Ele argumenta que apenas a ciência, com sua abordagem empírica e baseada em evidências, pode fornecer uma compreensão confiável e objetiva do mundo.

Em outras palavras, há pessoas que atuam diretamente com a ciência, que acabam por não considerar o subjetivo, que certamente não pode ser medido num “teste de duplo cego”.

A paranoia da defesa da Psicanálise

Graças aos fatores que comentei, há profissionais que praticamente fizeram de sua vida uma luta contra os ataques que a Psicanálise sobre. Até aí, como você pode ver, é de se entender que um psicanalista queira se defender de ataques. Certo?

Mas aí temos também o problema. Com o tempo, a defesa se transforma em ataque. Há o pensamento de que “todos” estão perseguindo a Psicanálise e têm objetivos obscuros por trás desses ataques. Por exemplo, tenho escutado coisas como:

Psicologia: que a Psicologia “existe” para moldar as pessoas a um mesmo padrão. Muitos chegam a dizer que essa moldagem seria para “beneficiar o capitalismo”. No entanto, quem estuda Psicologia sabe que nenhuma abordagem da Psicologia “molda” o pensamento das pessoas. Simplesmente, há abordagens diversas, diferentes entre si, dentro da Psicologia. E nenhuma delas se propõe a tal “moldagem”. Fico triste de saber que em alguns casos, pessoas que são bons profissionais acreditam nessas teorias da conspiração.

É bom comentar que a Psicanálise NÃO É uma abordagem política, nem dá apoio a nenhuma ideologia política ou de visão de mundo. Se você vir um psicanalista falando em assuntos de ideologia política, saiba que isso é algo próprio DELA ou DELE e não da Psicanálise.

Com isso, quero deixar claro aqui que a Psicanálise não é a única abordagem psicoterapêutica que é eficaz. Há diversas abordagens e técnicas que são igualmente boas e confiáveis. Um psicanalista que se fecha mentalmente e pensa que somente a Psicanálise funciona precisa rever seus conceitos. Como profissional da Psicanálise, claro que defendo a Psicanálise, é minha abordagem. Porém, sei como são úteis outras abordagens também. Além disso, há casos em que uma pessoa precise de ser atendida por outros profissionais, além do psicanalista. E não há nada de errado com isso. Por favor, não demonize a Psicologia!

Medicina: pelo fato do passado em que os médicos “brigavam” com psicanalistas, até hoje há algum sentimento ruim entre alguns desses profissionais entre si. De maneira parecida, há psicanalistas que afirmam que a Medicina “se vendeu” aos interesses do “capital” e por isso nem é digna de confiança. Esse pensamento, motivado por ideologia política, pode fazer com que outras pessoas deixem de fazer um tratamento importante de saúde. Em todas as atividades profissionais, há profissionais bons e ruins. A Medicina em si, não é ruim, de maneira alguma.

Ciência: como comentei antes, o problema não é a Ciência e sim a tendência do cientificismo, que ignora a subjetividade. Mas nem por isso iremos ignorar descobertas científicas, incluindo as que se referem à mente humana e ao comportamento humano. Muitas coisas foram descobertas sobre a mente e dizer que isso é falso e acusar de cientificismo é no mínimo, covarde. O cientificismo entra quando se quer usar métodos tradicionais para analisar coisas subjetivas. Simplesmente não vai funcionar.

Mas, quando há estudos sérios, não devemos ignorá-los e acusá-los de inválidos.

No afã de defender a Psicanálise, profissionais acreditam que todas as outras abordagens terapêuticas estão contra a Psicanálise. Numa mania de perseguição, obsessiva, eles tratam de atacar todas elas como sendo “do mal” e inimigas. E, em alguns casos, essas pessoas incluem como motivos, suas motivações ideológicas políticas e visões de mundo como maneiras de explicar o suposto motivo de elas verem a Psicologia, a Medicina e a Ciência como inimigas da Psicanálise. Uma enorme falácia!

A Psicanálise pode e vive tranquilamente com a Psicologia, Medicina e Ciência. Psicólogos podem trabalhar em conjunto com psicanalistas em projetos e até mesmo atendendo a pacientes, sem nenhum problema. Eu mesmo tenho pacientes que se atendem comigo e com um psicólogo. A Medicina é algo que igualmente pode trabalhar junto aos psicanalistas. Muitos médicos podem atender em conjunto com psicanalistas. E a Ciência? A cada dia, aparecem estudos sérios que dão apoio para os fundamentos da Psicanálise.

Além disso, a Psicanálise caminha no sentido da modernização. Cada vez mais, conceitos são modernizados, melhor entendidos e aplicados. Nós não vivemos da mesma forma que vivíamos no século XIX, quando a Psicanálise nasceu. O tempo passou, o cenário mundial mudou, a visão de mundo das pessoas tem mudado. E a Psicanálise tem se atualizado.

Como psicanalista, defendo sim, a Psicanálise. Mas, não creio que outras disciplinas sejam inimigas ou coisas do tipo. E nem pretendo atacar essas disciplinas, para me defender ou defender a Psicanálise.

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Artigo interessante em defesa da Psicanálise, do Prof. Dr. Christian Dunker: Nove erros básicos de quem quer fazer uma crítica à psicanálise (psicologia.pt)

Documentos importantes com pontos de vista do Conselho Federal de Medicina e de Psicologia, sobre a atividade dos psicanalistas: Documentos Importantes – ABP Associação Brasileira de Psicanálise (abpsicanalise.org)

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A Terapia do Amor: Dicas Psicanalíticas para Impulsionar o Seu Relacionamento

Queridos leitores, preparem-se para uma jornada divertida pela mente humana e pelos meandros dos relacionamentos a dois! Se você está procurando dicas para melhorar o seu relacionamento amoroso enquanto se diverte, chegou ao lugar certo. Vamos explorar algumas sugestões inspiradas na psicanálise para fortalecer os laços com seu parceiro(a). Então, peguem suas canetas psicanalíticas e vamos mergulhar de cabeça!

  • Aprenda a Linguagem dos Sonhos:

Sigmund Freud, o pai da psicanálise, acreditava que os sonhos são a “estrada real para o inconsciente”. Então, que tal usar essa estrada em direção ao coração do seu parceiro(a)? Torne-se um decodificador dos sonhos do seu amado(a)! Conversem sobre seus sonhos pela manhã e explorem juntos os significados ocultos. Quem sabe vocês não descobrem desejos compartilhados ou medos que precisam ser superados? Além disso, divirtam-se tentando interpretar os sonhos mais malucos. Afinal, uma risada compartilhada é o alicerce de um relacionamento sólido.

Importante comentar que, a interpretação dos sonhos envolve conhecer uma técnica da Psicanálise. Como casal, explore essa sugestão apenas como diversão. Para que vocês possam entender bem como os sonhos têm a ver com o inconsciente ou como interpretá-los, procure um psicanalista.

  • Faça uma “Escavação Psicanalítica” do Passado:

Geralmente quando falamos de dicas de filmes para casais pensamos em filmes românticos. Mas não precisa ser sempre assim. Que tal de vez em quando, ver juntos filmes que irão ajudar vocês e refletirem sobre o relacionamento? Isso pode ajudar bastante também a fortalecer os laços de vocês.

Relembrar as experiências passadas pode trazer uma compreensão mais profunda sobre nós mesmos e sobre o nosso parceiro(a). Dedique uma noite de cinema em casa! Escolham filmes que tratem de temas como memórias, infância e desenvolvimento pessoal. Depois, conversem sobre como essas histórias se conectam às suas próprias vidas. Quem sabe vocês não desenterram algumas lembranças engraçadas ou percebem como certos eventos do passado moldaram quem vocês são hoje?

  • O Poder do Silêncio:

Já ouviu falar na “interpretação do silêncio”? Às vezes, o que não é dito pode ser tão significativo quanto as palavras faladas. Experimentem passar um tempo juntos em silêncio. Sentem-se confortavelmente e apreciem a presença um do outro. Observem as emoções que surgem, sem a necessidade de preenchê-las com palavras.

Essa prática pode ajudar a criar um espaço de intimidade e conexão profunda. Afinal, a psicanálise nos ensina que nem todas as questões precisam ser resolvidas através das palavras. O silêncio pode ser uma oportunidade para refletir, se reconectar com as emoções e simplesmente estar presente um para o outro.

  • Abra a Caixa de Pandora:

Todos temos uma “caixa de Pandora” cheia de emoções e memórias guardadas. É hora de abrir essa caixa e explorar juntos! Criem um ambiente seguro e acolhedor para compartilharem seus medos, traumas e inseguranças. Lembre-se de que a vulnerabilidade fortalece os laços. Ao enfrentarem esses desafios emocionais juntos, vocês estarão construindo uma base sólida para o seu relacionamento.

O ponto aqui é ter conversas significativas, conversas em que vocês possam falar sobre seus temores, desejos e inseguranças. É importante que o outro saiba de maneira explícita o que te faz feliz, o que te atemoriza, o que você aspira. É uma boa atividade.

  • Ressignifique os Conflitos:

Conflitos são inevitáveis em qualquer relacionamento. Mas que tal dar um toque psicanalítico a eles? Em vez de ver os conflitos como algo negativo, encarem-nos como oportunidades de crescimento. Quando surge uma discussão, parem por um momento e tentem entender as razões emocionais por trás do que estão dizendo. Explore as feridas emocionais que estão sendo ativadas. Ao fazer isso, vocês podem transformar os conflitos em momentos de aprendizado e compreensão mútua.

Queridos leitores, a vida é um eterno processo de autoconhecimento e crescimento, e o mesmo se aplica aos relacionamentos. Utilizando algumas dicas psicanalíticas, vocês podem mergulhar nessa jornada de forma divertida e enriquecedora. Lembre-se de que a psicanálise não é apenas sobre resolver problemas, mas também sobre explorar, compreender e abraçar os mistérios do amor e da mente humana.

Portanto, que essas dicas possam inspirar vocês a se aventurarem em novas formas de se conectar, explorar e nutrir o relacionamento a dois. Divirtam-se enquanto mergulham nas profundezas da psique e se fortaleçam como casal. Afinal, o amor e a diversão caminham de mãos dadas na jornada do amor duradouro.

Agora, você quer falar comigo e conversar sobre como posso ajudar você a ter um melhor relacionamento? CLIQUE AQUI e saiba mais sobre meus serviços.

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Desafios do início de um relacionamento amoroso. Psicanálise na prática

Os desafios de um novo relacionamento sob a ótica da Psicanálise

Iniciar um novo relacionamento pode ser uma experiência emocionante e desafiadora. A Psicanálise, uma abordagem que analisa o inconsciente da mente humana, oferece uma visão interessante sobre os desafios que podem surgir nesse processo.

Já ouviu falar que todo começo é difícil? Bom, isso não é diferente quando começamos um novo relacionamento. Entre várias coisas que podem passar por sua cabeça, separei alguns pontos que considero interessantes.

O medo da perda

Um dos desafios mais comuns em um novo relacionamento é o medo da perda. Isso pode ser resultado de experiências passadas, como relacionamentos anteriores que não deram certo, ou de inseguranças pessoais. Na Psicanálise, esse medo é entendido como uma defesa contra a ansiedade de separação, que é inerente à natureza humana.

E claro, é normal não querer perder. Infelizmente, muitas vezes nós pensamos mais no que pode acontecer do que no está acontecendo. Se você está em um relacionamento novo, o melhor que pode fazer é desfrutar, aproveitar do sabor agradável de estar conhecendo alguém por quem temos carinho e estamos fortalecendo os laços.

Se você tem muito medo de perder seu relacionamento, é uma boa ideia procurar ajuda.

Durante a análise, o indivíduo é encorajado a explorar suas emoções e sentimentos em relação ao relacionamento e à possibilidade de perda. O psicanalista ajuda o indivíduo a compreender as raízes dessas emoções e a trabalhar para superar seus medos através da construção de relacionamentos mais saudáveis e seguros.

Além disso, a psicanálise também pode ajudar o indivíduo a desenvolver sua autoestima e autoconfiança, o que pode ajudá-lo a enfrentar melhor o medo da perda em um relacionamento.

A idealização do outro

Outro desafio que pode surgir em um novo relacionamento é a idealização do outro. Muitas vezes, projetamos nossos desejos e expectativas no parceiro, criando uma imagem idealizada que não corresponde à realidade. Isso pode levar a decepções e frustrações quando o parceiro não atende às nossas expectativas. Na Psicanálise, esse processo é conhecido como projeção.

A idealização do outro pode se manifestar de várias formas, como colocar o outro em um pedestal, esperar que ele satisfaça todas as nossas necessidades emocionais ou projetar nele qualidades que desejamos ter em nós mesmos. Essas expectativas irrealistas podem levar a decepções e conflitos no relacionamento, uma vez que o outro não consegue atender a todas as nossas expectativas.

A idealização do outro pode estar relacionada a questões inconscientes, como a necessidade de preencher um vazio emocional interno ou a busca por uma figura paterna ou materna idealizada. Além disso, pode ser uma forma de evitar lidar com nossas próprias falhas e inseguranças, projetando-as no outro.

A psicanálise propõe que, ao entender nossas próprias questões emocionais, podemos aprender a lidar com elas de forma mais saudável e construtiva. Além disso, é importante reconhecer que o outro é um ser humano com suas próprias falhas e limitações, e que é impossível que ele atenda a todas as nossas expectativas.

Ao trabalhar na compreensão de nossas próprias emoções e expectativas, podemos construir relacionamentos mais saudáveis e equilibrados, baseados na aceitação e respeito mútuo. A psicanálise pode ser uma ferramenta valiosa nesse processo, ajudando a explorar as questões inconscientes que podem estar por trás da idealização do outro em um relacionamento.

A dificuldade de se comunicar

A comunicação é essencial em qualquer relacionamento saudável. No entanto, muitas vezes enfrentamos dificuldades em expressar nossos sentimentos e necessidades de forma clara e assertiva. Isso pode levar a mal-entendidos e conflitos desnecessários. Na Psicanálise, a comunicação é vista como uma forma de expressão da subjetividade, e o analista busca ajudar o paciente a desenvolver uma linguagem mais precisa e autêntica.

Comunicar-se bem é fundamental em qualquer relacionamento, e para melhorar a comunicação de um casal, existem algumas dicas que podem ajudar. Uma delas é ser aberto e honesto, evitando manter segredos e sendo sincero sobre o que está acontecendo em sua vida. Outra dica é exercitar a tolerância e criar uma rotina de diálogo saudável para o casal, experimentando sempre coisas novas para que se possa melhorar a comunicação. Além disso, é importante manter o contato visual, adequar a expressão facial e a postura corporal à situação e ao que estamos transmitindo, e utilizar um tom de voz tranquilo e suave.

Outra dica importante é ouvir atentamente o que o parceiro tem a dizer, sem interromper ou julgar, e demonstrar empatia com o ponto de vista dele. Falar com clareza e evitar deixar as coisas subentendidas também é fundamental para uma comunicação eficaz. Por fim, é importante lembrar que a comunicação é uma via de mão dupla, e que ambos os parceiros devem estar dispostos a se comunicar de forma aberta e honesta para que o relacionamento possa prosperar.

A resistência à intimidade

Por fim, um desafio comum em um novo relacionamento é a resistência à intimidade. Isso pode ser resultado de traumas anteriores, como abuso ou negligência, ou de inseguranças pessoais. Na Psicanálise, a resistência à intimidade é entendida como uma defesa contra a ansiedade de dependência, que é inerente à natureza humana.

Pode ser complicado para algumas pessoas deixar-se conhecer por outra. Mesmo que você esteja gostando da outra pessoa, queira conhecê-la mais, pode ser que seja especialmente difícil para você comentar com ela detalhes sobre sua vida. E o motivo disso pode ser bem variado. Creio que vou escrever no futuro um artigo detalhando melhor isso. Mas, por hora, te digo que uma boa ideia é ir aos poucos, comentando pequenos detalhes sobre você. Em breve, você vai perceber que se sente com mais confiança para contar outras coisas sobre você.

Iniciar um novo relacionamento pode ser um processo desafiador, mas também pode ser uma oportunidade de crescimento pessoal e emocional. A Psicanálise oferece uma visão interessante sobre os desafios que podem surgir nesse processo, ajudando-nos a compreender nossas emoções e comportamentos de forma mais profunda e autêntica.

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Imagem de OpenClipart-Vectors por Pixabay

Como é uma pessoa histérica para Psicanálise? Psicanálise na prática

A histeria é um dos distúrbios psíquicos mais estudados e discutidos na psicanálise. É um termo que remonta à antiguidade e, ao longo da história, passou por várias conceituações e interpretações. No entanto, foi com Sigmund Freud que a histeria ganhou destaque como um fenômeno psicopatológico com base em conflitos psíquicos e sexuais. Neste artigo, vamos explorar o conceito de histeria na psicanálise, bem como descrever como age uma pessoa histérica.

A Histeria na Psicanálise

Na psicanálise, a histeria é considerada uma neurose, um distúrbio psíquico que resulta de conflitos não resolvidos entre desejos inconscientes e mecanismos de defesa. A origem dos sintomas histéricos é geralmente atribuída a experiências traumáticas ou conflitos sexuais reprimidos ocorridos na infância.

Freud desenvolveu a teoria da histeria a partir de suas observações clínicas e do tratamento de pacientes histéricos. Ele argumentou que a histeria estava ligada à repressão de desejos sexuais e agressivos, especialmente relacionados à sexualidade infantil. A energia desses desejos reprimidos seria convertida em sintomas físicos e psicológicos, que serviriam como uma expressão simbólica dos conflitos internos.

De acordo com a teoria freudiana, os sintomas histéricos podem assumir várias formas, como paralisias, afonia, cegueira psicogênica, amnésia, entre outros. Esses sintomas são vistos como uma manifestação simbólica dos conflitos emocionais e sexuais reprimidos. Freud também destacou o papel do inconsciente na formação dos sintomas histéricos, argumentando que eles eram expressões simbólicas de desejos e fantasias ocultos.

O Comportamento de uma Pessoa Histérica

Uma pessoa histérica pode apresentar uma variedade de características e comportamentos que refletem os sintomas da histeria. No entanto, é importante ressaltar que a histeria não se limita apenas ao contexto clínico, mas também pode se manifestar em aspectos da vida cotidiana.

Uma característica comum do comportamento histérico é a busca de atenção e validação por meio de sintomas físicos ou emocionais intensos. A pessoa histérica pode apresentar uma expressão dramática de suas emoções, buscando o envolvimento emocional de outras pessoas. Ela pode ter dificuldade em lidar com a ambiguidade e pode recorrer a comportamentos impulsivos ou exagerados para chamar a atenção para si mesma.

Além disso, a pessoa histérica pode experimentar sintomas somáticos inexplicáveis, como dores físicas ou sensações de formigamento, sem uma causa médica aparente. Esses sintomas podem ser recorrentes e variar em intensidade. A histeria também pode se manifestar por meio de sintomas psicológicos, como crises de choro, ataques de pânico, ansiedade ou mesmo transtornos dissociativos, nos quais a pessoa pode sentir-se desconectada de sua própria identidade ou realidade.

Outro traço característico é a chamada “conversão histérica”, na qual a pessoa transforma um conflito emocional em um sintoma físico. Por exemplo, um sentimento de raiva ou angústia pode se manifestar como uma paralisia repentina ou uma crise de dor física.

É importante mencionar que a histeria não é exclusiva de um gênero específico, embora historicamente a histeria tenha sido associada principalmente às mulheres. Homens também podem apresentar sintomas histéricos e são igualmente afetados pelos conflitos emocionais e psicológicos subjacentes.

Ou seja

A histeria, na psicanálise, é entendida como um distúrbio psíquico resultante de conflitos emocionais e sexuais reprimidos. Os sintomas histéricos são vistos como manifestações simbólicas desses conflitos e podem se manifestar tanto fisicamente quanto psicologicamente.

Uma pessoa histérica pode buscar atenção, validar seus sentimentos e emoções de forma dramática e apresentar sintomas somáticos ou psicológicos intensos. Ela pode ter dificuldade em lidar com a ambiguidade e recorrer a comportamentos exagerados para chamar a atenção para si mesma.

É importante destacar que a compreensão da histeria evoluiu ao longo do tempo e que outros enfoques e perspectivas podem fornecer diferentes interpretações do fenômeno. A psicanálise oferece um olhar profundo sobre as origens e manifestações da histeria, permitindo um melhor entendimento e tratamento dessa condição.

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Fontes:

  1. Freud, S. (1895). Estudos sobre a histeria. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, 2, 11-310.
  2. Freud, S. (1917). Conferências introdutórias sobre psicanálise. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, 16, 249-398.
  3. Mitchell, J. S., & Black, M. J. (1995). Freud and beyond: A history of modern psychoanalytic thought. Basic Books.
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Psicanalista precisa se autoafirmar? Psicanálise na Prática

Bem, se você acompanha os artigos nesse blog, deve saber que geralmente eu não escrevo visando necessariamente o público que estuda ou que é psicanalista. Eu escrevo para as pessoas em geral, principalmente pessoas interessadas em viver bem e estar bem consigo mesmas e com outras pessoas.

Mas, vi necessário escrever sobre essa questão porque quero expressar o que sinto sobre essa questão: a autoafirmação por parte de alguns psicanalistas, que é, em alguns casos, uma tônica em seus discursos. Vou explicar melhor.

Muitos profissionais da Psicanálise parecem ter a necessidade de mostrarem para as outras pessoas que eles sim, seguem os princípios da Psicanálise com afinco, quase que com devoção. Para isso, eles mencionam autores famosos como se estivessem em algum tipo de culto religioso e estivessem mencionando um texto da Bíblia.

“Veja o que diz Lacan, aqui em Lacan, capítulo 3, versículo 4…”

E isso se repete, vez atrás vez. Para tudo o que o profissional vai falar, ele sente a necessidade de mencionar alguém, em alguns casos mencionando o livro, o capítulo e se possível, até o parágrafo em que tal autor disse o que ele mencionou. Parece que isso dá validade ao que ele está falando e na verdade, é geralmente esse o objetivo. Mas, que tão válido ou necessário é fazer isso, de maneira praticamente obsessiva?

O que “dá validade” à prática da Psicanálise e do psicanalista?

Como todo e qualquer profissional, a preparação é essencial. E apesar de que Freud nunca falou diretamente sobre “tripé psicanalítico”, ele sim, mencionou em várias ocasiões, sobre a importância de todo analista manter-se atualizado, estudando Psicanálise, sendo analisado por outro analista e sendo supervisionado. Esse tripé é considerado o essencial para que alguém “se autorize” psicanalista (Lacan disse isso: “o psicanalista só se autoriza por si mesmo”, enunciada por Lacan como um princípio, se encontra no texto Proposição de 9 de outubro de 1967). Tá vendo só, eu acabei fazendo uma citação! Haha!

Sempre dizemos que a “formação” de um psicanalista é eterna, porque ele deve estar em constante formação. Mas claro, se alguém estiver em constante formação, mas lhe faltar praticar, no sentido de pôr em prática os princípios da Psicanálise em sua atuação como profissional, a formação nunca será o suficiente.

Viver a Psicanálise

Viver a Psicanálise não é estar citando autores todo o tempo. Pra quê isso? Por acaso você vê psicólogos mencionando o tempo todo Aaron Beck? Wundt? Watson?

Mas aí você pode dizer: “Ah, mas com a Psicanálise é diferente, é outra abordagem.” Aí eu te digo: e daí? Um profissional pode perfeitamente USAR o que foi ensinado na prática.

Em lugar de dizer, quase em tom solene, que “o desejo do homem é o desejo do Outro”, podemos simplesmente falar sobre o efeito que as pessoas têm de influenciar sobre o que nós mesmos desejamos. Isso é praticar, usar o conceito na prática. Claro, eventualmente mencionar a fonte da informação é sim, interessante.

Mas imagine, caro estudante de Psicanálise ou colega psicanalista, você dizendo a uma pessoa que está analisando termos como “nó borromeano” “seio bom e seio mau” ou falar sobre “significante”. Pode ser que para seu analisando, você “falou bonito”, mas é só isso mesmo. E se, em lugar disso, você praticasse os princípios por trás desses conceitos durante as sessões?

Seu analisando não tem nenhum interesse em conhecer essas expressões, acredite. A menos que ele queira estudar Psicanálise, claro! De outra forma, só servirá para que você se mostre como um “sujeito do suposto saber” (“um sujeito não supõe nada. Ele é suposto. Suposto pelo significante que o representa para outro significante.” Lacan, 1967)

Nós não precisamos exibir nossos conhecimentos técnicos para um analisando, nem para o público que nos contrata. Isso seria apenas para mostrar nosso “suposto saber” para eles. O que eles querem é saber, na prática, como podemos ajudá-los.

Quando contratamos um arquiteto para construir uma casa, o que damos mais valor: na forma prática em que ele nos explica como ele vê o projeto, como ele vê nossa futura casa ou as técnicas diversas que serão empregadas no projeto, técnicas de preparação das vigas de concreto, técnicas estruturais…É isso que você gostaria de ficar ouvindo dele? Ou em lugar disso, que ele te diga sobre a aparência de nossa futura casa, como vai usar os espaços, quem sabe até dicas de uso desses espaços?

O mesmo acontece com a Psicanálise. Acredite, nenhuma pessoa que seja possível contratante de um psicanalista quer ouvir termos técnicos o tempo todo. Eles querem ver a prática, como nós usamos o que estudamos. E isso que conta.

Não precisamos estar constantemente nos autoafirmando, por ter que, a cada instante, mencionar um autor, até mesmo detalhando capítulo e “versículo” do que ele disse. Nem precisamos o tempo todo usar tecnicismos que são úteis para nós, não para nosso analisando. Não é isso o que valida nossa prática clínica.

Assim como acontece com outros profissionais, um psicanalista mostra para a sociedade que é o que é, sendo. Simplesmente assim. Praticando, vivendo a Psicanálise.

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