unrecognizable woman having argument with upset female

Culpa e Responsabilidade: um olhar Psicanalítico

É muito comum que as pessoas confundam culpa com responsabilidade e responsabilidade com culpa. Qual a diferença? Vamos entender, neste artigo, como funcionam tanto a culpa como a responsabilidade, especialmente quando coisas ruins acontecem.

Culpa: a dívida

Quando falamos em culpa, podemos imaginar uma pessoa que tem uma dívida a pagar. Até que ela pague essa dívida, ela terá esse peso, essa “culpa”.

A culpa é um sentimento que pode surgir após uma pessoa julgar a si mesma por um comportamento passado. Segundo a psicanálise, a culpa está presente na estrutura do desejo humano e pode se manifestar de múltiplas formas, que vão do remorso à neurose. O sentimento de culpa foi tratado com grande propriedade por Freud, que o destacou como o grande problema do desenvolvimento da civilização e como atributo do inconsciente que se articula com a angústia.

Freud também associou o sentimento de culpa ao complexo de Édipo, visto aqui como fonte desse sentimento e posteriormente na formação do supereu, momento em que se aproximam culpa e angústia. A análise freudiana sobre o sentimento de culpa revela que a forma como este projeto se articula em nossa civilização termina por engendrar o mal-estar.

Embora a culpa possa ser um sentimento difícil de lidar, é importante lembrar que ela pode ser um sinal de que algo não está certo e que pode ser necessário fazer mudanças em nossas vidas. A psicanálise pode ajudar a compreender melhor a culpa e a lidar com ela de maneira mais saudável.

burnout agende sua consulta

Saber que cometemos um erro pode ser algo que certamente representa um peso em nós. E realmente, o problema nem é sentir esse peso, mas saber como lidar com ele. Imagine que você tem algo bem pesado para levar para algum lugar. O que você fará? Você pode tentar acomodar o peso de forma que seja mais prático levá-lo, pode usar alguma ferramenta para lhe ajudar a levar o peso e pode até mesmo, ficar parado no lugar sem se mover. E é aí que entra a responsabilidade.

Responsabilidade: a ação

Voltemos ao exemplo do transporte do objeto pesado. O objeto representa a culpa, o peso de algo. A responsabilidade é quando decidimos nos mover, levar esse peso para algum local e de preferência, deixá-lo por lá.

A responsabilidade envolve exatamente isso, agir. Vou dar um exemplo para que possamos entender a diferença entre responsabilidade e culpa.

Pense em uma loja. Agora, nessa loja, entra um pai e seu filho pequeno. O pai tenta manter seu filho sempre perto dele, para que o filho não se meta em problemas. Mas, em um momento, o filho consegue escapar doo pai e sai correndo, derrubando no caminho uma TV, que cai no chão e quebra. Então, o pai conversa com seu filho, diz que ele fez algo ruim e explica a situação. Em seguida, o pai se propõe a pagar pela TV quebrada.

O que aprendemos? Nesse pequeno exemplo, a culpa é do menino que fez a travessura. Mas a responsabilidade foi do pai, que pagou a TV. A culpa é a carga que o menino tem ao ter feito algo errado. Mas, no caso dele, por ser criança e não ter condições de assumir a responsabilidade pelo que fez, o pai assume esse papel e assim também a responsabilidade pela travessura do filho.

Dessa forma, vemos que nem sempre quem tem a culpa, tem a responsabilidade.

Culpa versus Responsabilidade

Agora, quero que você pense em outra situação. Imagine uma pessoa que sofre abuso verbal em seu ambiente de trabalho. Um colega de trabalho constantemente faz comentários maldosos sobre essa pessoa, atacando por exemplo, sua aparência.

De quem é a culpa por essa agressão? Certamente que nao é a vítima dela! Mas é aí que entra um ponto muito importante: mesmo que nao tenhamos culpa por algo ruim, podemos sempre (e devemos) assumir a responsabilidade. Como assim?

Essa pessoa que sofre esse abuso em seu trabalho nao tem a culpa por sofrer ele. Mas ela pode fazer algo a respeito. Ela pode por exemplo, denunciar a pessoa abusadora para a gerência, pode tentar resolver o problema diretamente com o abusador, tentando entender o motivo do abuso, pode tentar mudar de setor ou até mesmo, mudar de trabalho. Há muitas possibilidades envolvidas.

Veja que mesmo a pessoa nao tendo culpa, ela assumiu a responsabilidade pelo problema. Nós podemos estar passando por situações muito difíceis, podemos nao ter a culpa por essa situação, mas sempre podemos assumir a responsabilidade de melhorar essas situações.

Psicanálise culpa as pessoas pelos seus atos?

Já vi muita gente dizendo que com o tratamento psicanalítico, a pessoa é “culpada” pelos seus atos. Mas isso nao é bem verdade.

O tratamento psicanalítico nos ajuda a entender nao necessariamente nossa culpa em alguma coisa, mas sim o grau de nossa RESPONSABILIDADE em resolver o assunto. Nos ajuda a ser responsáveis pelo que nos acontece, dessa forma, tomando atitudes que poderão nos retirar desses apertos.

Quem sofreu uma agressão de qualquer tipo, quem foi vítima de algo ruim, pode nao ter a culpa por isso. Mas com o tratamento psicanalítico, a pessoa vai entender que apesar de ela nao ter a culpa pelo que aconteceu, ela sempre pode assumir a responsabilidade de resolver a questão e se sentir melhor. E sempre será uma escolha dela, uma decisão dela.

Nós, psicanalistas jamais fazemos juízos de valor de qualquer acontecimento, fala, gesto ou qualquer ação que pessoas que se consultam conosco realizem. O objetivo da terapia jamais é julgar, ao contrário, é acolher, receber. É hospitalidade mental!

Quer falar comigo? CLIQUE AQUI.

bearded handsome man holding a clipboard

Medo de dizer o que pensa? Leia isso. Psicanálise Aplicada


Expressar a opinião é uma habilidade essencial para a vida em sociedade. É por meio da comunicação que nos relacionamos com os outros, compartilhamos ideias e construímos consensos. No entanto, algumas pessoas têm dificuldade em expressar suas opiniões, seja por medo de julgamento, de rejeição ou de conflito.

O que leva ao medo de expressar a opinião?

O inconsciente é a parte da mente que contém os pensamentos, sentimentos e memórias que estão fora do nosso alcance consciente. A psicanálise acredita que o inconsciente é um lugar de impulsos, desejos e conflitos que podem ter um impacto significativo em nosso comportamento, mesmo quando não estamos conscientes deles.

burnout agende sua consulta

O medo de expressar a opinião pode ser visto como um sintoma de um conflito inconsciente. A pessoa que tem medo de expressar sua opinião pode estar reprimindo pensamentos ou sentimentos que são considerados inaceitáveis ou perigosos. Vou dar alguns exemplos de situações e vivências que podem contribuir para que uma pessoa tenha dificuldades em se expressar livremente:

Autoritarismo dos pais: é importante dizer que há uma grande diferença entre autoridade e autoritário. Uma pessoa autoritária usa a intimidação para para impor suas opiniões e vontades. Geralmente, essas pessoas precisam gritar ou ameaçar para que os demais as obedeçam. Conhece alguém assim?

Por outro lado, uma pessoa que é uma autoridade não precisa de se impor. O que ela propõe geralmente é respeitado, pois os demais a veem como alguém que sabe o que está fazendo e reconhecem que é uma boa ideia seguir o que ela está propondo. Por outro lado, essa pessoa que é uma autoridade também valoriza as ideias dos demais, dessa forma, facilitando a comunicação e uma melhor tomada de decisões.

Quando uma criança cresce em um ambiente em que apenas deve obedecer “porque sim” e praticamente tudo o que ela pede ou propõe é visto como bobagem, ou como algo sem importância, ela pode crescer pensando que suas ideias não têm importância, o que é muito triste. Adulta, essa criança talvez evite propor ideias, pois pode pensar que sempre a outra pessoa terá melhores ideias.

Bullying: geralmente, quando se fala em bullying, as pessoas imaginam um grupo de crianças atacando verbalmente a uma outra criança. E sim, isso tem a ver com bullying realmente. Mas infelizmente, não é somente crianças e adolescentes que podem comenter bullying. Adultos também fazem isso e com grande frequência, muitas vezes disfarçando o ataque como uma “brincadeira”.

Pais, irmãos e outros parentes podem fazer “brincadeiras” com partes do corpo de uma criança, como as orelhas, a cabeça ou alguma característica de sua personalidade, como ser muito calado ou não ter muitas habilidades manuais, por exemplo. Isso vai destruindo a autoconfiança da criança, que a cada dia pensa que tem menos valor como pessoa. Com o passar do tempo, essa criança pode desenvolver um temor a se expressar, por achar que como ela não tem valor como pessoa, suas ideias tampouco terão.

Essa é talvez a mais cruel forma de bullying, pois geralmente ela é disfarçada de brincadeira ou até mesmo, como uma demonstração de “carinho”. Há crianças que, por tentarem se defender desse tipo de ataque, são vistas como “rebeldes” o que piora a situação.

Capacidades de comunicação diferentes: se uma pessoa têm capacidade de comunicação diferente, por exemplo, gagueira, problemas nos orgãos da fala ou padece de algum problema mental, ela pode desenvolver um receio de querer se comunicar, pensando que ninguém vai dar atenção para o que ela disser.

Existem diversos motivos que podem levar uma pessoa a ter medo de expressar sua opinião. Alguns dos mais comuns são:

  • Medo de rejeição: muitas pessoas têm medo de ser rejeitadas ou criticadas se expressarem suas opiniões, especialmente se essas opiniões forem diferentes das da maioria.
  • Medo de julgamento: o medo de ser julgado também é um fator que pode impedir as pessoas de expressarem suas opiniões. Algumas pessoas têm receio de ser julgadas por suas crenças, valores ou ideias.
  • Medo de conflito: o medo de conflito também pode levar as pessoas a evitar expressar suas opiniões. Algumas pessoas têm receio de causar brigas ou discussões se expressarem suas opiniões, especialmente se essas opiniões forem controversas.

Consequências do medo de expressar a opinião

O medo de expressar a opinião pode ter consequências negativas para a vida das pessoas. Algumas das consequências mais comuns são:

  • Dificuldade de se relacionar com os outros: pessoas que têm medo de expressar suas opiniões podem ter dificuldade de se relacionar com os outros, pois não conseguem compartilhar suas ideias e pontos de vista. Quando a pessoa se casar, pode ter grandes problemas com seu cônjuge, pois poderá simplesmente não se expressar, deixar que o outro decida tudo e quando sua opinião for pedida, a pessoa vai tentar se desviar disso. Com o tempo, essa pessoa vai acabar sendo vista como alguém que não quer se comunicar ou até mesmo o cônjuge pode começar a pensar que o outro não o ama ou não tem interesse nela ou nele. E claro, isso pode prejudicar o relacionamento.
  • Repressão de emoções: o medo de expressar a opinião também pode levar as pessoas a reprimir suas emoções, o que pode causar problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão. Freud em uma ocasião comentou que os sentimentos não expressados sempre voltam de uma maneira terrível. Isso pode ser refletido de muitas maneiras, inclusive com sintomas psicossomáticos como dores de estômago, por exemplo.
  • Perda de oportunidades: pessoas que têm medo de expressar suas opiniões podem perder oportunidades de crescimento pessoal e profissional, pois não conseguem se posicionar e defender seus interesses.
    Nos relacionamentos amoros, pode ser que uma pessoa nunca consiga expressar seus sentimentos para outra pessoa, deixando de criar um relacionamento. Até mesmo no trabalho, a pessoa pode perder oportunidades de uma melhora em seu trabalho se tiver receio de expressar suas ideias.

Como superar o medo de expressar a opinião?

Superar o medo de expressar a opinião é um processo que requer tempo e esforço. Algumas dicas que podem ajudar são:

  • Comece aos poucos:Uma forma de se tornar mais assertivo é ir aos poucos, sem se forçar a situações muito desafiadoras logo de cara. Você pode começar por falar o que pensa em contextos mais tranquilos e familiares, e depois ir ampliando sua confiança para outras situações mais complexas.
  • Pratique a comunicação: Uma forma de aprimorar a expressão oral e a defesa dos seus pontos de vista é praticar a fala em situações diversas. Busque momentos em que possa se expor diante de uma plateia ou entrar em discussões construtivas. E sim, pode ser que no começo essa tarefa seja muito difícil de fazer, mas vale muito a pena se esforçar. Também, esteja preparado para ouvir ideias contrárias as suas, afinal, ninguém é obrigado a pensar exatamente como nós. Pense nas diferenças de opinião como uma maneira de aperfeiçoar sua linha de raciocínio.
  • Busque ajuda profissional: se o medo de expressar a opinião estiver causando problemas significativos na sua vida, procure ajuda profissional. Um terapeuta pode ajudá-lo a identificar as causas do seu medo e desenvolver estratégias para superá-lo.

É possível vencer!

Expressar a opinião é um desafio para muitas pessoas que sentem medo de serem julgadas, rejeitadas ou incompreendidas. Essa questão complexa pode ter origens diversas, como traumas, inseguranças ou falta de confiança. Porém, é possível superar esse medo com prática e dedicação. Expressar a opinião é uma forma de se comunicar melhor, fortalecer os vínculos, conhecer a si mesmo e afirmar seus valores.

Quer falar comigo? CLIQUE AQUI.

burnout agende sua consulta

Burnout: como a Psicanálise pode te ajudar?

Você já se sentiu exausto, desmotivado e sem sentido no trabalho? Se a resposta for sim, você pode estar sofrendo de burnout, uma síndrome que afeta cada vez mais profissionais em todo o mundo. Mas o que é burnout e como a psicanálise pode ajudar a combatê-lo?

Burnout é um estado de esgotamento físico, mental e emocional causado por estresse crônico no ambiente de trabalho. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), burnout é um fenômeno ocupacional que se caracteriza por três dimensões: sensação de exaustão ou energia esgotada, sentimentos negativos ou de cinismo relacionados ao trabalho e redução da eficácia profissional.

A psicanálise é uma abordagem terapêutica que busca compreender os conflitos inconscientes que geram sofrimento psíquico. Através da escuta atenta e da interpretação das associações livres do paciente, o psicanalista ajuda o paciente a reconhecer e elaborar seus desejos, medos, angústias e fantasias que estão na origem do seu mal-estar.

burnout agende sua consulta

A psicanálise pode ajudar a combater os sintomas do burnout de várias formas. Primeiro, ela oferece um espaço de acolhimento e confiança, onde o paciente pode expressar seus sentimentos sem julgamento ou censura. Segundo, ela permite ao paciente entender as causas do seu estresse, seja pela falta de reconhecimento, pela sobrecarga de trabalho, pela falta de autonomia ou pela falta de sentido. Terceiro, ela favorece a construção de novos sentidos e projetos para a vida profissional e pessoal, resgatando a motivação e o prazer pelo trabalho.

Burnout: Como a psicanálise pode ajudar?

O burnout é uma síndrome que afeta milhões de profissionais no mundo todo, causando esgotamento físico, mental e emocional. Mas como a psicanálise pode ajudar a superar esse problema?

A psicanálise é uma forma de terapia que busca entender os conflitos inconscientes que estão por trás do sofrimento psíquico. Ao conversar com um psicanalista, o paciente pode falar livremente sobre seus sentimentos, pensamentos e experiências relacionados ao trabalho e à vida pessoal.

O psicanalista, por sua vez, escuta com atenção e interpreta as mensagens que o paciente transmite, muitas vezes sem se dar conta. Assim, o paciente pode descobrir as causas do seu estresse, as expectativas frustradas, as cobranças excessivas, os medos e as angústias que o impedem de se sentir satisfeito com o seu trabalho.

Além de compreender os motivos do seu mal-estar, o paciente também pode encontrar novas formas de lidar com ele. A psicanálise ajuda o paciente a resgatar seus desejos, seus valores e seus projetos, dando um novo sentido à sua vida profissional e pessoal. Com isso, o paciente pode recuperar sua motivação, sua criatividade e seu prazer pelo trabalho.

Portanto, se você se sente cansado, desanimado e sem propósito no trabalho, não deixe de buscar ajuda profissional. A psicanálise pode ser uma ferramenta valiosa para enfrentar o burnout e restaurar sua saúde e bem-estar.

Se você se identifica com os sintomas do burnout, não hesite em procurar ajuda profissional. A psicanálise pode ser uma aliada poderosa para superar essa síndrome e recuperar sua saúde e bem-estar.

mecanismos de defesa

Mecanismos de defesa do ego, o que são? Psicanálise Aplicada

Mecanismos de defesa do Ego – Entendendo o conceito

Você já se perguntou como a sua mente reage quando se depara com situações difíceis, estressantes ou dolorosas? Como você consegue equilibrar as suas emoções, os seus impulsos e as suas expectativas sociais? A resposta pode estar nos mecanismos de defesa do ego, que são estratégias inconscientes que o seu psiquismo utiliza para proteger-se de conflitos, angústias ou sofrimentos. Esses mecanismos foram descritos pela psicanálise, a abordagem criada por Sigmund Freud, que afirma a existência de três instâncias psíquicas: o id, o ego e o superego. Neste artigo, vamos conhecer melhor essas instâncias e os principais mecanismos de defesa do ego que elas mobilizam. Vamos lá?

O id é a fonte dos impulsos primários, como os sexuais e os agressivos, que buscam a satisfação imediata e não levam em conta as normas sociais ou as consequências. Esses impulsos podem entrar em conflito com o ego, que é a parte da personalidade que se adapta à realidade e busca o equilíbrio entre o id e o superego. Para lidar com esse conflito, o ego utiliza mecanismos de defesa, que são estratégias inconscientes para evitar ou reduzir a ansiedade gerada pela tensão entre o id e o superego. Alguns exemplos de mecanismos de defesa são a negação, a regressão, o deslocamento, a racionalização, a sublimação e a repressão. Esses mecanismos podem ser úteis em situações pontuais, mas se forem usados de forma excessiva ou inadequada, podem prejudicar o desenvolvimento psíquico e a saúde mental do indivíduo.

Existem vários tipos de mecanismos de defesa, que podem ser classificados em diferentes níveis de maturidade e eficácia. Alguns dos mais conhecidos são:

  • Repressão: consiste em afastar da consciência os pensamentos, sentimentos ou desejos que causam angústia ou culpa. Por exemplo, uma pessoa que sofreu um trauma na infância pode reprimir essa memória e esquecê-la completamente.
  • Negação: consiste em recusar a aceitar a realidade que é dolorosa ou ameaçadora. Por exemplo, uma pessoa que recebe um diagnóstico de uma doença grave pode negar a sua condição e agir como se nada tivesse acontecido.
  • Projeção: consiste em atribuir a outras pessoas ou objetos as características ou sentimentos que são inaceitáveis para o próprio indivíduo. Por exemplo, uma pessoa que tem inveja de alguém pode projetar essa inveja e acusar o outro de ser invejoso.
  • Racionalização: consiste em justificar as próprias ações ou emoções com argumentos lógicos ou racionais, mas que não correspondem à verdadeira motivação. Por exemplo, uma pessoa que trai o seu parceiro pode racionalizar o seu comportamento dizendo que o fez por amor ou por carência.
  • Formação reativa: consiste em expressar o oposto do que se sente ou pensa, como forma de negar ou ocultar o verdadeiro sentimento ou pensamento. Por exemplo, uma pessoa que odeia alguém pode demonstrar uma excessiva simpatia ou gentileza por essa pessoa.
  • Sublimação: consiste em canalizar os impulsos ou desejos inaceitáveis para atividades socialmente aceitas ou valorizadas. Por exemplo, uma pessoa que tem uma forte agressividade pode sublimá-la praticando um esporte competitivo ou uma arte marcial.

Os mecanismos de defesa do ego são importantes para manter o equilíbrio psíquico e evitar o sofrimento excessivo. No entanto, eles também podem ser prejudiciais quando são utilizados de forma excessiva, distorcida ou inadequada, impedindo o indivíduo de enfrentar a realidade e resolver os seus conflitos internos.

É importante mencionar que esses mencanismos se chamam “mecanismos de defesa” por um motivo simples: eles serem para nos defender. Portanto, eles tem uma importância grande para nosso bem estar. Claro, como comentei, o abuso deles, assim como o abuso de praticamente qualquer coisa pode ser prejudicial.

Entender que estamos nos defendendo de algo nos ajuda a entender o que é importante para nós, nossos medos, valores e muito mais. É fascinante nossa mente!

Mas e você, quer falar comigo? CLIQUE AQUI.

woman in white dress shirt holding her lips

O que leva uma pessoa a desenvolver comportamento exibicionista? Psicanálise Aplicada

Desvendando o Exibicionismo: Uma Análise Psicanalítica Profunda

O exibicionismo, termo que encontra suas raízes na palavra latina “exhibere” (expor, mostrar), é um fenômeno complexo que pode se manifestar de diversas formas na vida das pessoas. Como psicanalista, é fascinante mergulhar nas camadas psicológicas que envolvem esse comportamento. Vamos explorar o que pode levar uma pessoa a desenvolver comportamentos exibicionistas, analisar exemplos e desvendar as nuances por trás dessa expressão peculiar.

1. Necessidade de Aprovação:

O exibicionismo muitas vezes está enraizado na busca incessante por aprovação e validação. Indivíduos que não receberam a devida atenção ou elogios durante seu desenvolvimento podem recorrer a comportamentos exibicionistas como uma forma de preencher o vazio emocional.

Exemplo: Um profissional talentoso que constantemente busca reconhecimento exagerado por suas realizações pode estar tentando compensar a falta de validação emocional na infância.

2. Lacunas na Autoestima:

A autoestima desempenha um papel crucial na formação da personalidade. Quando alguém possui lacunas significativas nesse aspecto, o exibicionismo pode surgir como uma estratégia para mascarar inseguranças profundas.

Exemplo: Uma pessoa que constantemente exibe suas conquistas materiais pode estar tentando construir uma imagem de sucesso para esconder dúvidas sobre seu próprio valor intrínseco.

3. Necessidade de Ser Visto:

O desejo de ser notado e reconhecido é inerente à natureza humana, mas em alguns casos, esse anseio pode se manifestar de maneira exacerbada no comportamento exibicionista.

Exemplo: Indivíduos que compartilham constantemente detalhes íntimos de suas vidas nas redes sociais podem estar buscando validação e conexão, mas acabam revelando uma necessidade profunda de serem vistos.

4. Dinâmicas Familiares:

A psicanálise frequentemente explora as influências familiares na formação da psique. Traumas ou dinâmicas familiares disfuncionais podem desencadear comportamentos exibicionistas como uma forma de lidar com conflitos não resolvidos.

Exemplo: Uma pessoa que cresceu em um ambiente onde as emoções eram reprimidas pode recorrer ao exibicionismo como uma tentativa de expressar sua individualidade e encontrar uma voz que foi silenciada na infância.

A análise psicanalítica do exibicionismo revela que por trás desses comportamentos aparentemente superficiais, há uma complexidade emocional significativa. É essencial abordar esses padrões de maneira compreensiva, ajudando os indivíduos a explorar e compreender as raízes profundas de seus comportamentos.

Ao compreender as motivações por trás do exibicionismo, podemos oferecer suporte emocional e trabalhar na construção de uma autoestima saudável, permitindo que as pessoas encontrem formas mais equilibradas de expressar suas necessidades emocionais.

Quer falar comigo? Clique aqui.

woman serving food for the family

5 Erros que você comete com seus filhos sem perceber. Psicanálise Aplicada

A jornada da parentalidade é uma das mais desafiadoras e gratificantes da vida. No entanto, muitas vezes, cometemos erros sem perceber, que podem afetar o bem-estar emocional dos filhos da família. Neste artigo, exploraremos cinco erros comuns à luz da psicanálise, uma abordagem que nos ajuda a compreender melhor a mente humana e as relações interpessoais. Vamos analisar cada erro e como a psicanálise pode nos fornecer insights valiosos.

1. Falta de Comunicação Efetiva

Um erro comum que os pais cometem é não comunicar de forma eficaz com seus filhos. A psicanálise nos ensina que a comunicação é crucial para o desenvolvimento emocional. Quando pais não ouvem atentamente seus filhos, podem criar barreiras que dificultam a expressão de seus sentimentos e pensamentos.

Isso acontece muito quando uma criança quer contar algo e seus pais simplesmente dizem que não podem ouvir naquele momento. É verdade que nem sempre as crianças perguntam ou querem comentar algo em horários em que os pais estão disponíveis.

Mas em lugar de dizer para sua criança coisas como: “estou ocupado, outra hora, ok?” Há algumas saídas que podem amenizar o desejo da criança que quer se expressar num momento em que você está ocupada/o. Você pode dizer para sua criança algo como: “Olha, nesse momento exato estou ocupado com algo, mas quero muito ouvir o que você quer me dizer, podemos conversar em x minutos?” Dessa forma, seu filho ou filha sabe que será ouvido. E, cumpra sua promessa. Se prometeu que dentro de meia hora iria ouvir sua filha ou filho, faça isso. As crianças precisam saber que os adultos responsáveis por elas são confiáveis. Fazendo isso, você está ensinando seus filhos.

As crianças precisam sentir que podem conversar com seus pais ou responsáveis de maneira livre e aberta, de preferência sem fazer julgamentos. O maior medo geralmente é “levar uma bronca” e acabar sendo castigado por algo que quis dizer.

Por mais absurdo que seja o que sua criança tenha te contado, é preciso manter uma postura de respeito para a situação e procurar entender os motivos de sua filha ou filho ter te contado algo que pode parecer chocante para você. Se você perder a confiança de sua filha ou filho, vai ser muito difícil que ele ou ela queira te contar outras coisas no futuro.

2. Superproteção

A superproteção é um erro comum que muitos pais cometem com a melhor das intenções. Eles acreditam que, ao manter seus filhos afastados de qualquer dor, dificuldade ou desafio, estão criando um ambiente seguro e amoroso. No entanto, a psicanálise nos alerta sobre os perigos subjacentes a essa abordagem.

Quando os pais superprotegem seus filhos, estão, de certa forma, impedindo que essas crianças experimentem e enfrentem desafios comuns da vida. Isso pode criar uma dinâmica de dependência emocional, na qual os filhos passam a contar com seus pais para resolver todos os problemas e enfrentar todas as dificuldades. Eles podem ver os pais como uma espécie de “salvadores” que protegem de tudo.

Os pais, por sua vez, podem sentir-se constantemente responsáveis por proteger seus filhos de qualquer desconforto, físico ou emocional. Isso pode criar uma dinâmica onde os filhos não desenvolvem as habilidades necessárias para lidar com as adversidades e os desafios da vida, uma vez que estão acostumados a depender de seus pais para tudo.

A longo prazo, essa dependência emocional pode levar a dificuldades de autonomia, autoestima e autoconfiança. As crianças podem se sentir inseguras ao tomar decisões por si mesmas, resolver conflitos ou enfrentar situações desafiadoras. Além disso, à medida que crescem, podem se esforçar para criar relações interpessoais saudáveis, pois não aprenderam a lidar com a autonomia e a independência.

Em vez de superproteger, os pais devem se esforçar para equilibrar o amor e o apoio com a capacidade de permitir que seus filhos enfrentem desafios, aprendam com suas experiências e desenvolvam as habilidades necessárias para uma vida emocionalmente saudável e autônoma. Essa abordagem contribui para o desenvolvimento de crianças capazes de lidar com as complexidades da vida e, ao mesmo tempo, fortalece a relação entre pais e filhos.

3. Falta de Limites Claros

A falta de limites claros na educação de nossos filhos é um erro que muitos pais frequentemente cometem. Muitas vezes, isso ocorre devido a uma falsa compreensão do que significa criar um ambiente de amor e liberdade. No entanto, a psicanálise nos ensina que limites são essenciais para o desenvolvimento saudável da personalidade.

De acordo com os princípios psicanalíticos, o estabelecimento de limites é fundamental para o processo de socialização e amadurecimento da criança. Quando não estabelecemos limites, os filhos podem sentir-se inseguros e desorientados. Vamos explorar como isso acontece.

  1. Segurança e Orientação: Os limites fornecem às crianças um senso de segurança e orientação em suas vidas. Quando as regras são claras e consistentes, os pequenos sabem o que esperar e como se comportar em diversas situações. Isso cria um ambiente previsível, onde as crianças se sentem mais à vontade para explorar o mundo ao seu redor.
  2. Desenvolvimento de Valores e Ética: Através dos limites, as crianças aprendem sobre valores, ética e respeito pelos outros. Por exemplo, quando os pais estabelecem o limite de não mentir, estão ensinando a importância da honestidade. Isso ajuda as crianças a desenvolver um senso de moralidade e responsabilidade.
  3. Prevenção de Conflitos Futuros: A falta de limites pode levar a conflitos emocionais no futuro. Sem orientação adequada, as crianças podem não entender os limites sociais e os princípios éticos, o que pode resultar em dificuldades interpessoais e problemas de comportamento. Elas podem achar desafiador lidar com as expectativas da sociedade e até mesmo experienciar um sentimento de deslocamento.

Na perspectiva psicanalítica, o desenvolvimento da personalidade de uma criança é moldado, em parte, pela forma como ela lida com a estrutura e as regras estabelecidas por seus pais. Limites saudáveis criam um equilíbrio entre liberdade e responsabilidade, permitindo que as crianças explorem seu ambiente e desenvolvam um senso de autonomia enquanto entendem as consequências de suas ações.

Portanto, ao estabelecer limites claros e consistentes, os pais estão desempenhando um papel fundamental no desenvolvimento emocional e social de seus filhos. A psicanálise destaca a importância de compreender como os limites desempenham um papel vital na formação da personalidade e na promoção de um ambiente emocionalmente saudável. Dessa forma, os pais podem ajudar seus filhos a crescer com confiança, respeito pelos outros e a capacidade de enfrentar desafios com resiliência.

4. Ignorar as Emoções das Crianças

Negar ou ignorar as emoções de nossos filhos é um erro comum que pode ter implicações profundas no desenvolvimento emocional deles. A psicanálise, com seu conceito de “inconsciente”, nos alerta sobre os perigos de reprimir emoções e destaca a importância de validar as emoções das crianças. Vamos explorar mais a fundo essa questão.

  1. Repressão de Emoções e o Inconsciente: A psicanálise nos ensina que as emoções reprimidas, especialmente na infância, não desaparecem, mas são armazenadas no inconsciente. Quando as emoções não são reconhecidas ou são ignoradas, elas não são processadas de maneira saudável. Isso pode levar a conflitos internos e, com o tempo, essas emoções reprimidas podem emergir de maneiras não saudáveis, como transtornos emocionais, problemas de relacionamento e comportamentos autodestrutivos.
  2. Validação Emocional: Validar as emoções de nossos filhos significa reconhecer e respeitar o que eles estão sentindo, mesmo que não concordemos com a intensidade da emoção ou a razão por trás dela. Validar não é o mesmo que concordar, mas é um ato de empatia e compreensão. Quando validamos as emoções de nossos filhos, estamos dizendo a eles que suas emoções são legítimas e importantes.
  3. Aprendizado Emocional: Além de evitar problemas futuros, validar as emoções das crianças é uma oportunidade de ensinar a elas como lidar com suas emoções de maneira saudável. Quando os pais ajudam seus filhos a identificar, nomear e expressar suas emoções, estão capacitando-os a desenvolver habilidades emocionais essenciais. Isso permite que as crianças aprendam a lidar com o estresse, frustração e tristeza de maneira construtiva, em vez de reprimir ou externalizar suas emoções de forma negativa.
  4. Fortalecimento do Vínculo: Validar as emoções de seus filhos fortalece o vínculo entre pais e filhos. Quando as crianças se sentem ouvidas e compreendidas, desenvolvem uma sensação de segurança emocional. Isso promove uma comunicação aberta e a construção de confiança, permitindo que os pais desempenhem um papel mais ativo na vida emocional de seus filhos.

Portanto, negar ou ignorar as emoções das crianças pode ter implicações profundas e duradouras. Validar as emoções dos filhos não apenas evita problemas futuros, mas também os ajuda a desenvolver habilidades emocionais saudáveis e fortalece o relacionamento entre pais e filhos.

5. Comparar as Crianças

Comparar nossos filhos com outros é um erro que muitos pais cometem inadvertidamente, frequentemente com a intenção de motivar ou incentivar o desenvolvimento de seus filhos. No entanto, a psicanálise nos lembra da importância de desenvolver uma identidade única e individual para cada criança. Comparar, muitas vezes, pode minar a autoestima e criar sentimentos de inadequação. Vamos explorar mais profundamente esse tópico.

  1. Identidade Única e Desenvolvimento Pessoal: A psicanálise enfatiza a importância de desenvolver uma identidade única e individual. Cada criança é única, com seus próprios talentos, interesses e desafios. Quando os pais comparam seus filhos com outras crianças, estão, de certa forma, negando a singularidade de cada um. Isso pode levar a uma sensação de falta de identidade e dificuldades no desenvolvimento de uma autoimagem saudável.
  2. Criando Ansiedade e Inadequação: As comparações podem levar as crianças a se sentirem ansiosas e inadequadas. Elas podem sentir que nunca estão à altura das expectativas impostas pelos pais, o que pode prejudicar sua autoestima e confiança. A ansiedade e a sensação de inadequação podem persistir na vida adulta, afetando o bem-estar emocional e as relações interpessoais.
  3. Valorização da Individualidade: A psicanálise valoriza a individualidade e autenticidade. Encorajar a individualidade significa permitir que as crianças sigam seus próprios interesses, sonhos e objetivos, em vez de tentar encaixá-las em um molde predefinido. Isso promove o desenvolvimento de uma autoimagem saudável e permite que as crianças cresçam com autoestima e confiança em suas habilidades.
  4. Promovendo Autonomia: A ênfase na individualidade também está relacionada à promoção da autonomia. Quando as crianças são encorajadas a explorar e desenvolver suas próprias identidades, tornam-se mais independentes e capazes de tomar decisões por si mesmas. Isso é crucial para o desenvolvimento saudável da personalidade e a capacidade de enfrentar os desafios da vida de maneira eficaz.

É essencial respeitar e valorizar a individualidade de cada criança. Comparar os filhos com outros pode minar a autoestima, criar ansiedade e minar o desenvolvimento da identidade única deles.

Quer falar comigo? CLIQUE AQUI.

greek statues

Pessoas transformadas em objetos – Objetificação e Psicanálise

Ser considerado um objeto, uma coisa. Isso é o que acontece com muitas pessoas, infelizmente. E eu acho curioso que em espanhol o termo para objetificação é “coisificação” (cosificación). É como se a pessoa se tornasse um objeto, um produto, uma mercadoria que pode ser comprada, usada e descartada, quando perder sua função ou uso.

E é verdade que geralmente quando se fala nesse assunto, se pensa em mulheres que são transformadas em objetos, graças a ações machistas de outras pessoas. Mas, na verdade, qualquer pessoa pode ser transformada em objeto, ou “coisa”. Nesse artigo quero comentar alguns aspectos sobre o comportamento de uma pessoa que se sente “coisificada” por alguém.

Como é uma pessoa objetificada?

Para responder essa pergunta, quero que pensemos em um objeto qualquer. Por exemplo, uma caneta. Uma caneta é um objeto, tem sua função (escrever e as outras é preciso usar a imaginação), tem um preço e um prazo de validade.

Bem, assim funciona quando uma pessoa foi transformada em objeto.

  • Cumpre uma função: você deve cumprir uma missão, como oferecer algo como sexo, trabalhos domésticos, serviços gerais de reparação ou outros serviços.
  • Tem um preço: você pode receber algo “como pagamento” de seus serviços, como bens materiais, dinheiro ou a troca por outros objetos.
  • Tem data de validade: com o tempo, pode ser que você perca sua “função” como objeto, se tornando “obsoleto.” E aí você pode ser substituído facilmente.
  • Interesses humanos são desvalorizados: afinal, como objeto, a pessoa não precisa sentir, não precisa desejar. Por isso, a opinião, desejos e sonhos da pessoa-objeto são geralmente ignorados ou vistos como sem importância para o relacionamento.

Como vivemos em uma sociedade marcada pelo machismo, é mais comum saber de casos em que as mulheres são transformadas em objeto, tanto por homens como por outras mulheres também. Mas homens também podem e são objetificados e também crianças infelizmente muitas vezes também.

O “objeto” na Psicanálise

Quero comentar que neste artigo, não me refiro ao termo “objeto” na Psicanálise.

Na psicanálise, o termo “objeto” tem um significado específico e abrange várias nuances que desempenham um papel fundamental na compreensão da teoria psicanalítica. De maneira simplificada, o conceito de objeto na psicanálise refere-se a qualquer pessoa, coisa ou conceito que é alvo das pulsões ou desejos do indivíduo. Existem dois tipos principais de objetos na psicanálise: o objeto de amor (ou objeto de desejo) e o objeto de ódio.

  1. Objeto de Amor (Objeto de Desejo): Este é o objeto em relação ao qual o indivíduo direciona seus desejos e afetos positivos. É a pessoa, coisa ou conceito que satisfaz as pulsões e necessidades do indivíduo. Na infância, o primeiro objeto de amor é a mãe, que desempenha um papel central no desenvolvimento emocional da criança. Conforme a pessoa cresce, o objeto de amor pode mudar, mas a importância do desejo em relação a esse objeto permanece como um elemento essencial na psicanálise.
  2. Objeto de Ódio: Assim como o objeto de amor, o objeto de ódio é qualquer coisa que seja alvo de afetos negativos. Pode ser uma pessoa, coisa ou até mesmo partes do self do indivíduo. O ódio pode surgir quando o objeto de amor não satisfaz as necessidades do ego, causando frustração e hostilidade em relação a esse objeto.

Além dessa distinção básica entre objetos de amor e objetos de ódio, também temos em psicanálise diferentes tipos de objetos com base em sua função e significado. Alguns exemplos incluem:

  • Objeto Real: Refere-se a objetos físicos no mundo externo, como pessoas, coisas ou situações reais.
  • Objeto Imaginário: Refere-se a objetos criados pela imaginação do indivíduo, muitas vezes associados a fantasias ou idealizações.
  • Objeto Simbólico: Este objeto é carregado de significado cultural e simbólico. Exemplos incluem símbolos religiosos, conceitos morais e valores sociais.

O conceito de objeto na psicanálise desempenha um papel fundamental na teoria das relações de objeto, que explora como os relacionamentos e as interações com esses objetos afetam o desenvolvimento psicológico e emocional do indivíduo. Através da análise das relações de objeto, os psicanalistas buscam compreender como os padrões de desejo, amor e ódio em relação a esses objetos moldam a psicologia do indivíduo e influenciam seu comportamento e suas escolhas ao longo da vida.

Mas, como comentei, aqui o sentido é mais literal. É quando um ser humano é tratado quase que literalmente como se fosse um objeto inanimado, uma mercadoria. É como se uma pessoa se tornasse um objeto real e com tratamento de objeto.

Como se comporta uma pessoa que foi objetificada

Uma pessoa que foi convertida em um objeto geralmente perde sua identidade, pode se sentir que mais do que fazer parte de algo, de uma comunidade por exemplo, ela é parte do cenário dessa comunidade, como se fosse um quadro numa parede ou um vaso de flores em uma mesa.

E por isso ela pode se sentir sem valor real, sem voz e sem necessidade de ter isso. Mas em alguns casos, a pessoa, de maneira inconsciente “aceita” a objetificação e acaba se comportando como um objeto, reduzindo-se ao que um objeto geralmente possui: preço, validade, função e pouco valor como ser humano.

Pessoas não são apenas corpos, nádegas ou beleza. Pessoas não são troféis para serem expostas como tal. Nem são máquinas que atendem a nossos desejos. Não são brinquedos.

A objetivação de pessoas é um fenômeno que consiste em tratar os indivíduos como objetos, desconsiderando seus sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades.
Uma das possíveis causas da objetivação de pessoas é a falta de reconhecimento do outro como um sujeito autônomo e singular, que possui uma história, uma subjetividade e uma liberdade. Essa falta de reconhecimento pode estar relacionada com a dificuldade de lidar com a alteridade, ou seja, com o fato de que o outro é diferente de mim e tem uma perspectiva própria sobre o mundo. Nesse sentido, o outro é sempre um enigma, um mistério, que escapa à minha compreensão total e que me desafia a questionar as minhas certezas e verdades. O outro é também aquele que me olha, que me julga, que me deseja ou que me rejeita, e que, portanto, afeta a minha autoimagem e a minha autoestima.
Outra possível causa da objetivação de pessoas é a projeção de aspectos inconscientes do próprio sujeito sobre o outro, como forma de negar ou evitar o confronto com esses aspectos. A projeção é um mecanismo de defesa que consiste em atribuir ao outro aquilo que não se quer reconhecer em si mesmo, como sentimentos, impulsos, fantasias ou conflitos.O inconsciente é uma instância psíquica que guarda os conteúdos reprimidos pela consciência, mas que busca se manifestar através de diversos modos, como os sonhos, os atos falhos, os sintomas ou as formações do inconsciente. Ao projetar no outro o que é seu, o sujeito reduz o outro a um espelho de si mesmo, ignorando a sua singularidade e complexidade.

Consequências da objetivação

As consequências da objetivação de pessoas podem ser graves tanto para quem objetiva quanto para quem é objetivado. Para quem objetiva, há o risco de perder a capacidade de se relacionar de forma genuína e empática com o outro, de se fechar em um narcisismo e em uma alienação, de não conseguir desenvolver a sua própria identidade e subjetividade. Para quem é objetivado, há o risco de sofrer violências físicas ou psicológicas, de ter a sua dignidade e os seus direitos violados, de se sentir desvalorizado e inferiorizado, de desenvolver sentimentos de culpa, vergonha ou ódio.
A psicanálise pode ajudar a prevenir e a superar a objetivação de pessoas, através do processo terapêutico que visa promover o autoconhecimento, a elaboração dos conflitos inconscientes, a ressignificação das experiências traumáticas e a construção de novas formas de se relacionar consigo mesmo e com o outro. A terapia também pode contribuir para a educação e para a cultura, através da divulgação dos seus conceitos e da sua ética, que valoriza a singularidade do sujeito, o respeito à diferença e à alteridade, e a responsabilidade pelo desejo.

Pessoas não são coisas

Nenhum ser humano é uma mera coisa. Nunca aceite ser transformado em objeto, você é muito mais do que isso.

E se você sente que foi transformado em objeto ou que tem a tendência de transformar pessoas em objetos, procure ajuda. A terapia psicanalítica é excelente para que você passe a se conhecer melhor, se empoderar e se libertar desse tipo de prisão.

Quer falar comigo? CLIQUE AQUI.

 Entre psicanálise e existencialismo: a estruturação da personalidade sob condição 2:

 O sujeito da psicanálise: particularidades na contemporaneidade

grayscale photo of a sumo wrestling match

Gordofobia e Obesidade: Uma Análise Psicanalítica sobre o Conflito entre Estigma e Saúde

A gordofobia é um termo que ganhou destaque nas discussões contemporâneas sobre saúde, beleza e preconceito. Este artigo busca analisar o conceito de gordofobia à luz da psicanálise, considerando o problema de saúde da obesidade, enquanto enfatiza a importância de valorizar a vida e promover um ambiente respeitoso para todos.

Faz tempo que quero abordar esse tema, então decidi publicar esse artigo hoje, 11 de outubro, que é considerado o dia nacional (no Brasil) de combate à obesidade e comentar alguns pontos que considero importantes.

Gordofobia e Estigma Social

Gordofobia, também conhecida como obesofobia, é um tema complexo que merece uma análise mais detalhada. Embora a sociedade tenha feito alguns avanços na luta contra a discriminação de peso, ainda há muito trabalho a ser feito para desconstruir os estereótipos prejudiciais e promover a aceitação de todos os corpos.

A questão da gordofobia está inserida em um contexto mais amplo de discriminação e preconceito. Ela tem suas raízes no ideal de beleza imposto pela mídia e pela sociedade, que valoriza a magreza como o padrão a ser seguido. Esse ideal de corpo perfeito é perpetuado constantemente por meio de propagandas, filmes, programas de televisão e até mesmo pelas redes sociais.

É importante mencionar que a chamada gordofobia basicamente é o preconceito, a discriminação e o desrespeito à pessoas obesas. Situações comuns de gordofobia por exemplo, acontecem quando uma pessoa obesa é ridicularizada por outros, quando é excluída do convívio de algum grupo, quando é evitada por pessoas ou empresas. Tudo pelo fato de estar obesa.

A gordofobia não apenas afeta a autoestima e a saúde mental das pessoas que estão acima do peso, mas também tem consequências físicas e emocionais. A discriminação baseada no peso pode levar ao isolamento social, à falta de oportunidades de emprego e a cuidados de saúde inadequados. Além disso, a pressão para se adequarem aos estereótipos de beleza pode levar algumas pessoas à adoção de comportamentos alimentares desordenados, como dietas restritivas ou transtornos alimentares.

É importante destacar que a saúde não pode ser determinada apenas pelo peso ou pela aparência física. A saúde engloba diversos aspectos, como o equilíbrio emocional, a atividade física regular e uma alimentação balanceada. Rotular e estigmatizar as pessoas com base em seu peso é uma forma de discriminação que prejudica a qualidade de vida e o bem-estar geral.

É sim, algo terrível a gordofobia.

Obesidade como Problema de Saúde versus militância

É essencial reconhecer que a obesidade é, de fato, um problema de saúde significativo, associado a várias complicações, como diabetes, doenças cardiovasculares e distúrbios metabólicos. A obesidade é considerada oficialmente uma doença e devemos encarar isso com seriedade.

Muitos militantes que afirmam ser “anti-gordofobia” acabam fazendo um desserviço, quando pregam de maneira enfática, que SEM IMPORTAR as circunstâncias, todos devemos “aceitar” nossos corpos. E isso envolve simplesmente ignorar tratamentos para obesidade e “abraçar” a vida que a pessoa tem.

Veja o que Salma Ali El Chab Parolin, médica endocrinologista, membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM-PR) e professora da Escola de Medicina da PUC-PR disse sobre esse assunto:

“A conclusão a que se chega é que a obesidade, por si só, independente dos exames bioquímicos apresentados pelo indivíduo, é uma ameaça para o desenvolvimento de doenças que geram uma diminuição de qualidade de vida e aumento da mortalidade da população mundial. Portanto não existe obeso saudável. Essa condição pode mudar a qualquer momento, assim o excesso de peso corporal tem de ser evitado e tratado sempre.”

Salma Ali El Chab Parolin, endocrinologista

Portanto, apesar do que dizem influenciadores e militantes, não existe nenhum nível de obesidade “saudável”. No mundo, morrem cerca de 20 milhões de pessoas por causa de comorbidades vindas de problemas relacionados à obesidade.

Quem acredita em militante que fala em “obesidade saudável” pode estar colocando sua vida em risco ou a vida de outras pessoas.

O que está envolvido na questão “gordofobia”

Tem muita coisa envolvida quando se fala em alguma fobia. Vamos comentar brevemente alguns pontos:

  • Discriminação
  • Desejo de ser aceito pela comunidade
  • Sentimento de frustração
  • Isolamento social
  • Outros fatores envolvendo o bem-estar

Todos nós queremos ser aceitos dentro da coletividade em que vivemos, sem importar como somos. E isso é perfeitamente normal. E esse desejar é merecedor de, outra vez vou usar essa palavra, merecedor de respeito.

Compreendendo a Importância de Valorizar a Vida

Em nossa busca pela compreensão da relação entre gordofobia e obesidade, não podemos deixar de enfatizar a importância de valorizar a vida. Cada ser humano é único, e a diversidade de corpos é algo a ser respeitado, não ridicularizado. O autoconhecimento e a aceitação são essenciais para o bem-estar mental e emocional. A busca pela saúde deve ser encorajada, mas nunca às custas da dignidade e respeito por aqueles que enfrentam desafios de peso.

É triste, mas existe um ideal de beleza que é aclamado como “corretamente belo”. E, querendo essa perfeição idealizada, muitas pessoas acabam fazendo coisas que também as põem em perigo, como dietas extremas, excesso de exercícios, práticas obsessivas diversas que podem também, levar à morte.

Afinal, o que é beleza? A resposta a essa pergunta muda com o passar do tempo e da localização de quem pergunta. Não vou tentar responder a isso aqui, pois apesar de existirem fatores que podem determinar “beleza”, no fim das contas, é algo subjetivo, que depende da cultura e da visão da pessoa que está opinando.

Em busca da beleza perfeita, hoje temos pessoas magras e obesas tristes. E isso precisa ser tratado.

Respeite a vida!

Em última análise, a gordofobia é uma manifestação prejudicial da sociedade que precisa ser confrontada e superada. Ao mesmo tempo, a obesidade deve ser tratada com seriedade e empatia, reconhecendo as complexas razões por trás dela. Valorizar a vida é essencial, e isso inclui valorizar a diversidade de corpos e respeitar a jornada de cada indivíduo em busca da saúde e do bem-estar.

Peço a você, que está lendo esse texto, que por favor, em lugar de acreditar em influenciadores militantes, consulte um profissional da medicina quando o assunto for seu corpo e sua saúde.

Quer falar comigo? CLIQUE AQUI.

Referências Bibliográficas

  1. Freud, S. (1922). Group Psychology and the Analysis of the Ego.
  2. Puhl, R. M., & Heuer, C. A. (2009). The stigma of obesity: A review and update. Obesity, 17(5), 941-964.
  3. Fairburn, C. G., & Brownell, K. D. (2002). Eating disorders and obesity: A comprehensive handbook. Guilford Press.
  4. Notícias, Obesidade saudável existe? Org.br. Recuperado el 11 de octubre de 2023, de https://www.sbempr.org.br/noticia/obesidade-saudavel-existe/49

Nota: Este artigo é uma análise pessoal e não substitui o aconselhamento médico ou psicológico profissional. Consulte sempre um profissional de saúde para obter orientações sobre sua saúde física e mental.

adults baby care child

5 Maneiras de criar um filho com dependência emocional

boy wiping tears from eye
Photo by 100 files on Pexels.com

Criar um filho com dependência emocional pode parecer uma tarefa desafiadora, mas com as estratégias adequadas, podemos garantir que eles se tornem adultos inseguros e incapazes de lidar com suas próprias emoções. Neste artigo, de maneira irônica, vamos explorar cinco maneiras de criar um filho com dependência emocional, com o objetivo de conscientizar os pais sobre as atitudes que devem ser evitadas a todo custo.

Observação: note que o tom deste artigo é irônico. É claro que não quero que você crie filhos com dependência emocional, mas sim, quero mostrar como esse processo acontece, para que você possa evitar esses comportamentos.

1. Proteja-os de tudo e de todos

A primeira e mais importante maneira de criar um filho com dependência emocional é protegê-lo de todas as experiências desafiadoras e desconfortáveis. Certifique-se de que eles nunca enfrentem situações difíceis ou sejam expostos a qualquer tipo de frustração. Evite que eles desafiem a si mesmos e sempre esteja disponível para resolver todos os problemas por eles.

Seu filho quer brincar na terra? Não deixe, afinal ele vai se sujar e na terra há muitos “micróbios”. De preferência evite permitir também que ele brinque com outras crianças, invente um defeito para toda e qualquer criança que queira brincar com seu filho. Se ele quiser brincar, que seja com VOCÊ, SEMPRE.

2. Nunca deixe-os tomar decisões

Para criar uma dependência emocional sólida, é essencial que os pais tomem todas as decisões por seus filhos. Não dê espaço para que eles exerçam sua autonomia e aprendam com seus erros. Lembre-se de que eles são incapazes de tomar suas próprias decisões, mesmo quando se trata de assuntos simples.

E isso vale mesmo quando eles se tornarem adolescentes, afinal, você é quem manda! Por isso, não permita que eles escolham suas roupas, dê palpite em tudo, se puder, defina que roupas e até mesmo as cores das roupas que eles devem usar.

Não permita que eles façam nenhum tipo de escolha, isso vai ser perfeito para que eles sempre sintam que suas decisões não valem nada e que eles dependem de você para tudo.

3. Suprima suas emoções

Outra maneira eficaz de criar um filho com dependência emocional é nunca permitir que eles expressem suas emoções livremente. Ignore seus sentimentos e insista para que eles sejam sempre agradáveis e felizes, mas nunca diga como. Evite discutir assuntos emocionais e nunca lhes dê espaço para que expressem tristeza, raiva ou frustração.

Se sua criança começar a chorar, diga a ela para calar a boca. Se algum dia outra criança a agredir, diga que foi culpa do seu filho. E se sua criança ficar com raiva, diga pra ela que ela não entende nada, que ficar com raiva é inútil e que se acalme, afinal, VOCÊ merece ficar em paz!

4. Seja superprotetor

Ser superprotetor é uma estratégia infalível para criar um filho dependente emocionalmente. Esteja constantemente ao lado deles, evitando que enfrentem qualquer tipo de desafio ou risco. Jamais permita que saiam de sua zona de conforto, pois isso poderia fortalecer sua autonomia e independência emocional.

Você precisa estar do lado de sua filha/filho em tudo. Se ela ou ele, adolescente, quiser ir ao cinema com os amigos, você TEM QUE ir junto.

Ah, e se perceber que seu filho está começando a ter ideias próprias, diga a ele que essas ideias são péssimas e VOCÊ vai pensar em algo muito melhor.

5. Desencoraje a busca por ajuda

Por fim, desencoraje a busca por ajuda profissional ou apoio emocional externo. Certifique-se de que seu filho acredite que você é a única fonte de segurança e apoio. Isso garantirá que eles sempre dependam exclusivamente de você para lidar com suas emoções, mesmo quando se tornarem adolescentes.

Faça sua filha ou filha pensar que VOCÊ é a única salvação para a vida dela/dele. Além disso, sabote todos os planos dela/dele, para que sua criança tenha a ideia de que realmente precisa de você para tudo.

Por fim, mostre a todos o quanto VOCÊ é um pai/mãe excelente, vitaminado e poderoso e como você mostra um amor invejável e inigualável a sua filha/filho.

Quando alguém falar a seu filho que ele precisa de ajuda terapêutica para se livrar da dependência emocional que VOCÊ causou nela/nele, diga a sua filha/filho que isso é mentira, que são na verdade pessoas que querem atacar VOCÊ e que não sabem nada sobre a vida de vocês em família. Use bem esse argumento, porque é muito poderoso. Coloque os amigos de sua filha/filho como inimigos dele, isso é ótimo para fortalecer a dependência emocional que você tanto quer.

Assim, sua filha/filho vai crescer sempre dependendo de você para tudo e com isso você vai realizar seu sonho de mantê-la(o) com você, quem sabe para sempre!

A verdade sobre dependência emocional

É importante ressaltar que criar um filho com dependência emocional pode ter consequências negativas para seu desenvolvimento psicológico e emocional. Crianças e adolescentes que não aprendem a lidar com suas próprias emoções podem enfrentar dificuldades na vida adulta, como baixa autoestima, problemas de relacionamento e ansiedade.

É triste, mas infelizmente, muitos pais seguem à risca, esse pequeno manual que comentei neste artigo, para a desgraça de seus filhos e a alegria deles, os pais. E aí, quando esse filho ou filha caem em algum problema mental sério, sofrem com ansiedade ou depressão, o culpado será qualquer outra pessoa, coisa, governo, clima ou o que quer que seja, menos a criação EXTREMAMENTE tóxica que essa criança teve.

Por favor, NÃO SEJA ESSE TIPO DE CUIDADOR!

Para uma abordagem séria e positiva na criação dos filhos, é essencial promover a autonomia emocional, encorajando-os a expressar e gerenciar suas emoções, enquanto fornecemos apoio adequado.

Quer falar comigo? CLIQUE AQUI

Referências Bibliográficas:

  • Freud, S. (1914). Sobre o narcisismo: uma introdução. Obras completas de Sigmund Freud, volume 14.
  • Anna Freud (1936). O ego e os mecanismos de defesa. Londres: Imago Publishing.
  • Klein, M. (1984). A Psicanálise da Criança. São Paulo: Editora Mestre Jou.

Conscientizar-se sobre as atitudes prejudiciais que podem levar à dependência emocional é um passo importante para promover a saúde mental e emocional de nossos filhos. Lembre-se de que nosso objetivo como pais é criar crianças independentes, capazes de enfrentar os desafios da vida com confiança e resiliência.