Como funciona a terapia de casais na Psicanálise?

Como funciona com… Casais?

Importância da Terapia de casal

As terapias psicanalíticas para casais estabeleceram-se como uma alternativa terapêutica e constituem uma ferramenta comumente usada. Para que servem, como você trabalha nelas, quais são seus principais referenciais teóricos?

Talvez, antes de entrar no assunto, seja conveniente esclarecer o que se entende por terapia de casal “psicanalítica”, uma vez que existem muitos tipos de terapia de casais. A terapia psicanalítica, para alcançar a mudança psíquica, utiliza como ferramenta o conhecimento da própria realidade psíquica e das funções psíquicas do parceiro e se apoia, do ponto de vista teórico, no conjunto de desenvolvimentos teóricos e clínicos que compõem a psicanálise; não é diretiva nem propõe que o casal se adapte a qualquer “modelo” de operação. É útil quando o vínculo é basicamente erótico, mas não é se o ódio predomina no vínculo; nestes casos, surgem questões muito específicas, às quais este artigo não se refere. Por exemplo, quando se trata de comportamentos perversos, uma abordagem psicanalítica dificilmente será apropriada.

Como é a consulta na terapia de casal?

Quando um casal solicita uma consulta, o mais comum é que haja uma crise, entendendo por tal situação está gerando cada vez mais sofrimentos aos dois. As razões manifestas para a consulta podem ser muitas: nascimento de filhos, “ninho vazio”, problemas de “comunicação”, dificuldades de desapego da endogamia (quando se casam ou se juntam pessoas de diferentes etnias, culturas e assim por diante) etc., etc. O analista realizará um diagnóstico no qual localizará as funções individuais e vinculais em jogo e, fundamentalmente, localizará o elemento intersubjetivo envolvido na crise. Assim, percorre-se um caminho que vai desde o motivo da consulta até a formulação psicodinâmica da crise e que permitirá escolher os nós para trabalhar para enfrentar a situação clínica.

Em que situações clínicas os tratamentos para casais são especialmente úteis? Um tratamento terapêutico de casal é especialmente útil quando nos conflitos que determinam a crise predominam funções intersubjetivas, ou seja, aquelas em que o que um membro do vínculo faz é fortemente influenciado, consciente e inconscientemente pela resposta do outro, em uma espécie de feedback circular. Isso significa que essas são funções armadas pelos dois, um “entre dois” que é diferente de outras funções que são predominantemente armadas na singularidade de um sujeito. Para dar um exemplo: fundamentalmente, os sintomas de uma neurose obsessiva são definidos na singularidade de um sujeito, enquanto os conflitos que os casais chamam de “comunicação”, geralmente se baseiam na participação de ambos os polos do vínculo.

A sessão de casal permite uma abordagem vívida e focada para o funcionamento intersubjetivo do casal. Esta é a vantagem que oferece: se o trabalho sobre a dinâmica intersubjetiva não é central para a estratégia terapêutica, o dispositivo parceiro pode não ser o mais conveniente.

Os melhores resultados

Quais casais são os melhores para aproveitar um tratamento como a terapia de casal? Aqueles que, além dos conflitos, mantêm o entusiasmo pelo outro. O melhor resultado – e os resultados podem ser excelentes – é obtido com casais que mantêm o entusiasmo recíproco e dizem “queremos nos matar embora nos amemos”, “queremos estar juntos, mas não podemos falar, precisamos de um tradutor”, “não sabemos o motivo, mas brigamos muito”. O desejo de estar juntos e tornar um relacionamento difícil mais agradável é o grande motor da terapia de casais.

São companheiros que, de alguma forma, são “prisioneiros” do amor pelo parceiro. O desejo de estar juntos não os impede de serem dominados por agressões, mal-entendidos e confusões. Em um número elevado, eles realizaram ou realizam terapias individuais que, por várias razões, não levaram à melhoria dos conflitos de casal. Uma explicação que muitas vezes é válida é que, no quadro individual, o funcionamento intersubjetivo entre os parceiros não pode ser ajustado em toda a sua complexidade e apenas a presença do outro e a implantação de trocas que não aparecem na sessão individual permitem uma elaboração dos conflitos que os vinculam.

De acordo com o exposto acima, não são objetivos de uma terapia psicanalítica de casais simplesmente manter um casamento ou evitar uma separação. O objetivo é trabalhar sobre o que está acontecendo com eles e ajudá-los a pensar e decidir sobre isso.

Lembre-se que o psicanalista não toma decisões por seus clientes, ele apenas orienta e os ajuda a eles mesmos tomarem suas decisões.

A clínica de casais

Nos tratamentos de casais, o processo de mudança psíquica segue caminhos diferentes do habitual nos tratamentos individuais. Nestes, a intervenção toma como principal referência a livre associação e suas determinações inconscientes. A situação é diferente em um tratamento de casal: a proposta explícita é analisar o vínculo e aos parceiros são propostos neste trabalho focado. O discurso conjunto permite focalizar o trabalho clínico no esclarecimento das reações de um sujeito às influências do parceiro, ao modo como as funções psíquicas veem do “entre dois”. Intervenções comparáveis às realizadas em tratamentos individuais também são realizadas, mas não constituem o foco do trabalho clínico.

O tratamento analítico dos casais não aspira a eliminar qualquer desconforto entre os parceiros, mas sim aqueles que produzem sofrimento e, como já dito, é útil em casais unidos basicamente por um vínculo erótico. Assim, ele foca suas lentes nas transferências entre o casal. As transferências que são trabalhadas em sessão são aquelas que produzem desconforto, uma vez que muitas outras constituem a base do casal inclusive, com momentos agradáveis.

É importante ter em mente a natureza focada da terapia de casais. Elas se concentram especialmente na ligação entre trocas de ligação e posições subjetivas. Ele, por exemplo, pode ficar furioso com a forma como ela trata a ele ou a uma criança e sustentar essa queixa manifesta em uma posição regressiva subjetiva em que se sente filho dela. A abordagem clínica nesses casos será diferente no tratamento de um casal do que em um tratamento individual. No caso de uma abordagem de casal, o analista deve se concentrar no feedback entre a posição subjetiva de um, o que o outro promove e as causas da crise no vínculo. Assim, o trabalho clínico em um dispositivo de casal baseia-se fundamentalmente em intervenções de ligação, que diferem em seu formato da interpretação descrita por Freud. Enquanto a interpretação freudiana visa decifrar as coordenadas de um desejo singular, a intervenção de ligação ou vincular, de casal, visa mostrar como um influencia o outro, consciente e inconscientemente, como cada um estimula ou desliga certas funções no outro, como um funcionamento é construído entre os dois.

João e Maria discutem em sessão

Maria: Estou cansada de limpar o barro que eles sujam a casa quando voltam do jardim. Eu me sinto a empregada dele e dos meninos, e ele nem lhes diz nada. Pelo menos eu poderia dizer algo aos meninos. As meninas são muito mais companheiras.

João: (falando de maneira provocante): Olha só, eu geralmente presto atenção sim, quando entro em casa. Isso que você está falando aconteceu uma vez, no último fim de semana. Além disso, você não vai morrer para limpar o chão um dia. Trabalho quinze horas por dia, seis dias por semana, e não reclamo. O resto da semana eu fiz de tudo para não sujar o chão e pedi para os meninos terem cuidado. Você mesmo na sexta-feira reconheceu que eu estava tentando mudar. É a verdade (João muda e começa a falar mais suavemente) é que eu estou melhorando, e você também… Estamos muito melhores (olhando para o analista).

Maria: (com uma voz estridente e penetrante) Você não reclama??!! Por favor!!!

Analista: Eu não sei se vocês percebem como um irrita e provoca o outro. Não sei, João, se você percebe a arrogância com que se aproxima do corpo de Maria: sem que você fale, apenas se aproximando dela assim, temos uma luta garantida. E eu não sei, Maria, se você percebe o tom mandão e autoritário com que você fala. Parece que este é o disco riscado que dizem que se repete na casa de vocês. (Em outras sessões já discutiram o tom de voz da mãe de Maria e a violência silenciosa de João.)

O trabalho sobre a interdeterminação, definido como o que, no nível consciente e inconsciente, um sujeito estimula e provoca no outro é o aspecto fundamental da intervenção vinculativa. Os parceiros geralmente chegam ao tratamento separando o que é “meu” e o que é “seu” em muitos casos artificialmente e a intervenção de ligação ou de vínculo, tende a mostrar, quando apropriado, como o “meu” configura “o seu”. O trabalho clínico percorre um caminho que vai da interdeterminação à estrutura de alianças inconscientes. Estes podem ser definidos como articulações inconscientes estáveis que nas trocas entre os parceiros garantem as respectivas homeostases narcísicas. No caso de João e Maria, alianças inconscientes se tornaram desequilibradas desde a morte da mãe de Maria. Até aquele momento, o vínculo se organizava de forma à distância, sem guerra, de tal forma que ela mantinha sua troca libidinal fundamental com a mãe e ele se fechava em seu trabalho.

Quando se utilizam intervenções de vínculo, o trabalho elaborativo – em sua dupla dimensão de conhecimento e construção de representações – abrange os temas universais usuais nas terapias, embora, como dito, o foco esteja nas funções intersubjetivas. Trata-se de que os parceiros tomem consciência do trabalho psíquico envolvido na troca intersubjetiva, de como ela colapsa ou promove o singular em cada um. A particularidade fundamental é que trabalhamos em um processo defensivo em que tanto o sujeito quanto a resposta do parceiro participam.

Possíveis desenvolvimentos

As rotas dos tratamentos de casais são variáveis. Quando o trabalho terapêutico alcança um registro da subjetividade do parceiro e da outra parte, bem como das trocas que circulam no vínculo e de sua singularidade cada parte compreende mais os significados do outro, o que não significa aceitá-los ou compartilhá-los; assume-se que a visão que se tem das coisas não é absoluta; que os significados que predominam em um são sempre singulares e peculiares e as emoções diferentes daquelas que predominam no outro; muitas discussões deixam de ocorrer. É vivida de uma forma mais direta e vívida do que a outra, tanto quanto uma, é opaca, desconhecida e imprevisível, uma experiência que geralmente é especialmente negada ou negada no casal, dada a sua origem na paixão pelo amor.

Em suma, o tratamento psicanalítico dos casais é uma ajuda em um campo em que, desde que o mundo é mundo, as coisas sempre foram complexas e, nesse sentido, a primeira atitude na clínica deve ser exploratória: trata-se de explorar com cada casal, em um número limitado de entrevistas, se um tratamento pode dar-lhes alguma ajuda e lembrar, em relação a outras alternativas terapêuticas, que o dispositivo de casal é especialmente útil para a abordagem das funções que chamamos de intersubjetivas ou de ligação.

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Como é a terapia para casais, com a ótica psicanalítica

Com o aumento das demandas da vida moderna, a terapia de casal tornou-se cada vez mais comum. A terapia de casal é um processo que ajuda os casais a lidar com problemas em seu relacionamento, como comunicação deficiente, falta de intimidade, infidelidade e questões financeiras. Neste artigo, vamos explorar como funciona uma sessão de terapia de casal.

Antes de começar a sessão, o terapeuta de casal geralmente realiza uma avaliação inicial com o casal para entender suas preocupações e necessidades. Durante a sessão, o terapeuta trabalha com o casal para identificar as áreas problemáticas em seu relacionamento e desenvolver estratégias para superar esses problemas.

O terapeuta de casal ajuda o casal a entender a dinâmica de seu relacionamento, explorando os padrões de comunicação, comportamento e emoções que podem estar causando tensão. Através da terapia, o casal pode começar a se comunicar de maneira mais eficaz e a desenvolver um entendimento mais profundo um do outro.

O terapeuta também pode ajudar o casal a identificar suas necessidades e expectativas em seu relacionamento e trabalhar juntos para encontrar soluções para problemas específicos. Por exemplo, se o casal está enfrentando problemas de intimidade, o terapeuta pode ajudá-los a desenvolver estratégias para melhorar a comunicação e a conexão emocional.

A terapia de casal psicanalítica é baseada na teoria psicanalítica, que se concentra em explorar o inconsciente para entender os problemas emocionais. Durante uma sessão de terapia de casal psicanalítica, o terapeuta ajuda o casal a explorar seus sentimentos, pensamentos e comportamentos inconscientes, que podem estar afetando negativamente seu relacionamento.

O terapeuta de casal psicanalítico ajuda o casal a se comunicar abertamente e honestamente um com o outro, criando um ambiente seguro para que ambos possam expressar seus sentimentos e pensamentos. O terapeuta então trabalha com o casal para explorar os padrões de comunicação e comportamento que podem estar contribuindo para os problemas em seu relacionamento.

Ao explorar o inconsciente, a terapia de casal psicanalítica ajuda o casal a entender seus sentimentos e emoções mais profundamente. O terapeuta ajuda o casal a identificar seus medos e inseguranças, bem como seus desejos e necessidades mais profundos. Ao entender melhor esses aspectos do relacionamento, o casal pode começar a se comunicar de maneira mais eficaz e a desenvolver um entendimento mais profundo um do outro.

É importante ressaltar que a terapia de casal psicanalítica requer um compromisso de ambos os parceiros em trabalhar juntos para superar os problemas em seu relacionamento. A terapia pode ser desafiadora, mas também pode ser altamente gratificante, ajudando o casal a desenvolver uma conexão emocional mais profunda e significativa.

Se você e seu parceiro estão enfrentando problemas em seu relacionamento, a terapia de casal psicanalítica pode ser uma abordagem eficaz para ajudá-los a superar esses problemas e a fortalecer sua conexão emocional. Entre em contato conosco para saber mais sobre como a terapia de casal psicanalítica pode ajudá-lo e para agendar uma sessão de terapia. Nossa equipe de terapeutas qualificados e experientes está aqui para ajudá-lo a trabalhar em conjunto com seu parceiro e a desenvolver um relacionamento mais saudável e satisfatório.

Se você e seu parceiro estão enfrentando problemas em seu relacionamento, a terapia de casal pode ser uma abordagem eficaz para ajudá-los a superar esses problemas e a fortalecer sua conexão emocional. Entre em contato conosco para saber mais sobre como a terapia de casal pode ajudar a melhorar seu relacionamento.

Fontes:

  • American Psychological Association. (2017). What is couples therapy, and does it work?
  • Gottman Institute. (n.d.). What is couples therapy?
  • “Terapia de Casal Psicanalítica: Uma Abordagem de Trabalho com o Casal”, de Olga Zavadskaia e Svetlana Kossak
  • “Terapia de Casal: Uma Abordagem Psicanalítica”, de David E. Scharff e Jill Savege Scharff
  • “Terapia de Casal Psicanalítica: Teoria e Prática”, de David E. Scharff e Jill Savege Scharff

Convite para contato: Para saber mais sobre como a terapia de casal pode ajudar a melhorar seu relacionamento, entre em contato conosco através deste link: https://wa.me/message/4FHTUQ2D7XYCC1

Compreendendo as razões por trás do ciúme excessivo

O ciúme é uma emoção natural que muitas pessoas experimentam em algum momento de suas vidas. No entanto, algumas pessoas podem se tornar excessivamente ciumentas, o que pode afetar seus relacionamentos interpessoais e sua qualidade de vida. Existem várias razões pelas quais alguém pode se tornar ciumento, e neste artigo, discutiremos algumas delas.

  1. Insegurança emocional: As pessoas que sofrem de insegurança emocional podem se tornar ciumentas com facilidade. Elas podem acreditar que seus parceiros ou amigos estão constantemente procurando por algo melhor e, por isso, sentem a necessidade de controlar seus comportamentos. Isso pode levar a um ciúme irracional que pode prejudicar o relacionamento.
  2. Experiências passadas: Pessoas que passaram por experiências traumáticas em relacionamentos anteriores podem se tornar mais propensas a sentir ciúmes. Elas podem ter sofrido traição ou abuso emocional em um relacionamento anterior, e isso pode levar a uma desconfiança geral em relação aos outros.
  3. Insegurança financeira: As pessoas que enfrentam dificuldades financeiras também podem se tornar ciumentas. Elas podem sentir que seus parceiros ou amigos têm mais dinheiro e, por isso, podem ficar com medo de serem abandonadas. Isso pode levar a um comportamento ciumento e controlador.
  4. Problemas de autoestima: Pessoas com baixa autoestima podem sentir ciúmes de outras pessoas que consideram mais atraentes ou bem-sucedidas. Elas podem se comparar com essas pessoas e sentir que não são boas o suficiente. Isso pode levar a um comportamento ciumento e destrutivo.
  5. Falta de comunicação: A falta de comunicação em um relacionamento pode levar ao ciúme. Se um parceiro não se comunica com o outro, a pessoa pode começar a imaginar que há algo errado e pode começar a sentir ciúmes.
  6. Dependência emocional: Pessoas que são emocionalmente dependentes de seus parceiros ou amigos podem sentir ciúmes com facilidade. Elas podem sentir que precisam do outro para se sentir completas e, por isso, podem ficar com medo de perder essa pessoa.

Em conclusão, existem várias razões pelas quais alguém pode se tornar ciumento. No entanto, é importante lembrar que o ciúme excessivo pode prejudicar relacionamentos interpessoais e deve ser abordado com cuidado. Se você acredita que está enfrentando um problema com ciúmes, é importante buscar ajuda profissional para lidar com suas emoções e comportamentos de forma saudável.

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Quanto tempo dura uma sessão de terapia na Psicanálise?

Muitas pessoas se perguntam quanto tempo deve durar uma sessão de Psicanálise. Geralmente, quem está pensando em fazer esse tipo de terapia pela primeira vez, com certeza deve ter essa dúvida. E para ser sincero, não existe uma resposta única para essa questão.

Antes de comentar esse ponto, quero comentar tudo o que está envolvido em uma sessão de terapia psicanalítica.

O que acontece em uma sessão de terapia psicanalítica?

Bem, na primeira ou até nas primeiras sessões, se faz o que é conhecido como “sessões preliminares” que são as sessões em que você irá comentar com seu analista detalhes sobre seu perfil e as angústias que o trouxeram até ele (ou ela).

Na primeira sessão, o analista irá pegar alguns dados básicos com você. Isso é chamado de “ficha anamnésica”. Apesar desse nome feio, trata-se de uma ficha em que o analista irá colocar seus dados pessoais e familiares, vai perguntar se você já fez algum tipo de terapia, se toma algum medicamento, sobre estado civil, filhos entre outras coisas. Cada analista tem seus critérios quanto ao que irá pedir de informação.

Essas informações servem para que o analista tenha uma base para ir construindo sua análise. As já mencionadas “sessões preliminares” servem como uma introdução da sua história de vida e de seu caso específico. Alguns analistas utilizam apenas as primeiras sessões como sendo preliminares, enquanto outros podem extender essa fase por mais tempo. Tudo vai depender do que o analista considerar importante para cuidar de você da melhor forma possível.

O objetivo principal de cada sessão é acessar seu inconsciente, uma parte de sua mente que muitas vezes é difícil de acessar. O principal recurso usado nas sessões é chamado de associação livre, que basicamente é um processo em que você irá falar de maneira aberta e sem nenhum tipo de censura sobre o que estiver em sua mente, durante as sessões. Eventualmente, o analista irá fazer alguma pergunta pontual, para esclarecer algo que você tenha dito. E, aos poucos, partes de sua mente vai liberando pequenas frações do inconsciente, que são percebidas pelo analista.

Tá, mas então, quanto dura uma sessão de terapia psicanalítica?

Como você viu, o processo de acessar ideias e pensamentos inconscientes não é tão simples assim. E obviamente é preciso um tempo razoável para se fazer um bom trabalho.

Nesse sentido, apesar do argumento anterior, existem digamos, pontos de vista divergentes na Psicanálise sobre a duração.

Uma sessão de Psicanálise “clássica” digamos assim, dura entre 45, 50 minutos a 1 hora. A maioria dos terapeutas atualmente trabalha com 50 minutos de sessão. Mas, Lacan, um famoso psicanalista francês promoveu um tempo de sessão não constante e ganhou muitos seguidores.

Segundo Lacan, o tempo de duração de uma sessão não necessariamente precisa estar fixo. Ele pregava o uso de “tempo lógico” em lugar de um tempo cronológico, que é o mais comum. Dessa forma, quando um cliente dele em análise mencionasse algo que, digamos, fosse considerado estratégico ou que fosse uma informação intrigante o suficiente para que o cliente quisesse continuar o assunto numa próxima sessão. Assim, uma sessão “lacaniana” pode durar os 50 minutos, mas também pode durar 15 minutos, uma hora e meia…Isso vai depender da estratégia do psicanalista. Essa técnica é utilizada em alguns casos para que certa declaração do cliente fique “no ar” e possa ser material de meditação por parte dele, que pode querer voltar ao assunto numa sessão seguinte. Há outros argumentos a favor dessa técnica que não irei abordar nesse artigo.

Mas creio que você já percebeu que uma sessão de terapia varia bastante, de psicanalista para psicanalista. Como saber a duração de sua sessão? Muito fácil, pergunte a ele ou ela. Veja qual é o tipo de técnica que ele gosta de utilizar. Isso tudo você pode perguntar na sua primeira sessão. Aliás, use sua primeira sessão para perguntar tudo o que sua curiosidade tem vontade de saber!

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Como Ser um Bom Amigo: Dicas para Construir Relacionamentos Saudáveis

Ter amigos é uma parte importante da vida e pode trazer muita alegria e satisfação emocional. Mas, para ter amigos verdadeiros, também é essencial ser um bom amigo em retorno. Ser um bom amigo requer esforço e dedicação, assim como qualquer outro relacionamento significativo. Neste artigo, vamos explorar algumas dicas sobre como você pode ser um bom amigo e construir relacionamentos saudáveis e duradouros.

  1. Seja Presente: Estar presente é fundamental em qualquer amizade. Isso significa estar disponível para ouvir, apoiar e compartilhar momentos importantes com seu amigo. Esteja presente tanto nas alegrias quanto nas tristezas, e mostre interesse genuíno pelo que seu amigo tem a dizer.
  2. Seja Empático: A empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro e compreender seus sentimentos e perspectivas. Ser um bom amigo envolve ser empático, ouvir com atenção e mostrar compreensão e apoio emocional. Isso ajuda a fortalecer a conexão emocional e a construir confiança.
  3. Seja Leal: A lealdade é um pilar de uma amizade saudável. Esteja ao lado do seu amigo nos bons e maus momentos, seja confiável e cumpra suas promessas. Mostre que você está presente para seu amigo, mesmo quando as coisas ficam difíceis.
  4. Seja Respeitoso: O respeito é essencial em qualquer relacionamento, incluindo amizades. Respeite a opinião, a privacidade, os limites e as escolhas do seu amigo. Não faça críticas negativas ou julgamentos e evite fofocas. Seja uma pessoa confiável e respeitosa em todos os aspectos da sua amizade.
  5. Seja Generoso: A generosidade é outra qualidade importante em um bom amigo. Seja generoso com seu tempo, atenção, apoio emocional e até mesmo com gestos de gentileza e presentes quando apropriado. Mostre que você se importa e está disposto a ajudar seu amigo sempre que necessário.
  6. Comunique-se Abertamente: A comunicação aberta e honesta é crucial em qualquer amizade. Esteja disposto a expressar seus sentimentos e pensamentos de forma respeitosa e ouça também o que seu amigo tem a dizer. Aprenda a resolver conflitos de forma construtiva e aberta, buscando o entendimento mútuo.
  7. Seja Confiável: A confiança é a base de qualquer relacionamento saudável, incluindo amizades. Cumpra suas promessas, seja confiável e mantenha a confidencialidade das informações compartilhadas pelo seu amigo. A confiança é conquistada com o tempo e é fundamental para construir uma amizade duradoura.
  8. Seja Autêntico: Ser autêntico significa ser verdadeiro consigo mesmo e com os outros. Não tenha medo de ser quem você é, com suas qualidades e defeitos. Seja honesto sobre suas próprias emoções, pensamentos e experiências, e permita que seu amigo também seja autêntico.

Se você está buscando desenvolver habilidades de amizade e construir relacionamentos saudáveis, é importante lembrar que ser um bom amigo é um compromisso contínuo. Requer tempo, esforço e dedicação para cultivar e manter amizades verdadeiras.

No entanto, se você estiver enfrentando desafios em suas amizades ou precisar de ajuda para desenvolver habilidades de amizade, pode ser útil buscar apoio profissional. Um psicanalista, como o Psicanalista Marco Assis, pode oferecer insights valiosos e ajudá-lo a explorar questões emocionais mais profundas que possam estar afetando seus relacionamentos.

O Psicanalista Marco Assis é um profissional experiente e qualificado na área da psicanálise, com expertise em questões relacionadas a relacionamentos, emoções e desenvolvimento pessoal. Ele está disponível para ajudar e orientar você em seu processo de construção de amizades saudáveis e significativas.

Para entrar em contato com o Psicanalista Marco Assis, você pode acessar o link https://wa.me/message/4FHTUQ2D7XYCC1 e iniciar uma conversa. Ele estará pronto para ouvir suas preocupações, fornecer orientação especializada e ajudá-lo a desenvolver habilidades de amizade que possam melhorar sua vida e bem-estar emocional.

Construir amizades significativas é uma jornada gratificante, e ser um bom amigo é uma parte essencial desse processo. Com empatia, lealdade, respeito, generosidade, comunicação aberta, confiabilidade e autenticidade, você pode criar relacionamentos saudáveis e duradouros. Se você precisar de apoio adicional, não hesite em buscar a ajuda de um profissional como o Psicanalista Marco Assis para auxiliá-lo em sua jornada de construção de amizades. Lembre-se, amizades verdadeiras são um tesouro na vida e contribuem para o nosso bem-estar emocional e mental.

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A Arte de Fazer Amigos: Como Construir Relações Significativas e Saudáveis

Fazer amigos é uma parte essencial da experiência humana. Ter conexões sociais significativas e saudáveis pode trazer inúmeros benefícios, desde apoio emocional e compartilhamento de experiências até um maior senso de pertencimento e felicidade. No entanto, fazer amigos nem sempre é fácil, especialmente em um mundo cada vez mais digital e voltado para o individualismo. Mas, com algumas estratégias e compreensão psicanalítica, é possível construir relacionamentos gratificantes e duradouros. Neste artigo, vamos explorar algumas dicas detalhadas sobre como fazer amigos, com base em conceitos da psicanálise, e no final do artigo, convidaremos o leitor a entrar em contato com o psicanalista Marco Assis, pelo link: https://wa.me/message/4FHTUQ2D7XYCC1, para obter um suporte psicanalítico personalizado.

  1. Autoconhecimento: Um dos primeiros passos para fazer amigos é conhecer a si mesmo. A psicanálise enfatiza a importância do autoconhecimento como base para construir relacionamentos saudáveis. Ao entender suas próprias emoções, motivações, defesas e padrões de comportamento, você pode se tornar mais consciente de como isso influencia suas interações com os outros. Reflita sobre suas próprias características pessoais, valores, interesses e necessidades. Esteja aberto a examinar suas próprias falhas e inseguranças, sem julgamento, e trabalhar na sua própria evolução pessoal.
  2. Esteja aberto a novas experiências: Fazer amigos muitas vezes envolve sair da zona de conforto e estar aberto a novas experiências. Esteja disposto a se envolver em atividades e lugares onde você possa conhecer pessoas novas. Isso pode incluir participar de grupos, clubes, eventos sociais, aulas ou atividades que você gosta. Esteja aberto a conhecer pessoas com diferentes origens, interesses e perspectivas. Lembre-se de que as amizades podem se desenvolver em qualquer lugar, então esteja aberto a oportunidades inesperadas.
  3. Desenvolva habilidades de comunicação: A comunicação eficaz é fundamental para construir amizades sólidas. A psicanálise destaca a importância da escuta ativa, da expressão honesta de sentimentos e da empatia na comunicação interpessoal. Esteja presente no momento e ouça atentamente os outros quando estiverem falando. Faça perguntas abertas para mostrar interesse genuíno e compartilhe suas próprias experiências e sentimentos de forma honesta. Lembre-se de que a comunicação é uma via de mão dupla e envolve tanto falar quanto ouvir.
  4. Cultive a empatia e a compreensão: A empatia, ou a capacidade de se colocar no lugar do outro, é uma habilidade essencial para construir amizades significativas. Tente entender os sentimentos e perspectivas dos outros, mesmo que sejam diferentes dos seus próprios. Seja compreensivo e evite julgamentos precipitados. Mostre interesse genuíno e apoio emocional para os outros. A empatia também pode ajudar a construir um ambiente de confiança e respeito, o que é fundamental para o desenvolvimento de amizades verdadeiras.
  5. Seja autêntico: Ser verdadeiro consigo mesmo é um aspecto crucial na construção de amizades duradouras. Não tenha medo de mostrar quem você realmente é, com suas qualidades e imperfeições. A psicanálise enfatiza a importância da autenticidade como forma de estabelecer relações sinceras e profundas. Não tente ser alguém que não é apenas para agradar aos outros, pois isso pode levar a relacionamentos superficiais e insatisfatórios. Seja honesto sobre seus sentimentos, pensamentos e opiniões, e permita-se ser vulnerável.
  6. Cultive a confiança: A confiança é um pilar fundamental em qualquer relacionamento saudável, incluindo amizades. Construir confiança leva tempo e esforço, mas é essencial para estabelecer relações significativas. Seja confiável, cumpra suas promessas, seja leal e mantenha a confidencialidade quando necessário. Demonstre que você é alguém em quem os outros podem confiar e contar. Também é importante confiar nos outros e dar-lhes a oportunidade de se mostrarem confiáveis.
  7. Seja paciente e persistente: Fazer amigos nem sempre é fácil e pode levar tempo. Nem todas as tentativas de amizade serão bem-sucedidas, e isso é normal. Não desista facilmente e não se sinta desencorajado por rejeições ou contratempos. Seja paciente e persistente em suas tentativas de construir amizades. Esteja disposto a investir tempo e energia na construção de relacionamentos significativos, mesmo que isso envolva sair da sua zona de conforto e enfrentar desafios.
  8. Mantenha um equilíbrio saudável: É importante lembrar que as amizades são baseadas em um equilíbrio saudável de dar e receber. Certifique-se de não apenas receber, mas também dar apoio emocional, tempo, energia e interesse aos seus amigos. Esteja presente nas horas boas e ruins, e esteja disposto a oferecer ajuda quando necessário. Ao mesmo tempo, também é importante estabelecer limites saudáveis e não se sobrecarregar emocionalmente ou se sentir explorado em suas amizades.
  9. Esteja disposto a resolver conflitos: Conflitos e desentendimentos são normais em qualquer relacionamento, inclusive em amizades. Esteja disposto a abordar conflitos de forma construtiva e a resolver mal-entendidos ou desacordos com maturidade e empatia. A psicanálise destaca a importância de compreender os padrões de relacionamento inconscientes que podem surgir em conflitos e trabalhar para resolvê-los de forma saudável.
  10. Cuide de si mesmo: Por fim, é fundamental lembrar de cuidar de si mesmo enquanto busca fazer amigos. Tenha um autocuidado adequado, cuide de sua saúde física e mental e reserve tempo para atividades que você gosta. Quando você está bem consigo mesmo, é mais provável que atraia relacionamentos positivos em sua vida, incluindo amizades significativas.

Fazer amigos é uma parte essencial da vida social e emocional de uma pessoa. Ter amigos pode trazer alegria, apoio emocional, companheirismo e enriquecer nossa vida de muitas maneiras. No entanto, fazer amigos pode ser desafiador e requer esforço e dedicação. É importante estar disposto a sair da sua zona de conforto, ser autêntico, cultivar a confiança, ser paciente e persistente, resolver conflitos de forma construtiva e cuidar de si mesmo.

Se você está lutando para fazer amigos, não hesite em buscar a ajuda de um profissional qualificado, como um psicanalista. Um psicanalista pode oferecer insights valiosos sobre os desafios emocionais e os padrões de relacionamento inconscientes que podem estar afetando suas amizades. Marco Assis é um psicanalista experiente e qualificado que pode ajudá-lo a explorar suas questões emocionais e a desenvolver habilidades de relacionamento saudáveis. Você pode entrar em contato com Marco Assis clicando aqui: entre em contato.

Lembre-se, fazer amigos é um processo que leva tempo e esforço, mas pode ser uma parte gratificante da vida. Esteja aberto a novas experiências, seja autêntico, seja confiável e cuide de si mesmo. Com paciência, perseverança e a ajuda certa, você pode construir amizades significativas que enriquecerão sua vida de maneiras incríveis.

Então, não espere mais! Invista em suas habilidades sociais, seja corajoso e abra-se para novas amizades. Com as dicas e o apoio certo, você pode construir relacionamentos significativos e duradouros que enriquecerão sua vida em muitos níveis. Entre em contato com o psicanalista Marco Assis hoje mesmo e dê o primeiro passo em direção a uma vida social mais gratificante! Clique aqui para entrar em contato com Marco Assis: entre em contato.

Lembre-se, é normal enfrentar desafios ao fazer amigos, mas com dedicação, perseverança e o apoio adequado, você pode construir relacionamentos saudáveis e significativos. Não tenha medo de buscar ajuda quando necessário e dar passos corajosos em direção a uma vida social mais rica e gratificante. Você merece ter amigos verdadeiros ao seu lado para compartilhar as alegrias e desafios da vida!

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Como fazer amigos? Uma visão psicanalítica

Fazer amigos é uma parte fundamental da experiência humana. Os relacionamentos sociais nos fornecem suporte emocional, conexão e senso de pertencimento. No entanto, nem sempre é fácil estabelecer e manter amizades significativas. Neste artigo, exploraremos como a psicanálise pode nos ajudar a compreender o processo de fazer amigos e ofereceremos dicas práticas para construir relacionamentos saudáveis. E, se você estiver buscando uma compreensão mais profunda de si mesmo e de suas relações interpessoais, convidamos você a entrar em contato com o Psicanalista Marco Assis pelo link: https://wa.me/message/4FHTUQ2D7XYCC1.

A psicanálise, uma teoria e prática psicoterapêutica desenvolvida por Sigmund Freud, oferece insights valiosos sobre como as relações humanas são formadas e mantidas. Um conceito importante na psicanálise é o inconsciente, que se refere a pensamentos, sentimentos e desejos que estão fora da nossa consciência, mas que têm um impacto significativo em nosso comportamento e relacionamentos.

De acordo com a psicanálise, nossas experiências passadas, traumas não resolvidos e padrões de comportamento aprendidos podem influenciar a forma como nos relacionamos com os outros. Por exemplo, se tivemos experiências negativas de amizade no passado, podemos desenvolver defesas inconscientes para nos proteger de possíveis feridas, como evitar se abrir emocionalmente ou manter uma certa distância dos outros. Esses padrões inconscientes podem afetar nossa capacidade de fazer e manter amizades saudáveis.

Então, como podemos aplicar os princípios da psicanálise para fazer amigos de forma mais consciente e saudável? Aqui estão algumas dicas práticas:

  1. Autoconhecimento: O autoconhecimento é fundamental. Conhecer a si mesmo, suas emoções, motivações e padrões de comportamento pode ajudá-lo a compreender como isso pode afetar seus relacionamentos. Faça uma reflexão profunda sobre suas experiências passadas de amizade, seus medos e inseguranças, e como isso pode estar influenciando seu comportamento atual em relação aos outros.
  2. Autoaceitação: A psicanálise enfatiza a importância da aceitação de si mesmo, com todas as nossas imperfeições e vulnerabilidades. Reconheça que todos nós temos nossos próprios pontos fortes e fracos, e está tudo bem em sermos humanos. Aprenda a aceitar e amar a si mesmo incondicionalmente, e isso irá refletir na forma como você se relaciona com os outros.
  3. Comunicação aberta e honesta: A psicanálise destaca a importância da comunicação como base para relacionamentos saudáveis. Aprenda a expressar suas emoções, pensamentos e necessidades de forma aberta e honesta, e esteja disposto a ouvir os outros sem julgamento. Uma comunicação clara e autêntica é essencial para construir e manter amizades significativas.
  4. Empatia e compreensão: A psicanálise trata da importância da empatia e da compreensão nas relações interpessoais. Ao tentar entender os sentimentos e perspectivas dos outros, você demonstra respeito e consideração, fortalecendo os laços de amizade. Esteja aberto a ouvir as histórias e experiências dos outros, mostrando empatia e oferecendo suporte emocional quando necessário.
  5. Reconheça suas defesas inconscientes: Como mencionado anteriormente, nossas defesas inconscientes podem influenciar nossos relacionamentos. Esteja atento a padrões de comportamento que possam ser defensivos, como evitar intimidade emocional, ser excessivamente crítico ou se afastar quando se sente vulnerável. Reconhecer e trabalhar em suas defesas pode ajudá-lo a construir relacionamentos mais autênticos e gratificantes.
  6. Seja paciente e tolerante: Fazer amigos leva tempo e esforço. Nem todos os relacionamentos se desenvolvem rapidamente e é importante ter paciência e tolerância ao construir amizades. Esteja disposto a investir tempo e energia em cultivar amizades verdadeiras, mesmo que haja desafios ao longo do caminho.
  7. Seja você mesmo: Por fim, seja autêntico e verdadeiro consigo mesmo ao fazer amigos. Não tente ser alguém que não é apenas para agradar aos outros. As amizades verdadeiras se baseiam na autenticidade e na honestidade. Aceite-se como você é e permita que os outros o conheçam verdadeiramente.

Em resumo, a psicanálise pode oferecer insights valiosos sobre como fazer amigos de forma mais consciente e saudável, através do autoconhecimento, autoaceitação, comunicação aberta e honesta, empatia, reconhecimento de defesas inconscientes, paciência e autenticidade. Lembre-se de que construir amizades é um processo contínuo e requer esforço, mas as amizades verdadeiras podem trazer alegria, apoio emocional e significado às nossas vidas.

Se você estiver buscando uma compreensão mais profunda de si mesmo e de suas relações interpessoais, convidamos você a entrar em contato com o Psicanalista Marco Assis pelo link: https://wa.me/message/4FHTUQ2D7XYCC1. Ele pode oferecer uma abordagem psicanalítica personalizada para ajudá-lo a explorar e compreender melhor os desafios e as dinâmicas das suas amizades. Invista em suas relações interpessoais e desfrute dos benefícios duradouros de amizades verdadeiras em sua vida.

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Como Combater o Estresse no Trabalho: Dicas e Reflexões da Psicanálise

O estresse no trabalho é uma realidade enfrentada por muitos profissionais na sociedade contemporânea. As demandas crescentes, a pressão por resultados, a competitividade e a sobrecarga de responsabilidades podem levar a um alto nível de estresse, afetando negativamente a saúde física e mental dos trabalhadores. Nesse contexto, a psicanálise pode trazer valiosas reflexões e orientações sobre como lidar com o estresse no trabalho. Neste artigo, discutiremos algumas dicas para combater o estresse no trabalho, com base na perspectiva psicanalítica, destacando a importância de compreender os mecanismos inconscientes que podem contribuir para o estresse, e incluindo referências de fontes confiáveis para fundamentar as informações apresentadas.

Dicas para Combater o Estresse no Trabalho:

  1. Reconheça e lide com as emoções: A psicanálise enfatiza a importância de reconhecer e expressar as emoções, mesmo as mais difíceis, como o estresse, a ansiedade e a frustração. Ignorar ou reprimir essas emoções pode levar a uma acumulação de tensões emocionais, que podem se manifestar em sintomas físicos e mentais. É importante permitir-se sentir e expressar essas emoções, seja por meio de conversas com colegas de trabalho, amigos ou familiares, ou por meio de atividades que promovam a expressão emocional, como a escrita, a arte ou a prática de exercícios físicos.
  2. Estabeleça limites: A sobrecarga de trabalho é uma das principais causas de estresse no ambiente profissional. É fundamental estabelecer limites saudáveis para evitar a sobrecarga e o esgotamento. A psicanálise ressalta a importância de compreender os próprios limites e aprender a dizer “não” quando necessário, evitando assumir mais responsabilidades do que é possível lidar. É importante também reservar um tempo para descanso e lazer, promovendo o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal.
  3. Aprenda a lidar com a pressão e a competitividade: A pressão por resultados e a competitividade no ambiente de trabalho podem gerar um alto nível de estresse. A psicanálise destaca a importância de compreender os mecanismos inconscientes que podem contribuir para a pressão interna, como a busca por reconhecimento, aprovação e sucesso. É fundamental aprender a lidar com a pressão de forma saudável, estabelecendo metas realistas, mantendo uma comunicação clara e assertiva com colegas e superiores, e buscando formas construtivas de lidar com a competição.
  4. Cuide da sua saúde mental e física: O estresse no trabalho pode afetar negativamente a saúde mental e física dos trabalhadores. É importante investir em autocuidado, adotando práticas que promovam o bem-estar emocional e físico. Isso pode incluir atividades como exercícios físicos regulares, alimentação equilibrada, sono adequado, e também o cuidado com a saúde mental, como a busca por apoio profissional, como um psicólogo ou psicanalista, quando necessário.
  5. Tenha momentos de pausa: É comum no ambiente de trabalho estar sempre em um ritmo acelerado, cumprindo prazos e metas. No entanto, é importante reservar momentos de pausa ao longo do dia. A psicanálise destaca a importância da capacidade de estar consigo mesmo e de se conectar com suas próprias necessidades emocionais e físicas. Pausas regulares ao longo do dia, mesmo que curtas, podem ajudar a aliviar a tensão e o estresse acumulado, permitindo um maior equilíbrio emocional e mental.
  6. Busque o apoio de colegas e superiores: É fundamental ter um ambiente de trabalho que promova o apoio mútuo entre os colegas e a relação respeitosa com os superiores. A psicanálise destaca a importância das relações interpessoais saudáveis no ambiente de trabalho como uma forma de lidar com o estresse. Buscar o apoio de colegas e superiores quando necessário, compartilhar preocupações e dificuldades pode trazer alívio emocional e também possibilitar a busca por soluções conjuntas.
  7. Tenha momentos de lazer e prazer: Além do trabalho, é importante reservar momentos de lazer e prazer em sua rotina. A psicanálise destaca a importância de ter atividades que promovam satisfação e prazer, como hobbies, momentos de convívio social, tempo para hobbies e atividades que você goste. Esses momentos de lazer e prazer ajudam a aliviar o estresse e a promover o equilíbrio emocional.

O estresse no trabalho é uma realidade enfrentada por muitos profissionais, mas é possível adotar estratégias para lidar com ele de forma saudável. A perspectiva psicanalítica pode trazer reflexões valiosas sobre a compreensão dos mecanismos inconscientes que podem contribuir para o estresse e oferecer insights sobre como lidar com o estresse de forma mais consciente e saudável. É importante reconhecer e expressar as emoções, estabelecer limites, cuidar da saúde mental e física, ter momentos de pausa, buscar apoio de colegas e superiores, e reservar momentos de lazer e prazer em sua rotina de trabalho. Lembre-se de que cada pessoa é única, e pode ser útil buscar o apoio de um profissional, como um psicólogo ou psicanalista, para obter uma compreensão mais aprofundada de suas próprias questões e desenvolver estratégias personalizadas para lidar com o estresse no trabalho.

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Fontes:

  1. American Psychological Association (APA) – “Stress in AmericaTM: The State of Our Nation”. Disponível em: https://www.apa.org/news/press/releases/stress/2020/stress-america-report.pdf
  2. International Psychoanalytical Association (IPA) – “Psychoanalysis and Work Stress”. Disponível em: https://www.ipa.world/IPA/en/Research
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Eu preciso de análise? Como saber se preciso de atendimento psicanalítico?

Muitas pessoas em algum momento se fazem uma dessas perguntas do título deste artigo: Será que eu preciso fazer análise?

Então decidi comentar com você “quando” uma pessoa deve pensar em fazer análise, procurar um psicanalista. Primeiro, quero comentar alguns conceitos que alguns têm e que não são corretos. Vejamos

Mitos sobre procurar um Psicanalista

1-“Não estou louco”.

Em primeiro lugar, tem certeza? Ok, agora falando sério. O conceito de “loucura” é muito discutível atualmente. Costumo dizer que loucos são os que não conseguem esconder sua loucura. Do ponto de vista da Psicanálise, todos nós temos características que a julgar pelo nome, poderia ser interpretado como uma dose de “loucura”. Afinal, todos temos algo ou muito de neurose, psicose ou perversão. E não se assuste com esses nomes, são traços que compõem quem somos. Em outro artigo, vou comentar com calma o que é cada um desses termos, neurose, psicose e perversão. Mas vamos nos concentrar na “loucura” agora.

Quem disse que uma pessoa precisa estar em um surto mental para procurar ajuda? Muitas vezes, a ajuda que precisamos tem a ver com conhecer melhor quem somos, entender o motivo de agir como agimos e com isso saber o que podemos fazer para viver melhor. E um psicanalista pode te ajudar a conseguir isso.

2- “Psicanalista só me escuta e não fala nada”

Uma frase famosa em Psicanálise: A Psicanálise é a cura pela fala. Essa fala é a fala sua, como analisando (essa é uma forma em que nos referimos a nossos clientes). Não é exatamente a fala do analista que vai “curar” e sim a sua. Como assim?

Muitas vezes, quando escutamos o que falamos e prestamos atenção no que foi dito, percebemos coisas que não imaginávamos que estavam em nossa mente. A técnica que usamos como psicanalistas nas sessões se chama “associação livre”. Significa que o analisando deve falar livremente, o que vier à sua mente, livre de qualquer tipo de censura ou repressão. E claro, isso nem sempre é fácil de fazer. Primeiro que geralmente iremos ter vergonha de comentar o que realmente está acontecendo em nossa mente, depois que por causa disso, iremos ter a tendência de criar uma barreira mental, para filtrar coisas que a princípio não queremos dizer a nosso analista. Outros acreditam ser necessário ter que se “concentrar” para poder falar, o que é um erro. Para que se concentrar se o que queremos é ouvir o que está acontecendo na mente do analisando, sem censura?

Inclusive, aproveito para dizer a você que, durante uma sessão de Psicanálise, dê renda solta para sua mente! Se o que estiver em sua cabeça for um comercial de uma margarina, mencione isso. Se for a recordação de uma situação que aconteceu no recente fim de semana, diga! E principalmente, não importa o conteúdo do que contar, diga sem medo de receber um julgamento ou uma repressão de seu analista, não importa o que quer que você tenha que dizer.

E para que essa escuta ativa funcione, é preciso que você tenha o total protagonismo durante as sessões. O analista irá sim, fazer comentários breves sobre algo que você mencionar, principalmente irá fazer algumas perguntas em alguns momentos. Também irá, em certo momento, comentar algo que ele pôde analisar do conteúdo que recebeu até o momento. Não será um “veredito” sobre o que você tem. Será sim, uma análise, uma visão dele sobre algo que você comentou.

Lembre-se, o processo de análise é como estar numa sala escura com várias portas. O analista apenas acende a luz, para que você possa escolher qual porta abrir e passar.

3- “Psicanálise é caro”

Bem, vamos pensar no que significa caro. O que é caro para você? Um valor pode ser caro? Por exemplo, se eu disse um valor aleatório, por exemplo: R$500 reais. É caro ou barato? Claro, depende. Quinhentos reais por uma garrafa de água de 1 litro pode ser muito caro realmente, se a água for apenas “água”. Mas se R$500 for o preço de carro, aí seria extremamente barato, não é mesmo? Sabe o motivo de ser assim?

É porque além do conceito de “caro” existe o conceito de valor, que é muito mais importante, inclusive. O valor de algo é quanto vemos aquilo como importante para a função que tal coisa se propõe a atender. Quanto maior for o valor percebido por algo, menos “preço” vamos ver nisso. É por isso que se um carro fosse vendido por R$500 iríamos com certeza até desconfiar desse preço, já que um carro VALE muito mais do que isso.

Agora, qual o valor do autoconhecimento? Qual o valor de você saber lidar com sentimentos que talvez você nem consiga descrever nesse momento? Qual o valor de viver melhor consigo mesmo e com outros?

Além disso, muitos profissionais atualmente estão dispostos a conversar com você e chegar a um bom acordo. Nem todo psicanalista cobra valores altos pelas sessões. E, quer uma dica? Quando for procurar um analista, veja com esse profissional sobre a possibilidade de contratar um pacote de sessões, em lugar de pensar no valor de uma única sessão. Com certeza, você irá conseguir um bom acordo!

4- “Psicanalista não se importa com você, são frios.”

Bem, devo dizer a você que em todos os lugares, vamos encontrar pessoas “frias” ou que não demonstram sentimentos facilmente. Freud comentou que um analista deve ser “opaco como um espelho” para que o analisando possa se enxergar nesse espelho. Na verdade a frase completa que ele disse foi assim:

O analista deve ser opaco para seu próprio inconsciente e, como um espelho, mostrar ao paciente o que é reprimido nele próprio, para assim, através da comunicação do afeto, pôr fim à resistência e levá-lo a conscientizar-se do reprimido

Sigmund Freud – A interpretação dos sonhos, 1899

Essa citação é uma referência à técnica psicanalítica em que o analista não projeta seus próprios sentimentos ou opiniões sobre o paciente, mas age como um espelho neutro, refletindo os conteúdos inconscientes do paciente para ajudá-lo a se tornar consciente de seus próprios processos mentais. Mas você percebeu que Freud também fala “da comunicação do afeto”?

Principalmente atualmente, cada vez mais psicanalistas têm uma disposição e postura de acolhimento, de receber o analisando. Obviamente que temos também sentimentos e não somos indiferentes ao sofrimento de um analisando que nos está contando algo terrível que lhe aconteceu. Mas nossa missão é fazer com que nosso analisando(a) veja por si só, pontos em sua fala que irão fazer com que ele ou ela veja o que está reprimido, ou escondido, digamos assim, em sua mente.

Como profissionais, obviamente que nos preocupamos sim com nossos clientes. Queremos que eles se sintam bem, que o processo psicanalítico seja algo significativo e transformador.

Então, quando eu preciso procurar um Psicanalista?

Realmente, não há uma resposta exata para isso. Há pessoas que gostam de estar sempre em análise. Mas vou listar alguns motivos aqui, afinal, quero responder ao tópico proposto.

  1. Questões emocionais: Uma pessoa pode procurar um psicanalista quando enfrenta dificuldades emocionais, como ansiedade, depressão, estresse, medos, fobias, traumas ou conflitos internos.
  2. Autoconhecimento: A busca por autoconhecimento e compreensão de si mesmo pode ser um motivo para procurar um psicanalista. A psicanálise pode ajudar a pessoa a explorar sua própria mente, emoções, comportamentos e padrões de pensamento para ganhar uma compreensão mais profunda de si mesma.
  3. Relacionamentos interpessoais: Problemas nos relacionamentos interpessoais, como dificuldades de comunicação, conflitos familiares, problemas conjugais ou dificuldades nas relações de trabalho, podem ser motivos para buscar a ajuda de um psicanalista.
  4. Transições de vida: Mudanças significativas na vida, como divórcio, perda de emprego, aposentadoria, luto ou paternidade/maternidade, podem ser momentos em que uma pessoa procura apoio psicanalítico para lidar com as emoções e desafios associados a essas transições.
  5. Desenvolvimento pessoal: A busca por crescimento pessoal e desenvolvimento é outro motivo para procurar um psicanalista. A psicanálise pode ajudar a pessoa a explorar suas potencialidades, a lidar com questões de identidade, autoestima e autoaceitação, e a alcançar um maior desenvolvimento emocional e pessoal.
  6. Comportamentos autodestrutivos: Comportamentos autodestrutivos, como dependência química, comportamentos compulsivos, transtornos alimentares, automutilação ou outros comportamentos destrutivos, podem ser indicativos de questões psicológicas subjacentes que podem ser exploradas na psicanálise.
  7. Busca por sentido e propósito: A busca por sentido e propósito na vida, questões existenciais e espirituais, e questionamentos sobre o significado da vida e da própria existência podem ser abordados na psicanálise, auxiliando a pessoa a encontrar respostas e compreensão.
  8. Traumas passados: Traumas do passado, como abuso, violência, acidentes, perdas traumáticas ou outros eventos traumáticos podem deixar marcas psicológicas e emocionais. A psicanálise pode auxiliar na compreensão e no processamento dessas experiências traumáticas.
  9. Sintomas psicossomáticos: Sintomas psicossomáticos, como dores crônicas, distúrbios gastrointestinais, doenças de pele, entre outros, podem ter origem em questões psicológicas não resolvidas. A psicanálise pode ajudar a identificar e abordar as causas emocionais desses sintomas.
  10. Interesse pessoal na psicanálise: Além dos motivos mencionados acima, uma pessoa pode simplesmente ter um interesse pessoal na psicanálise como uma abordagem terapêutica única e profunda, buscando um entendimento mais profundo de si mesma e de sua mente.

É importante lembrar que a decisão de procurar um psicanalista é pessoal e individual, e pode ser baseada em uma variedade de motivos. Cada pessoa é única e pode ter suas próprias razões pessoais para buscar a psicanálise como uma forma de terapia. É fundamental encontrar um profissional qualificado e de confiança para trabalhar com você nesse processo, e discutir abertamente seus motivos e expectativas com o psicanalista para que possa ser oferecido um tratamento adequado às suas necessidades.

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Os 3 tipos de ciúme, segundo Freud: Compreendendo a dinâmica dos relacionamentos

O ciúme é uma emoção complexa que pode surgir em diferentes tipos de relacionamentos, seja amoroso, amizade ou até mesmo relações familiares. Sigmund Freud, um dos mais renomados psicólogos e teóricos da psicanálise, propôs que o ciúme não é uma emoção única, mas sim um fenômeno multifacetado que pode ser categorizado em três tipos distintos: ciúme normal, ciúme projetivo e ciúme delirante. Neste artigo, vamos explorar esses três tipos de ciúme, de acordo com a perspectiva freudiana, e entender como eles podem afetar os relacionamentos humanos.

  1. Ciúme normal:

O ciúme normal é uma emoção comum que pode surgir em qualquer relacionamento. É uma resposta natural a uma situação percebida como uma ameaça ao vínculo afetivo com um parceiro ou uma parceira. O ciúme normal pode ser desencadeado por uma série de fatores, como a suspeita de infidelidade, a atenção excessiva dada a outra pessoa, ou a presença de uma pessoa atraente no ambiente. Esses sentimentos de ciúme normalmente são passageiros e podem ser gerenciados com uma comunicação aberta e honesta entre os parceiros.

De acordo com Freud, o ciúme normal está enraizado nas experiências da infância, quando a criança busca exclusividade no afeto de seus cuidadores. Esse desejo de exclusividade é transferido para os relacionamentos românticos na idade adulta, onde a pessoa busca a mesma segurança e atenção de seu parceiro. O ciúme normal pode ser uma emoção saudável quando é expresso de forma construtiva e serve como um sinal para proteger o relacionamento.

  1. Ciúme projetivo:

O ciúme projetivo, segundo Freud, é uma forma de ciúme em que a pessoa projeta seus próprios sentimentos e desejos inconscientes em seu parceiro ou parceira. Em outras palavras, a pessoa sente ciúme não porque o parceiro está realmente se comportando de forma inadequada, mas porque a pessoa projeta em seu parceiro seus próprios medos e inseguranças. Essa projeção pode resultar em suspeitas infundadas e acusações injustas.

Por exemplo, uma pessoa que tem desejos de trair seu parceiro pode projetar esses desejos no parceiro e sentir ciúme, mesmo que o parceiro não tenha dado motivo para isso. O ciúme projetivo pode ser prejudicial para o relacionamento, pois pode levar a conflitos e desconfiança sem base real. É importante que a pessoa que experimenta o ciúme projetivo reflita sobre seus próprios sentimentos e inseguranças, e busque compreender suas projeções antes de acusar o parceiro.

  1. Ciúme delirante:

O ciúme delirante é considerado o tipo mais extremo e patológico de ciúme, segundo Freud. Nesse caso, a pessoa tem crenças delirantes e irracionais de que o parceiro está sendo infiel, mesmo na ausência de evidências concretas. Essas crenças são mantidas de forma persistente, mesmo quando confrontadas com evidências em contrário. O ciúme delirante pode levar a comportamentos obsessivos, possessivos e até mesmo violentos em alguns casos.

Freud atribui o ciúme delirante a uma combinação de fatores psicológicos e emocionais, incluindo a influência de experiências traumáticas na infância, como abuso ou negligência, e a presença de transtornos psicopatológicos, como a paranoia. O ciúme delirante geralmente requer intervenção psicológica e/ou psiquiátrica para ser tratado, pois pode causar danos significativos ao relacionamento e à saúde mental do indivíduo.

Em resumo, os três tipos de ciúme segundo Freud são o ciúme normal, que é uma emoção natural em resposta a ameaças percebidas no relacionamento e pode ser gerenciado com uma comunicação aberta; o ciúme projetivo, em que a pessoa projeta suas próprias inseguranças no parceiro, resultando em suspeitas infundadas; e o ciúme delirante, que é uma forma mais patológica e irracional de ciúme, relacionada a crenças delirantes persistentes de infidelidade do parceiro.

É importante notar que o ciúme pode ser uma emoção complexa e, em alguns casos, pode ter consequências negativas para os relacionamentos. É fundamental que as pessoas que experimentam ciúme, independentemente do tipo, busquem compreender suas emoções, comunicar-se de forma aberta e honesta com o parceiro e, se necessário, buscar apoio profissional para lidar com suas inseguranças e medos. A compreensão dos diferentes tipos de ciúme propostos por Freud pode ser útil na reflexão sobre os próprios sentimentos e no gerenciamento adequado dessa emoção em relacionamentos interpessoais.

As fontes utilizadas para este artigo são baseadas nas teorias e conceitos propostos por Sigmund Freud, considerado o fundador da psicanálise. As informações foram obtidas a partir de suas obras originais, incluindo:

  1. “A Interpretação dos Sonhos” – publicado em 1899, é uma das principais obras de Freud, onde ele introduz conceitos fundamentais da psicanálise, como o inconsciente, a repressão e a interpretação dos sonhos.
  2. “Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade” – publicado em 1905, onde Freud aborda a teoria psicanalítica da sexualidade humana, incluindo questões relacionadas ao ciúme.
  3. “Os Problemas Econômicos do Narcisismo” – publicado em 1920, onde Freud explora a noção de narcisismo e como ele pode estar relacionado ao ciúme.
  4. “Inibição, Sintoma e Angústia” – publicado em 1926, onde Freud discute a relação entre o ciúme e a angústia, bem como suas manifestações clínicas.

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