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7 Motivos para casais procurarem terapia com Psicanalista

A psicanálise é uma abordagem terapêutica que ajuda as pessoas a entenderem melhor seus pensamentos, emoções e comportamentos. É uma terapia que se concentra na investigação da vida emocional e relacional dos pacientes, com o objetivo de ajudá-los a desenvolver uma maior compreensão de si mesmos e de suas relações interpessoais. A psicanálise pode ser particularmente útil para casais que enfrentam problemas em seus relacionamentos. Neste artigo, vamos discutir os benefícios de um casal procurar um psicanalista.

  1. A psicanálise ajuda a identificar padrões de comportamento repetitivos

Um dos principais benefícios da psicanálise para casais é que ela ajuda a identificar padrões de comportamento repetitivos que podem estar prejudicando o relacionamento. Muitas vezes, as pessoas se envolvem em comportamentos automáticos sem perceberem, e esses comportamentos podem ser prejudiciais para a relação. Um exemplo comum é quando um parceiro se retira do relacionamento sempre que surgem conflitos. A psicanálise pode ajudar a identificar esses padrões de comportamento repetitivos e ajudar o casal a encontrar maneiras de mudá-los.

  1. A psicanálise ajuda a lidar com traumas e problemas emocionais

A psicanálise também pode ajudar os casais a lidar com traumas e problemas emocionais que possam estar afetando seu relacionamento. Traumas do passado, como abuso físico ou emocional, podem afetar a capacidade de uma pessoa de confiar em outra pessoa e de se sentir segura em um relacionamento. Problemas emocionais, como depressão e ansiedade, também podem afetar a dinâmica de um relacionamento. A psicanálise ajuda a explorar esses problemas e a encontrar maneiras de superá-los.

  1. A psicanálise ajuda a desenvolver habilidades de comunicação

Um dos maiores desafios que os casais enfrentam é a falta de comunicação. Muitas vezes, as pessoas têm dificuldade em expressar seus sentimentos e pensamentos para seus parceiros. A psicanálise ajuda os casais a desenvolverem habilidades de comunicação eficazes, permitindo que eles expressem seus sentimentos e pensamentos de maneira clara e respeitosa. Com a ajuda de um psicanalista, os casais podem aprender a se comunicar de maneira mais aberta e honesta, o que pode melhorar significativamente seu relacionamento.

  1. A psicanálise ajuda a entender melhor o outro

A psicanálise também ajuda os casais a entenderem melhor um ao outro. Muitas vezes, as pessoas têm dificuldade em entender os pensamentos e sentimentos de seus parceiros, e isso pode levar a mal-entendidos e conflitos. A psicanálise ajuda a desenvolver uma maior empatia e compreensão entre os parceiros, permitindo que eles sejam mais tolerantes e compreensivos um com o outro.

  1. A psicanálise ajuda a desenvolver um senso de intimidade emocional

A intimidade emocional é fundamental para um relacionamento saudável e feliz. A psicanálise ajuda a desenvolver um senso de intimidade emocional entre os parceiros, permit

indo que eles se abram um para o outro e compartilhem seus pensamentos e sentimentos mais profundos. Isso pode ajudar a aumentar a conexão emocional entre os parceiros e a fortalecer o vínculo entre eles.

  1. A psicanálise ajuda a resolver conflitos de forma saudável

Os conflitos são inevitáveis em qualquer relacionamento, mas a forma como eles são resolvidos pode ter um impacto significativo na saúde do relacionamento. A psicanálise ajuda os casais a encontrar maneiras saudáveis ​​de resolver conflitos e a evitar comportamentos destrutivos, como culpar o outro, evitando conflitos ou agindo com hostilidade. A psicanálise ajuda a desenvolver a habilidade de ouvir e entender as necessidades e perspectivas do outro, bem como a habilidade de expressar suas próprias necessidades e perspectivas de maneira clara e respeitosa.

  1. A psicanálise ajuda a construir um relacionamento mais forte e duradouro

Finalmente, a psicanálise pode ajudar a construir um relacionamento mais forte e duradouro. Ao trabalhar com um psicanalista, os casais podem desenvolver habilidades de comunicação eficazes, compreensão e empatia mútua, resolução de conflitos saudáveis, desenvolvimento de intimidade emocional e a identificação de padrões de comportamento prejudiciais. Todas essas habilidades podem ajudar a fortalecer o relacionamento e melhorar sua qualidade e durabilidade.

Em resumo, a psicanálise pode ser uma ferramenta valiosa para casais que buscam melhorar seu relacionamento. Através da psicanálise, os casais podem aprender a identificar padrões de comportamento repetitivos, lidar com traumas e problemas emocionais, desenvolver habilidades de comunicação, entender melhor um ao outro, desenvolver um senso de intimidade emocional, resolver conflitos de forma saudável e construir um relacionamento mais forte e duradouro. Se você e seu parceiro estão enfrentando dificuldades em seu relacionamento, procurar um psicanalista pode ser uma maneira eficaz de encontrar ajuda e orientação.

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Como a psicanálise ajuda casais

A psicanálise é uma abordagem terapêutica que busca compreender o funcionamento mental do indivíduo a partir do estudo de sua história de vida, experiências, traumas e relações. Quando se trata de casais, a psicanálise pode ser uma ferramenta valiosa para ajudar a compreender as dinâmicas presentes na relação e identificar questões que precisam ser trabalhadas para uma convivência mais saudável e feliz.

A seguir, apresentaremos alguns dos principais aspectos da psicanálise que podem ser aplicados ao trabalho com casais.

Compreensão das dinâmicas inconscientes

Uma das principais contribuições da psicanálise para o trabalho com casais é a compreensão das dinâmicas inconscientes que atuam na relação. Muitas vezes, problemas que parecem estar relacionados a questões práticas, como divisão de tarefas domésticas ou gestão financeira, podem ter raízes mais profundas em questões emocionais e psicológicas.

Através da análise da história de vida dos indivíduos e das dinâmicas presentes na relação, o psicanalista pode ajudar o casal a identificar essas questões inconscientes e trabalhar para resolvê-las de forma mais consciente e saudável.

Comunicação saudável

A comunicação é um elemento fundamental em qualquer relacionamento, mas nem sempre é fácil expressar sentimentos e emoções de forma clara e assertiva. A psicanálise pode ajudar os casais a desenvolverem uma comunicação mais saudável, explorando as barreiras emocionais que podem estar impedindo a expressão adequada de sentimentos e necessidades.

Por exemplo, muitas vezes as pessoas têm medo de expressar raiva ou frustração, pois temem a reação do parceiro. No entanto, essa falta de expressão pode levar a ressentimentos acumulados ao longo do tempo, que podem ser prejudiciais à relação.

Ao trabalhar com um psicanalista, os casais podem aprender a identificar essas barreiras emocionais e desenvolver habilidades para expressar seus sentimentos de forma mais clara e assertiva.

Reconhecimento de padrões repetitivos

Outro aspecto da psicanálise que pode ser útil para o trabalho com casais é o reconhecimento de padrões repetitivos. Muitas vezes, os casais ficam presos em padrões de comportamento que se repetem indefinidamente, sem que eles mesmos percebam.

Por exemplo, um casal pode ter uma dinâmica em que um dos parceiros é sempre o provedor financeiro, enquanto o outro fica em casa cuidando dos filhos. Essa dinâmica pode parecer natural e equilibrada, mas na verdade pode estar escondendo questões mais profundas de dependência ou ressentimento.

Ao trabalhar com um psicanalista, os casais podem identificar esses padrões repetitivos e começar a explorar as questões emocionais que podem estar por trás deles.

Reconhecimento de traumas

A psicanálise também pode ser útil para ajudar os casais a reconhecerem e lidarem com traumas passados. Muitas vezes, as experiências traumáticas que vivemos na infância ou adolescência podem ter um impacto duradouro em nossas relações futuras.

Por exemplo, se um dos parceiros foi abandonado pelo pai na infância, pode ter dificuldades em confiar nos relacionamentos e manter um vínculo saudável com o parceiro atual. Ao explorar essas questões em terapia, o casal pode aprender a lidar com esses traumas de forma mais consciente e saudável.

Consciência emocional

Por fim, a psicanálise também pode ajudar os casais a desenvolverem uma maior consciência emocional. Muitas vezes, as pessoas têm dificuldade em identificar e expressar suas emoções de forma clara e assertiva. Isso pode levar a conflitos e mal-entendidos na relação.

Ao trabalhar com um psicanalista, os casais podem aprender a identificar suas emoções e expressá-las de forma mais consciente e saudável. Isso pode ajudar a melhorar a comunicação e a construir uma relação mais saudável e feliz.

Conclusão

A psicanálise pode ser uma ferramenta valiosa para ajudar casais a compreenderem as dinâmicas presentes na relação e identificar questões que precisam ser trabalhadas para uma convivência mais saudável e feliz. Ao explorar as questões inconscientes, desenvolver uma comunicação mais saudável, reconhecer padrões repetitivos, lidar com traumas passados e desenvolver uma maior consciência emocional, os casais podem melhorar sua compreensão um do outro e construir uma relação mais equilibrada e feliz.

É importante destacar que a terapia psicanalítica não é uma solução mágica para os problemas de um relacionamento. A psicanálise é um processo que exige tempo, esforço e dedicação de ambos os parceiros. No entanto, se os casais estiverem comprometidos em trabalhar juntos para melhorar sua relação, a psicanálise pode ser uma ferramenta valiosa para ajudá-los a alcançar seus objetivos.

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Como a psicanálise pode ajudar quem sofre com depressão?

A depressão é uma condição mental comum que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. É caracterizada por uma sensação persistente de tristeza, perda de interesse nas coisas que costumavam ser importantes e uma falta de energia. Embora haja vários tratamentos disponíveis para a depressão, a psicanálise é uma das abordagens mais eficazes e duradouras.

A psicanálise é uma teoria da personalidade e uma forma de tratamento que foi desenvolvida por Sigmund Freud no final do século XIX. O objetivo da psicanálise é ajudar as pessoas a entender e resolver os conflitos emocionais subconscientes que podem estar causando sua depressão. Ao explorar suas memórias, pensamentos e sentimentos, as pessoas podem ter uma compreensão mais profunda de si mesmas e aprender a lidar com as questões emocionais que estão a impedindo de alcançar a felicidade.

A psicanálise acredita que a depressão é frequentemente causada por conflitos internos, tais como traumas de infância, perdas importantes, ansiedade e baixa autoestima. Estes conflitos podem ser difíceis de identificar e resolver, pois estão enraizados profundamente no subconsciente. No entanto, através da terapia, as pessoas podem aprender a trazer esses conflitos à tona e a trabalhar através deles de forma mais eficaz.

A terapia de psicanálise geralmente é conduzida em sessões regulares com um terapeuta treinado. Durante as sessões, o terapeuta ajuda o paciente a explorar suas emoções, pensamentos e memórias para compreender as fontes subconscientes da depressão. O terapeuta também ajuda o paciente a identificar padrões de comportamento negativos e a desenvolver estratégias para lidar com esses comportamentos.

Um dos principais benefícios da psicanálise para a depressão é que é uma abordagem profunda e duradoura. Enquanto os medicamentos podem ser eficazes para aliviar os sintomas da depressão, eles não tratam as causas subjacentes da condição. A psicanálise, por outro lado, ajuda as pessoas a explorar as raízes emocionais da sua depressão e a desenvolver habilidades de autoconhecimento e resolução de conflitos que podem ser úteis para a vida toda.

Além disso, a psicanálise também é útil porque permite que as pessoas explorem questões pessoais em um ambiente seguro e confidencial. O terapeuta é treinado para ser objetivo e sem julgamento, o que permite que o paciente se sinta à vontade para explorar questões difíceis e profundas. Além disso, a terapia de psicanálise é uma abordagem holística que leva em conta todos os aspectos da vida do paciente, incluindo relacionamentos, trabalho e histórico familiar.

Embora a psicanálise possa ser uma forma eficaz de tratamento da depressão, é importante lembrar que não é uma solução rápida ou fácil. O tratamento da depressão com a psicanálise pode ser um processo longo e desafiador, mas é uma jornada valiosa que pode ajudar as pessoas a alcançar uma compreensão mais profunda de si mesmas e a encontrar uma vida mais equilibrada e feliz.

Em resumo, a psicanálise é uma forma eficaz e duradoura de tratamento da depressão. Através da terapia, as pessoas podem explorar as fontes subconscientes da sua depressão e aprender a lidar com questões emocionais complexas. Embora o processo possa ser desafiador, a jornada de autoconhecimento e resolução de conflitos é uma que pode trazer muitos benefícios a longo prazo. Se você está lutando com a depressão, considere procurar ajuda de um terapeuta treinado em psicanálise para começar sua jornada em direção à saúde mental e bem-estar.

5 maneiras em que a psicanálise trata a depressão

  1. Exploração das raízes emocionais da depressão: A psicanálise é baseada na ideia de que as emoções e comportamentos são influenciados por pensamentos e sentimentos inconscientes. Durante a terapia, o paciente é incentivado a explorar essas raízes subconscientes da sua depressão, o que pode ajudar a identificar padrões de pensamento negativo e comportamento disfuncional.
  2. Aprendizado sobre a relação entre pensamento, emoção e comportamento: A psicanálise também ajuda as pessoas a compreender como seus pensamentos, emoções e comportamentos estão interconectados. Isso pode ajudar a identificar padrões de comportamento disfuncional e a mudar padrões negativos de pensamento e comportamento.
  3. Resolução de conflitos internos: A psicanálise ajuda as pessoas a resolver conflitos internos que possam estar contribuindo para a sua depressão. Isso pode incluir questões relacionadas ao passado, como traumas ou relacionamentos disfuncionais, ou questões atuais, como tensões no trabalho ou em casa.
  4. Fortalecimento da autoconfiança: A psicanálise pode ajudar as pessoas a fortalecer sua autoconfiança e autoestima, o que é crucial para superar a depressão. O terapeuta pode trabalhar com o paciente para ajudá-lo a identificar seus pontos fortes e capacidades e encorajá-lo a confiar mais em si mesmo.
  5. Melhora das habilidades de gerenciamento de estresse: A psicanálise também pode ajudar as pessoas a desenvolver habilidades efetivas de gerenciamento de estresse, o que é importante para prevenir recaídas na depressão. O terapeuta pode trabalhar com o paciente para identificar fontes de estresse e ajudá-lo a desenvolver estratégias de gerenciamento de estresse eficazes.

Em resumo, a psicanálise é uma forma eficaz de tratamento da depressão que pode ajudar as pessoas a explorar as raízes emocionais da sua doença, a compreender a relação entre pensamento, emoção e comportamento, a resolver conflitos internos, a fortalecer a autoconfiança e a melhorar as habilidades de gerenciamento de estresse.

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Ansiedade social: como um psicanalista pode ajudar

A Associação Americana de Psiquiatria (APA) reconheceu pela primeira vez a ansiedade social como um distúrbio oficial em 1980, incluindo-a em seu Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) pela primeira vez.

No entanto, o medo fóbico de situações sociais já havia sido descrito muito antes disso. Entre os pensadores mais proeminentes a analisar o fenômeno estava Sigmund Freud, o fundador da psicanálise.

O medo fóbico de situações sociais havia sido descrito no final do século 19. Entre os pensadores mais proeminentes a analisar o fenômeno estava Sigmund Freud, o fundador da psicanálise.

Conteúdo

O que é a Psicanálise?

Como a psicanálise explica a ansiedade social?

Como a psicanálise trata a ansiedade social?

Mecanismos de Defesa na Neurose Fóbica (Histeria de Ansiedade)

A Psicanálise é um tratamento eficaz para a ansiedade social?

Variáveis Importantes no Tratamento Psicanalítico

O Papel da Mãe Boa o Suficiente

A importância da individuação e autenticidade

O que é a Psicanálise?

Para Sigmund Freud (1923), a psicanálise é:

  • Um procedimento para examinar processos psíquicos que são difíceis de acessar por outros meios.
  • Um método de tratamento para distúrbios neuróticos
  • Uma base de conhecimento e teoria dos insights psicológicos

Com base nessas considerações, Sigmund Freud entende o ser humano como um sujeito que está em constante conflito entre o que fazemos, o que desejamos e o que acontece ao nosso redor.

Esses conflitos ocorrem na maior parte do tempo fora de nossa consciência consciente. De acordo com Freud, nossos impulsos e desejos inconscientes lutam para serem realizados no plano da realidade.

Como isso muitas vezes não é possível, e como muitos desses desejos são mutuamente exclusivos, esses conflitos não resolvidos e inconscientes podem causar problemas, nomeadamente através das manifestações de sintomas (como a ansiedade em situações sociais).

A psicanálise visa tornar conscientes os conflitos inconscientes, o que não só pode nos ajudar a entender nossos sentimentos e comportamentos, mas também pode ser terapêutico em si mesmo.

A psicanálise visa tornar esses conflitos conscientes, o que não só pode nos ajudar a entender nossos sentimentos e comportamentos, mas também pode ser terapêutico em si mesmo.

Como a psicanálise explica a ansiedade social?

Enquanto o DSM-V se refere ao medo irracional de situações sociais como transtorno de ansiedade social (anteriormente: fobia social), a teoria psicanalítica e freudiana usa os termos neurose fóbica e histeria de ansiedade. Os principais mecanismos de defesa envolvidos são a evitaçãoa repressão e o deslocamento.

Freud (1895) considera a neurose fóbica como um medo irracional de um objeto (lugar, pessoa ou situação) que nos faz sentir ameaçados.

Normalmente, as origens da neurose fóbica podem ser rastreadas até uma experiência traumática significativa (muitas vezes na primeira infância).

Normalmente, as origens da neurose fóbica podem ser rastreadas até uma experiência traumática significativa (muitas vezes na primeira infância).

De acordo com a teoria psicanalítica, essa experiência traumática foi reprimida (tornada inconsciente), pois teria sido esmagador para a pessoa manter uma memória consciente do evento.

Nesses casos, nossa psique pode empregar certos mecanismos de defesa para nos proteger. Freud argumentou que isso acontece fora de nossa consciência consciente.

DSM-VPsicanálise
Os critérios diagnósticos são definidos pela APA, são generalizados e funcionam como uma lista de verificação objetiva.Não diagnostica. As experiências únicas do paciente são mais importantes. Exame subjetivo.
Intervenções guiadas por manual de tratamento. Muito semelhante para a maioria dos pacientes.Intervenções guiadas pela curiosidade e intuição do paciente e do analista.
Focado no curto prazo com potencial a longo prazo: alívio dos sintomas e redução do comprometimento funcional.Foco no longo prazo com potencial de curto prazo: insights psicológicos, autoconhecimento e redução do sofrimento.

Mecanismos de Defesa na Neurose Fóbica (Histeria de Ansiedade)

Os principais mecanismos de defesa empregados por pessoas com neurose fóbica são a evitação, a repressão e o deslocamento.

Evitar: Evitamos situações que nos fazem sentir desconfortáveis.

Repressão: Nós suprimimos memórias e sentimentos que são muito dolorosos para suportar em nossa experiência consciente.

Deslocamento: O medo inconsciente que sentimos sobre um determinado objeto (lugar, pessoa ou situação) é conscientemente experimentado quando confrontado com um objeto diferente.

Como você pode ver, a intenção desses mecanismos de defesa é nos proteger de sentimentos e memórias desconfortáveis.

A intenção desses mecanismos de defesa é nos proteger de sentimentos e memórias desconfortáveis.

Embora muitas vezes sejam cruciais para nos ajudar a lidar, especialmente quando somos bebês, eles podem se tornar problemáticos à medida que crescemos e somos capazes de trabalhar com as memórias traumáticas. É aí que entra a psicanálise.

No entanto, como o conteúdo psicológico de interesse é inconsciente, ele não pode ser facilmente acessado e recuperado.

Como a psicanálise trata a ansiedade social?

A psicanálise cunhou o termo cura pela fala. Ao colocar nossas experiências e afetos internos em palavras, podemos liberar bloqueios emocionais e tratar sintomas histéricos (Marx, Benecke & Gumz, 2017).

O transtorno de ansiedade social (neurose fóbica) pode ser tratado através da livre associação. O paciente compartilha qualquer coisa que venha à mente durante a sessão: pensamentos, ideias, memórias, palavras, sentimentos, etc. Ao fazer isso, conflitos inconscientes podem ser descobertos e o paciente experimenta alívio catártico.

Catarse: o processo de liberar e, assim, proporcionar alívio de emoções fortes ou reprimidas (Hornblower, Spawforth, & Eidinow, 2012).

A associação livre é usada na psicanálise e pode levar à catarse.

Freud (1923) acreditava que, colocando nossas experiências em palavras, podemos encontrar respostas para as seguintes questões:

  • De onde vieram os meus sintomas?
  • Por que eu sinto esses sintomas?
  • O que esses sintomas significam para mim?
  • Como posso interpretar e compreender os meus sintomas?
  • Como meus sintomas se relacionam com meu histórico pessoal?
  • Como posso lidar com esses sintomas para sofrer menos?

A regra fundamental da associação livre é a sinceridade total por parte dos pacientes. Eles devem dizer as coisas exatamente como as pensam ou como lhes ocorrem, sem censurar nada.

Assim, os portões para o inconsciente acabarão por se abrir e permitir que o paciente interprete seus sintomas exatamente onde eles se originaram.

A Psicanálise é um tratamento eficaz para a ansiedade social?

Um dos principais argumentos que é frequentemente usado contra a psicanálise é que não há provas de sua eficácia.

O próprio Freud (1916) escreveu em um de seus primeiros escritos sobre o sintoma: “A psicanálise visa o caso a caso”.

Dado que a psicanálise enfatiza a experiência subjetiva e se abstém de generalizações, é muito difícil realizar ensaios que meçam sua eficácia.

O próprio Freud (1916) escreveu em um de seus primeiros escritos sobre o sintoma: "A psicanálise visa o caso a caso".

No entanto, esse argumento tornou-se menos válido ao longo das últimas décadas. Um número cada vez maior de estudos de caso tem mostrado os efeitos profundos que a psicanálise pode ter como tratamento psicológico.

Isso também é verdade para a ansiedade social. Vários estudos de caso relatam melhorias substanciais em pessoas com TAS depois de passar por um processo psicanalítico (McEvoy et al., 2016).

Variáveis Importantes no Tratamento Psicanalítico

O grau em que a psicanálise pode ajudar a reduzir a ansiedade social depende de muitos fatores diferentes. Entre os mais importantes estão:

  • O compromisso do paciente com o seu processo.
  • O profissionalismo do psicanalista.
  • O ajuste terapêutico entre paciente e analista e a aliança terapêutica e transferência que se desenvolvem durante o tratamento.
  • A duração e a frequência do tratamento.
  • As intenções do paciente (querer erradicar a ansiedade social versus a vontade de integrá-la em suas vidas).
  • O desejo de ser acompanhado por um profissional empático e curioso.
  • A capacidade do paciente para introspecção e vontade de explorar e analisar processos pessoais.

Mas o mais importante, o sucesso da psicanálise depende de quão comprometidos estamos em olhar consistentemente para dentro e analisar nossos sentimentos, comportamentos, pensamentos e intenções.

O sucesso da psicanálise depende de quão comprometidos estamos em olhar consistentemente para dentro e analisar nossos sentimentos, comportamentos, pensamentos e intenções.

Para aqueles que estão prontos para esta tarefa e que estão procurando encontrar a causa raiz de seu problema, a psicanálise pode ser uma ótima opção de tratamento.

O Papel da Mãe Boa o Suficiente

A psicologia dinâmica é uma abordagem pós-freudiana que se baseia na psicanálise. Ele enfatiza a importância das relações interpessoais e argumenta que padrões problemáticos em nossas formas de se relacionar com os outros podem causar problemas psicológicos, como ansiedade social.

Donald Winnicott foi um dos pioneiros dessa abordagem. Ele se concentrou na relação mãe-filho de seus pacientes, pois acreditava que ela lançava as bases para a nossa maneira de nos relacionarmos com os outros durante o resto de nossas vidas.

Winnicott cunhou o termo “mãe boa o suficiente”, que veio a ser um conceito importante na terapia psicodinâmica até hoje.

Winnicott cunhou o termo "mãe boa o suficiente", que veio a ser um conceito importante na terapia psicodinâmica até hoje.

Ele argumentou que para a criança desenvolver um autêntico “self”, a mãe não precisa ser perfeita, mas deve responder de uma maneira “suficientemente boa” para que a criança desenvolva uma confiança básica em outros, no mundo e nelas mesmas.

Se a criança é privada de suas necessidades básicas, como abrigo, comida e amor, um eu autêntico não pode ser desenvolvido. Em vez disso, a criança desenvolve um falso eu para se proteger das ameaças à sua existência.

No entanto, o desenvolvimento de um falso “eu” também pode ser o resultado da mãe exagerar em seu cuidado. Este é frequentemente o caso quando as mães são superprotetoras e não permitem a liberdade pessoal da criança, como explorar seus arredores ou expressar emoções negativas.

If the child is deprived of their basic needs, such as shelter, food, and love, an authentic self cannot be developed. Instead, the child develops a false self to protect itself from the threats to their existence.

A importância da individualidade e autenticidade

Os exemplos acima ilustram como nossos primeiros relacionamentos com nossos pais, especialmente com a mãe (ou outro cuidador principal), afetam significativamente a maneira como nos relacionamos com os outros pelo resto de nossas vidas.

Para prevenir e tratar padrões de relacionamento problemáticos, Winnicott enfatizou a importância da individualidade e autenticidade com os outros.

Individuação refere-se ao processo de nos separarmos dos outros (geralmente da mãe durante a primeira infância) para desenvolver nosso próprio eu. Desenvolvemos um senso de individualidade e experimentamos conscientemente nossos próprios pensamentos, sentimentos e preferências, que se tornaram independentes dos outros.

Autenticidade refere-se ao processo de revelar o nosso verdadeiro eu aos outros. De acordo com Winnicott, um verdadeiro “eu” é caracterizado pela capacidade de entender genuinamente nossas necessidades e personalidade, e de revelá-las e expressá-las aos outros.

Autenticidade refere-se ao processo de revelar o nosso verdadeiro eu aos outros. De acordo com Winnicott, um verdadeiro eu é caracterizado pela capacidade de entender genuinamente nossas necessidades e personalidade, e de revelá-las e expressá-las aos outros.

Ao reconhecer e nutrir nossa própria individualidade e revelá-la aos outros de maneira autêntica, podemos nos tornar mais independentes da opinião dos outros e de nossa necessidade de agradá-los.

Assim, não apenas deixamos de lado os padrões relacionais tóxicos que fomos forçados durante a infância e começamos relacionamentos mais satisfatórios, mas também podemos reduzir a ansiedade social ao longo do caminho.

Conclusão

  • A psicanálise é uma opção de tratamento válida para a ansiedade social (também chamada de neurose fóbica).
  • Tem uma duração mais longa e cava mais fundo do que a maioria das outras terapias.
  • A psicanálise é altamente individualizada e se interessa pelas peculiaridades de cada paciente.
  • Paciente e analista tentam acessar os pensamentos, sentimentos, desejos, conflitos, etc. inconscientes do paciente.
  • A associação livre é a principal técnica aplicada na psicanálise. O paciente se senta ou se deita e fala sobre tudo o que vem à mente sem qualquer restrição.
  • As experiências da primeira infância, especialmente a relação com pais e irmãos, são de grande interesse nesta forma de tratamento.
  • A psicanálise tradicional se concentra em impulsos inconscientes (como desejo e agressão), enquanto as abordagens psicodinâmicas (derivações da psicanálise tradicional) se concentram em padrões relacionais.
  • A mãe não boa o suficiente, a individuação e a autenticidade são conceitos importantes para pessoas com ansiedade social.

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2 coisas que você nunca deve dizer a uma pessoa ansiosa

A ansiedade não precisa de introdução. Quem, por exemplo, não esteve em uma situação em que estar em alerta máximo de alguma forma salvou sua pele? Além disso, é muito provável que você tenha retornado a um estado livre de ansiedade e seguido em frente com sua vida. Evoluída para idealmente ser uma ferramenta tão construtiva de autopreservação, a ansiedade, infelizmente, pode se expandir persistentemente em algumas pessoas a ponto de desejar que elas estivessem mortas. Imagine estar nesse estado de “alerta máximo” perpetuamente.

Kat Smith/Pexels

Talvez a ansiedade seja motivada pela preocupação ou pelos pensamentos assustadores e intrusivos que acompanham o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Talvez seja a hipervigilância como consequência do trauma ou a sensação sufocante de estar longe da segurança na agorafobia. Seja qual for a forma, para aqueles que sofrem de ansiedade generalizada, não há retorno a um estado livre de ansiedade.

Para aqueles que não estão de luto, pode ser confuso por que alguém em tal estado não pode “simplesmente se acalmar”. Consequentemente, “acalmar-se” ou algo semelhante pode ser o seu conselho ao encontrar alguém que esteja especialmente nervoso, o que, em última análise, só pode servir para piorar as coisas.

As pessoas que sofrem de ansiedade recebem conselhos bem-intencionados, mas inúteis, de pessoas que não entendem realmente a situação da pessoa afetada pela ansiedade. Por sua vez, a pessoa ansiosa e em busca de apoio pode se sentir alienada, gerando irritação / mais angústia, o que faz tudo menos cultivar o bem-estar.

Se você conhece alguém que está muito ansioso ou se depara com pessoas assim no trabalho e não tem certeza do que dizer, evitar as próximas duas frases provavelmente melhorará as coisas, especialmente se você as substituir pelas alternativas sugeridas.

1. “Calma”

Essa sugestão onipresente para os ansiosos passa pelos lábios dos observadores como se o sujeito nunca tivesse pensado nisso por conta própria. Além disso, o tom com o qual geralmente é entregue adiciona sal à ferida. Você já ouviu essa expressão sem que ela soasse como uma ordem autoritária ou um apelo condescendente? É como se o observador não pudesse lidar com a presença da pessoa ansiosa, enviando-lhe a mensagem: “Eu não posso lidar com você”. Imagine estar na extremidade receptora disso durante um ataque de pânico ou quando uma reação traumática está ocorrendo.

Algodão/Pexels

A alternativa: Embora a declaração reflexiva acima possa parecer uma reação lógica, dedicar um tempo para aprender a ser receptivo (em vez de reativo) provavelmente produzirá melhores resultados. Se você se sentir irritado com a angústia da pessoa, imagine o que ela sente.

Simplesmente começar reconhecendo a presença de grande ansiedade é um bom lugar para começar; por exemplo: “Jaime, eu percebo que você se sente realmente desconfortável agora”, estabelecendo um tom mais empático. Finalmente, estar disposto a ajudar e perguntar: “O que seria útil para você agora?” gera uma atmosfera de parceria construtiva e resolução de problemas que provavelmente terá um efeito de redução da ansiedade por conta própria (ou seja, a pessoa poderá raciocinar da seguinte forma: “alguém está disposto a me ajudar”).

2. “Apenas pare de pensar nisso”

A ansiedade generalizada é impulsionada por pensamentos. As fobias correm em um ciclo de pensamento “isso é perigoso”, a preocupação salta para o pior pensamento e as pessoas traumatizadas podem se lembrar do evento inadvertidamente, inundando-se com memórias intrusivas provocadoras de ansiedade.

Para aqueles que nunca experimentaram tais coisas, pense em uma música que você não gosta ficar presa em sua cabeça e, em seguida, repita “apenas não pense nisso”. Não funcionou, não é? Agora, anexe a isso um mecanismo de defesa biologicamente orientado que o coloque em alerta máximo, porque o pensamento é essencialmente uma percepção de perigo que alimenta a resposta de sobrevivência de estar de prontidão para lutar / fugir. Agora você pode ver como é ainda mais difícil tentar ignorar algo que bate implacavelmente, tanto mental quanto fisiologicamente.

Dizer a alguém para “simplesmente não pensar” no que quer que esteja roendo em sua mente é uma boa receita para irritá-los ainda mais. Isso porque, assim como “levante-se”, se fosse tão simples assim, eles já teriam feito isso. Além disso, o uso do termo “simplesmente” ou “apenas” faz parecer que é fácil e que eles têm algum defeito porque não podem fazê-lo. Considere o efeito sobre uma pessoa socialmente ansiosa cuja vida gira em torno do medo do escrutínio dos outros. Finalmente, é incapacitante, pois pode implicar que o que quer que eles tenham em mente não é grande coisa.

A alternativa: Quando alguém relata um pensamento irritante relacionado ao seu estado de ansiedade, é melhor criar um diálogo sobre o assunto, novamente, em parceria com o indivíduo para mostrar apoio e resolver problemas de forma construtiva para tentar reduzir a nitidez. Se Barbara está desconfortável com a ideia de pegar um voo, por exemplo, é difícil para ela não pensar nisso quando sua mente é consumida por pensamentos sobre acidentes de avião enquanto ela relata preocupadamente as horas até a decolagem.

Responder com algo mais reflexivo pode ajudá-lo a se sentir apoiado e empoderado, aliviando sua ansiedade. Então, para Barbara, sua companheira de viagem pode dizer: “Barbara, eu sei que você não é fã de voar, mas não posso deixar de lembrar das outras vezes em que voamos juntos e tudo deu certo, chegamos bem ao nosso destino. Bárbara então é lembrada de que no caso dela, ela já voou em outras ocasiões e tudo ocorreu bem. Dessa forma, seu companheiro de viagem pode ajudá-la a cultivar alguma confiança, fazendo-a lembrar de que em geral, os voos são tranquilos.

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Psicanálise: o que fazer se sente que seu cônjuge está “sempre certo”?

Os relacionamentos são repletos de conflitos potenciais porque exigem a navegação de duas personalidades diferentes. Embora existam muitos traços de personalidade que podem incomodá-lo em um cônjuge ou parceiro, poucos traços desencadeiam uma reação emocional tão forte quanto o traço em que uma pessoa age como se estivesse sempre certa.

Essa característica pode ser frustrante em um amigo, mas é muito mais difícil de suportar em um relacionamento romântico que envolve tantos laços emocionais e proximidade constante. Se você é casado com alguém que age como se estivesse sempre certo, há algumas coisas a ter em mente que podem tornar suas interações com eles menos conflituosas.

Agir como se estivesse sempre certo reflete um mecanismo de defesa psicológica generalizada.

Não há uma causa simples para esse traço de personalidade complexo, mas a maioria das pessoas que têm a necessidade de estar sempre certas compartilham uma característica importante: sua necessidade de estar sempre certo indica um mecanismo de defesa forte e difundido (incluindo, mas não limitado a uma negação de sua vulnerabilidade, uma parte inerente da experiência humana, quer gostem ou não).

A definição de mecanismo de defesa é: “uma maneira pela qual alguém se comporta sem pensar nisso para se proteger de sentimentos ou situações desagradáveis” (“Mecanismo de Defesa” (em inglês), 2019). Tenha em mente que a parte da definição que inclui “não pensar sobre isso” também é clinicamente conhecida como um processo inconsciente, o que significa que o traço de personalidade, (sempre estar certo), tornou-se tão enraizado no pensamento e na personalidade da pessoa que eles não estão plenamente conscientes do quanto precisam estar sempre certos. Embora as pessoas que agem como se estivessem sempre certas saibam que necessariamente gostam de estar certas, elas não entenderiam conscientemente que agem dessa maneira porque estão compensando demais os sentimentos de vergonha, uma sensação de inadequação e medo que surgiria se estivessem erradas.

Psicologicamente, homens e mulheres que nunca estão errados se sentiriam extremamente expostos se os outros testemunhassem que estavam errados. Estar errado em qualquer circunstância na frente dos outros parece-lhes uma fraqueza ou defeito, mesmo quando a maioria das pessoas não consideraria estar errado aqui ou ali como um defeito. Por outro lado, as pessoas com boa autoestima aceitam que às vezes estão erradas porque são humanas.

Por que as pessoas que agem como se nunca estivessem erradas são tão adversas à noção de que ocasionalmente estão erradas, mesmo nas circunstâncias mais mundanas ou triviais.

Eles têm uma história das primeiras experiências em que ser vulnerável resultou em ser emocionalmente ferido: homens e mulheres que nunca erram desenvolveram esse traço de personalidade defensiva há muitos anos, e muitos deles o desenvolveram porque alguém muito importante em sua vida inicial os fez se sentir emocionalmente inseguros. Quando eram jovens, muitos desses homens e mulheres aprenderam que não era seguro baixar a guarda e ser vulneráveis, porque quando baixavam a guarda e eram vulneráveis no passado, eram emocionalmente feridos, criticados ou mesmo punidos.

Por exemplo, homens e mulheres que estão sempre certos muitas vezes tiveram a experiência de compartilhar uma experiência com alguém e ver como as informações sobre essa experiência foram usadas contra eles depois. Outros homens e mulheres com esse problema foram envergonhados em pontos críticos durante seu desenvolvimento por “falhar”, ou levados a se sentir estúpidos ou mesmo patéticos, às vezes, por pais ou colegas na escola. Anos atrás, esses indivíduos (inconscientemente, inadvertidamente) começaram a construir um estilo de resposta defensiva “pit” para proteger seu ego de se sentir pequeno, insuficiente, defeituoso ou estúpido novamente.

Falta de reconocimiento, sentirse poco valorados: otro factor en la vida de un niño que da lugar a este rasgo de personalidad es no haberse sentido suficientemente elogiado y valorado en la infancia. Debido a que estos hombres y mujeres no fueron criados y valorados lo suficiente cuando eran niños y niñas, el desarrollo de su ego y su autoestima, sufrieron. Más tarde en la vida, estos hombres y mujeres aprendieron a compensar en exceso las dudas y los sentimientos de vergüenza por no ser lo suficientemente buenos al cambiar el guión. Exteriormente, aprendieron a actuar como si fueran fuertes, superiores e infalibles, incluso cuando la lógica les diría que no existe tal persona.

Crescer com um pai que sempre teve razão: em alguns casos, a pessoa que está sempre certa desenvolveu essa orientação com base na modelagem social. Especificamente, esses indivíduos podem ter crescido com um pai que também estava sempre certo. As crianças que têm um pai que nunca está errado e sempre certo muitas vezes se sentem irritadas e ressentidas, porque a perspectiva dos pais parece rígida e injusta, e muitas vezes trai a realidade ou a objetividade.

Essas crianças muitas vezes vivem com um sentimento subjacente de que são inferiores ao pai superior, que está sempre certo, e as crianças internalizam a sensação de que não são inerentemente boas o suficiente e tão valiosas quanto são. Como resultado, essas crianças muitas vezes passam pela infância sentindo-se ressentidas e irritadas por não serem “ouvidas” ou valorizadas, e por serem descartadas por aqueles que importam. Como você lida com esses sentimentos? Eles começam a operar com o mesmo traço de personalidade de que foram vítimas com o pai, agora agindo com os outros como se estivessem sempre agora.

Lo que significa este rasgo de personalidad para el diagnóstico

Para alguns homens e mulheres, a personalidade que nunca erra é parte de um problema maior: toda uma organização de personalidade que é distorcida de maneiras cruciais. Esses indivíduos podem ter o que os médicos chamam de transtorno de personalidade, e esse traço é mais comum entre as pessoas que têm o que é conhecido como transtornos de personalidade do Grupo B (transtornos de personalidade narcisistas, limítrofes e antissociais, especialmente), cada um dos quais é descrito na edição atual do Manual Estatístico de Transtornos Mentais (Associação Americana de Psiquiatria, 2013).

As personalidades do grupo B envolvem expectativas distorcidas dos outros, uma visão desordenada do eu e relacionamentos desordenados. Homens e mulheres que têm um transtorno de personalidade do Grupo B muitas vezes têm a necessidade de se sentir superior aos outros, o que muitas vezes requer descartar os pensamentos e sentimentos dos outros. O pensamento é assim: O que a realidade realmente importa quando meu ego está em risco? Eu protejo meu ego para me sentir grande e forte a todo custo. Para homens e mulheres que nunca estão errados, proteger seu ego frágil é seu objetivo número um.

No entanto, a personalidade não é o único fator subjacente à construção e manutenção desse traço. As pessoas que têm a necessidade de estar sempre certas podem ter esse problema em função de seu estilo cognitivo (pensamento). Especificamente, eles podem sofrer de um estilo cognitivo extremamente rígido, com ideias fixas. Homens e mulheres que nunca estão errados podem atender a alguns ou todos os critérios para o Transtorno Obsessivo-Compulsivo, um distúrbio que inclui ideias e comportamentos rígidos e fixos.

Da mesma forma, homens e mulheres que estão no extremo altamente funcional do transtorno do espectro do autismo (o que os médicos historicamente chamaram de “transtorno de Asperger”) muitas vezes exibem pensamentos e comportamentos rígidos ou fixos. Quando tais indivíduos têm o pensamento de que estão certos em uma situação particular, eles têm grande dificuldade em “mudar a perspectiva” e ver a de outra pessoa na mesma situação.

Os transtornos acima são apenas um subconjunto dos possíveis distúrbios que podem coexistir com o traço de personalidade de sempre precisar estar certo. Se você está preocupado que seu cônjuge possa apresentar esse tipo de personalidade como um sintoma de um problema psicológico maior, a melhor prática é se reunir com um profissional de saúde mental para discutir a questão em profundidade. Embora esses profissionais só possam diagnosticar indivíduos que se avaliaram clinicamente, um profissional pode ouvir suas circunstâncias e compartilhar feedback para ajudá-lo a gerenciar essa dinâmica de relacionamento de forma mais eficaz.

Necessidades não atendidas na vida atual do indivíduo

Embora seja útil entender o que pode estar acontecendo clinicamente com seu cônjuge, também é útil refletir sobre quais fatores na vida atual de seu cônjuge podem estar exacerbando o problema (a necessidade de provar que você está sempre certo). Sigmund Freud, o neurologista revolucionário e fundador da psicanálise, acreditava que os principais problemas emocionais de uma pessoa surgem em uma das duas áreas da vida: a vida profissional ou a vida romântica. As pessoas que agem como se nunca estivessem erradas muitas vezes têm uma forte necessidade não atendida em sua vida pessoal, seja sua vida romântica, vida familiar ou vida social.

Uma necessidade não atendida de reconhecimento na vida profissional ou contribuição para o trabalho: Ter um senso de propósito e se sentir necessário é crucial para o bem-estar de uma pessoa. As pessoas têm uma necessidade urgente de sentir que a contribuição para o trabalho que realizam na vida é importante e valorizada pelas pessoas próximas a elas. Se o seu trabalho é formal, de um caixa a um CEO ou alguém que trabalha administrando uma casa ou babá, é crucial para o humor e a autoestima de uma pessoa sentir que a contribuição que ela faz é reconhecida e valorizada. Se a necessidade de reconhecimento na vida profissional ou contribuição para o trabalho não for atendida, a necessidade não atendida geralmente resultará em raiva, ressentimento, tristeza e até depressão.

Aqueles que têm uma necessidade não satisfeita de reconhecimento em suas vidas profissionais tornam-se defensivos. Eles supercompensam a necessidade não atendida esforçando-se mais para que todos próximos a eles reconheçam sua contribuição e seu valor geral. Em outras palavras, se alguém se sente subvalorizado e subestimado, entra em excesso psicológico para que todos vejam seu valor. Como homens e mulheres que nunca estão errados têm uma profunda necessidade de reconhecimento, eles dedicam grande parte de sua energia à construção de uma pessoa na qual eles se vêem como o oposto de alguém que é falho ou vulnerável. Eles começam a agir diante do mundo como se fossem uma figura de autoridade, alguém que tem um dom e é superior à maioria.

Uma necessidade não atendida de reconhecimento na vida pessoal: sentindo-se feliz o suficiente e sendo capaz de socializar de forma consistente e harmoniosa com os outros próximos a eles (cônjuges, parceiros, amigos íntimos, colegas de trabalho e chefes), as pessoas precisam atender às suas necessidades emocionais básicas de respeito e cuidado. Quando as pessoas se sentem despercebidas, subestimadas ou desrespeitadas por muito tempo, elas começam a se sentir amargas, irritadas e até deprimidas. Sem dúvida, alguém que age como se estivesse sempre certo não está atendendo às suas necessidades emocionais básicas de respeito e reconhecimento em suas vidas diárias.

Se uma pessoa não se sente valorizada o suficiente por aqueles mais próximos a ela em sua vida pessoal, essa pessoa se tornará defensiva e tomará características de personalidade e mecanismos de defesa que protegem seu ego de se sentir mal ou insuficiente. Esses indivíduos muitas vezes adotam a atitude “Eu nunca estou errado” como uma maneira de compensar os sentimentos que surgem neles, porque as pessoas cruciais em suas vidas pessoais atuais fazem com que eles se sintam invisíveis ou sem importância.

Por que sua abordagem não funciona

Apesar do esforço, essa abordagem mental não funciona. Essa orientação de personalidade “Eu estou sempre certo, eu nunca estou errado” não é autêntica ou baseada na realidade (porque é impossível para alguém ser um sobre-humano ou sempre certo), então a base desse sistema de crenças está errada e mal adaptada. Como resultado, homens e mulheres que agem como se nunca errassem falham em realmente alcançar seu objetivo de fazer com que os outros os respeitem e reconheçam. Em vez disso, esse estilo de personalidade rígida só causa conflito, fazendo com que os outros se ressintam ou os desprezem ainda mais. Infelizmente, o ciclo continua. A pessoa que nunca comete um erro torna-se ainda mais ativa porque está tentando exigir o respeito que acha que merece, mas ainda não está recebendo reconhecimento suficiente. Com o tempo, eles se tornam mais irritados e amargos, e ela se esforça ainda mais para provar seu valor e estar certa. A necessidade de alguém ser respeitado e valorizado é tão fundamental que as pessoas farão quase qualquer coisa para alcançá-lo, mesmo que isso signifique autossabotagem.

Como lidar quando seu cônjuge nunca comete um erro

Você já ouviu o conto sobre tentar apagar as listras de um tigre. Simplificando, tentar mudar as características de personalidade mais fundamentais do seu cônjuge ou parceiro é um esforço infrutífero. A necessidade psicológica de que esses indivíduos estejam sempre certos e nunca errados é tão forte e foi fabricada por tantos anos que o traço de personalidade é semelhante ao titânio; simplesmente não se move. O que pode render, no entanto, é como você, seu cônjuge ou parceiro, reage a isso. Como lidar com isso? Ele usa uma série de abordagens mentais.

Habla con un profesional de la salud mental para obtener algo de perspectiva.

Primeiro, a estratégia mais eficaz para lidar com um cônjuge que nunca dá errado é procurar um terapeuta de casais. Embora muitos homens e mulheres com esse traço de personalidade não queiram conversar com um terapeuta porque sua autoestima não é forte o suficiente para resistir a qualquer crítica construtiva ou feedback de um terapeuta, é sempre uma boa ideia, mesmo uma sessão, como uma opção. Se a terapia não é uma opção, a única outra opção (além de terminar o relacionamento, o que pode não ser necessário) é mudar a maneira como você reage ao seu traço de personalidade frustrante.

No tomes personalmente su personalidad defensiva y de siempre tener la razón.

Parece pessoal quando seu cônjuge age como se tivesse descido do céu para agraciá-lo com sua presença superior e sempre correta, mas definitivamente não é pessoal. Seu cônjuge é assim com qualquer pessoa com quem ele ou ela é muito próximo profissionalmente ou pessoalmente. Entenda que a necessidade do seu cônjuge de estar sempre certo não é um sinal de que ele ou ela pensa que eles são inerentemente inferiores a ele ou ela; Ele tem medo de ser desrespeitado ou não ser valorizado por alguém, um estranho, seu chefe, cônjuge, e é por isso que ele age da maneira que age. Embora eles ajam como alguém superior e poderoso, eles realmente sofrem de um ego um tanto frágil. É claro que as pessoas que se sentem bem consigo mesmas não precisam estar certas o tempo todo; aqueles que lutam com a insegurança e a baixa autoestima são os que insistem em ser as pessoas mais inteligentes e sábias da sala. Homens e mulheres que nunca cometem erros não podem realmente ser vulneráveis porque serem vulneráveis, de acordo com seu pensamento distorcido, acabaria machucando-os ou sendo usados contra eles.

Elige tus batallas.

As pessoas que nunca cometem erros precisam vencer e ser votadas como as “mais respeitadas” a todo custo. Esses homens e mulheres lutarão contra você nota por nota se você os desafiar, então quando a questão não for importante, deixe-os vencer. Quando ambos estiverem discutindo uma questão que é importante, deixe-a descansar por um dia ou dois e planeje uma abordagem medida e não emocional para o tópico. Mostrar a essas pessoas qualquer tipo de sentimento negativo, como raiva ou frustração, só vai inflamá-las mais. O arqui-inimigo desses indivíduos é a responsabilidade, então não desperdice sua energia tentando responsabilizá-los e pedindo justiça. Quando a necessidade desses indivíduos de estar certo é ativada, eles nunca reconhecerão nenhuma vulnerabilidade.

Certifique-se de ter uma longa lista de saídas para enfrentar a situação.

Você não é louco por esperar justiça e um reconhecimento mútuo da realidade em um relacionamento. Infelizmente, esses homens e mulheres não valorizam essas coisas. Não é realista se preocupar com esse traço de personalidade novamente, mas é realista garantir que você não perca a cabeça lidando com eles. Você pode lidar com isso e manter o relacionamento funcionando bem o suficiente, desde que você tenha saídas pró-sociais suficientes. Exemplos: conversar com um terapeuta, meditação, vários tipos de exercício físico, desabafar com amigos próximos, escrever em um diário, buscar orientação espiritual, etc.

Em resumo

Não leve a necessidade do seu cônjuge de estar sempre certo para o lado pessoal, mas também não se envolva emocionalmente demais quando a necessidade do seu cônjuge de estar certo for ativada. Em última análise, todos têm falhas, e é nosso próprio trabalho garantir que encontremos uma maneira de reagir às pessoas mais próximas a nós que nos faça sentir bem, conectados e apoiados.

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a man and a woman praying together

Por que é tão difícil lidar com pessoas narcisistas?

Quando um narcisista pede que você “perdoe e esqueça”, eles geralmente esperam perdão pelo dano que ainda pode estar sendo feito em tempo real. Do ponto de vista deles, o problema é você perceber sua falta de vontade de parar – não sua insistência e recusa reais. Eles realmente acreditam que seria mais fácil e justo para você se ajustar os maus-tratos deles, do que para eles simplesmente pararem de maltratá-lo.

O sentimento de se sentir sempre com a razão é uma característica do transtorno de personalidade narcisista. Isso explica por que muitos narcisistas percebem erroneamente as consequências como mais duras do que o comportamento cruel, desonesto e egocêntrico que justificou tais repercussões em primeiro lugar. Os narcisistas se vêem como merecedores de tratamento especial em todas as circunstâncias, mesmo que tenham destruído a saúde física, a autoestima, as redes de apoio e a capacidade de construir relacionamentos com indivíduos confiáveis de uma vítima.

Lil Artsy/Pexels

O melhor pedido de desculpas é a mudança de comportamento – isso é senso comum para a maioria das pessoas. No entanto, os narcisistas muitas vezes preferem que as vítimas adotem a negação. Eles parecem incapazes de imaginar que suas vítimas desejam que o esquecimento seja possível; mas o trauma infligido a eles foi tão profundo que agora é algo com que eles devem lidar. E, embora pareça contra-intuitivo, às vezes o melhor enfrentamento não é a repressão, mas sim o processamento aberto do trauma com um sistema de apoio que não exigirá dissociação do passado ou do presente. Às vezes, a cura parece rejeitar a amnésia tóxica.

Pode-se imaginar que evidências concretas ajudariam um narcisista a entender a magnitude de seu dano, mas mesmo diante de provas, muitos apenas se voltarão para o controle da narrativa por meio de se fazerem de vítimas ou até mesmo de tentarem mostrar que quem está mal é você.

Eles podem, por exemplo, dizer aos outros que você começou um conflito que realmente começou com eles atacando você, ou que você foi intransigente, mesmo que você nunca tenha pedido nada mais do que respeito básico e permanecido paciente quando ainda tinha esperança de que eles mudassem. Qualquer auto-respeito de você pode intensificar essa reação. Quanto mais empoderado você parece, quanto mais eles temem a exposição, mais energia eles investem em distorcer fatos e mais tempo eles gastam garantindo que a narrativa deles abafe a sua.

Acima das consequências e irrepreensíveis

A auto-ilusão de um narcisista de que eles são os árbitros auto-nomeados da verdade – e as únicas autoridades sobre a realidade – é o pressuposto que alimenta seu direito à confiança e respeito imerecidos. Assim como os narcisistas concedem a si mesmos permissão para se esquivar das regras e padrões que impõem aos outros, eles também se concedem permissão para “brincar de Deus” e reescrever a realidade para se conformar ao seu senso de infalibilidade.

Da mesma forma, a eventual queda de um narcisista geralmente pode ser atribuída à sua rejeição crônica de críticas construtivas e conselhos bem-intencionados. Pode-se sentir a necessidade de críticas diretas – mesmo válidas e fundamentadas – com as almofadas de ressalvas afirmativas, isenções de responsabilidade e qualificadores, ou garantia preventiva de que eles são uma boa pessoa com aptidão para melhorar. No entanto, essas estratégias ponderadas geralmente se mostram fúteis.

Ketut Sabiyanto/Pexels

Pior ainda, os narcisistas tendem a projetar competição e rivalidade onde nenhuma delas existe. Conselhos como: “Você pode parecer mais positivo se pensar mais antes de falar” podem facilmente ser mal interpretados como: “Você acha que sabe tudo? Que eu sou mais burro do que você? Que eu sou um perdedor?”

Muitos narcisistas não conseguiram entender sua abertura para aprender com eles no momento seguinte, porque se sentem compelidos a projetar uma hierarquia dominante-subordinada na dinâmica. Seu filtro mental padrão é tipicamente definido como preto ou branco, pensamento e falsas dicotomias (todas boas-todas ruins, versus perspectivas “ambas/e” que enfatizam o pensamento contextual e o relativismo moral).

Isso significa que eles minam sua própria socialização e negligenciam a prática das habilidades pró-sociais de autorregulação e tomada de perspectiva. Se o seu conselho privado os pouparia de um escrutínio mais severo em público, permanecer alheio às armadilhas de seu caráter pode se sentir mais seguro (e eles geralmente têm facilitadores empáticos para ajudar a limpar suas bagunças).

Da mesma forma, um grupo com alto narcisismo coletivo – como uma instituição religiosa que é autoritária e doutrinariamente fundamentalista – pode se desviar invocando delírios persecutórios, ou talvez espiritualizar demais qualquer grau de crítica ou inconformidade como evidência do espírito do “Inimigo”.

Alex Verde/Pexels

Abuso Narcisista

Os narcisistas muitas vezes empregam táticas implacáveis – deflexão, projeção e racionalização – porque estão comprometidos em mal-entendidos e desacreditando você. Sua intenção é sobrecarregar seu sistema nervoso, até que você não tenha coragem e força para falar e lutar.

Esse impacto mente-corpo dessa hostilidade insidiosa explica por que os sobreviventes de abuso narcisista geralmente relatam vários problemas de saúde. Alguns sofrem com problemas gastrointestinais, inflamação de níveis cronicamente altos de hormônios do estresse, pesadelos e flashbacks, ataques de pânico e muito mais.

De boa-fé, os sobreviventes de um narcisista muitas vezes tentam a reconciliação, sem perceber que o narcisista não “joga limpo”. Não só isso, mas o modo de ser típico impede o narcisista de entender o que a verdadeira paz e o perdão implicam: total transparência, humildade radical e compromissos acionáveis com a integridade no futuro, se houver mesmo um desejo de fazê-lo.

Mas raramente a humildade raramente é encontrada em narrativas narcisistas. Assim, a cura para sobreviventes de abuso narcisista muitas vezes centra o desafio de descartar a necessidade de provas ou pessoas para reivindicar sua inocência e bom caráter.

Normalmente, o primeiro passo parece substituir um autocrítico interior que o narcisista propositadamente instilou para induzir a autoconsciência e a insegurança. Essa voz interior muitas vezes reproduz o roteiro desvalorizador do narcisista – o narcisista diminuindo suas forças, culpando sua confiança ou realizações, julgando o que lhes traz alegria, acusando-os de egoísmo, invalidando sua intuição como “loucura” e comparando-os com os outros.

Yan Krukau/Pexels

Retraumatização

A retraumatização pode resultar do trauma de ser ativa e rotineiramente desacreditado, invalidado, silenciado, alienado e / ou bode expiatório dentro de uma família, local de trabalho ou indústria, escola, comunidade religiosa, ou outra instituição. Às vezes, a retraumatização da traição institucional eclipsa a dor do abuso narcisista que inicialmente levou um sobrevivente a falar.

A traição institucional é muitas vezes possibilitada por narrativas que enquadram “lados” certos e errados, com base em dinâmicas de poder desiguais (por exemplo, “Como ela se atreve a falar sobre [seus presbíteros, seu chefe, seu pastor, seu pai, etc.] dessa maneira?”). Essas narrativas são como os narcisistas recrutam amigos e familiares de um sobrevivente para negar evidências, vigiá-los e miná-los socialmente através de fofocas sobre eles serem “loucos”.

Os sobreviventes acabam percebendo que, pois o narcisista define “perdão” e “paz”, dependem da aceitação de suas ilusões escapistas de irrepreensibilidade e pureza. Não importa que a narrativa revisionista alinhada com sua auto-ilusão desafie fatos, razão, empatia e todo o senso comum.

O Tempo É Uma Mãe

Em “Como humilhar um narcisista absoluto”(em inglês), Jeremy E. Sherman escreve: “Ser um narcisista absoluto exige disciplina de um tipo peculiar, a disciplina de ser completamente indisciplinado, nenhuma consistência em suas racionalizações implacáveis e falsas, a disciplina de dizer em resposta a tudo ‘que prova que estou certo’, sem atenção. à realidade, ou ao significado das coisas que dizem, já que tudo o que importa é manter a aparência de vencer”.

Pior ainda, os narcisistas muitas vezes empregam o que Sherman chama de lógica padrão – “se eles podem encontrar qualquer falha em você, isso prova que eles são impecáveis por padrão”.

Andrea Piacquadio/Pexels

Isso os leva a enquadrar cada escolha que você faz como uma fraqueza. Falar porque você se sente inseguro? Você é vingativo. Explicitar seus motivos? Você é um sabe-tudo. Pega o caminho mais alto? Você é preguiçoso. Chorar? Você é sensível. Gritar? Você é um monstro. Ficar em silêncio? Você está com medo. Desmascarar suas mentiras com evidências cronológicas e detalhadas? Você está preso no passado.

Você provavelmente está se perguntando se o narcisista vence no final. Não. Por quê, você pergunta? Nenhum mentiroso pode impedir que a verdade se acumule e se revele ao longo do tempo. Nosso personagem sempre se infiltra (ou salta) eventualmente, mesmo apesar de nosso melhor esforço conjunto para se misturar e passar despercebido. O trabalho das sombras, ou o exame das camadas inconscientes e reprimidas de nossa individualidade, pode nos salvar – no entanto, os narcisistas são inequivocamente contrários a ele.

Imagine passar uma vida inteira acreditando que seu maior problema são outras pessoas e, em seguida, perceber a implausibilidade dessa projeção apenas quando não há mais ninguém para culpar.

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man in front of the mirror

A diferença entre narcisismo e alta autoestima

Publicado em Psychophysiology, um estudo recente de Brummelman et al. examina os primeiros indicadores fisiológicos de alta autoestima e narcisismo.

Narcisismo vs. Alta Autoestima

O narcisismo e a alta autoestima têm certas características em comum, como as autopercepções positivas. Não surpreendentemente, muitas pessoas assumem que os narcisistas têm alta autoestima. No entanto, isso não é necessariamente verdade.

Em outras palavras, narcisismo e autoestima são diferentes. Enquanto a autoestima se refere à avaliação subjetiva de uma pessoa de seu valor, o narcisismo refere-se a sentimentos de egocentrismo, auto-importância, superioridade, grandiosidade e sentimento de direito. Uma pessoa com alta autoestima pensa: “Eu sou bom”. Um narcisista pensa: “Eu sou especial” ou “Eu sou o melhor”.

O estudo de Brummelman e colegas, descrito abaixo, tentou determinar se o narcisismo e a autoestima também têm diferentes precursores fisiológicos.

Investigando os indicadores fisiológicos de narcisismo e autoestima

Amostra: 71 meninos (46% do sexo masculino; 88% holandeses).

Procedimento: Quando as crianças tinham 4,5 anos de idade, elas chegaram ao laboratório com seus pais e foram convidadas a executar uma música na frente de seus pais, uma câmera (que estava gravando a performance) e o experimentador.

Durante a fase de previsão, que durou dois minutos, ele instruiu as crianças a se sentarem no pódio até a hora de agir. Depois de cantar, houve uma fase de recuperação que durou um minuto. Durante este período, as crianças foram novamente instruídas a sentar-se no pódio. Essas fases não foram gravadas em vídeo.

Medidas: Ao longo dos períodos de desempenho, antecipação e recuperação, os pesquisadores registraram as respostas fisiológicas das crianças, como eletrocardiograma (ECG), variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e atividade eletrodérmica.

Aos 7,5 anos – que é quando as diferenças individuais de autoestima e narcisismo emergem mais claramente – as crianças retornaram ao laboratório para preencher questionários que avaliaram o narcisismo (a Escala de Narcisismo Infantil de 10 itens) e a autoestima (a Subescala Global de Autoestima de seis itens do Perfil de Autopercepção das Crianças).

O que os pesquisadores descobriram

Crianças com predisposição ao narcisismo “mostraram níveis elevados de condutância da pele durante a antecipação da tarefa”. A condutância da pele permaneceu elevada durante toda a atividade e não retornou à linha de base durante a recuperação. Em contraste, “as crianças predispostas a níveis mais elevados de autoestima mostraram condutância reduzida da pele durante o exercício”.

Os resultados concordam com a visão de que as crianças narcisistas são “mais frágeis e propensas a preocupações de avaliação social”, enquanto as crianças com alta autoestima “são mais confiantes e podem se sentir confortáveis em contextos de avaliação social”. As crianças geralmente “experimentaram um aumento acentuado na condutância da pele à medida que passavam da antecipação para a execução”, mas “esse aumento foi atenuado para crianças predispostas a altos níveis de narcisismo”.

Em outras palavras, o desempenho real não parecia tornar as crianças narcisistas muito mais ansiosas. Por que?

Talvez as crianças narcisistas já estivessem quase tão apreensivas e preocupadas quanto poderiam estar, então não havia muito espaço para um aumento adicional na ansiedade.

Outra possibilidade é que as crianças narcisistas tenham vivenciado a fase de desempenho como positiva, apesar de sua ansiedade antecipatória. Ser o centro das atenções e receber elogios grandiosos pode ter sido uma experiência especialmente positiva para crianças narcisistas.

Despois, antes de que cada criança se apresentasse, ela era apresentada ao “público” dessa forma: “Damas e cavallheiros, hoje teremos uma apresentação especial do famoso (nome da criança), que vai cantar a música (nome da música).”

Narcisismo, autoestima e ansiedade sócio-avaliativa

Como observado, crianças predispostas ao narcisismo (versus crianças com alta autoestima) tendem a mostrar maior atividade de condutância da pele ao antecipar ou realizar uma tarefa de avaliação social, como agir na frente de uma audiência. Nota: A condutância da pele está relacionada à excitação simpática, resposta de luta ou fuga, segundo estudos científicos.

Isso faz sentido porque os narcisistas são mais propensos a experimentar hiperexcitação em situações em que se sentem expostos ao julgamento social ou antecipam tal exposição.

Para ser claro, as crianças confiantes no estudo também experimentaram respostas de luta ou fuga. Especificamente, a atividade de condutância da pele de crianças com alta autoestima aumentou da antecipação ao desempenho. No entanto, seus níveis de condutância cutânea foram inicialmente mais baixos e permaneceram abaixo dos níveis de crianças com baixa autoestima.

A resposta de crianças confiantes faz sentido se lembrarmos que uma função básica da autoestima é avaliar a aceitação e a valorização social. Portanto, crianças altamente confiantes não esperam rejeição se falharem em uma tarefa. Mesmo quando seu desempenho é criticado, eles ainda esperam ser aceitos e tratados como indivíduos valiosos.

Gilmanshin/Pixabay
Fonte: Pixabay

Origens do narcisismo e da alta autoestima

Quais são as origens do desenvolvimento do narcisismo e da alta autoestima? Pesquisas indicam que ambos são em parte hereditários e em parte aprendidos através da interação com agentes socializantes, particularmente os pais.

Para ilustrar, as crianças narcisistas são mais propensas a ter pais que as supervalorizam e acreditam que são especiais.

No entanto, essas crianças não desfrutam de aceitação incondicional porque são valorizadas e aceitas apenas se eles vivem de acordo com os padrões muitas vezes irrealistas de seus pais. Tal aprovação condicional pode explicar as intensas preocupações de avaliação social de crianças narcisistas.

Em contraste com a supervalorização dos pais, o calor e a capacidade de resposta dos pais estão ligados ao comportamento de apoio, sensibilidade e cuidado, com a aprovação e aceitação incondicional da criança. De fato, o calor dos pais é mais propenso a promover o desenvolvimento de alta autoestima.

Pais calorosos e receptivos reservam tempo para passar com seus filhos, mostrar entusiasmo pelo que interessa a seus filhos e compartilhar suas emoções positivas.

Dessa forma, os pais responsivos comunicam a aceitação de seus filhos por quem eles são, em vez de aceitação condicional deles por atenderem aos padrões perfeccionistas de seus pais.

Em resumo

A presente pesquisa mostra que narcisismo e autoestima são construtos distintos. Especificamente, o narcisismo pode ser “previsto pela hiperatividade fisiológica durante a antecipação da exposição social”, enquanto “a autoestima [é] prevista por um estado geral de excitação reduzida”.

Isso significa que os narcisistas são mais propensos do que aqueles com alta autoestima a experimentar excitação e ansiedade em situações de avaliação social. Eles têm medos mais fortes de serem rejeitados, ridicularizados ou humilhados; e ser desvalorizados se não atenderem aos critérios do avaliador.

Pessoas com alta autoestima também experimentam ansiedade de desempenho e antecipam críticas potenciais, juntamente com elogios, em situações avaliativas. Ao mesmo tempo, eles se sentem aceitos, valorizados e amados, independentemente de seu desempenho social. Isso permite que eles se sintam confiantes sobre quem são, não importa o que aconteça.

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silhouette photo of couple during golden hour

Você é viciado(a) em alguém? Como resolver? Psicanálise aplicada

Você já esteve “perdidamente” apaixonado? Você já se sentiu tão apaixonado por outra pessoa a ponto de achar que não dá pra viver sem ela? Você ficou tão fascinado pelo outro que se sentiu quase obcecado?

Se sim, você deve saber do que estou falando. Alguém especial entra em sua vida e você sente uma onda de atração quando eles estão por perto. Apenas o ato de escutar seu nome traz um sorriso instantâneo ao seu rosto. Você se encontra ansioso para conversar com essa pessoa, tocá-la e estar perto dela, porque você se sente incrível quando ela está com você. Você pensa nela o tempo todo. Mesmo quando eles não estão juntos, você fantasia sobre ela e fala sobre ela com seus amigos mais próximos o tempo todo. Com o tempo, esse interesse amoroso rapidamente se torna o ponto focal de sua mente, dominando seus pensamentos, emoções e ações, tomando completamente sua vida.

Apaixonar-se: uma experiência naturalmente “viciante”

A experiência emocional, fisiológica e psicológica esmagadora de se apaixonar pode ser tão convincente que você pode se sentir viciado em seu amante. A paixão está associada à estimulação em uma parte muito antiga do cérebro que está associada à sobrevivência conhecida como via de recompensa dopaminérgica (Filbey 2019; Fisher et al., 2002; Fisher, Aron e Brown, 2005). Como resultado, estar apaixonado está associado ao hiperfoco em seu amante como se você fosse viciado: você pensa constantemente nessa pessoa, tem desejos intensos de estar por perto, se sente eufórico quando está com ele, age para poder se aproximar e tem dificuldade em fugir mesmo quando quer se concentrar em outra coisa.

De fato, muitos estudiosos argumentam que o processo muito natural de se apaixonar é, na verdade, biologicamente projetado para fazer você se sentir viciado em seu parceiro. Pense nisso como a maneira como nossos corpos nos encorajam a fazer sexo, ter bebês e nos sentimos compelidos a ficar com um parceiro por tempo suficiente para garantir a sobrevivência de qualquer filho. E, se o seu relacionamento é saudável para você, sentir-se viciado em seu amante não parece um coisa ruim. Muito pelo contrário: pode ser uma experiência mágica que consome tudo. Mas, se o seu parceiro não retribuir ou se não for saudável para você, sentir-se viciado em seu parceiro pode lançá-lo em um ciclo prejudicial de sintomas dolorosos que prejudicam sua qualidade de vida e bem-estar geral.

Quando se sentir viciado em seu parceiro machucar você

Embora não seja um diagnóstico clínico, o vício em amor é um termo frequentemente usado para descrever um padrão de sintomas nocivos que se concentram em um interesse amoroso atual ou anterior que causa consequências negativas na vida de uma pessoa. Alguns sintomas comuns e muito angustiantes do vício em amor incluem:

  • Pensar obsessivamente sobre o seu amante quando você não quer
  • Desejo de contato com seu amante de uma forma que atrapalha sua vida
  • Sentir-se emocionalmente reativo e angustiado facilmente por causa do papel do seu amante em sua vida
  • Agir de maneiras insalubres para se sentir perto de seu amante ou chamar a atenção dele
  • Distrair-se da discórdia nos relacionamentos de maneiras insalubres, como beber demais, machucar-se ou agir impulsivamente

Quando você está lutando com o vício do amor, você quer ficar longe de seu amante atual ou antigo, mas você se sente preso e incapaz de deixá-los ir. Esses sintomas indesejados podem prejudicar drasticamente seu bem-estar, autoestima e capacidade de aproveitar a vida.

Apaixonar-se é uma das experiências mais inebriantes que temos como seres humanos. No entanto, se o seu relacionamento termina ou você está namorando alguém que não é saudável para você, estar apaixonado pode lançá-lo em uma espiral descendente de sintomas negativos que prejudicam gravemente sua qualidade de vida.

Os vícios vêm de muitas formas. Um vício em uma pessoa envolve pensamentos obsessivos sobre o relacionamento, sentimentos de esperança, antecipação, espera, confusão e desespero. Relacionamentos viciantes são tóxicos e muito poderosos.

Relacionamentos saudáveis não envolvem drama constante e sentimentos contínuos de que se a pessoa não estiver o tempo todo com você, você não sente bem. Relacionamentos saudáveis simplesmente são saudáveis. Quando você está em um relacionamento não viciante, você simplesmente sabe que aquela pessoa amada está sempre disponível para você. Você não precisa se perguntar, esperar ou viver em tumulto sobre o seu último ou próximo encontro com essa pessoa.

O primeiro passo na recuperação é encarar a verdade. Identifique sua pessoa tóxica como a “droga” do tipo que você é viciado. Antes que você possa desfazer qualquer vício, você precisa possuir a realidade que você tem um. O reconhecimento é o início de sua jornada em direção à recuperação.

Para ajudá-lo a encarar a verdade, pegue seu bloco de anotações e comece o processo. Comece escrevendo o seguinte:

  • Identifique seus sentimentos em relação ao seu relacionamento viciante.
  • Identifique o relacionamento “ciclo louco”. Por exemplo: antecipação – encontro – bem-aventurança momentânea – confusão – partida – saudade – desespero. Este é apenas um exemplo; identificar o ciclo dentro de seu próprio relacionamento.
  • Anote o que está sendo realizado em seu relacionamento viciante (um sentimento de pertencimento, sentimento de queria, etc.). Observe a “correção” temporária que você encontra quando está com sua pessoa; identificar a “promessa” ou “esperança” que está sendo cumprida temporariamente.
  • Anote os pensamentos obsessivos comuns que você tem em relação à sua pessoa.

Depois de ter enfrentado a verdade, comprometa-se consigo mesmo a viver na verdade — a viver na realidade, não importa o custo. A recuperação requer viver na verdade por cima de viver na fantasia. Relacionamentos viciantes são fantasias. Você está apaixonado pelo que você gostaria que a pessoa fosse, não pelo que ela é.

Você é viciado na química do cérebro ligada à antecipação e ligação traumática em torno do relacionamento. Porque o relacionamento é tão totalmente insatisfatório, você fica com um estado constante de vazio, que é temporariamente amenizado a cada encontro com seu objeto de obsessão (a pessoa).

É um ciclo vicioso.

Depois de identificar seus pensamentos, sentimentos e padrões em seu relacionamento, é hora de começar a abstenção (se você ainda não o fez). Você deve se abster de seu vício. Você pode se abster de duas maneiras:

  1. Abster-se completamente do relacionamento (sem contato nenhum); isso inclui mensagens no WhatsApp, SMS e mídias sociais.
  2. Abster-se de emaranhados emocionais; isso requer desapego.

Esta será uma parte muito difícil da sua jornada. Os produtos químicos cerebrais liberados ao tentar se separar são muito diferentes dos neurotransmissores e hormônios liberados quando você está com seu ente querido. O principal produto químico liberado durante períodos de estresse (incluindo estresse emocional) é o cortisol. Qualquer gatilho (como a perda de um ente querido) libera substâncias químicas do sistema noradrenérgico (que inclui a liberação de cortisol e norepinefrina).

À medida que você enfrenta outra partida emocionalmente desreguladora de seu ente querido, seu sistema de estresse entra em alta velocidade, liberando substâncias químicas de estresse em seu corpo, o que o motiva a “fazer algo sobre isso!” À medida que você antecipa o alívio do estresse, seu cérebro libera substâncias químicas, como a dopamina, que oferecem essa sensação positiva de antecipação. Você entrou na parte do desejo do seu vício.

A fim de quebrar um vício, você precisa perceber que você está lutando contra essas respostas químicas. Isso significa que você não se sentirá bem por um tempo. Mas tenha certeza, se você pode se abster de responder à química do seu cérebro, você pode passar por esses tempos difíceis e seu sistema de neurotransmissores acabará por descansar em um estado de equilíbrio.

Algumas sugestões sobre o que fazer enquanto você está neste “ciclo de desejo”:

  • Encontre uma diversão ou distração positiva – jardinagem, caminhada, meditação ou qualquer outra atividade saudável.
  • Faça algo não agressivo físico, como caminhadas, ciclismo, corrida, levantamento de peso, etc.
  • Conecte-se com alguém saudável. Converse com um amigo próximo e deixe-o saber como você realmente se sente.
  • Escreva em seu diário. O diário é eficaz para liberar emoções desconfortáveis. Escreva como você se sente e o que você quer. Encoraje-se em seu diário.
  • Crie mantras positivos para ajudá-lo a passar pelo ciclo de desejo. Encoraje-se e não se permita ficar obcecado com pensamentos autodestrutivos.
  • Escreva uma lista de todas as razões pelas quais seu relacionamento / pessoa viciante é ruim para você. É fácil se concentrar no que você perde quando está experimentando sentimentos de vazio, mas se você puder se concentrar nos aspectos negativos do seu relacionamento, poderá se cingir à realidade.

Entenda que você não pode mudar ninguém além de si mesmo. Pare de se concentrar em como a outra pessoa precisa mudar. Você não tem poder sobre outras pessoas, e desejar que os outros mudem só serve para mantê-lo viciado em um padrão destrutivo de espera.

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Como a Psicoanálise vê o amor?

O amor tem estado no centro da psicanálise desde a sua concepção. O que distingue a abordagem psicanalítica do amor da abordagem psicológica clássica é, como diz Bergmann, “a consciência da ligação entre o amor adulto e o amor na infância” (Bergmann, 1988: 668-669). A maioria das abordagens psicanalíticas contemporâneas são expansões das teorias do amor de Freud.

Freud desenvolveu duas teorias psicanalíticas do amor (Bergmann, 1988). Uma delas é a teoria de que o amor e a sexualidade são inicialmente combinados quando a “criança está chupando o peito de sua mãe. A descoberta do objeto de amor é, de fato, um refinamento” (Freud, 1905: 222). Esta fase também é conhecida como a “fase oral” do desenvolvimento psicossexual da criança (0-1 anos de idade). Esta fase é seguida pela fase anal (1-3 anos de idade) e a fase fálica ou edípica (3 a 6 anos). Durante a latência (6-12 anos de idade) a criança aprende a reprimir o componente sexual de seu amor por seus pais. Durante a adolescência (ou a fase genital; 12+ anos de idade), os impulsos sexuais ressurgem e, se os outros estágios tiverem sido resolvidos com sucesso, ele ou ela pode entrar em um relacionamento sexual amoroso com um parceiro. A capacidade do indivíduo de amar (também conhecido como “amor genital”) e se envolver em um relacionamento amoroso saudável depende de sua capacidade de recombinar a capacidade de amor terno com a sexualidade ressurgindo. Isso, no entanto, requer que o indivíduo tenha se separado totalmente dos pais. Caso contrário, o indivíduo experimentará o amado meramente como uma versão corrigida de um pai (Bergmann, 1988).

A segunda teoria de Freud seguiu sua descoberta do narcisismo. Nesta teoria posterior, a separação dos pais é necessária para que possamos experimentar o amor, mas não é suficiente. Nós nos apaixonamos por pessoas que são imagens espelhadas do nosso eu ideal. O amor completa nosso eu narcisista deficiente. Quando o amor é recíproco, a tensão entre si e o outro é eliminada, e o amante experimenta um alívio da liberdade da inveja das qualidades e habilidades da outra pessoa. Isso leva ao sentimento característico de recompensa na presença do amado, bem como a uma idealização do amado. Esta segunda teoria compartilha elementos centrais em comum com a teoria da auto-expansão de Aron & Aron (1986), que também prevê que nos apaixonamos por pessoas que nos complementam e que podem desencadear um sentimento de nosso próprio eu sendo expandido.

Abordagens psicanalíticas mais recentes do amor tornaram-se cada vez mais dessexualizadas (Green 1995), aproximando o campo da teoria do apego. As frases sexuais inerentes à teoria psicanalítica são agora pensadas principalmente como metáforas para a dinâmica entre o indivíduo e seus pais ou mais tarde um parceiro. Como a teoria do apego, a psicanálise moderna também prevê duas maneiras fundamentais de estar inseguramente ligado aos outros.

Uma polaridade fundamental na teoria psicanalítica é aquela entre unidade e agência, ou parentesco e autossuficiência. O indivíduo ansiosamente apegado procura preservar a unidade e prevenir a solidão e a alienação, enquanto a pessoa inevitavelmente apegada procura preservar o arbítrio, a individualidade e a autonomia pessoal. O amor saudável requer que se mantenha um equilíbrio saudável entre unidade e arbítrio, ou parentesco e autossuficiência.

No início dos estágios obsessivos dos relacionamentos amorosos em que o amor é mútuo, os amantes buscam um nível doentio de unidade e relacionamento. Somente quando o amor amadurece e os neuroquímicos e hormônios retornam ao normal, os amantes podem esperar recuperar um equilíbrio entre unidade e agência. Este, no entanto, é também o ponto em que os amantes podem ir longe demais na outra direção e procurar ser autossuficientes e expressar seu próprio arbítrio sem se preocupar com o outro.

Muitos confundem a mudança de hormônios e neuroquímicos que são naturais em relacionamentos amorosos saudáveis e duradouros com uma súbita ausência de amor. Se uma pessoa está acostumada com os sentimentos obsessivos de estar apaixonada e, de repente, não sente nada além de proximidade ocasional e atração sexual, ela é obrigada a pensar que algo está errado com o relacionamento. Uma reação natural a esse sentimento é buscar a auto-expansão em outro lugar, seja através de um novo amante, uma nova atividade auto-expansiva ou uma dedicação renovada ao trabalho. Esse tipo de comportamento é, de fato, previsível em indivíduos evitativos, que são mais propensos a nunca se apaixonar ou a experimentar apenas amor de baixa intensidade.

Quando o apego se torna muito inseguro, especialmente na infância, pode levar à psicopatologia (Widiger & Frances, 1985). Um estilo de apego ansioso na primeira infância é um preditor de transtornos de personalidade dramáticos, como transtorno de personalidade histriônico, limítrofe e dependente mais tarde na vida, enquanto um estilo de apego esquivo na primeira infância é um preditor de transtorno de personalidade esquizotípico, esquizoide, narcisista, antissocial e esquivo mais tarde na vida (West, et al. 1994; Blatt & Levy, 2003). Mas estar inseguramente ligado a um ou mais parceiros na idade adulta também pode dar origem a marcadores de patopsicologia. Ser abandonado por vários parceiros consecutivos pode empurrar um indivíduo para um estilo de apego mais inseguro, que, juntamente com as disposições genéticas, é um preditor de psicopatologia (West, et al. 1994).

Amantes firmemente ligados, que conseguem encontrar o equilíbrio certo entre parentesco e autossuficiência, têm a capacidade de estabelecer relacionamentos interpessoais maduros e mutuamente satisfatórios, dentro dos quais podem explorar novas atividades e desenvolver seu próprio senso de si mesmos. O amante firmemente ligado respeita a necessidade da outra pessoa de tempo sozinho, reservando tempo para se conectar com ele e ela, dando assim a ambas as partes a oportunidade de experimentar independência e vínculo.

Fontes:

Aron, A & Aron, EN. (1986). Love and the Expansion of Self: Understanding Attraction and Satisfaction, New York, NY, US: Hemisphere Publishing Corp/Harper & Row.

Bergmann, MS. (1988). “Freud’s Three Theories of Love in the Light of Later Developments,” J Am Psychoanal Assoc 36, 3: 653-672.

Freud, S. (1905). Three Essays on the Theory of Sexuality, Standard Edition 7, pp. 136-243.

Green, A.(1995). “Has Sexuality Anything to Do With Psychoanalysis?” International Journal of Psychoanalysis 76:871–883.

West, M, Rose, M., Sheldon-Keller, A. (1994). “Assessment of Patterns of Insecure Attachment in Adults and Application to Dependent and Schizoid Personality Disorders,” Journal of Personality Disorders 8(3): 249-256.

Widiger. T. A.. & Frances. A. (1985). “The DSM-III personality disorders: Perspectives from psychology,” Archives of General Psychiatry 42: 615-623.

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