Os desafios de um novo relacionamento sob a ótica da Psicanálise
Iniciar um novo relacionamento pode ser uma experiência emocionante e desafiadora. A Psicanálise, uma abordagem que analisa o inconsciente da mente humana, oferece uma visão interessante sobre os desafios que podem surgir nesse processo.
Já ouviu falar que todo começo é difícil? Bom, isso não é diferente quando começamos um novo relacionamento. Entre várias coisas que podem passar por sua cabeça, separei alguns pontos que considero interessantes.
O medo da perda
Um dos desafios mais comuns em um novo relacionamento é o medo da perda. Isso pode ser resultado de experiências passadas, como relacionamentos anteriores que não deram certo, ou de inseguranças pessoais. Na Psicanálise, esse medo é entendido como uma defesa contra a ansiedade de separação, que é inerente à natureza humana.
E claro, é normal não querer perder. Infelizmente, muitas vezes nós pensamos mais no que pode acontecer do que no está acontecendo. Se você está em um relacionamento novo, o melhor que pode fazer é desfrutar, aproveitar do sabor agradável de estar conhecendo alguém por quem temos carinho e estamos fortalecendo os laços.
Se você tem muito medo de perder seu relacionamento, é uma boa ideia procurar ajuda.
Durante a análise, o indivíduo é encorajado a explorar suas emoções e sentimentos em relação ao relacionamento e à possibilidade de perda. O psicanalista ajuda o indivíduo a compreender as raízes dessas emoções e a trabalhar para superar seus medos através da construção de relacionamentos mais saudáveis e seguros.
Além disso, a psicanálise também pode ajudar o indivíduo a desenvolver sua autoestima e autoconfiança, o que pode ajudá-lo a enfrentar melhor o medo da perda em um relacionamento.
A idealização do outro
Outro desafio que pode surgir em um novo relacionamento é a idealização do outro. Muitas vezes, projetamos nossos desejos e expectativas no parceiro, criando uma imagem idealizada que não corresponde à realidade. Isso pode levar a decepções e frustrações quando o parceiro não atende às nossas expectativas. Na Psicanálise, esse processo é conhecido como projeção.
A idealização do outro pode se manifestar de várias formas, como colocar o outro em um pedestal, esperar que ele satisfaça todas as nossas necessidades emocionais ou projetar nele qualidades que desejamos ter em nós mesmos. Essas expectativas irrealistas podem levar a decepções e conflitos no relacionamento, uma vez que o outro não consegue atender a todas as nossas expectativas.
A idealização do outro pode estar relacionada a questões inconscientes, como a necessidade de preencher um vazio emocional interno ou a busca por uma figura paterna ou materna idealizada. Além disso, pode ser uma forma de evitar lidar com nossas próprias falhas e inseguranças, projetando-as no outro.
A psicanálise propõe que, ao entender nossas próprias questões emocionais, podemos aprender a lidar com elas de forma mais saudável e construtiva. Além disso, é importante reconhecer que o outro é um ser humano com suas próprias falhas e limitações, e que é impossível que ele atenda a todas as nossas expectativas.
Ao trabalhar na compreensão de nossas próprias emoções e expectativas, podemos construir relacionamentos mais saudáveis e equilibrados, baseados na aceitação e respeito mútuo. A psicanálise pode ser uma ferramenta valiosa nesse processo, ajudando a explorar as questões inconscientes que podem estar por trás da idealização do outro em um relacionamento.
A dificuldade de se comunicar
A comunicação é essencial em qualquer relacionamento saudável. No entanto, muitas vezes enfrentamos dificuldades em expressar nossos sentimentos e necessidades de forma clara e assertiva. Isso pode levar a mal-entendidos e conflitos desnecessários. Na Psicanálise, a comunicação é vista como uma forma de expressão da subjetividade, e o analista busca ajudar o paciente a desenvolver uma linguagem mais precisa e autêntica.
Comunicar-se bem é fundamental em qualquer relacionamento, e para melhorar a comunicação de um casal, existem algumas dicas que podem ajudar. Uma delas é ser aberto e honesto, evitando manter segredos e sendo sincero sobre o que está acontecendo em sua vida. Outra dica é exercitar a tolerância e criar uma rotina de diálogo saudável para o casal, experimentando sempre coisas novas para que se possa melhorar a comunicação. Além disso, é importante manter o contato visual, adequar a expressão facial e a postura corporal à situação e ao que estamos transmitindo, e utilizar um tom de voz tranquilo e suave.
Outra dica importante é ouvir atentamente o que o parceiro tem a dizer, sem interromper ou julgar, e demonstrar empatia com o ponto de vista dele. Falar com clareza e evitar deixar as coisas subentendidas também é fundamental para uma comunicação eficaz. Por fim, é importante lembrar que a comunicação é uma via de mão dupla, e que ambos os parceiros devem estar dispostos a se comunicar de forma aberta e honesta para que o relacionamento possa prosperar.
A resistência à intimidade
Por fim, um desafio comum em um novo relacionamento é a resistência à intimidade. Isso pode ser resultado de traumas anteriores, como abuso ou negligência, ou de inseguranças pessoais. Na Psicanálise, a resistência à intimidade é entendida como uma defesa contra a ansiedade de dependência, que é inerente à natureza humana.
Pode ser complicado para algumas pessoas deixar-se conhecer por outra. Mesmo que você esteja gostando da outra pessoa, queira conhecê-la mais, pode ser que seja especialmente difícil para você comentar com ela detalhes sobre sua vida. E o motivo disso pode ser bem variado. Creio que vou escrever no futuro um artigo detalhando melhor isso. Mas, por hora, te digo que uma boa ideia é ir aos poucos, comentando pequenos detalhes sobre você. Em breve, você vai perceber que se sente com mais confiança para contar outras coisas sobre você.
Iniciar um novo relacionamento pode ser um processo desafiador, mas também pode ser uma oportunidade de crescimento pessoal e emocional. A Psicanálise oferece uma visão interessante sobre os desafios que podem surgir nesse processo, ajudando-nos a compreender nossas emoções e comportamentos de forma mais profunda e autêntica.
A histeria é um dos distúrbios psíquicos mais estudados e discutidos na psicanálise. É um termo que remonta à antiguidade e, ao longo da história, passou por várias conceituações e interpretações. No entanto, foi com Sigmund Freud que a histeria ganhou destaque como um fenômeno psicopatológico com base em conflitos psíquicos e sexuais. Neste artigo, vamos explorar o conceito de histeria na psicanálise, bem como descrever como age uma pessoa histérica.
A Histeria na Psicanálise
Na psicanálise, a histeria é considerada uma neurose, um distúrbio psíquico que resulta de conflitos não resolvidos entre desejos inconscientes e mecanismos de defesa. A origem dos sintomas histéricos é geralmente atribuída a experiências traumáticas ou conflitos sexuais reprimidos ocorridos na infância.
Freud desenvolveu a teoria da histeria a partir de suas observações clínicas e do tratamento de pacientes histéricos. Ele argumentou que a histeria estava ligada à repressão de desejos sexuais e agressivos, especialmente relacionados à sexualidade infantil. A energia desses desejos reprimidos seria convertida em sintomas físicos e psicológicos, que serviriam como uma expressão simbólica dos conflitos internos.
De acordo com a teoria freudiana, os sintomas histéricos podem assumir várias formas, como paralisias, afonia, cegueira psicogênica, amnésia, entre outros. Esses sintomas são vistos como uma manifestação simbólica dos conflitos emocionais e sexuais reprimidos. Freud também destacou o papel do inconsciente na formação dos sintomas histéricos, argumentando que eles eram expressões simbólicas de desejos e fantasias ocultos.
O Comportamento de uma Pessoa Histérica
Uma pessoa histérica pode apresentar uma variedade de características e comportamentos que refletem os sintomas da histeria. No entanto, é importante ressaltar que a histeria não se limita apenas ao contexto clínico, mas também pode se manifestar em aspectos da vida cotidiana.
Uma característica comum do comportamento histérico é a busca de atenção e validação por meio de sintomas físicos ou emocionais intensos. A pessoa histérica pode apresentar uma expressão dramática de suas emoções, buscando o envolvimento emocional de outras pessoas. Ela pode ter dificuldade em lidar com a ambiguidade e pode recorrer a comportamentos impulsivos ou exagerados para chamar a atenção para si mesma.
Além disso, a pessoa histérica pode experimentar sintomas somáticos inexplicáveis, como dores físicas ou sensações de formigamento, sem uma causa médica aparente. Esses sintomas podem ser recorrentes e variar em intensidade. A histeria também pode se manifestar por meio de sintomas psicológicos, como crises de choro, ataques de pânico, ansiedade ou mesmo transtornos dissociativos, nos quais a pessoa pode sentir-se desconectada de sua própria identidade ou realidade.
Outro traço característico é a chamada “conversão histérica”, na qual a pessoa transforma um conflito emocional em um sintoma físico. Por exemplo, um sentimento de raiva ou angústia pode se manifestar como uma paralisia repentina ou uma crise de dor física.
É importante mencionar que a histeria não é exclusiva de um gênero específico, embora historicamente a histeria tenha sido associada principalmente às mulheres. Homens também podem apresentar sintomas histéricos e são igualmente afetados pelos conflitos emocionais e psicológicos subjacentes.
Ou seja
A histeria, na psicanálise, é entendida como um distúrbio psíquico resultante de conflitos emocionais e sexuais reprimidos. Os sintomas histéricos são vistos como manifestações simbólicas desses conflitos e podem se manifestar tanto fisicamente quanto psicologicamente.
Uma pessoa histérica pode buscar atenção, validar seus sentimentos e emoções de forma dramática e apresentar sintomas somáticos ou psicológicos intensos. Ela pode ter dificuldade em lidar com a ambiguidade e recorrer a comportamentos exagerados para chamar a atenção para si mesma.
É importante destacar que a compreensão da histeria evoluiu ao longo do tempo e que outros enfoques e perspectivas podem fornecer diferentes interpretações do fenômeno. A psicanálise oferece um olhar profundo sobre as origens e manifestações da histeria, permitindo um melhor entendimento e tratamento dessa condição.
Freud, S. (1895). Estudos sobre a histeria. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, 2, 11-310.
Freud, S. (1917). Conferências introdutórias sobre psicanálise. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, 16, 249-398.
Mitchell, J. S., & Black, M. J. (1995). Freud and beyond: A history of modern psychoanalytic thought. Basic Books.
Bem, se você acompanha os artigos nesse blog, deve saber que geralmente eu não escrevo visando necessariamente o público que estuda ou que é psicanalista. Eu escrevo para as pessoas em geral, principalmente pessoas interessadas em viver bem e estar bem consigo mesmas e com outras pessoas.
Mas, vi necessário escrever sobre essa questão porque quero expressar o que sinto sobre essa questão: a autoafirmação por parte de alguns psicanalistas, que é, em alguns casos, uma tônica em seus discursos. Vou explicar melhor.
Muitos profissionais da Psicanálise parecem ter a necessidade de mostrarem para as outras pessoas que eles sim, seguem os princípios da Psicanálise com afinco, quase que com devoção. Para isso, eles mencionam autores famosos como se estivessem em algum tipo de culto religioso e estivessem mencionando um texto da Bíblia.
“Veja o que diz Lacan, aqui em Lacan, capítulo 3, versículo 4…”
E isso se repete, vez atrás vez. Para tudo o que o profissional vai falar, ele sente a necessidade de mencionar alguém, em alguns casos mencionando o livro, o capítulo e se possível, até o parágrafo em que tal autor disse o que ele mencionou. Parece que isso dá validade ao que ele está falando e na verdade, é geralmente esse o objetivo. Mas, que tão válido ou necessário é fazer isso, de maneira praticamente obsessiva?
O que “dá validade” à prática da Psicanálise e do psicanalista?
Como todo e qualquer profissional, a preparação é essencial. E apesar de que Freud nunca falou diretamente sobre “tripé psicanalítico”, ele sim, mencionou em várias ocasiões, sobre a importância de todo analista manter-se atualizado, estudando Psicanálise, sendo analisado por outro analista e sendo supervisionado. Esse tripé é considerado o essencial para que alguém “se autorize” psicanalista (Lacan disse isso: “o psicanalista só se autoriza por si mesmo”, enunciada por Lacan como um princípio, se encontra no texto Proposição de 9 de outubro de 1967). Tá vendo só, eu acabei fazendo uma citação! Haha!
Sempre dizemos que a “formação” de um psicanalista é eterna, porque ele deve estar em constante formação. Mas claro, se alguém estiver em constante formação, mas lhe faltar praticar, no sentido de pôr em prática os princípios da Psicanálise em sua atuação como profissional, a formação nunca será o suficiente.
Viver a Psicanálise
Viver a Psicanálise não é estar citando autores todo o tempo. Pra quê isso? Por acaso você vê psicólogos mencionando o tempo todo Aaron Beck? Wundt? Watson?
Mas aí você pode dizer: “Ah, mas com a Psicanálise é diferente, é outra abordagem.” Aí eu te digo: e daí? Um profissional pode perfeitamente USAR o que foi ensinado na prática.
Em lugar de dizer, quase em tom solene, que “o desejo do homem é o desejo do Outro”, podemos simplesmente falar sobre o efeito que as pessoas têm de influenciar sobre o que nós mesmos desejamos. Isso é praticar, usar o conceito na prática. Claro, eventualmente mencionar a fonte da informação é sim, interessante.
Mas imagine, caro estudante de Psicanálise ou colega psicanalista, você dizendo a uma pessoa que está analisando termos como “nó borromeano” “seio bom e seio mau” ou falar sobre “significante”. Pode ser que para seu analisando, você “falou bonito”, mas é só isso mesmo. E se, em lugar disso, você praticasse os princípios por trás desses conceitos durante as sessões?
Seu analisando não tem nenhum interesse em conhecer essas expressões, acredite. A menos que ele queira estudar Psicanálise, claro! De outra forma, só servirá para que você se mostre como um “sujeito do suposto saber” (“um sujeito não supõe nada.Ele é suposto.Suposto pelo significante que o representa para outro significante.” Lacan, 1967)
Nós não precisamos exibir nossos conhecimentos técnicos para um analisando, nem para o público que nos contrata. Isso seria apenas para mostrar nosso “suposto saber” para eles. O que eles querem é saber, na prática, como podemos ajudá-los.
Quando contratamos um arquiteto para construir uma casa, o que damos mais valor: na forma prática em que ele nos explica como ele vê o projeto, como ele vê nossa futura casa ou as técnicas diversas que serão empregadas no projeto, técnicas de preparação das vigas de concreto, técnicas estruturais…É isso que você gostaria de ficar ouvindo dele? Ou em lugar disso, que ele te diga sobre a aparência de nossa futura casa, como vai usar os espaços, quem sabe até dicas de uso desses espaços?
O mesmo acontece com a Psicanálise. Acredite, nenhuma pessoa que seja possível contratante de um psicanalista quer ouvir termos técnicos o tempo todo. Eles querem ver a prática, como nós usamos o que estudamos. E isso que conta.
Não precisamos estar constantemente nos autoafirmando, por ter que, a cada instante, mencionar um autor, até mesmo detalhando capítulo e “versículo” do que ele disse. Nem precisamos o tempo todo usar tecnicismos que são úteis para nós, não para nosso analisando. Não é isso o que valida nossa prática clínica.
Assim como acontece com outros profissionais, um psicanalista mostra para a sociedade que é o que é, sendo. Simplesmente assim. Praticando, vivendo a Psicanálise.
Você acha que uma comunicação eficaz pode melhorar seu relacionamento atual, mas não sabe por onde começar?
No artigo a seguir, você aprenderá sobre a importância da comunicação e os princípios de uma boa comunicação.
Vamos ao trabalho! Deixamos-lhe 9 dicas para melhorar aspetos da ligação com o seu parceiro.
Importância da comunicação no casal
A comunicação é vital para os relacionamentos, em todas as fases, do namoro ao casamento. Uma boa comunicação é um dos pilares fundamentais de um bom relacionamento, juntamente com outros fatores como honestidade, confiança e respeito.
É importante entender que a comunicação no casal muda constantemente ao longo dos anos. Geralmente, casais que estão juntos há muitos anos podem passar por fases em que há menos comunicação, as causas podem ser passar por estágios de evolução pessoal que depois são alquimiados com a outra pessoa, momentos de desconexão, motivos de casal ou outros que estejam relacionados a processos de uma das partes.
Não fique em falsos entendimentos por não se comunicar ou acreditar que já sabemos o que a outra pessoa diria em tal circunstância. O que enriquece as relações é gerar um vínculo espontâneo de confiança para se expressar livremente.
A convivência não é fácil, por isso uma boa comunicação pode fazer uma grande diferença em termos de vida a dois e familiares. A má comunicação pode arruinar bons casais. Há pessoas com muito potencial de crescimento com outras, mas que não conseguem construir um espaço para dizer o que sentem ou precisam, uma etapa primordial para avançar para a maturidade de um vínculo adulto.
Fundamentos para uma boa comunicação a dois
A comunicação não é igual para todos os casais, mas existem alguns princípios para uma boa comunicação como casal.
Os fundamentos para uma boa comunicação são os seguintes:
1. Saber identificar nossos sentimentos e ter controle sobre eles.
Esse ponto é essencial para uma boa comunicação. Muitas vezes tomamos como certos entendimentos, truísmos diante de situações que só acontecem em nossa mente, enquanto o outro não precisa entendê-las. Ser capaz de expressar nossos sentimentos em palavras é a base de um vínculo saudável.
2. Uma discussão não é uma questão de quem está certo ou errado
Trata-se de expor sentimentos e se colocar no lugar do outro, não elevando o tom de voz, mas fundamentando o que nos acontece com altura e esperando a virada da fala. Não devemos pisar nas reflexões uns dos outros.
Consequentemente, devemos melhorar nossos comportamentos e modificar atitudes do que não é bom para nosso parceiro.
3. Em uma discussão, não é um contra o outro
Ambos devem combater o problema. Partindo do princípio de que o que acontece não é pessoal, mas que são dois adultos diante de uma circunstância que é uma possibilidade de aprender a administrar as discussões futuras que virão no futuro. Dessa forma, poderão progredir nos aspectos que emergem para construir uma relação saudável.
4. Você tem que ser aberto e procurar entender a outra pessoa
Mesmo que o que o outro diga, nos magoe ou não concordemos, devemos buscar um entendimento. Os sentimentos do seu parceiro são tão válidos quanto os seus. Na comunicação entre as pessoas pode haver aspectos mais ou menos desconfortáveis de acordo com as histórias de cada um.
Todos os seres humanos devem ser ouvidos e não julgados. Estar aberto a explorar com paciência, a compreender o outro, mesmo que não concordemos totalmente, faz parte do aprendizado da vida.
5. Empatia, respeito e assertividade
É a base das relações humanas, a comunicação eficaz é construída com base nesses valores, em nossas próprias preocupações tratadas com consideração por nós mesmos e pelos outros.
É uma decisão importante que deve ser acompanhada de uma boa comunicação do casal para expressar situações e que pode melhorar o humor por meio de uma comunicação eficaz.
7. Seja flexível
Contratos, pactos entre pessoas, entre casais podem flutuar ao longo do tempo, mudar de forma ou ter a necessidade de se transformar e de fato esse é o mais natural dos vínculos. É extremamente importante conversar e rever os assuntos ao longo do tempo, já que as pessoas evoluem, também os links e muitas vezes nem tudo acontece ao mesmo tempo.
A comunicação verbal no casal nos permite descobrir em que estágio evolutivo cada um está e o próprio vínculo para poder continuar se projetando.
O pesquisador John Gottman apresenta duas estatísticas interessantes para refletir. A primeira é que casais saudáveis têm uma proporção de 5:1 de elogios para comentários negativos. E eles respondem a 9 em cada 10 chamadas de despertar de seus parceiros quando querem compartilhar algo.
Erros mais comuns na comunicação a dois
Um dos problemas mais comuns na vida a dois é a falta de comunicação ou comunicação ineficaz.
Compartilhar nossas emoções e ser capaz de comunicar nossos sentimentos é extremamente importante quando estamos em um relacionamento com alguém. Não comunicar o que sentimos, ou mantê-lo, quase sempre acaba trazendo problemas para a relação, e a ideia é que a partir desse evento se encontrem ideias superadas, não novos conflitos ou que conflitos permaneçam sem solução.
A falta de respeito na comunicação: devemos tentar tratar o outro como gostaríamos de ser tratados e que essa é a base da comunicação para não nos machucarmos. Mantenha a calma em primeiro lugar e não leve os eventos para o lado pessoal, mas uma instância para aprender.
Não seja permeável: o que enriquece as pessoas são as diferentes formas de ver, abordar, entender o mundo através da história, a bagagem que cada um traz e contribui para a relação. O casal pode ter aprendido um estilo de comunicação melhor e mais eficiente que podemos aprender se estivermos disponíveis.
Não saber ouvir: para interpretar o que o outro precisa, é preciso ser receptivo e não ter consciência de responder. Seja uma pessoa com escuta ativa, deixe o outro expor seus sentimentos e depois análise para responder e gerar uma boa comunicação.
Crítica negativa em forma de queixa: o que observamos no outro que não gostamos ou nos ofende deve evitar fazer parte da má comunicação que muitas vezes se torna uma dinâmica, dizendo as coisas que não gostamos em forma de queixa.
Ser passivo-agressivo: muitas vezes é tão agressivo o membro do casal que não se comunica, não diz ou expressa seus sentimentos do que aquele que acaba explodindo ou comunicando os problemas do casal com desrespeito. Nem sempre a agressividade faz barulho. Não omitir o som, não elevar o tom de voz, também pode ser violento com quem precisa falar.
A falta de empatia: o famoso não se coloca no lugar do outro, o que acontece com frequência nos casais é que apesar de conhecerem a intimidade de muitas das situações, algumas das pessoas no vínculo não conseguem se colocar no contexto do que pode estar acontecendo.
Dê a razão, mesmo que não concordemos: evitar a comunicação de casal não é tomar conta das questões que estão sendo expressas ali, é apenas uma forma de escapar da situação.
Interromper o outro: não ouvir, não permitir que o outro expresse seus sentimentos. A escuta ativa é essencial para alcançar o que chamamos de boa comunicação aqui. Um vai e vem entre adultos cuja premissa é se entender, evoluir.
Mantenha-se na mesma base comunicativa: um relacionamento precisa ser alimentado por ilusões, planos e expectativas, e para isso é necessário aprender a se comunicar. Ser capaz de entender a direção para a qual eles projetam e ter motivação para a construção do elo. Não conversar, não entender sonhos pessoais, coisas em comum, viagens, hobbies, não ouvir ou conhecer a intimidade do outro para fazer acordos e projetos podem secar um relacionamento.
Impor nas conversas nossos sentimentos, pensamentos, pontos de vista ou caminhos para a outra pessoa: não há pontos de vista, ou ideias mais valiosas ou precisas do que outras. O que acontece entre duas pessoas que se ligam é digno de ser ouvido, não deve ser sob nenhum aspecto uma batalha de imposições de pensamentos.
Deposite a culpa do que acontece com o outro: cada um dos membros do casal é principalmente um ser independente que deve assumir o controle de seus negócios. Não devemos culpar o outro em discussões ou comunicar ressentimento.
9 dicas para uma melhor comunicação a dois
Veja algumas dicas para a comunicação a dois:
Quando estiver falando de uma situação, tente não misturar tópicos ou discussões. Vá um por um. Depois de conseguir abordar um tópico, passe para outro.
A comunicação verbal é a base para a construção de um vínculo valioso, um espaço de aprendizado para evoluir. As expressões verbais constroem realidades, é importante ter consciência desse poder que as palavras que pensamos e depois verbalizamos têm.
Entenda que somos todos diferentes e temos necessidades diferentes. Enquanto algumas pessoas precisam conversar, outras precisam de tempo e espaço para processar seus sentimentos: todas essas formas são válidas entre os seres humanos.
Não deixe que os tópicos se acumulem. Ter espaço para se comunicar, para expressar necessidades antes que elas se tornem um problema, saber dizê-las da melhor maneira, quando estão acontecendo, pode ser a chave para a comunicação que permite que as pessoas evoluam em suas ideias, pensamentos.
Destaque as boas qualidades do seu parceiro. O que eu gosto no outro é o que eu também quero para mim ou admiro nas pessoas, então comentar sobre esses gestos, virtudes ou maneiras agradáveis das pessoas fará com que a outra pessoa se sinta valiosa.
Não assuma o que o outro quer dizer, nem faça suposições. Não deixe que a mente conte uma história que pode não ter nada a ver com a realidade. Para eles, o casal pode perguntar em vez de fazer suposições.
Não use palavras como “sempre” ou “nunca”. Não ser dramático, saber interpretar o conflito como uma oportunidade de crescimento e uma situação que surge para a evolução das pessoas, que nada é pessoal. O uso das palavras certas é um grande aprendizado para os membros do casal.
É importante que cada tema que surja para qualquer uma das pessoas do casal tenha seu espaço. Gerar um momento, uma prática comum de conversar e que as preocupações possam ser expostas e tratadas em tempo hábil, que outros problemas do casal que possam surgir no futuro não sejam falados. Que cada assunto possa ser abordado e discutido quando acontece e não se acumule com outros temas, gerando angústias, pensamentos hipotéticos ou ressentimentos.
Não faça comentários para magoar a outra pessoa. Não use em uma circunstância de conflito informações do outro, seus traumas, feridas, defeitos como armas no momento das discussões para machucar o outro.
Lembre-se que um relacionamento é um trabalho de duas pessoas. É uma sociedade onde se um perde, os dois perdem. Então o melhor que ambos ganhem, certo?
Imagine dividir sua vida com uma pessoa que acredita que deve receber o máximo de atenção e praticamente ser venerada?
Neste artigo vamos falar sobre narcisismo e o que você deve fazer se o seu cônjuge for.
Não se pode dizer que uma pessoa é narcisista porque cuida muito da sua imagem ou tem traços de grandiosidade. Esse transtorno é caracterizado por um padrão geral de necessidade de admiração, grandiosidade e falta de empatia.
Entre as características podemos encontrar:
Sentimentos de grandeza e atitude arrogante.
Tem fantasias de sucesso, amor ideal ilimitado, poder, beleza.
Ele ou ela acredita ser especial, único, só ele pode se relacionar com os outros.
Ele ou ela não tem empatia, não se identifica com os sentimentos dos outros.
Ele se aproveita dos outros para seu benefício.
Inveja os outros.
São arrogantes, superiores.
Sempre costumo dizer que todo mundo deve ter um pouco de narcisismo em si. Em doses adequadas digamos assim, o narcisismo pode contribuir para uma boa autoestima. Mas assim como o sal em excesso faz mal e estraga o sabor de um alimento, se a dose não for adequada, uma pessoa narcisista, aquela que tem essa característica bem-marcada, pode complicar e até arruinar um relacionamento.
Maneiras de lidar com um marido ou esposa narcisista
Esses são os passos que precisam ser seguidos para conseguir lidar com esse tipo de pessoa.
Tenha em mente que seu cônjuge (ou namorado, namorada) é narcisista por causa de uma insegurança e baixa autoestima. São pessoas que usam isso como mecanismo de defesa, com sentimentos de superioridade para evitar fragilidades.
São pessoas que dependem da opinião e aprovação dos outros, mas tenha em mente que você só deve elogiá-los se eles merecerem e forem reais, se não, você vai alimentar essa atitude de superioridade.
Sua felicidade depende da manifestação de apreço que as pessoas ao seu redor expressam a você. Se você precisa transmitir uma crítica, faça isso com delicadeza e sinceridade. É bom que essa pessoa entenda que você não a questiona, mas questiona as ações.
Não se deixe manipular, essa pessoa vai querer que você pense como ela, que não faz nada de errado, vai querer culpar os outros pelos fracassos, você é o alvo principal. Se você sentir isso, então ative os alertas, se ele te manipular, isso reforçará a atitude dele ou dela. Não leve suas críticas a sério.
Estabeleça limites: sim, é bem difícil fazer isso ao lidar com uma pessoa narcisista especialmente, mas é necessário. Saiba dizer “não” e no caso de um ataque narcísico, nunca tente se nivelar no mesmo ponto de agressividade da pessoa.
Algumas pessoas narcisistas costumam ignorar momentos agressivos ou de ataque verbal, muitas vezes pedindo para que a outra pessoa simplesmente, deixe o assunto de lado e siga com a vida. Isso acontece porque o narcisista não quer ser contrariado, não quer entrar numa conversa em que se dirá que o comportamento dele ou dela foi inadequado. Mas você deve sim, resolver cada questão que tenha acontecido, principalmente se machucou você, de alguma forma. Cada vez que você deixa de lado algo assim, você está fortalecendo o narcisismo do seu cônjuge, namorado ou namorada.
Como você pode ajudar
O que uma pessoa com atitudes narcísicas precisa é acreditar mais em si mesma, mas se conseguir sentir amor-próprio saudável, não terá a necessidade de tornar seu ego maior para se sentir bem.
Você pode e deve mostrar a seu cônjuge que o ama de verdade. Lembre-se, provavelmente ele ou ela passou por algo na vida que o faz pensar que talvez não valha tanto e precisa de autoafirmar a si mesmo o próprio valor. Mostre que valoriza suas conquistas, que você está do lado dela ou dele. Mas sempre seja firme quando perceber uma atitude narcisista.
Claro, a origem do narcisismo em uma pessoa pode ter diferentes origens, isso pode ser descoberto em análise.
É fácil dizer, mas mais difícil de colocar em prática. O processo de mudança para uma pessoa que tem um transtorno de personalidade é um pouco complicado e requer ajuda de profissionais. Muitos profissionais inclusive, preferem não atender a clientes narcisistas, tamanho o grau de complexidade desse processo. Além disso, geralmente o narcisista não vê necessidade de tratamento, já que ele ou ela se sente confortável com a sensação de “poder” que experimenta cada vez que sente que recebeu a atenção que queria.
O melhor momento para você ajudá-lo é depois de grandes mudanças ou algo que aconteceu que machucou seu ego.
Trabalhar com narcisistas é um processo que requer o apoio de profissionais, não hesite em pedir uma consulta para ajudá-lo a tratar essa pessoa. CLIQUE AQUI e converse comigo.
Como assim? Filhocêntrica? “Tem certeza que você não quis dizer “falocêntrico”?
Não. E vou explicar nesse artigo, a que me refiro com família filhocêntrica.
Vamos comentar primeiro um pouco sobre o nascimento e desenvolvimento de uma família. Vem comigo!
Como uma família é composta?
Muita gente quando pensa em família, pensa num casal com filhos. Inclusive já vi muita gente perguntar, depois de perguntar a uma pessoa se ela é casada, se ela “já tem família”. Mas como assim? Uma família se forma quando um casal decide dividir sua vida juntos. Não importa se eles têm ou não filhos. Isso sem contar famílias que são compostas por membros diversos, como primos, irmãos, sogra com filha e genro…Use sua imaginação! Pense na família do personagem Loretto da franquia Velozes e Furiosos!
O que quero dizer aqui é que é bem incompleto pensar que uma família só se constitui quando eles têm filhos. Entender esse ponto é importante para o raciocínio que quero desenvolver aqui.
Quem casa quer casa…e vida conjugal
A vida a dois é muito importante para o bom funcionamento de um relacionamento amoroso. Como casal, cada membro dá apoio, carinho, amor e atenção personalizada. Uma atenção que nutre o relacionamento.
Além disso, o relacionamento sexual é muito importante. Te convido inclusive a ler esse artigo (clique aqui para ler) Esse tipo de intimidade une o casal, fortalecendo o relacionamento e até cuida da saúde. Leia o artigo que mencionei para mais detalhes.
Além disso, a vida conjugal é mais do que sexo. Um casal que se ama geralmente tem conversas significativas, sobre a vida que tem, sobre planos para o futuro, para a família, para cada um deles. E para isso eles utilizam bem o tempo disponível para ter essas conversas.
Alguns casais por exemplo, decidem fazer pequenas viagens a lugares que nunca foram, para se divertir e para ter esses momentos especiais juntos.
Meu filho, minha vida
Assim como ter a casa própria, o sonho de muitas famílias é ter seu “filho próprio”. É como se a realização mais importante na história de uma família fosse ter filhos. Sentir a maternidade é algo muito sonhado, assim com a paternidade. Muitos dizem inclusive, que sentiram “completos” quando tiverem filhos.
Bem, ter filhos é uma decisão familiar. Deve ser decidido entre os membros do casal. Quero comentar aqui que não estou escrevendo “contra” ter filhos. Como disse, é uma decisão familiar. Mas você precisa saber que vocês como casal, já são completos. Ter filhos é um plus, algo extra, que sim, pode ser uma experiência maravilhosa. Porém, a felicidade de um casal não precisa estar atrelada a ter ou não filhos.
Filhos e as mudanças que eles trazem
O ponto é que, quando um casal tem filhos, muitas coisas irão mudar na rotina e na vida deles, talvez para sempre. Veja alguns pontos breves:
Hora de dormir pode ser afetada
Vida sexual pode ser afetada
Momentos a dois podem ser afetados
Objetivos da família podem mudar
Talvez se pense em mudar de casa
Alguns dos sonhos da família até então, podem deixar de existir para dar lugar a outros
Use sua imaginação
Esses são alguns pontos que podem sofrer drásticas mudanças. Novamente, não estou colocando isso aqui para dizer que é ruim ter filhos, mas sim para mencionar pontos que sofrem mudanças quando um casal tem filhos.
Meu filho é TUDO para mim
Mas meu filho é TUDO pra mim, talvez você diga. Bem, vejamos. Para muitas pessoas realmente, seus fihos são tudo. A vida deles gira totalmente em torno das necessidades e de agradar aos filhos. E com isso, muitos casais deixam de lado rotinas superimportantes que tinham antes, como passar tempo de qualidade juntos, intimidade etc.
Mas, aí pode ser que você esteja aí dizendo: mas agora nós fazemos tudo em família, tudo bem, certo?
Realmente, há coisas que podem e devem ser feitas em família, realmente, passeios, viagens, momentos em família variados são essenciais, com toda a certeza. Mas uma coisa que você deve saber é que a existência de filhos não elimina a existência de um casal, dentro da família. E esse casal tem necessidades que devem ser atendidas como casal, a dois. A dois!
Muitos pais dedicam tanto tempo a seus filhos, que no fim das contas deixam de dedicar qualquer tempo para eles mesmos. A vida gira em torno de ver como atender melhor a criança.
Alguns pais inclusive decidem a criança deve dormir não só no mesmo quarto que eles, mas também NA MESMA CAMA. Por favor, você que está lendo esse artigo, nunca faça disso um costume!
Pode ser que, mais por insegurança dos pais, eles decidem que a criança vai dormir com eles “até que ela seja um pouco maior”. Mas quando será isso? Aos 5 anos? Aos 10? Se esse for um hábito diário, com a presença da criança na cama, conversas íntimas deixam de acontecer, momentos sexuais deixam de acontecer. E isso pelo tempo em que esses pais decidirem que sua criança já é “grande o bastante” para dormir em seu quarto.
Claro, haverá ocasiões em que EXCEÇÕES podem ser feitas. Por exemplo, a criança teve um pesadelo ou está chovendo com trovões e ela está com medo, pode ser que os pais decidam que POR ESTA NOITE ela poderá dormir no quarto deles. Mas jamais transformar isso num hábito diário.
Sua criança precisa aprender o sabor da privacidade. Aqui me refiro à privacidade dela. De ela poder dormir tranquila, do jeito dela, confortável. E isso também a vai ajudar a se sentir mais independente.
Outros pais abandonam os passeios românticos por causa de seus filhos. A falta desses passeios não é substituída por passeios em família. Esses são outros passeios!
Um casal precisa de ter tempo de qualidade para os dois. Precisa poder fortalecer o relacionamento, por poderem desfrutar de momentos de conversas leves e agradáveis, para falar de planos, para sonhar. Também precisam de tempo para ter intimidades.
Consequências para a criança
Para a criança, ser criada por pais “filhocêntricos” é terrível também. A criança nasce com uma natural dose de egocentrismo e narcisismo. Isso acontece porque no início de nossas vidas, tudo o que conhecemos é o que nos é proporcionado por nossos pais. Nosso mundo é relativamente pequeno nesse período, e é natural que nós pensemos que as coisas giram a nosso redor. Com o tempo, vamos aprendendo que o mundo é muito maior e que não é bem como pensávamos.
Uma criança que vê que seus pais a tratam como realmente sendo o centro da vida deles, vai crescer com essa fase narcísica sendo cada vez mais alimentada. Ela irá crescer pensando que as pessoas devem servir a ela, que ela é o centro da atenção de todos.
Por outro lado, uma criança ao crescer e ver que o mundo não gira a seu redor, pode se sentir insegura, como se tornar um adolescente difícil de lidar, sempre rebelde com tudo e com todos. E quando crescer, pode se tornar um adulto frustrado por não ter o que quer, sempre. Você que tem filhos, pense nisso!
Consequências para o casal
Um casal filhocêntrico também sofre bastante. Pode haver um desgaste no relacionamento. Coisas que antes eram parte da vida de vocês, deixaram de ser. A vida íntima agora é quase extinta. Jantares românticos? Nem pensar!
E essa ausência pode cobrar caro. O casal pode se distanciar, deixar a relação de lado. Já que agora a prioridade máxima e única é a filha ou filho.
Os filhos crescem, se casam, saem de casa. E o casal permanece. E agora? Como cuidar desse relacionamento desgastado? Ele ainda existe?
Equilíbrio é a solução
Nem tanto ao mar, nem tanto à terra, diz um ditado. Isso vale para famílias com filhos.
Dar a atenção necessária que uma criança precisa não deve significar deixar a vida de casal de lado. Veja algumas dicas:
Planeje pequenas viagens em casal. Veja com quem de confiança você pode deixar seus filhos. De preferência com alguém que vocês sabem que eles irão se divertir também. A viagem não precisa ser longa, às vezes um fim de semana pode ser bem revigorante.
Valorize o quarto de vocês. Ele é para momentos a dois. Conversas, intimidade. Respeite e use seu quarto para isso, além de para dormir.
Pense em passeios em casal. Uma tarde juntos ou uma noite romântica. E que seus filhos tenham boa companhia também, com amigos de vocês ou familiares.
Claro, atividades em família são muito importantes e você deve planejar esses momentos.
A rotina de uma família com filhos deve ser equilibrada. Os filhos são com certeza, muito importantes. Mas você NUNCA deve sacrificar seu casamento, seu relacionamento, por causa deles. O segredo é o equilíbrio, que vocês possam tanto conviver como família, mas também como casal.
Sempre importante saber que você pode, também como casal, procurar terapia de casal. Quer conversar comigo? CLIQUE AQUI.
Parece fácil, mas na verdade, o conceito de loucura não é simples de explicar, se é que pode ser explicado corretamente. De acordo com a psicanálise, a loucura não é vista como uma condição separada ou distinta da saúde mental, mas sim como uma expressão particular de conflitos, traumas e mecanismos de defesa que afetam a psique de uma pessoa. A psicanálise considera que todos os indivíduos possuem uma estrutura psíquica complexa, onde conflitos inconscientes podem surgir e influenciar o comportamento e as experiências pessoais.
Mas o ponto é que a própria normalidade é bem discutível. O que é normal para você?
Como as pessoas veem a normalidade
Geralmente, o que é considerado “normal” é o que é aceito socialmente em uma coletividade. Para uma comunidade, certas atitudes podem ser consideradas aceitáveis, enquanto outras podem considerar o mesmo gesto uma “loucura”.
Pense por exemplo, em algumas tribos amazônicas. Em algumas delas, as pessoas praticamente andam nuas. Completamente. Em outras, se usam apenas pequenas peças de roupa que parecem mais adornos do que roupas propriamente dito. Se um membro dessas comunidades se apresenta assim em um centro urbano qualquer do Brasil, certamente ele ou ela terá problemas com a polícia, isso para dizer o mínimo. Essa enorme diferença cultural pode fazer com que alguém pense ao ver tal indivíduo sem roupas na rua, como sendo um “louco”.
Eu dei um exemplo meio extremo, mas vamos a um mais simples. Imagine que você está caminhando com alguns amigos de volta de um churrasco na casa de um amigo. Seu grupo vai conversando tranquilamente, até que em um ponto do trajeto, vocês passam por um local onde uma música bem movimentada está tocando. Um de seus amigos então, que gosta muito da música, começa a cantarolar a letra enquanto faz alguns passos da coreografia da música.
Como vocês estão em público, alguns de seus amigos pedem para que ele pare com isso. Afinal, vão pensar que ele é “louco”. Agora eu pergunto: se você visse uma pessoa na rua dançando e cantando, pensaria que ela tem algum tipo de transtorno mental? Ou que ela está simplesmente comemorando algo bom? Ou até mesmo, simplesmente se sentindo feliz e sem medo de expressar isso?
Comum versus normal
É preciso entender a diferença entre o que é comum e o que é normal. Muita gente confunde os dois conceitos. Eu já comentei aqui no blog sobre essa diferença e vou reforçar nesse artigo.
Comum: algo que acontece, que é costumeiro. Por exemplo, é comum no Brasil, que a temporada de chuvas seja no verão. É comum que as pessoas queiram beber café durante a manhã.
Normal: é normal que um carro se mova com um motor. Também é normal que uma pessoa beba água.
Como você vê, nem tudo o que é comum é normal. Um assalto pode ser comum em algumas regiões, mas certamente não é algo normal. É uma anormalidade.
E é aí onde entra o conceito comum de loucura: as pessoas classificam pessoas como loucas pelo simples fato de não serem pessoas comuns. Dessa forma, autistas podem ser classificados como loucos, já que não se comportam sempre como um neurotípico. Ver uma pessoa dançando enquanto caminha na calçada não é comum, mas também não quer dizer que ela seja “louca”.
Distúrbios mentais versus loucura
Sim, há distúrbios mentais de diferentes níveis. Doenças sérias que complicam a vida de quem é afetado por elas, tanto direta como indiretamente. E esses distúrbios devem sim, ser tratados com muita responsabilidade.
Mas nesse artigo, quero contestar o que chamamos de loucura. Muitas vezes, a loucura é apenas o pensar diferente do comum. A pessoa tem um pensamento normal, porém incomum. E isso é chamado de loucura. Num passado triste e frio recente, muitos hospícios continham pessoas que não exatamente tinham distúrbios mentais. Por exemplo, em Barbacena havia um hospício que segundo a autora deste livro podem ter morrido mais de 60.000 pessoas, muitas delas inclusive que eram apenas “indesejados” que foram confinados em condições absurdas em um local que era como um campo de concentração nazista.
Se você tem ideias fora do que é comum, diferentes do que sua comunidade “aceita”, saiba que você não é nenhum louco. Você é apenas diferente, incomum.
Desafie a normalidade! Questione o conceito de loucura!
Psicanalista é terapeuta de loucos?
Mas, que “loucura” é essa?
Pelo simples fato de que você procurou ajuda profissional, você mostrou que não tem nada de louco. Principalmente se você procurou e aceitou a ajuda. A Psicanálise é um processo que vai ajudar quem passa por ele a se conhecer melhor, a saber lidar com os porquês de sua vida, a saber se questionar, questionar suas atitudes e pensamentos. Se você acha que quem procura isso é louco, louco é você.
Se você quer ser ouvido e quer se ouvir melhor, procure um psicanalista.
Discussões, desconforto na convivência, rotina, falta de sexo ou infidelidade são os motivos mais comuns pelos quais um casal decide fazer terapia para salvar o relacionamento ou pelo menos tentar. Há quem chegue quando começa a ver sinais de que algo não está acontecendo como esperado, mas na maioria dos casos o casal espera uma média entre cinco e seis anos, quando a relação já está mais do que desgastada para procurar ajuda. O segredo é ir quando ambos os membros sentem e têm os mesmos objetivos, de nada adianta se um quer recuperar o relacionamento e o outro quer se separar.
Algo importante a se comentar é que realmente, um casal ganha e perde juntos. A decisão de fazer terapia juntos é algo muito importante e se um dos dois estiver participando das sessões, apenas para evitar mais uma briga entre os dois, o motivo da terapia de casal acaba se perdendo e os resultados podem não aparecer. Nesse caso, talvez o mais conveniente seria que a parte que quer ajuda procure terapia para si, para poder conviver e lidar com sua situação.
E o melhor momento de iniciar, sem dúvida é quando surgem os primeiros sinais de que algo está mal. Quando mais cedo vocês procurarem ajuda, melhores serão as chances de ter bons resultados.
As chaves do processo na Terapia de Casal
Importante mencionar que uma terapia de casal serve bem para que o casal possa se entender melhor e resolver assuntos entre si. Um bom resultado de uma terapia é quando o casal toma decisões bem pensadas, juntos e sem conflitos. Seja essa decisão qual for. O analista não irá nunca dizer o que o casal deve ou não fazer. Você nunca vai escutar um terapeuta de casal dizendo a seus clientes que eles devem se separar ou que devem fazer as pazes e seguir o casamento.
O papel do terapeuta sempre será ajudar o casal a tomar a melhor decisão para eles, sem interferir nessa decisão.
Segundo a Associação de Terapeutas de Casamento e Família dos EUA, indica que três em cada quatro casais que fazem terapia admitem melhora no relacionamento. As taxas de bom resultado são muito boas!
A primeira coisa que se faz nessas terapias é encontrar o problema real. Geralmente a causa de brigas e gritos constantes são problemas de situações não resolvidas ou mal resolvidas do passado desse casal.
Então, é essencial valorizar o diálogo diante do monólogo. Ou seja, é preciso ter empatia com o outro, ouvi-lo, saber o que realmente acontece com ele e tentar compreendê-lo. Por isso é muito importante incentivar o bom ouvir e o bem falar. Trabalhar na melhora na comunicação do casal é extremamente importante para conhecer medos, angústias, fobias e também conhecer desejos e sentimentos que podem estar escondidos.
Uma coisa é certa: os dois, o casal é totalmente responsável pelo problema, ao mesmo tempo, são responsáveis pela solução. Dependendo do casal em questão e do motivo que o trouxe até a terapia, alguns recursos ou outros serão utilizados, mas todos têm os mesmos objetivos: que o casal aprenda a resolver seus conflitos, a administrá-los, porque um casal feliz não é aquele que não tem conflitos, mas aquele que sabe se adaptar e enfrentá-los, mantém os especialistas.
A terapia é, portanto, mais um recurso, cada vez mais utilizado em nossos dias porque não é mais vista com tanto estigma como há alguns anos, ao qual os casais podem recorrer se ambos desejarem. Bem para recuperar o que um dia perderam e crescer na relação sem que seja tarde demais para recolher os destroços.
Os relacionamentos amorosos são uma parte essencial de nossas vidas, mas também podem ser desafiadores e complexos. Quando surgem dificuldades e conflitos, a terapia de casal pode ser uma valiosa ferramenta para ajudar os parceiros a navegar pelas questões emocionais e encontrar soluções saudáveis. Neste artigo, exploraremos os benefícios da terapia de casal, a duração média do tratamento e como as sessões funcionam com a abordagem psicanalítica.
Benefícios da Terapia de Casal:
A terapia de casal oferece uma série de benefícios significativos para os parceiros envolvidos. Abaixo estão alguns dos principais benefícios:
Comunicação melhorada: A terapia de casal fornece um espaço seguro e estruturado onde os parceiros podem aprender a se comunicar de forma mais eficaz. Através da psicanálise, os casais são incentivados a explorar seus padrões de comunicação, compreender as dinâmicas inconscientes que afetam o relacionamento e desenvolver habilidades de comunicação mais saudáveis.
Resolução de conflitos: Conflitos são inevitáveis em qualquer relacionamento. A terapia de casal oferece ferramentas e estratégias para ajudar os parceiros a resolverem seus conflitos de maneira construtiva. Através da psicanálise, os casais são guiados para explorar as raízes dos conflitos, identificar padrões recorrentes e encontrar soluções que atendam às necessidades de ambos.
Fortalecimento dos vínculos emocionais: A terapia de casal promove o fortalecimento dos vínculos emocionais entre os parceiros. Ao trabalhar com um terapeuta psicanalítico, os casais têm a oportunidade de explorar suas emoções mais profundas, entender as motivações inconscientes por trás de seus comportamentos e criar uma conexão emocional mais profunda.
Duração Média do Tratamento:
A duração da terapia de casal pode variar dependendo da complexidade dos problemas apresentados e da prontidão dos parceiros para o processo terapêutico. Em média, as sessões de terapia de casal duram cerca de 60 a 90 minutos em casos extremos. O tratamento geralmente é estruturado em sessões semanais ou quinzenais, mas isso pode ser adaptado de acordo com as necessidades individuais.
O número total de sessões necessárias varia de casal para casal. Alguns podem encontrar benefícios significativos em um curto período, enquanto outros podem precisar de um comprometimento terapêutico mais longo. Em geral, espera-se que a terapia de casal dure de alguns meses a um ano, dependendo da complexidade dos problemas e do progresso alcançado.
Funcionamento das Sessões de Terapia de Casal com a Abordagem Psicanalítica:
Na abordagem psicanalítica da terapia de casal, o terapeuta cria um espaço seguro e acolhedor para que os parceiros expressem suas preocupações, medos, desejos e necessidades. Durante as sessões, o terapeuta utiliza técnicas psicanalíticas para explorar as dinâmicas inconscientes que afetam o relacionamento do casal.
Exploração das dinâmicas inconscientes: A abordagem psicanalítica busca compreender os padrões de comportamento e os conflitos inconscientes que influenciam o relacionamento. O terapeuta ajuda os parceiros a identificar esses padrões e a compreender como eles podem estar afetando negativamente o relacionamento.
Análise das experiências passadas: Calma, não estamos falando aqui de coisas espirituais! A terapia de casal psicanalítica também busca entender como as experiências individuais de cada parceiro, especialmente aquelas relacionadas à infância e à família de origem, podem estar influenciando o relacionamento atual. O terapeuta ajuda a explorar essas experiências passadas e sua conexão com os desafios atuais.
Transferência e contratransferência: A transferência ocorre quando os parceiros projetam emoções, expectativas e padrões de relacionamento em direção ao terapeuta ou ao outro parceiro. A contratransferência refere-se aos sentimentos e reações pessoais do terapeuta em relação aos parceiros. A abordagem psicanalítica permite que essas transferências e contratransferências sejam exploradas e compreendidas, fornecendo in sights valiosos sobre os padrões de relacionamento.
Reflexão e interpretação: O terapeuta psicanalítico ajuda os parceiros a refletirem sobre seus pensamentos, sentimentos e comportamentos, incentivando a autorreflexão e a tomada de consciência. Por meio de interpretações cuidadosas, o terapeuta busca trazer à tona significados ocultos e padrões inconscientes que estão impactando o relacionamento.
Integração e mudança: Com base na compreensão adquirida e na consciência dos padrões inconscientes, o terapeuta auxilia os parceiros a integrarem essas informações em suas vidas e a implementarem mudanças positivas no relacionamento. Isso pode envolver a adoção de novas formas de comunicação, estabelecimento de limites saudáveis, construção de intimidade emocional e resolução de conflitos de forma construtiva.
A terapia de casal com a abordagem psicanalítica oferece um espaço seguro e confidencial para os parceiros explorarem suas dinâmicas inconscientes, resolverem conflitos e fortalecerem seus vínculos emocionais. Ao proporcionar insights profundos sobre os padrões inconscientes que influenciam o relacionamento, essa abordagem pode ajudar os casais a alcançarem uma compreensão mais profunda de si mesmos e de seus parceiros, resultando em um relacionamento mais saudável e satisfatório. Se você está enfrentando desafios em seu relacionamento, considerar a terapia de casal com a abordagem psicanalítica pode ser um passo importante em direção à resolução e ao crescimento mútuo.
Todos os casais são diferentes, mas as chaves para uma boa comunicação são constantes: é preciso ser direto, aberto e honesto quando se trata de seus sentimentos e dos problemas que ocorrem no relacionamento. Guardar as coisas para si só vai gerar confusão e ressentimento, por isso é importante que você aprenda a se comunicar corretamente em seu relacionamento.
Uma boa comunicação é fundamental para a base de um relacionamento saudável, no entanto não é fácil. O desafio que todo casal enfrenta tem a ver, antes de tudo, com a convivência com as diferenças de cada um, seus diferentes modos de ser e diferença de pontos de vista de cada um. Nenhum casal concordará em tudo, então nenhuma questão pode ser efetivamente abordada sem ser capaz de falar sobre isso. Uma boa comunicação significa ser capaz de manter um diálogo, ouvir o outro e não acabar preso em monólogos mútuos. É que ambos podem plantar sua posição afirmativamente, sem ter que desqualificar o outro, e ser capazes de ouvir a posição de seu parceiro. Comunicar-se corretamente também significa evitar concordar com questões com as quais você realmente não concorda, ou não ficar calado ou com medo da reação do outro.
Se você está acostumado a usar um estilo passivo ou mesmo passivo-agressivo de comunicação, será difícil ser capaz de enfrentar as dificuldades quando elas surgirem. Se você quer que seu relacionamento seja duradouro, é essencial melhorar suas habilidades de comunicação, para que haja comprometimento, que os sentimentos possam ser expressos adequadamente.
Dicas para transformar a comunicação em seu relacionamento de forma duradoura
1. Ouvir nem sempre é o que você pensa
Ouvir pode parecer uma ação muito simples de ser executada, porém nem todo mundo sabe como fazê-la, pois envolve alguns desafios que tendem a ser negligenciados. Muitos casais não distinguem entre ouvir e escutar com atenção. Muitas vezes, as conversas em um casal consistem em duas pessoas conversando uma com a outra, mas não ouvindo uma à outra. Por exemplo, eu escuto o que minha namorada me diz, mas quando discordo ou acredito que ela está errada, penso imediatamente em como argumentar e mostrar a ela que estou certo. Ou mesmo no caso de seu parceiro lhe contar sobre uma lembrança das férias em um país estrangeiro que o marcou em sua juventude. Em vez de perguntar por que ele o marcou e o que ele amou naquela viagem, você aproveita para trazer à tona suas próprias histórias e memórias associadas ao país em questão. É assim que passamos de uma conversa focada no nosso interlocutor e na sua história de férias para um monólogo em que é apenas sobre a nossa história e a nossa pequena pessoa. Da próxima vez que seu parceiro lhe disser algo importante, faça perguntas sobre como ele se sente, o que ama e o que não gosta sobre o que lhe disse. É muito bom quando o outro está realmente interessado em nós e curioso sobre o que temos a dizer.
2. Valorize seu parceiro para estabelecer um clima favorável.
Um dos requisitos mais importantes para você melhorar a comunicação em seu relacionamento é que você possa valorizar seu parceiro. Não é fácil. Muitas vezes somos incapazes de valorizar as pessoas ao nosso redor pela simples razão de que nunca fomos valorizados em nossas vidas. A maioria de nós tem a tendência de apontar o que não está certo no outro, o que está errado ou não funciona. Dizemos com menos frequência o que gostamos ou o que faz bem ao nosso parceiro, o que gostamos nele, as qualidades que admiramos.
Não se trata de pensar que seu parceiro é perfeito, que ele não tem erros, ou de ficar de braços cruzados em relação às suas fraquezas (é importante que tenhamos a expectativa de que nosso parceiro fortaleça suas fraquezas). Trata-se de construir uma relação peer-to-peer, na qual tanto a crítica construtiva quanto a admiração podem existir. Se nos consideramos superiores ou inferiores ao nosso parceiro, perdemos a possibilidade de ter uma comunicação respeitosa que enriquece ambas as partes. Veja sobre relacionamentos tóxicos.
Adquira o hábito de ver o copo meio cheio e acentue o positivo em seu parceiro. Elogie-o, valorize suas ações, decisões, seus esforços e suas qualidades. Encorajamos o que sublinhamos e desencorajamos o que ignoramos. Uma das razões pelas quais poucas pessoas valorizam os outros é que muitas pessoas nunca foram valorizadas em suas vidas.
3. Domine a arte de discutir com calma
É aconselhável ter discussões com a cabeça fria e não com sangue quente. Você deve estar no controle de si mesmo para fazer as melhores escolhas possíveis ao discutir. Uma palavra a mais pode desequilibrar desnecessariamente a situação. Tenha em mente que na convivência diária podem ser ditas ou feitas coisas que o outro pode levar para o lado pessoal, já que podem tocar em pontos sensíveis, e isso faz com que o casal reaja defensivamente. É importante que você identifique os momentos em que um de vocês começa a ser levado ao seu desamparo e reaja a partir daí, para parar imediatamente a discussão, para evitar que a situação se agrave desnecessariamente, e diga coisas das quais se arrependerá mais tarde.
Também é importante que você visualize seu parceiro como um membro de sua equipe, um amigo, e não como um adversário ou um rival a ser derrubado. Discutir com seu parceiro é totalmente normal. Isso não significa que eles não se amam. Não negligencie que a pessoa à sua frente é alguém que você escolheu para viver com você, e nem tudo na pessoa dela será fácil de conviver. Dessa forma, seu parceiro não merece seu desprezo, muito menos seu ódio. É uma pessoa digna de respeito e admiração que merece seus esforços para estar bem na relação.
4. Para uma boa comunicação, não use palavras extremas
Sinais com as palavras “sempre”, “nunca” estragam o progresso de um relacionamento e fazem com que seu parceiro se sinta desqualificado. A vida não é toda preta ou branca, e casais que se comunicam adequadamente tendem a fugir de termos que sugerem exagero ou generalização excessiva. É aconselhável, se necessário, fazer críticas muito pontuais e precisas, evitando generalizações. É mais fácil ouvir uma crítica quando ela não é algo permanente ou o tempo todo, porque você pode sentir que os esforços feitos nesse sentido são reconhecidos, e isso favorece as condições para continuar melhorando.
5. Quando estiver errado, fale sobre isso e busque reparação
Somos todos seres humanos e, portanto, estamos expostos a erros na relação. Quando isso acontecer, não se sinta culpado apenas por si mesmo, é importante se concentrar em como seu parceiro se sente e mostrar seu interesse sincero em reparar os danos causados. Quando você fere os sentimentos do seu parceiro, é importante explorar como você pode reparar o dano. Toda falha gera uma dívida em relação ao relacionamento. O primeiro passo é reconhecer essa dívida, e depois mostrar por meio de ações e reflexões que existe um desejo de mudança e de pagar essa dívida. É importante que essa dívida seja uma dívida finita, e você não fique preso na culpa (e seu parceiro no ressentimento).
6. Saiba pelo que seu parceiro é apaixonado
Uma das razões pelas quais a comunicação é importante é porque somos todos únicos. Uma relação envolve a união de duas pessoas com diferenças, gostos particulares, visões únicas da vida. A comunicação é a ponte para que esses dois mundos se encontrem e se enriqueçam. É importante estar na mesma página com o seu parceiro, e saber o que ele considera importante, o que ele é apaixonado. Isso pode ajudá-lo a unir seus objetivos e sonhos com os do seu parceiro.
7. Não assuma que seu parceiro conhece seus pensamentos
Se houver um problema em seu relacionamento, não assuma que seu parceiro sabe o que você está pensando sem tentar informá-lo. Muitas vezes pensamos que sabemos o que o outro pensa, mas os casais sempre têm dificuldades quando interpretam ou dão sentido a um gesto ou a um olhar. É aconselhável reunir e comunicar explicitamente as coisas importantes, e não se deixar levar por percepções. Se algo o incomoda, fale abertamente sobre isso para resolver o conflito e passe para outra coisa.
8. Não fique na defensiva
Reagimos defensivamente porque chegamos à conclusão de que o nosso parceiro nos ataca e, portanto, temos de nos defender. Embora às vezes nosso parceiro ou nós mesmos possamos dizer coisas realmente dolorosas, na maioria das vezes não há má intenção no que dizemos ou nosso parceiro nos diz. Assim, é importante considerar isso, e parar antes de reagir automaticamente e começar a se defender. Respire devagar. Pergunte a si mesmo se você está realmente ouvindo os dois lados da história. Em vez de se esforçar para provar que seu ponto de vista está correto e o de seu parceiro está errado, concentre-se melhor em ver o que você pode fazer para tornar a vida a dois melhor.
9. Faça perguntas abertas
Perguntas fechadas, às quais respondemos ‘sim’, ‘não’, ‘amanhã’, ‘depois’, dão pouco espaço para abrir uma conversa entre o casal. Uma pergunta em aberto, por outro lado, não dá margem a uma resposta específica. Por exemplo: o que é mais importante para você na sua carreira? Embora perguntas específicas e fechadas tenham sua importância para muitas situações também como casal, a comunicação pode se beneficiar e oportunidades podem ser geradas para se conhecerem mais profundamente e explorarem o outro com perguntas abertas. Além disso, eles podem ser evidência de um interesse sincero um pelo outro e uma vontade de estar mais próximo.
10. Não pense que seu parceiro é seu oponente
Consiga experimentar que seu parceiro está na mesma equipe com você. Não veja apenas o negativo em seu parceiro. Ou que ele ou ela está disputando com você para ver “quem é o melhor” ou “quem manda mais”.
11. Ouvir o parceiro também é uma forma de comunicação
Tire um tempo para ouvir seu parceiro e dar-lhe um “direito de responder”, mesmo que você ache que a afirmação do outro é errada ou falsa. Isso permite que você entenda seus argumentos antes de poder contra-argumentar e concordar e criar novas ideias. Isso ajudará você a mostrar ao seu parceiro que você está disposto a resolver conflitos que existem no relacionamento, e que você quer melhorar as coisas.
Quando o diálogo é complicado e é difícil para você se fazer entender pelo seu parceiro, você pode tender a reagir negativamente e buscar se impor. Como consequência, você para de ouvir e se fecha em si mesmo.
12. Você não para de falar com seu parceiro
No início de um relacionamento, ambos querem refazer o mundo juntos por horas, até tarde da noite. Os gostos, desejos, visão de vida, do casal são compartilhados. Mas, com o tempo, essas conversas tendem a se tornar cada vez menos frequentes, e fica difícil encontrar momentos para conversar no decorrer do dia a dia. De fato, a falta de tempo é a causa número um de muitos casais que sofrem de estresse, pressão ou fadiga.
A conversa alimenta a rotina. No entanto, não é algo simples. Voltar à conversa requer um teste de criatividade. Você pode propor fazer um espaço entre as atividades diárias, ter um diálogo pelo menos uma vez por semana. E com isso, não estou dizendo que você deve conversar com seu parceiro ou parceira apenas uma vez por semana! Mas que você dedique e tome tempo para dedicar tempo de qualidade com ele ou ela. Por exemplo, no caminho para o supermercado aos domingos, com uma bebida depois do trabalho, antes de ir para a cama. Pense em várias oportunidades que podem ser usadas para boas conversas.
Mas cuidado. Você pode falar com alguém por horas sem realmente ter uma conversa. Geralmente, os casais são vítimas da rotina do dia a dia, e acabam falando sobre problemas de trabalho, contas a pagar, ao invés de falar de si, do outro ou da relação.
É importante falar novamente sobre seus gostos, seus desejos, suas necessidades. Aproveite para surpreender seu parceiro, planeje projetos juntos. Tenha em mente que poder conviver por muitos anos e evitar dizer “não tenho nada a dizer ao meu parceiro” não é fácil, é um desafio que deve ser mantido em mente desde o início. É preciso se alimentar constantemente, ser um agente ativo dentro do casal, e não espero que venha do outro. Isso envolve ser curioso, cultivar, ter projetos, vibrar, evoluir constantemente e rever a si mesmo também, e depois compartilhar tudo isso com seu parceiro. Uma condição para que isso seja cumprido: interesse e escuta devem ser recíprocos. O outro deve ser capaz de ouvir. Todos devem estar atentos às necessidades e desejos de seu parceiro.