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Você é uma pessoa ciumenta? Ciúmes sob a ótica da Psicanálise

“Eu quero levar, uma vida moderninha, deixar minha menininha sair sozinha. Mas eu me mordo de ciúmes.” Essa é uma letra dos anos 80 (da banda Ultraje a Rigor) que ilustra bem como o ciúme funciona. Neste artigo, vamos abordar um pouco sobre o ciúme, sob a visão da Psicanálise.

Mas primeiro, vamos falar sobre as diferenças entre ciúme e possessividade

Ciúme e possessividade

Com certeza, uma pessoa possessiva será ciumenta também. Mas o contrário nem sempre é verdadeiro. O sentimento possessivo é muito mais intenso.

Pessoas possessivas têm origens que podem variar de solidão a discriminação na infância. Eles podem ter uma baixa autoimagem; Em algumas ocasiões, pode até ser um traço genético que é herdado.

Desta forma, sob a ânsia da posse, o desejo de controlar pode ser escondido. Um controle que pode ser motivado pela baixa autoestima. Amando pouco uns aos outros, procuramos os outros para nos fazer felizes, ou seja, responsabilizamos o outro pela nossa felicidade. Portanto, em vez de amar livremente, nos apegamos à outra pessoa e a possessividade é desencadeada.

A possessividade não é apenas sobre dominar a outra parte, ela vai muito além. Pessoas possessivas passam a ver seus parceiros como suspeitos, quando na verdade eles não fizeram nada. Tudo aparece como uma reação em cadeia, onde a posse e dominação do outro é maior a cada dia. Um círculo vicioso que envenena o relacionamento e o fere mortalmente.

A pessoa possessiva vem espionar seu parceiro, verifica sua bagagem e procura sinais de infidelidade no casamento. Em suma, ele não deixa de desconfiar de seu parceiro e não permite que ele descanse em paz. Em casos extremos, você pode até mesmo seguir e espionar a outra pessoa no trabalho para saber se ela está tendo um caso.

O sentimento dela é que ela possui a outra pessoa. E ela, por não querer que essa pessoa de alguma forma seja “possuída” por outra pessoa, ela tenta proteger essa “posse”.

A pessoa possessiva geralmente demonstra essa atitude de maneira constante. Ela sempre vai querer “proteger” o que ela acredita possuir, seja como for.

O ciúme, por outro lado, pode ser episódico. Em uma festa, você viu sua namorada ou namorado conversando com alguém e você sentiu que a conversa poderia estar indo para um lado de certa forma, romântico. Isso fez você se sentir mal, pode ser inclusive que você tenha interrompido a conversa, cortando assim o que te fazia se sentir mal.

O ciúme é o primeiro passo para converter uma pessoa de ciumenta para possessiva.

O ciúme é uma emoção complexa que pode se manifestar de diversas maneiras, desde a suspeita de infidelidade até a inveja de uma pessoa próxima que aparenta estar mais feliz ou bem-sucedida. Na perspectiva da psicanálise, o ciúme está relacionado a questões profundas da personalidade e pode revelar traumas, desejos reprimidos e inseguranças.

O ciúme

De acordo com Sigmund Freud, o pai da Psicanálise, o ciúme é uma resposta emocional normal que surge quando um indivíduo percebe que está em risco de perder algo valioso, como o amor de um parceiro. No entanto, o ciúme excessivo pode ser uma indicação de que a pessoa está sofrendo de ansiedade ou insegurança, e pode estar projetando seus próprios medos e traumas no relacionamento.

Freud também afirmou que o ciúme pode ser uma manifestação do complexo de Édipo, que é um conflito psicológico que ocorre na infância, quando a criança começa a se identificar com o sexo oposto e a sentir atração pelo pai ou mãe do mesmo sexo. Esse conflito pode se manifestar mais tarde na vida como ciúme, quando a pessoa projeta seus desejos inconscientes em um parceiro romântico.

Outra teoria psicanalítica sobre o ciúme é a de Melanie Klein, que acreditava que a emoção está relacionada ao medo de perder a fonte de amor e carinho que é representada pela mãe. Segundo Klein, o bebê experimenta ciúme quando percebe que a mãe está prestando atenção a outro objeto, e isso pode criar uma sensação de abandono que pode persistir na vida adulta.

Além disso, a psicanálise também vê o ciúme como uma defesa contra a ansiedade e a insegurança. Quando uma pessoa se sente insegura em relação a um relacionamento, ela pode projetar seus medos e traumas no parceiro, criando um ambiente de desconfiança e ciúme. Essa defesa pode ser uma maneira inconsciente de proteger-se contra a possibilidade de ser rejeitado ou abandonado.

No entanto, o ciúme excessivo pode ser prejudicial para os relacionamentos e para a saúde mental da pessoa. Quando a emoção é expressa de maneira agressiva ou controladora, pode levar a conflitos e ressentimentos que podem destruir a relação, principalmente quando o ciúme vira uma obsessão e a pessoa se torna possessiva. Além disso, o ciúme pode causar ansiedade e estresse que podem levar a problemas de saúde mental, como depressão e transtornos de ansiedade.

Por isso, a psicanálise sugere que é importante compreender as causas do ciúme e trabalhar para superar as inseguranças e traumas que podem estar por trás dessa emoção. Isso pode envolver a busca de ajuda profissional, como terapia psicanalítica, para explorar essas questões em um ambiente seguro e confidencial.

Além disso, é importante desenvolver habilidades de comunicação saudáveis ​​e aprender a confiar no parceiro. A comunicação aberta e honesta pode ajudar a resolver conflitos e criar um ambiente de confiança, enquanto a confiança pode ajudar a aliviar os medos e inseguranças que podem levar ao ciúme.

Outra abordagem sugerida pela psicanálise é a de trabalhar com a própria identidade e autoestima. Quando uma pessoa tem uma boa autoestima e um senso de identidade forte, é menos provável que se sinta ameaçada por outras pessoas ou pelo sucesso dos outros. Trabalhar em sua própria autoimagem e autoconceito pode ajudar a diminuir a necessidade de comparar-se com os outros e a invejar suas conquistas.

É importante lembrar que o ciúme não é uma emoção inerentemente ruim, mas sim uma resposta emocional normal a certas situações. No entanto, quando o ciúme se torna excessivo e prejudica os relacionamentos e a saúde mental da pessoa, é importante buscar ajuda e trabalhar para superar as causas subjacentes.

A perspectiva da psicanálise sobre o ciúme destaca a importância de entender as raízes profundas dessa emoção e trabalhar para superar as inseguranças e traumas que podem estar por trás dela. Isso pode envolver a busca de ajuda profissional, o desenvolvimento de habilidades de comunicação saudáveis ​​e a construção de uma autoimagem e autoestima positivas. Ao fazer isso, é possível criar relacionamentos mais saudáveis ​​e gratificantes e promover a saúde mental e emocional.

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Exibicionista – Como a Psicanálise vê o exibicionismo?

O exibicionismo é um comportamento em que uma pessoa busca atenção e reconhecimento ao expor seu corpo, habilidades ou características pessoais de forma exagerada ou inadequada. Embora possa ser um comportamento comum em algumas situações, quando se torna persistente e prejudica a vida do indivíduo ou de outras pessoas, é considerado um transtorno. A psicanálise é uma abordagem terapêutica que pode ajudar as pessoas exibicionistas a entender e lidar com seus comportamentos. O exibicionismo é geralmente identificado como um tipo de perversão.

De acordo com a teoria psicanalítica, o exibicionismo pode surgir na infância, especialmente na fase fálica (leia este artigo para saber mais)

O exibicionismo também pode estar relacionado a questões de identidade e autoestima. Alguns indivíduos podem buscar atenção e reconhecimento através do exibicionismo porque sentem que não são valorizados ou respeitados de outra forma.

O tratamento do exibicionismo na psicanálise geralmente envolve uma análise profunda das emoções e motivações do indivíduo. O objetivo é ajudar a pessoa a entender as raízes de seu comportamento exibicionista e a desenvolver estratégias mais saudáveis ​​para lidar com suas emoções e necessidades sociais. Isso pode incluir a aprendizagem de habilidades de comunicação mais eficazes, o desenvolvimento de uma autoimagem mais positiva e a exploração de outras formas de expressão criativa.

Antes de abordar melhor a questão do tratamento, é importante entender as causas do exibicionismo. Na psicanálise, o exibicionismo é considerado um tipo de defesa contra a ansiedade e insegurança emocional. Os indivíduos que apresentam esse comportamento muitas vezes têm problemas de autoestima e necessitam de atenção e validação dos outros para se sentirem bem consigo mesmos. Além disso, o exibicionismo pode estar relacionado a questões de identidade e autoimagem. Alguns indivíduos podem buscar atenção e reconhecimento através do exibicionismo porque sentem que não são valorizados ou respeitados de outra forma.

A psicanálise é uma abordagem terapêutica que busca entender o funcionamento mental do indivíduo através da análise de sua história de vida, seus relacionamentos e experiências emocionais. Na terapia psicanalítica, o terapeuta ajuda o paciente a entender suas emoções e comportamentos, identificando padrões inconscientes que podem estar afetando sua vida.

O que causou o comportamento exibicionista? Foi uma situação de infância? É uma manifestação narcisista? Somente sessões de análise podem identificar isso.

No tratamento de pessoas exibicionistas, a psicanálise tem como objetivo ajudar o paciente a entender as raízes de seu comportamento exibicionista e a desenvolver estratégias mais saudáveis ​​para lidar com suas emoções e necessidades sociais. Isso pode incluir a aprendizagem de habilidades de comunicação mais eficazes, o desenvolvimento de uma autoimagem mais positiva e a exploração de outras formas de expressão criativa.

Uma das técnicas usadas na psicanálise para tratar pessoas exibicionistas é a interpretação dos sonhos. Os sonhos são uma expressão da vida mental inconsciente do indivíduo e podem ajudar a identificar padrões de pensamento e comportamento que não estão conscientes. O terapeuta pode ajudar o paciente a interpretar seus sonhos, identificando símbolos e temas que possam estar relacionados ao seu comportamento exibicionista.

Outra técnica utilizada na psicanálise é a associação livre. Nesta técnica, o paciente é encorajado a falar livremente sobre seus pensamentos e sentimentos sem censura ou julgamento. O objetivo é ajudar o paciente a acessar pensamentos e emoções que podem estar ocultos em seu inconsciente e que possam estar relacionados ao seu comportamento exibicionista.

Além disso, o terapeuta pode ajudar o paciente a explorar suas experiências emocionais passadas e suas relações familiares para entender como esses fatores podem estar afetando seu comportamento atual. O paciente pode ser encorajado a falar sobre suas experiências de infância e sobre seus relacionamentos familiares para ajudar a identificar padrões de comportamento que possam estar afetando.

A origem o exibicionismo de um analisando pode variar bastante.

Importante mencionar que a troca de fotos entre casais não necessariamente é uma manifestação do exibicionismo.

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Por que há pessoas racistas? Psicanalista comenta

Vamos falar um pouco sobre o racismo.

Em primeiro lugar, gostaria de deixar aqui o que um dicionário explica ou define como racismo:

  1. Preconceito, discriminação ou antagonismo por parte de um indivíduo, comunidade ou instituição contra uma pessoa ou pessoas pelo fato de pertencer a um determinado grupo racial ou étnico, tipicamente marginalizado ou uma minoria. “programa de combate ao r.”
  2. Atitude de hostilidade em relação a determinada categoria de pessoas. “r. xenófobo” (Oxford Languages)

Eu opino que o termo “racismo” atualmente é muito limitado, principalmente limitado à realidade local em que as pessoas vivem. No Brasil, por exemplo, para muitas pessoas, “racismo” é quando uma pessoa de pele branca ataca ou ofende alguém de pele negra. E só isso mesmo. Qualquer outra forma de ataque racial é vista como algo inexistente ou até mesmo é diminuído, já que não está no padrão mais popular.

O fato é que qualquer pessoa, independentemente de qualquer fator, cor de pele, etnia, crença ou o que quer que seja pode manifestar atitudes racistas. Basta segregar, basta separar, classificar e afirmar que uma pessoa tem uma característica negativa por ser ter certa característica, como a cor da pele ou ter vindo de algum país específico ou mesmo de uma região do Brasil.

A psicanálise sustenta que o racismo e o ódio ao “Outro” são características universais das sociedades. Isso surge da impossibilidade de se construir sem excluir, desvalorizar e odiar o outro.

O eu indiferenciado, primitivo e narcisista projeta de si mesmo o que percebe como indesejado e perigoso, transformando assim o objeto externo em algo estranho e mau. Desta forma, o processo de projeção e repressão torna estranho o que é de fato antigo e familiar. Essa “estranha” “alteridade” faz parte do nosso inconsciente e, portanto, é uma parte inerente de nós.

Esse processo ocorre tanto individual quanto socialmente. Como tal, engloba tanto o psiquismo individual quanto o imaginário social que incluem valores, conceitos de justiça e conceitos de lógica e estética com os quais cada sociedade se constitui.

Esses valores e conceitos desempenham um papel fundamental nas construções sociais e individuais da realidade. Perceber o outro como um inimigo, que é discriminado e temido, é uma parte universal e normal do desenvolvimento de um senso coerente de identidade.

Isso capta como a psicanálise, com sua noção de inconsciente, conecta o fenômeno social do racismo com nossa própria psique. O racismo é a projeção sobre o outro de aspectos indesejados de nós mesmos. Esses aspectos estão em nosso inconsciente. Percebê-los como nossos nos impediria de percebê-los nos outros.

E tem uma coisa. Há pessoas que opinam que o Brasil não é um país racista, que o racismo é coisa antiga, que acontecia apenas no período em que a escravidão era permitida por lei. Mas será que é assim mesmo?

Cronologia breve do racismo no Brasil

Vamos fazer umas contas rápidas: este artigo foi publicado em 2023. A lei que aboliu a escravidão no Brasil é de 1888, ou seja, 135 anos atrás. Agora pense no seguinte: uma pessoa que se sentia proprietária de seres humanos, que nasceu em 1870 e que viveu 95 anos, morreu em 1960. Nesse meio tempo, sabe com quantas pessoas próximas a você ela pode ter tido contato? Pois, quem tem mais de 45 anos, provavelmente tem os pais nascidos nos anos 30. Significa que alguém que nasceu por exemplo em 1935 pôde ter tido contato com um ex-proprietário de seres humanos, por pelo menos 25 anos. E essa pessoa pode ter sido seu pai, sua mãe. Aliás, minha mãe conheceu pessoas que quando jovens haviam sido escravizadas.

O bisavô ou até mesmo o avô de muitas pessoas vivas atualmente pode ter tido contato direto com pessoas relacionadas diretamente com a escravidão, ou até mesmo elas próprias serem essas pessoas. Está vendo como o assunto é bem próximo a mim e a você?

Mas espera, o artigo é sobre racismo ou escravidão? Bem, o ponto é que no contexto histórico do Brasil, especificamente, temos que juntar, pelo menos para muitas conversas, as duas coisas.

Na época em que a escravidão era legalizada, as pessoas comercializadas eram vistas como seres inferiores, desprovidos de alma pela igreja e por isso, para muitos, eles “mereciam” ser escravizados.
Agora, pense comigo: você acha que uma pessoa que pensava assim, de repente, mudou de ideia em 1888 com a lei Aurea?

Provavelmente continuaram pensando como antes, em 1889, em 1900…1960…Até o dia da morte. E nesse tempo, seus pensamentos certamente foram transmitidos a seus filhos e netos. E isso é apenas um dos muitos pontos que fazem com que no Brasil, historicamente, o racismo seja principalmente (mas não exclusivamente) dirigido a pessoas descendentes dessas pessoas que eram comercializadas.

Mas como comentei, o racismo é “democrático” ele pode se manifestar em todas as pessoas, sem nenhum tipo de exceção e por motivos diferentes.

Para combater o racismo, há muitas coisas a se fazer e esse artigo não se destina a comentar isso. Mas uma pessoa que se reconheça racista e queira ajuda (racista que não se reconhece assim jamais irá mudar), contar com um analista para que ela possa se conhecer e fazer os ajustes pode ser algo importante.

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A outra face do narcisismo, o vulnerável

Até agora, todos nós conhecemos bem as características do narcisista.

Fonte: Ben Schonewille para Getty Images via Canva

Eles são pessoas sensíveis ou é uma farsa? Saiba mais sobre o narcisista vulnerável.

Eles são ótimas pessoas em suas maneiras.

Eles desvalorizam os outros enquanto se inflam.

Eles não têm empatia por qualquer um (além de si mesmos, é claro).

São pessoas cujas conquistas são simplesmente as maiores, melhores e mais notáveis.

Eles possuem as melhores coisas. Eles merecem o melhor, afinal.

Mas como você identifica um narcisista vulnerável?

Um narcisista vulnerável sente que deve se proteger do escrutínio negativo. Para essas pessoas, qualquer escrutínio parece negativo. Eles têm dificuldade em aceitar elogios, desconfiam da fonte e pervertem esses comentários em ataques velados.

Eles tendem a ser reservados, revelando apenas parte de sua personalidade por medo de serem emocionalmente aniquilados. Aqueles que os conhecem podem experimentá-los como indefesos, derrotados, mas facilmente irritados com o que não estão recebendo. Eles podem não ter empatia, principalmente porque não experimentaram muita empatia crescendo.

Você pode percebê-los como bastante agradáveis no início, mas logo, um desapego interpessoal deixa você se sentindo invisível e confuso.

Você pode pensar:

Será que ele está me ouvindo?

O que acabou de acontecer?

Você pensou que vocês se davam bem, mas de repente, essa pessoa se retira ou fica com raiva e você se sente mal com alguma coisa, mas você não sabe o quê.

Como lidar com o narcisista vulnerável?

Lidar com o narcisista vulnerável envolve algo que um narcisista sempre não tem: empatia.

O narcisista vulnerável tem feridas emocionais que o levaram a ficar na defensiva. Eles expressam sentimentos de grandiosidade. Há um ar de arrogante sigilo e desvalorização, expresso como retirada e raiva silenciosa em relação aos outros.

Essa pessoa pode se sentir deprimida, mas a verdadeira doença pode ser essa sensação esmagadora de vulnerabilidade que a impede de ser completamente autêntica e alcançar um senso coeso de si mesma. Pode parecer banal, mas “a culpa não é sua”. A noção de “culpa” pode fazer com que alguns leitores sintam que precisam desculpar alguém que lhes causou muita dor. E pode não ser sua “culpa”, mas ainda é sua responsabilidade atender à sua parte de uma interação interpessoal disfuncional.

Para o narcisista vulnerável, a terapia pode ajudar a desvendar esse mistério e promover uma autoestima estável e uma identidade mais forte e resiliente. Se você está envolvido com alguém que exibe esses traços, tente fornecer empatia, mantendo limites saudáveis e fortes no relacionamento. A terapia também pode ajudar.

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Você é muito…! Como funciona a Projeção em Psicanálise?

A projeção ocorre quando uma pessoa atribui uma qualidade a outra pessoa que realmente vem de si mesma.

Você sabia que o conceito de projeção vem diretamente de Freud? Freud, que foi treinado como neurologista, tomou emprestado o termo neurologia, onde se referia à capacidade dos neurônios de transmitir estímulos de um nível do sistema nervoso para outro.

As pessoas se projetam o tempo todo e isso não é necessariamente bom ou mal, dependendo de quais qualidades são projetadas e se elas são ou não negadas em si mesmas.

A projeção pode ser a base para qualidades maravilhosas, como empatia, generosidade e sentimentos românticos, ou qualidades negativas, como raiva, ganância e desprezo.

A projeção ajuda as pessoas a se apaixonarem e a odiar e difamar os outros.

Mas, na linguagem comum, a projeção refere-se a qualidades negativas que são negadas ou vistas como provenientes da outra pessoa.

É fácil ver quando alguém está projetando. É muito mais difícil perceber quando você é o único a projetar. Por quê? Porque a projeção é inconsciente.

Por que as pessoas fazem projeções?

Muitas vezes identificamos qualidades desagradáveis e negativas em outras pessoas que odiamos em nós mesmos. Esse processo ocorre inconscientemente.

Tomemos o exemplo clássico de Freud: um homem que foi infiel à sua esposa, mas que acusa sua esposa de traí-lo. Este homem, a quem chamaremos de Herr M, tem altos padrões morais para si mesmo. Ele se considera uma boa pessoa, um bom marido, um cidadão sólido. Ele é extremamente crítico de si mesmo por se envolver em infidelidade, mas ele não consegue parar. Herr M subconscientemente rejeita e nega o fato de sua própria infidelidade que ele acharia inaceitável em outra pessoa, e a projeta em sua esposa, tornando-a assim a “má”.

Na mente de Herr M, o fato de sua própria infidelidade não tem nada a ver com suas suspeitas de sua esposa. Isso às vezes é chamado de “compartimentalização”, pois mantém sua infidelidade em um compartimento separado e selado. Isso permite que ele se sinta como uma boa pessoa quando se envolve em um comportamento que é inaceitável para ele.

Outro tipo de projeção

Aqui está outro exemplo na prática: Sara sempre foi uma “boa menina”, o que para ela significa que ela nunca expressa raiva ou agressão. Se ela começar a sentir raiva de alguém, ela rapidamente afasta esse sentimento e se esforça para ser gentil. Se seu marido, Jim, faz um pedido, como pedir-lhe para salvar seu e-mail, ela muitas vezes responde insistindo que ele está com raiva dela. Jim fica intrigado com isso, pois não sentiu raiva quando fez o pedido. No entanto, Sara, que não está ciente de sua própria raiva, concorda em salvar o correio, mas depois “esquece”, o que deixa Jim com raiva, tornando-se uma profecia autorrealizável.

Homofobia

A homofobia, definida como uma aversão ou ódio aos homossexuais, é um excelente exemplo de projeção.

Considere Pedro. Ele se considera uma pessoa muito conservadora. Ao ver alguma notícia relacionada a pessoas homossexuais, Pedro mostra muita raiva e descontentamento, fazendo questão de expressar isso a quem estiver perto dele.

Além disso, Pedro parece sempre estar comentando em suas conversas, o quanto ele acha errado tal prática e está sempre comentando casos. Ele indica ver, não somente o modo de vida, mas a pessoa homossexual como sendo naturalmente má.

Essa insistência no tema por parte de Pedro em procurar mostrar extrema aversão nesse assunto pode indicar algo que ele, inconscientemente gosta, mas tenta combater.

Paranóia

Em sua forma mais extrema, a projeção é a base da paranoia. Medos de perseguição, ódio irracional de um indivíduo ou grupo, ciúme na ausência de evidências de traição e a crença de que uma pessoa desejada é tabu por qualquer motivo que deseje você, todos resultam da projeção de estados mentais negativos inconscientes em outra pessoa. A paranoia, então, envolve a negação de uma tendência pessoal e a crença de que essa tendência vem da outra pessoa.

Você está se projetando?

É fácil perceber quando outras pessoas estão se projetando. É muito mais difícil perceber essa tendência em nós mesmos.

Aqui estão alguns sinais que você pode estar projetando:

  • Sentir-se muito magoado, defensivo ou sensível sobre algo que alguém disse ou fez.
  • Sentindo-se altamente reativo e rápido para culpar.
  • Dificuldade em ser objetivo, ganhar perspectiva e se colocar no lugar da outra pessoa.
  • Perceba que essa situação ou sua reatividade é um padrão recorrente.

Se você notar qualquer um desses, pergunte a si mesmo:

  • O comportamento que eu não gosto nessa pessoa é algo que eu acho intolerável em mim mesmo?
  • Como eu ajo como essa pessoa?
  • Que tipo de histórias estou contando a mim mesmo sobre essa pessoa ou situação?
  • Quem ou o que essa pessoa ou situação me lembra?

Se você puder aceitar todos os seus pensamentos e sentimentos e não tentar se livrar deles, não precisará projetá-los nos outros. Além disso, você se tornará uma pessoa mais tolerante e flexível.

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Por que repetimos coisas que nos causam dor em nossos relacionamentos?

“Compulsão à repetição” é um conceito básico em psicoterapia. A compulsão de repetir é particularmente interessante porque o que é repetido não é prazeroso. Pelo contrário, geralmente é um padrão doloroso e destrutivo de sentir e se comportar.

As diferentes interpretações dos terapeutas diante da repetição

Diferentes “marcas” de psicoterapia explicam as causas de várias maneiras. Por exemplo, os terapeutas comportamentais tratam as repetições como maus hábitos que podem ser alterados através do condicionamento. Os terapeutas cognitivos vêem as repetições como formas irracionais de pensar que podem ser mudadas pelo pensamento racional. Os terapeutas psicanalíticos traçam repetições de volta às experiências da infância que são repetidas na idade adulta. Por exemplo, as crianças que são abusadas muitas vezes crescem para serem abusadas ou abusadas quando adultas.

Andrey Zvyagintsev/Unsplash
Fonte: Andrey Zvyagintsev/Unsplash

Freud acreditava que a compulsão da repetição era um reflexo da pulsão de morte, um impulso inconsciente em direção à autodestruição. A maioria dos psicanalistas rejeitou o conceito de instinto ou pulsão de morte e acredita que esses estados de sentimentos e comportamentos repetitivos eram originalmente adaptativos e necessários para a sobrevivência psíquica de uma criança, mas na idade adulta eles podem ser autodestrutivos. Muitos psicanalistas contemporâneos entendem a repetição como uma tentativa de dominação: a esperança de que desta vez a mãe, o pai ou o avô (ou seus substitutos) se comportem de maneira diferente. Nessa perspectiva, a mulher que tenta seduzir seu analista masculino vestindo-se sedutoramente e fazendo comentários sedutores inconscientemente deseja que o analista masculino (pai) não represente seus sentimentos sexuais em relação a ela como seu pai fez.

Movimentação, projeção e transferência

A compulsão da repetição se manifesta através de processos como deslocamento e projeção. O deslocamento envolve experimentar e tratar uma pessoa como se fosse outra. Assim, o paciente pode vivenciar o analista como se ela fosse sua mãe. A projeção envolve experimentar que outra pessoa tem sentimentos que você tem. Por exemplo, o paciente se sente culpado e experimenta que o analista pensa que ele é ruim. Na psicanálise, os sentimentos e experiências que o paciente tem em relação ao analista são chamados de “transferência” e a análise transferencial está no centro do processo psicanalítico.

Trabalhar através da repetição e transferência

A compulsão e a transferência à repetição não ocorrem apenas na psicoterapia e na psicanálise, mas aparecem em nossas vidas todos os dias. A única diferença é que, na psicanálise, as repetições e a transferência são identificadas por meio da reflexão e “elaboradas”.

Por “elaboração” quero dizer o processo de ser capaz de distinguir o analista da pessoa com quem ele desenvolveu esse padrão na infância e internalizar uma nova maneira de se relacionar e sentir. Por exemplo, eu tenho uma paciente que me experimenta como altruísta nela da mesma forma que ela experimentou sua mãe. Isso a torna alternadamente desesperada para se comprometer e com raiva de mim por não estar comprometida. Ela experimenta isso com o marido, amigos e colegas, bem como comigo. Mas é comigo que ele veio a ver que esta é uma lente através da qual ele experimenta o mundo.

Em nossos relacionamentos com nossos amantes, amigos, maridos, esposas, filhos, amigos e colegas de trabalho, as repetições (baseadas na lente através da qual colorimos o mundo) geralmente não são identificadas ou resolvidas. No meu trabalho com pacientes, eu a descrevo como semelhante à máquina de cenoura do Pernalonga. Em que tudo o que eu coloquei nele, saiu na forma de uma cenoura.

O processo de “crafting” leva muito tempo. Não paramos simplesmente de fazer ou sentir o que experimentamos como “natural” e o que temos feito a vida toda. Além disso, parar um padrão repetitivo geralmente envolve desistir de algo. Essa é a base do que os psicanalistas chamam de “resistência”. Se as pessoas têm tanta dificuldade em parar um padrão de comportamento que lhes causa dor, o padrão deve ter alguma função. O exemplo mais concreto e consciente são os vícios. O êxtase de uma corrida de heroína ou de vencer uma corrida de cavalos é tão intenso que a pessoa não pode desistir, mesmo que destrua sua família, carreira ou amigos.

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Com informações da Psychology Today

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Como a Psicanálise pode fazer a diferença em sua vida?

A psicanálise é uma abordagem terapêutica que foi desenvolvida por Sigmund Freud no final do século XIX e início do século XX. A abordagem tem como objetivo ajudar as pessoas a compreenderem e superarem seus problemas emocionais, por meio da análise de seus pensamentos, sentimentos e comportamentos. Embora a psicanálise tenha sido criticada por muitos como sendo pouco científica e não comprovada, ela ainda é uma das terapias mais populares e bem-sucedidas para muitos problemas emocionais. Neste artigo, discutiremos como a psicanálise pode melhorar a vida das pessoas e como ela funciona.

A psicanálise é uma terapia que se concentra em ajudar as pessoas a entenderem a si mesmas melhor. Ela se baseia na ideia de que nossas experiências de vida, especialmente aquelas que ocorrem na infância, moldam nossa personalidade e nossos padrões de comportamento. Ao entendermos melhor essas experiências e padrões, podemos identificar e superar nossos problemas emocionais.

Uma das principais ferramentas da psicanálise é a análise dos sonhos. Freud acreditava que os sonhos eram uma maneira pela qual o inconsciente se expressava, e que a análise dos sonhos poderia ajudar as pessoas a entenderem seus desejos e medos ocultos. Durante a terapia, o paciente é encorajado a falar livremente sobre seus sonhos e pensamentos, enquanto o terapeuta o ajuda a identificar os padrões e significados subjacentes.

Outra ferramenta importante da psicanálise é a livre associação. Durante a sessão de terapia, o paciente é encorajado a falar livremente sobre qualquer pensamento ou sentimento que lhe venha à mente, sem censura ou julgamento. Isso pode ajudar o paciente a identificar padrões de pensamento e comportamento que podem estar causando seus problemas emocionais.

Uma das principais vantagens da psicanálise é que ela pode ajudar as pessoas a entenderem e superarem problemas emocionais profundos e complexos. Muitas vezes, as pessoas têm problemas emocionais que não são facilmente identificáveis ​​ou explicáveis, mas que ainda afetam significativamente suas vidas. A psicanálise pode ajudar essas pessoas a entenderem as raízes desses problemas e a encontrar maneiras de superá-los.

Além disso, a psicanálise pode ajudar as pessoas a melhorarem seus relacionamentos interpessoais. Ao entender melhor suas próprias emoções e comportamentos, as pessoas podem se tornar mais conscientes de como suas ações afetam os outros. Isso pode ajudar a melhorar a comunicação, a resolução de conflitos e a construção de relacionamentos mais saudáveis.

Outra vantagem da psicanálise é que ela pode ajudar as pessoas a se tornarem mais conscientes de seus próprios processos mentais. Muitas vezes, as pessoas têm padrões de pensamento que não são saudáveis ​​ou adaptativos, mas que são difíceis de mudar porque estão profundamente enraizados. A psicanálise pode ajudar as pessoas a identificar esses padrões de pensamento e a encontrar maneiras de mudá-los.

Embora a psicanálise tenha sido criticada por muitos como sendo pouco científica e não comprovada, ela ainda é uma abordagem terapêutica amplamente utilizada em todo o mundo. Na verdade, muitos estudos têm demonstrado a eficácia da psicanálise em tratar uma ampla gama de problemas emocionais, incluindo depressão, ansiedade, transtornos alimentares e vícios.

Um estudo publicado em 2013 na revista The Lancet comparou a eficácia da psicanálise com a terapia cognitivo-comportamental (TCC) no tratamento de depressão. O estudo envolveu mais de 400 pacientes e descobriu que ambos os tratamentos eram igualmente eficazes na redução dos sintomas de depressão. No entanto, a psicanálise mostrou-se mais eficaz na prevenção da recaída a longo prazo.

Outro estudo publicado em 2016 na revista Frontiers in Psychology examinou a eficácia da psicanálise no tratamento de transtornos alimentares. O estudo envolveu 35 pacientes e descobriu que a psicanálise foi eficaz na redução dos sintomas de transtornos alimentares, incluindo restrição alimentar, preocupações com o peso e autoestima.

Esses estudos e muitos outros sugerem que a psicanálise pode ser uma abordagem eficaz para tratar uma ampla gama de problemas emocionais. No entanto, é importante notar que a psicanálise não é para todos. A terapia pode ser intensa e exigente, e algumas pessoas podem preferir abordagens terapêuticas mais diretas e orientadas para soluções, como a terapia cognitivo-comportamental.

Ainda assim, para aqueles que estão dispostos a investir tempo e esforço na psicanálise, os benefícios podem ser significativos. A terapia pode ajudar as pessoas a compreenderem a si mesmas melhor, a superarem problemas emocionais profundos e a melhorarem seus relacionamentos interpessoais. Ela pode ajudar as pessoas a se tornarem mais conscientes de seus próprios processos mentais e a encontrar maneiras de mudar padrões de pensamento não saudáveis.

Além disso, a psicanálise pode ajudar as pessoas a desenvolverem um senso mais profundo de autoconsciência e autoaceitação. Ao entenderem melhor suas próprias emoções e comportamentos, as pessoas podem se tornar mais compassivas consigo mesmas e com os outros. Isso pode ajudar a reduzir a autocrítica e a aumentar a autoestima.

Em resumo, a psicanálise pode ser uma abordagem terapêutica valiosa para aqueles que estão lutando com problemas emocionais profundos e complexos. A terapia pode ajudar as pessoas a entenderem a si mesmas melhor, a superarem padrões de pensamento e comportamento não saudáveis ​​e a melhorarem seus relacionamentos interpessoais. Embora a psicanálise possa não ser para todos, para aqueles que estão dispostos a investir tempo e esforço, os benefícios podem ser significativos.

A psicanálise é uma abordagem terapêutica que pode fazer a diferença na vida de uma pessoa de várias maneiras.

Dez maneiras pelas quais a psicanálise pode ser mudar sua vida:

  1. Autoconhecimento: A psicanálise pode ajudar as pessoas a entenderem a si mesmas melhor. Ela pode ajudar as pessoas a compreenderem seus próprios pensamentos, emoções e comportamentos, bem como as raízes de seus problemas emocionais.
  2. Identificação de padrões: A psicanálise pode ajudar as pessoas a identificarem padrões de pensamento e comportamento que podem estar contribuindo para seus problemas emocionais. Ao entenderem esses padrões, as pessoas podem trabalhar para mudá-los.
  3. Resolução de conflitos: A psicanálise pode ajudar as pessoas a resolverem conflitos internos que podem estar causando ansiedade, depressão ou outros problemas emocionais.
  4. Melhoria dos relacionamentos: A psicanálise pode ajudar as pessoas a melhorarem seus relacionamentos interpessoais. Ela pode ajudar as pessoas a entenderem melhor as dinâmicas de seus relacionamentos e a desenvolverem habilidades de comunicação mais eficazes.
  5. Superar traumas: A psicanálise pode ajudar as pessoas a superarem traumas do passado. Ela pode ajudar as pessoas a entenderem melhor como esses traumas afetam seu comportamento e emoções atuais e a encontrar maneiras de lidar com eles.
  6. Desenvolvimento pessoal: A psicanálise pode ajudar as pessoas a se desenvolverem pessoalmente. Ela pode ajudar as pessoas a se tornarem mais conscientes de seus próprios processos mentais e a encontrar maneiras de mudar padrões de pensamento e comportamento que não são saudáveis.
  7. Redução de sintomas: A psicanálise pode ajudar as pessoas a reduzirem os sintomas de problemas emocionais, como depressão e ansiedade. Ao compreenderem melhor as raízes desses problemas, as pessoas podem encontrar maneiras de lidar com eles mais eficazmente.
  8. Fortalecimento da autoestima: A psicanálise pode ajudar as pessoas a desenvolverem um senso mais profundo de autoconsciência e autoaceitação. Isso pode ajudar a reduzir a autocrítica e a aumentar a autoestima.
  9. Prevenção de recaídas: A psicanálise pode ajudar as pessoas a prevenir recaídas de problemas emocionais. Ao compreenderem melhor as raízes desses problemas, as pessoas podem encontrar maneiras de lidar com eles mais eficazmente e evitar que eles retornem no futuro.
  10. Melhoria da qualidade de vida: A psicanálise pode ajudar as pessoas a melhorarem sua qualidade de vida de várias maneiras. Ela pode ajudar as pessoas a se tornarem mais felizes, mais saudáveis ​​emocionalmente e mais satisfeitas com suas vidas em geral.

Essas são apenas algumas maneiras pelas quais a psicanálise pode fazer a diferença na vida de uma pessoa. É importante notar que os resultados da psicanálise podem variar de pessoa para pessoa e que a terapia pode ser um processo longo e desafiador.

No entanto, muitas pessoas acham que a psicanálise é uma abordagem terapêutica eficaz e gratificante que pode trazer mudanças duradouras em suas vidas.

Além disso, a psicanálise pode ser benéfica não apenas para indivíduos, mas também para casais e famílias. A terapia de casal e terapia familiar são abordagens baseadas na psicanálise que podem ajudar as pessoas a melhorarem seus relacionamentos interpessoais e a resolverem conflitos.

Por fim, a psicanálise também pode ser útil para profissionais de saúde mental que desejam aprimorar suas habilidades terapêuticas. A psicanálise pode ajudar os profissionais a entenderem melhor as raízes dos problemas emocionais de seus pacientes e a desenvolverem abordagens terapêuticas mais eficazes.

Em resumo, a psicanálise é uma abordagem terapêutica valiosa que pode fazer a diferença na vida de uma pessoa de várias maneiras. Ela pode ajudar as pessoas a entenderem melhor a si mesmas, a resolverem conflitos internos, a melhorarem seus relacionamentos interpessoais e a encontrarem maneiras de lidar com problemas emocionais de maneira mais eficaz. Embora a terapia possa levar tempo e esforço, muitas pessoas acham que os benefícios da psicanálise valem a pena. Se você está enfrentando problemas emocionais, considere buscar um terapeuta treinado em psicanálise para ajudá-lo a encontrar maneiras de lidar com seus desafios. Lembre-se de que a terapia é um processo pessoal e pode não ser para todos. No entanto, se você está disposto a investir tempo e esforço em sua saúde mental, a psicanálise pode ser uma abordagem terapêutica valiosa que pode ajudá-lo a melhorar sua vida em vários aspectos.

Além disso, a psicanálise pode ser particularmente útil para pessoas que estão interessadas em entender melhor sua mente e seu comportamento. A psicanálise pode ajudar as pessoas a explorarem seus pensamentos e emoções de maneira mais profunda e a entenderem melhor como esses fatores afetam seu comportamento e sua vida em geral. Isso pode ser especialmente benéfico para pessoas que estão interessadas em autoconhecimento e desenvolvimento pessoal.

Por fim, é importante lembrar que a psicanálise não é a única abordagem terapêutica disponível para lidar com problemas emocionais. Existem muitas outras abordagens terapêuticas eficazes, como terapia cognitivo-comportamental, terapia de grupo e terapia comportamental. É importante encontrar a abordagem terapêutica que melhor atenda às suas necessidades pessoais e às suas circunstâncias únicas.

Em conclusão, a psicanálise é uma abordagem terapêutica que pode fazer a diferença na vida de uma pessoa de várias maneiras. Ela pode ajudar as pessoas a entenderem melhor a si mesmas, a resolverem conflitos internos, a melhorarem seus relacionamentos interpessoais e a encontrarem maneiras de lidar com problemas emocionais de maneira mais eficaz. Embora a terapia possa levar tempo e esforço, muitas pessoas acham que os benefícios da psicanálise valem a pena. Se você está enfrentando problemas emocionais, considere buscar um terapeuta treinado em psicanálise para ajudá-lo a encontrar maneiras de lidar com seus desafios.

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Tem ansiedade? Veja como a Psicanálise pode ajudar

A psicanálise é uma abordagem teórica que se concentra na compreensão das emoções, comportamentos e pensamentos humanos inconscientes. Na visão da psicanálise, a ansiedade é uma emoção que surge quando o indivíduo se depara com algo que ameaça sua estabilidade emocional ou física.

A ansiedade é considerada uma emoção normal e até mesmo saudável, pois ajuda o indivíduo a se preparar para enfrentar situações desafiadoras. No entanto, quando a ansiedade se torna excessiva e persistente, ela pode prejudicar a qualidade de vida e interferir no bem-estar emocional e psicológico da pessoa.

De acordo com a psicanálise, a ansiedade pode ter origem em conflitos internos não resolvidos, muitas vezes relacionados a traumas, experiências negativas na infância, dificuldades na construção da identidade e questões emocionais não expressas. Esses conflitos podem permanecer inconscientes, ou seja, fora da percepção consciente do indivíduo, mas ainda assim afetar suas emoções e comportamentos.

Para lidar com a ansiedade, a psicanálise propõe que o indivíduo explore seus conflitos internos através da análise e interpretação de seus pensamentos, sentimentos e comportamentos. Ao compreender e enfrentar suas emoções inconscientes, o indivíduo pode encontrar formas de lidar com a ansiedade de maneira mais eficaz.

Além disso, a psicanálise enfatiza a importância do estabelecimento de relações saudáveis e confiáveis como meio de lidar com a ansiedade. Através do apoio de amigos, familiares e profissionais de saúde mental, o indivíduo pode encontrar suporte emocional e aprender a expressar suas emoções de maneira mais eficaz, o que pode reduzir a intensidade e frequência da ansiedade.

Em resumo, a psicanálise entende que a ansiedade é uma emoção normal que pode se tornar patológica quando se torna excessiva e persistente. Através da análise dos conflitos internos e do estabelecimento de relações saudáveis, a psicanálise propõe que o indivíduo pode encontrar maneiras de lidar com a ansiedade e alcançar uma vida mais equilibrada e saudável.

Como a Psicanálise pode ajudar alguém com ansiedade

Um psicanalista pode ajudar um paciente com ansiedade através da compreensão e interpretação dos conflitos internos que podem estar na origem da ansiedade. O processo psicanalítico envolve uma análise profunda dos pensamentos, emoções e comportamentos do paciente, buscando identificar e compreender as questões emocionais que estão por trás de sua ansiedade.

O psicanalista pode ajudar o paciente a explorar seus conflitos internos e a compreender como eles afetam sua vida e seu bem-estar emocional. Ao identificar padrões de pensamento e comportamento que estão associados à ansiedade, o psicanalista pode ajudar o paciente a encontrar formas mais saudáveis de lidar com suas emoções.

Além disso, o psicanalista pode ajudar o paciente a lidar com as emoções inconscientes que podem estar contribuindo para a ansiedade. Muitas vezes, os pacientes não estão cientes das emoções que estão por trás de sua ansiedade, e a psicanálise pode ajudá-los a identificar e expressar essas emoções de forma mais eficaz.

O processo psicanalítico também envolve o estabelecimento de uma relação de confiança entre o paciente e o psicanalista. O psicanalista pode fornecer um ambiente seguro e acolhedor no qual o paciente se sinta confortável para compartilhar seus pensamentos e emoções mais profundos.

Ao trabalhar com um psicanalista, o paciente pode aprender a identificar e lidar com suas emoções de forma mais saudável, o que pode ajudar a reduzir a intensidade e a frequência da ansiedade. Com o tempo, o paciente pode desenvolver uma compreensão mais profunda de si mesmo e de seus conflitos internos, o que pode levar a uma melhoria duradoura em sua saúde emocional e psicológica.

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Children participating in nutrition education

5 Mitos sobre o autismo infantil

O autismo é um transtorno neurológico que afeta a comunicação, interação social e comportamento. É um espectro, o que significa que as características podem variar amplamente de pessoa para pessoa. Infelizmente, existem muitos mitos e equívocos sobre o autismo, especialmente quando se trata de crianças autistas. Aqui estão cinco dos mitos mais comuns sobre crianças autistas e porque eles não são verdadeiros.

  1. Crianças autistas não têm empatia Um dos mitos mais prejudiciais sobre crianças autistas é que elas não têm empatia ou não conseguem se colocar no lugar de outras pessoas. Na realidade, crianças autistas podem ter dificuldade em expressar empatia de maneiras que são consideradas “normais” pela sociedade, mas isso não significa que elas não se importem com os outros.

Muitas vezes, as crianças autistas podem ter dificuldade em entender e processar emoções, incluindo as emoções dos outros. No entanto, isso não significa que elas não tenham empatia. Na verdade, muitas crianças autistas são extremamente sensíveis e compassivas, mas simplesmente têm dificuldade em expressar esses sentimentos de maneira convencional.

Para ajudar as crianças autistas a desenvolver habilidades sociais e emocionais, é importante que os pais e cuidadores trabalhem com elas para entender e processar emoções. Isso pode incluir o uso de jogos de role-playing ou terapia ocupacional para ajudá-las a entender melhor as emoções e como expressá-las.

  1. Crianças autistas não são afetuosas. Outro mito comum sobre crianças autistas é que elas não são afetuosas e não gostam de ser tocadas ou abraçadas. Isso simplesmente não é verdade. Embora algumas crianças autistas possam ter sensibilidades táteis que as fazem sentir desconfortáveis com certos tipos de toque, isso não significa que elas não gostem de afeto ou carinho.

Na verdade, muitas crianças autistas gostam de abraços e outras formas de afeto, mas podem preferir certos tipos de toque ou preferir expressar afeto de maneiras diferentes do que são consideradas “normais”. Os pais e cuidadores podem trabalhar com as crianças autistas para entender suas preferências de toque e encontrar maneiras alternativas de expressar afeto.

  1. Crianças autistas não podem aprender. Outro mito prejudicial sobre crianças autistas é que elas não podem aprender ou se beneficiar de educação ou terapia. Na realidade, muitas crianças autistas têm inteligência e habilidades incríveis em áreas específicas, como matemática, arte ou música.

No entanto, as crianças autistas podem ter dificuldade em se comunicar e interagir socialmente, o que pode afetar sua capacidade de aprender e se beneficiar de terapias. É importante que os pais e cuidadores trabalhem com as crianças autistas para encontrar abordagens de ensino e terapia que sejam eficazes e que levem em consideração as necessidades individuais de cada criança.

Por exemplo, muitas crianças autistas se beneficiam de terapia ocupacional ou fonoaudiologia para ajudá-las a desenvolver habilidades de comunicação e interação social. As crianças autistas

também podem se beneficiar de abordagens de ensino individualizadas, como a ABA (Análise do Comportamento Aplicada), que se concentra em ensinar habilidades de forma incremental e sistemática.

  1. Crianças autistas são todas iguais. Outro mito comum sobre crianças autistas é que todas são iguais e têm os mesmos comportamentos e desafios. Na realidade, o autismo é um espectro, o que significa que os sintomas e desafios podem variar amplamente de pessoa para pessoa.

Alguns autistas podem ter dificuldades significativas com a comunicação e interação social, enquanto outros podem ter habilidades excepcionais em áreas específicas, como matemática ou música. Além disso, as necessidades e desafios de uma criança autista podem mudar ao longo do tempo, à medida que ela cresce e se desenvolve.

É importante que os pais e cuidadores trabalhem com os profissionais de saúde e educação para entender as necessidades individuais de cada criança autista e encontrar abordagens de tratamento e educação que sejam eficazes e apropriadas para cada criança.

  1. Crianças autistas não podem ter uma vida feliz e plena. O mito mais prejudicial sobre crianças autistas é que elas não podem ter uma vida feliz e plena. Isso simplesmente não é verdade. Embora as crianças autistas possam enfrentar desafios e dificuldades específicas, isso não significa que elas não possam desfrutar da vida e ter sucesso em suas próprias maneiras. Muitas pessoas autistas se graduam, se casam, tem filhos, tem profissões de diferentes tipos e independentemente de que decidam fazer com suas vidas, podem ter uma vida totalmente satisfatória.

Muitas crianças autistas têm interesses e habilidades únicas que podem ser cultivadas e nutridas para ajudá-las a ter sucesso em suas vidas. Além disso, muitas crianças autistas têm relacionamentos e amizades significativas e satisfatórias com suas famílias, amigos e colegas.

É importante que os pais e cuidadores trabalhem com as crianças autistas para ajudá-las a desenvolver habilidades sociais e emocionais, bem como encontrar maneiras de cultivar seus interesses e habilidades únicas. Com o apoio adequado, as crianças autistas podem ter uma vida feliz e plena, assim como qualquer outra criança.

O autismo é um transtorno neurológico complexo que afeta as crianças de maneiras diferentes. Infelizmente, existem muitos mitos e equívocos sobre crianças autistas, o que pode levar à discriminação e marginalização dessas crianças.

É importante que os pais, cuidadores e profissionais de saúde e educação trabalhem juntos para entender as necessidades individuais de cada criança autista e encontrar abordagens de tratamento e educação que sejam eficazes e apropriadas para cada criança.

Ao entender e desmascarar esses mitos comuns sobre crianças autistas, podemos ajudar a criar uma sociedade mais inclusiva e compreensiva para todas as crianças, independentemente de suas diferenças e desafios.

Como um psicanalista pode ajudar uma criança autista

Como um transtorno do neurodesenvolvimento, o autismo afeta a forma como as crianças processam informações sensoriais, se comunicam e interagem socialmente. Embora a psicanálise não possa curar o autismo, já que o autismo não é uma doença e sim uma condição, um psicanalista pode ajudar uma criança autista e sua família a entender e gerenciar os desafios associados ao autismo.

Aqui estão algumas maneiras pelas quais um psicanalista pode ajudar uma criança autista:

  1. Avaliação do desenvolvimento. O psicanalista pode avaliar o desenvolvimento emocional e cognitivo da criança autista. Isso inclui avaliar como a criança se relaciona com os outros, como ela lida com emoções e como ela se comporta em diferentes situações. O psicanalista também pode avaliar a forma como a família interage com a criança e como os relacionamentos dentro da família podem afetar a criança.
  2. Terapia individual. A terapia individual é uma forma de psicoterapia que pode ajudar uma criança autista a lidar com desafios emocionais e comportamentais. O psicanalista pode trabalhar com a criança para entender seus sentimentos e comportamentos, ajudando a criança a desenvolver habilidades sociais e emocionais para melhorar a comunicação e interação com os outros.
  3. Terapia familiar. A terapia familiar é uma abordagem que envolve a família da criança. Isso pode incluir sessões de terapia com a família inteira ou com membros específicos da família. O psicanalista pode ajudar a família a entender o autismo e como isso afeta a criança. Eles também podem trabalhar com a família para desenvolver estratégias para lidar com os desafios do autismo e melhorar a comunicação e interação dentro da família.
  4. Integração escolar. O psicanalista pode ajudar a criança a lidar com a transição para a escola e a integrar-se no ambiente escolar. Isso pode incluir o desenvolvimento de estratégias para lidar com o ambiente escolar e para melhorar a comunicação e interação com os colegas.
  5. Aconselhamento aos pais. Os pais de crianças autistas muitas vezes enfrentam desafios significativos. O psicanalista pode fornecer aconselhamento e apoio aos pais, ajudando-os a entender o autismo e desenvolver estratégias para lidar com os desafios associados ao autismo. Eles também podem ajudar os pais a lidar com emoções difíceis, como culpa, tristeza e frustração, e ajudá-los a desenvolver habilidades de comunicação e interação com a criança.
  6. Abordagem personalizada. Cada criança autista é única e tem necessidades individuais. O psicanalista pode trabalhar com a criança e sua família para desenvolver uma abordagem personalizada que atenda às necessidades específicas da criança. Isso pode incluir o desenvolvimento de estratégias para lidar com desafios comportamentais, melhorar a comunicação e interação social, e desenvolver habilidades emocionais.

Além disso, o psicanalista pode ajudar a família a entender o autismo e desenvolver estratégias para lidar com os desafios associados ao autismo, bem como ajudá-los a lidar com emoções difíceis, como culpa, tristeza e frustração.

No entanto, é importante lembrar que o autismo é uma condição complexa e multifacetada e que a psicanálise não é uma cura para o autismo. O objetivo da terapia é ajudar a criança e sua família a desenvolver habilidades e estratégias para gerenciar os desafios associados ao autismo e melhorar sua qualidade de vida.

Além disso, a terapia psicanalítica pode não ser a melhor abordagem para todas as crianças autistas. Cada criança é única e pode se beneficiar de diferentes abordagens de tratamento. Portanto, é importante que os pais trabalhem com profissionais de saúde para desenvolver um plano de tratamento personalizado que atenda às necessidades específicas da criança.

Um psicanalista pode desempenhar um papel importante no tratamento de crianças autistas, ajudando a criança e sua família a entender e gerenciar os desafios associados ao autismo. Através da avaliação do desenvolvimento, terapia individual, terapia familiar, integração escolar, aconselhamento aos pais e abordagem personalizada, o psicanalista pode ajudar a criança a desenvolver habilidades sociais e emocionais, melhorar a comunicação e interação com os outros e lidar com desafios emocionais e comportamentais. No entanto, é importante lembrar que a terapia psicanalítica pode não ser a melhor abordagem para todas as crianças autistas e que cada criança é única e pode se beneficiar de diferentes abordagens de tratamento.

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Pais de crianças autistas: seu filho é comum ou normal?

Faz muito tempo que eu escuto algumas coisas sobre “a anormalidade do autismo” e pais de crianças autistas reagirem de maneira defensiva quando alguém apenas sugere que talvez seus filhos deveriam ser analisados por um profissional da saúde mental.

“Meu filho é normal!”

“Você não sabe nada sobre meu filho, não se meta”!

“É só uma fase, que vai passar.”

Eu pessoalmente já ouvi alguma dessas expressões várias vezes, tanto diretamente, como também por parte de outros profissionais que trabalham nessa área. Então decidi escrever esse artigo para comentar esses conceitos que muitos pais têm sobre seus filhos e como isso pode afetar no desenvolvimento da criança.

Primeiro, vamos comentar sobre o autismo:

O que é autismo

O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta a comunicação, interação social e comportamento. Geralmente, os sinais e sintomas aparecem durante a infância, sendo essencial reconhecer e identificar o autismo em crianças o mais cedo possível. Dessa forma, é possível iniciar intervenções precoces e oferecer suporte para que a criança possa desenvolver suas habilidades e alcançar seu potencial máximo.

Aqui estão algumas dicas para identificar o autismo em crianças:

  1. Observar a comunicação da criança: Crianças autistas podem ter dificuldade em iniciar e manter uma conversa, usar gestos e expressões faciais para se comunicar e entender o que os outros estão dizendo. Elas podem não responder quando chamadas pelo nome, evitando o contato visual e não ter interesse em compartilhar suas atividades ou brinquedos com outras pessoas.
  2. Avaliar habilidades sociais: Crianças autistas podem ter dificuldade em interagir com outras crianças e adultos. Elas podem não entender as regras sociais ou ter dificuldade em ler as emoções dos outros. É comum que elas tenham comportamentos repetitivos e estereotipados, como bater as mãos ou balançar o corpo.
  3. Identificar padrões de comportamento: Crianças autistas podem ter interesses e comportamentos restritos e repetitivos. Elas podem ter dificuldade em lidar com mudanças na rotina e preferem seguir as mesmas rotinas todos os dias. Elas podem se fixar em objetos ou assuntos específicos e podem ter movimentos corporais repetitivos, como balançar as mãos ou andar nas pontas dos pés.
  4. Observe a evolução do desenvolvimento: Pais e cuidadores devem estar cientes das etapas normais do desenvolvimento infantil e observar se a criança está atingindo os marcos esperados de acordo com a idade. Se a criança está atrasada em áreas como linguagem, habilidades motoras ou sociais, é importante procurar um médico para avaliação.
  5. Busque avaliação médica: Se você suspeitar que seu filho pode ser autista, é importante procurar um profissional especializado para avaliação. O diagnóstico de autismo é feito através de observação clínica e testes padronizados para avaliar o comportamento, habilidades sociais e comunicação. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, melhor será o prognóstico e o tratamento.

Ou seja, a identificação precoce do autismo em crianças é fundamental para garantir intervenções precoces e suporte adequado para a criança e sua família. Se você suspeitar que seu filho possa ser autista, não hesite em procurar ajuda profissional. Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, mais cedo a criança poderá receber suporte e intervenções adequadas para ajudá-la a alcançar seu potencial máximo.

O problema é que muitos pais preferem negar o possível autismo em seus filhos. Afirmam que isso não pode ser, já que seus filhos “são normais”. Mas o que é normal?

Normal X Comum

Quero propor um ressignificado para as palavras “normal” e “comum”.

Analise comigo o seguinte: um assalto é algo comum ou normal para você?

Podemos dizer que é infelizmente algo comum, já que ficamos sabendo de muitos assaltos, o tempo todo. É comum no sentido de que vemos muito, não é algo raro de acontecer.

Mas você diria que um assalto é algo normal? Você considera normal ser assaltado? Não! Isso porque um assalto é algo que não deveria acontecer, foge do funcionamento correto de uma sociedade.

Falando de maneira superficial, algo comum é algo que acontece muitas vezes. Algo normal se refere a algo que funciona dentro de seus padrões de funcionamento.

Vou dar outro exemplo: um peixe respira dentro da água, retirando dela o oxigênio para viver. Um ser humano respira ar. Se de repente, um ser humano precisasse respirar dentro da água, isso não seria nada normal, já que o funcionamento de um ser humano não é esse.

A pessoa que está dentro do espectro autista (que também é chamado de TEA) não tem uma doença e sim uma condição, uma característica. Assim como uma pessoa tem olhos castanhos, outra tem olhos pretos, verdes, azuis etc. O autismo é parte de quem é o indivíduo.

Por isso, qual a “normalidade” de alguém dentro do espectro autista? Pode ser que não seja a mesma do que se chama “neurotípico”. Um neurotípico é alguém que não está dentro do espectro autista.

Portanto, um autista é um indivíduo perfeitamente normal. Mas certamente não é um indivíduo comum. Ele ou ela é diferente dos neurotípicos, mas seu funcionar, digamos assim, é perfeitamente normal.

Quando uma mãe ou pai diz que seu filho é normal, eles estão absolutamente corretos! Sua criança pode ser totalmente normal, porém pode ser incomum.

Apesar de como comentei, o autismo ser uma condição e não uma doença, veja o que pode acontecer seu os pais deixam de lado o identificar dessa condição em seus filhos

Se os pais não identificam o autismo em seu filho, a criança pode ter problemas de desenvolvimento e desafios significativos na vida diária. Aqui estão alguns exemplos de problemas que podem ocorrer se o autismo não for identificado e tratado precocemente:

  1. Atrasos no desenvolvimento: Crianças autistas podem ter atrasos no desenvolvimento da linguagem, habilidades motoras e sociais. Sem intervenções adequadas, esses atrasos podem persistir e afetar a capacidade da criança de se comunicar, interagir com outras pessoas e realizar tarefas diárias.
  2. Dificuldades escolares: Crianças autistas podem ter dificuldade em lidar com a rotina escolar e em aprender novas informações. Elas podem ter dificuldades com habilidades acadêmicas, como leitura, escrita e matemática, além de ter dificuldades em se relacionar com os colegas e professores.
  3. Problemas emocionais e comportamentais: Crianças autistas podem ter dificuldades em lidar com emoções e comportamentos. Elas podem ter explosões emocionais, comportamentos agressivos ou impulsivos, além de ter dificuldades em lidar com mudanças na rotina ou em situações sociais.
  4. Isolamento social: Crianças autistas podem ter dificuldade em fazer amigos e manter relacionamentos interpessoais. Sem intervenções adequadas, essas dificuldades sociais podem levar a isolamento social e a dificuldades emocionais e comportamentais.
  5. Problemas de saúde mental: Crianças autistas podem ter maior risco de desenvolver problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão. Sem intervenções adequadas, esses problemas podem persistir na adolescência e na idade adulta.

Duas coisas importantes: primeiro, uma vez que o autismo é uma condição que caracteriza o indivíduo, não existe uma “cura” para o autismo. Todo o qualquer suposto tratamento de cura para o autismo é uma enganação e uma fraude. Cuidado com os golpes!

A segunda coisa é que não existem dois autistas exatamente iguais. Assim como todas as pessoas, autistas são seres únicos. Dessa forma, um autista pode ter características totalmente diferentes de outro. A chamada Síndrome de Asperger por exemplo. Alguém que seja posicionado dessa forma dentro do TEA pode por exemplo, manter contato visual e em muitos casos, manter suas características autistas totalmente imperceptíveis para a maioria das pessoas. Aliás, é muito provável que você já tenha tido contato com alguém assim sem nem perceber.

Então, pais, para o bem de suas crianças, quando alguém lhes disser que talvez seja uma boa ideia levar sua criança para um especialista, não se irrite! Ao contrário, agradeça a pessoa. Como vimos, negar a possibilidade de autismo em uma criança pode trazer enormes problemas para ela, para toda sua vida. Você quer isso?

Como a Psicanálise pode ajudar crianças autistas

A psicanálise pode ajudar crianças autistas de várias maneiras, pois essa abordagem terapêutica pode ajudar a criança a lidar com suas dificuldades emocionais e comportamentais, além de ajudá-la a se comunicar e se relacionar melhor com outras pessoas.

Aqui estão algumas maneiras pelas quais a psicanálise pode ajudar crianças autistas:

  1. Estimular a comunicação: Crianças autistas podem ter dificuldade em se comunicar verbalmente e em expressar suas emoções. A psicanálise pode ajudar a criança a encontrar novas formas de comunicação, como através da arte, da música ou do jogo simbólico. O terapeuta pode ajudar a criança a se comunicar de maneira mais clara e a expressar suas emoções de maneira saudável.
  2. Promover a compreensão emocional: A psicanálise pode ajudar a criança a compreender melhor suas próprias emoções e as emoções dos outros. Isso pode ajudar a criança a se relacionar melhor com outras pessoas e a lidar com as dificuldades emocionais que ela pode enfrentar.
  3. Explorar os desafios comportamentais: A psicanálise pode ajudar a criança a entender por que ela se comporta de certas maneiras. Por exemplo, se a criança apresenta comportamentos agressivos, o terapeuta pode ajudá-la a entender o que está por trás desses comportamentos e a encontrar maneiras mais saudáveis de lidar com suas emoções.
  4. Fortalecer a autoestima: A psicanálise pode ajudar a criança a se sentir mais segura e confiante em si mesma. Isso pode ser particularmente importante para crianças autistas que podem enfrentar desafios em suas interações sociais e podem se sentir isoladas e desencorajadas.
  5. Apoiar a família: A psicanálise pode ajudar a família da criança autista a entender melhor suas necessidades e desafios. O terapeuta pode ajudar a família a encontrar maneiras mais eficazes de se comunicar com a criança e de lidar com seus comportamentos desafiadores.

A psicanálise pode ser uma abordagem útil para ajudar crianças autistas a lidar com seus desafios emocionais e comportamentais, a se comunicar melhor e a se relacionar mais efetivamente com outras pessoas. Com intervenções adequadas, crianças autistas podem desenvolver suas habilidades e potencialidades, tornando-se mais confiantes e resilientes.

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